segunda-feira, 19 de maio de 2008

COMÉRCIO FATURA MAIS, MAS EMPREGA MENOS

Segundo dados da Fecomércio para o primeiro trimestre de 2008 o crescimento no faturamento real do comércio em geral foi de 18,23% em relação ao ano de 2007. No entanto, este desempenho não foi alcançado pelo número de novos empregos criados, que ficou em "apenas" 8,15% para o mesmo período.

 

Em outras palavras, o crescimento do comércio foi, proporcionalmente, mais do que o dobro em relação a mão-de-obra contratada. Isto significaria, em tese, aumento de produtividade pois, com a mesmo equipe de colaboradores, as vendas foram bastante superiores. Vale observar ainda que quase na mesma proporção estão também os dois setores de maior aumento no faturamento até o momento, as concessionárias de veículos e os supermercados.

 

Mas, o que chama atenção são as "mercearias, mercadinhos e panificadoras": um contratação 42,93% maior este ano mas um pífio crescimento no faturamento de 1,26%. Ou seja, cresce o setor em expansão de serviços e pontos de venda, mas não cresce o consumo. Resultado: perda para quem está no mercado e vê a concorrência aumentando; é dividir o bolo sem que ele cresça em proporções iguais!

 

Farmácias e perfumarias, por outro lado, com baixa no faturamento (7,95%), aproveitaram para diminuir as contratações: 20,83% a menos do que o primeiro trimestre de 2007.

COMÉRCIO SEGUE EM ALTA NO RN

É o que revela o levantamento da Fecomércio para o primeiro trimestre de 2008, com um crescimento de 18,23% para o comércio geral do Estado, em relação ao ano que passou. Aliás, o mês de março foi bem regular, visto que comparados apenas os meses de cada ano, este crescimento aproximou-se bastante da média, ficando em 15,66%.

 

Concessionárias  de veículos e supermercados despontam entre os setores de maior impacto favorável no setor varejista: 36,15% e 31,35% de aumento este ano, respectivamente.

 

Já utilidades domésticas e farmácias/perfumarias foram responsáveis pelos piores índices do ano, com redução em faturamento de 10,51% para o primeiro e de queda de 7,95% para o segundo.

domingo, 18 de maio de 2008

O MERCADO É DOS “MAVEN”

Ou dos super-consumidores, aqueles que se preocupam em vestir roupas da última moda, usar relógios mais chics ainda e andar de carros super-luxuosos; sem falar nas férias, destinos exóticos ou badalados e hotéis os mais finos onde ficam hospedados.

 

Os mave", para usar uma gíria que os norte-americanos, definem os mais ricos, são objeto de desejo de várias empresas no mundo, especializadas em oferecer o que há de melhor para um seleto público que consome sem parar e não se preocupa com a conta no final. Desde que seja griffe de luxo e projeto-os socialmente.

 

No Rio Grande do Norte poucos são os mercados que trabalham com o alto luxo. Mas, a invasão de investidores e capital estrangeiro nos ensinou a conhecer essa oportunidade de mercado; restrita, certamente, mas bastante lucrativa.

 

Em Pipa, por exemplo, é possível encontrar uma destas "ilhas da fantasia": há alguns anos um hotel, construído pelos nórdicos e voltado para os compatriotas, oferecia um cardápio de travesseiros!!!!

quarta-feira, 7 de maio de 2008

EXPORTAÇÕES EM BAIXA NO MÊS DE ABRIL

As chuvas já provocaram estragos na economia exportadora do Rio Grande do Norte: queda de aproximadamente 19% nas exportações de abril de 2008, quando comparadas com o mesmo mês do ano passado.

 

Esse impacto negativo do mês de abril já pode ser ressentido no balanço do primeiro quadrimestre do ano: US 115,8 milhões em exportações em 2008 contra US 120,9 milhões em 2007. Isto significa uma das maiores quedas já verificada nos últimos dez anos, representando cerca de 4,2% a menos de um ano para o outro.

 

Os números detalhados das exportações ainda não foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior-MDIC; mas, em função da área mais afetada pelas chuvas, as exportações de banana, camarão e sal devem ser sido as mais prejudicadas.

BARRIL A US 200: QUANTO A INFLAÇÃO MUNDIAL?

O barril de petróleo poderá chegar a US 200  bem mais rápido do que se poderia imaginar: entre 6 a 24 meses, é o que aponta o banco Goldman Sachs. Na verdade, o que assusta não é a "rapidez" do aumento do barril, mas sim a possibilidade de dobrar o valor que, quando ultrapassou a barreira dos US 100, já assustava a todos com qualquer outra projeção pessimista.

 

A conseqüência maior está no impacto da inflação mundial. Todos os países se acostumaram com a globalização, a troca de mercadorias é cada vez mais intensa entre todos os continentes. E um dos custos principais está no frete que depende, claro, muito  diretamente do valor pago pelo combustível.

 

Um aumento generalizado do frete internacional afetará não somente os países exportadores (como é o Brasil hoje), pois passará a vender mais caro e, portanto, com maior dificuldade, como também os países importadores, que sofrerão impacto imediato com o aumento do preço final das mercadorias.

 

O Rio Grande do Norte, que tem o hábito saudável de ser o Estado exportador poderá ser uma das economias afetadas com essa mais nova crise (ou perspectiva) do petróleo. Dólar em baixa, petróleo em alta, esta é uma das piores combinações para os exportadores potiguares!

RIO GRANDE DO NORTE TEM MAIS DE 1.000 DOUTORES

São mais de 1.000 doutores no Rio Grande do Norte, segundo anunciou o Ministro da Ciência e Tecnologia Sérgio Rezende, em sua visita a Natal; este número deve ser bem maior, pois segundo o Ministro, são dados disponíveis referentes ao ano de 2006.

 

Este balanço coloca o Estado entre os melhores desempenhos do Nordeste nos últimos anos: saímos de apenas 250 doutores em 2000 para quádruplo em apenas seis anos.

 

A dúvida é: onde estão estes doutores hoje? As universidades e faculdades particulares devem ter absorvido alguns deles visto o crescimento de instituições de ensino neste período recente.

 

Mas, apesar deste novo mercado, provavelmente poucos devem estar inseridos na pesquisas para o setor produtivo. Aliás, seria interessante mapear esse universo de "massa cinzenta" que está estar concentrado em algum lugar ou setor da economia norte-riograndene. Será mesmo?