sábado, 24 de janeiro de 2009

INFORMAÇÕES DO BLOG

Nos próximos dias estarei me ausentando em viagem de férias e participação em alguns eventos:

Fórum internacional da América Latine e Caribe, promovido pela OCDE.
Open Fórum, em Davos.
Fruitlogistica 2009, em Berlim.

Algumas informações atenderão, nestes próximos dias, ao "roteiro" internacional, mas sempre na expectativa de trazer novidades de interesse do nosso Rio Grande do Norte!


Otomar Lopes Cardoso Junior



CAI NÚMERO DE TURISTAS INTERNACIONAIS NO NORDESTE

Os dados disponíveis pela Infraero confirmam a expectativa de mercado face à crise mundial: queda no número de turistas estrangeiros no Nordeste, de acordo com os dados para os aeroportos internacionais de Recife, Natal e Fortaleza: dos 683.855 estrangeiros que aqui desembarcaram em 2007, em 2008 foram apenas 626.257, uma redução da ordem de 5,7%

 

A boa notícia ficou apenas para a cidade de Recife, que conseguiu aumentar em 23,9% o números de estrangeiros que por ali chegaram ao Nordeste, com 219.426 pessoas em 2008. Fortaleza e Natal tiveram queda de, respectivamente, 9,4% e 25,0%.

 

Veja os números finais de 2007 e 2008:

 

Natal: 218.825 e 164.113

Fortaleza: 267.881 e 242.718

Recife: 177.149 e 219.426

 

Mas, a preocupação maior está por vir: neste mês de fevereiro vários vôos da TAP com destino-origem foram suspensos ou cancelados. Quem desejar ir a Europa via Lisboa deverá, primeiro, voar para Fortaleza ou Recife; o ruim, claro, nessa história, é que os turistas estrangeiros chegarão primeiro por aquelas cidades e, se se encantarem com estes destinos, a conexão para Natal for complicada ou demorada etc, é mais provável que fiquem preferencialmente por lá. Mas, o prejuízo ficará por aqui...


Otomar Lopes Cardoso Junior 

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

QUAL O TURISMO PARA NATAL?

            A alta estação do turismo em Natal praticamente se aproxima de seu final. Não, claro, do ponto de vista da ocupação hoteleira, dos eventos e dos turistas que ainda virão até o final de fevereiro, até o Carnaval, mas sim, em termos de planejamento e programação, pois para o verão 2009 já não há mais a fazer para captar público que se programa em suas férias com certa antecedência, notadamente, os europeus. O marketing de Natal para captação de novos turistas pode, portanto, ser avaliado em dois caminhos: as ações de cunho local, de imediato, e as de cunho nacional e internacional, planejadas para os períodos de Semana Santa, São João, Carnatal, verão 2010 etc.

            Natal sempre esteve na mídia turística e sempre soube tirar proveito das condições geográficas naturais que cativam o turista que descobre a cidade e sua qualidade de vida, tranqüila e aconchegante. Não é a toa que tivemos um expressivo boom do setor imobiliário nestes últimos cinco anos: foi graças ao turista que decidia "prolongar" um pouco mais suas férias, adquirindo um imóvel para retornar sempre que possível, 2, 3 ou mais vezes na o ano.

            Mas, outros estados vizinhos também perceberam o mesmo fluxo de turistas e, principalmente, de capital. E começaram a investir, mais pesadamente, nos seus destinos que também oferecem sol, praia, mar, calor etc. A Paraíba, talvez o último dos estados nordestinos a migrar para essa área de investimentos, tem se mostrado cada vez mais "agressiva" em mídia nacional e em promoção no exterior. Natal passou, então, a sofrer cada vez mais com a concorrência. E, naturalmente, precisa tal como qualquer produto ou serviço no mercado estar adiante no mercado, tomar iniciativas, reforçar suas competências e divulgar suas qualidades. Em outras palavras, não ficar parado esperando que o "destino" faça alguma coisa...

            A hora agora, por exemplo, é de promover um calendário de atividades esportivas, culturais, sociais (e até mesmo econômicas: promoções no comércio, nos restaurantes, nos hotéis etc) para que o público que já escolheu Natal como destino de suas férias possa sentir-se satisfeito com a opção diante do complemento de condições climáticas (sol, água quente etc) com uma agenda de atividades ou de opções de lazer.

            É preciso que o turista perceba que em Natal há diversas atrações ou atrativos que transformem suas férias nas melhores das recordações. Mas, mais do que isso, e é o que nos interessa, que ele faça uma propaganda natural dos dias que aqui passou, do que viu, do que comeu, de como se divertiu, de como foi bem atendido etc. Vale aquela máxima de que um cliente insatisfeito faz a propaganda negativa para 10 pessoas, mas um cliente satisfeito divulga apenas para 1, 2 ou 3 pessoas.

            Até o Carnaval temos cerca de trinta dias e muitos turistas ainda virão. Em janeiro e fevereiro de 2008 foram cerca de 66 mil estrangeiros desembarcando no Aeroporto, sendo em sua grande maioria, turistas; já os vôos nacionais trouxeram 450 mil pessoas (digamos, que 1/3 de turistas: 150 mil). No total, podemos assegurar que mais de 200 mil pessoas estiveram ano passado aqui conhecendo e desfrutando de nossas vantagens competitivas. Se repetirmos esses números em 2009 e todos sentirem-se satisfeitos com Natal e o RN, teremos uma propaganda para, talvez, 500 mil pessoas.  

            Com algum investimento e promoções locais até o Carnaval essa propaganda gratuita trará grande retorno financeiro para o RN já a partir desse ano. Com Euro em alta e crise internacional, os turistas 2009/10 farão uma única opção: escolher o melhor. Que seja, portanto, Natal!

 

 

Otomar Lopes Cardoso Junior

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

RN TEM 31 MUNICÍPIOS EXPORTADORES

RN TEM 31 MUNICÍPIOS EXPORTADORES

 

O Rio Grande do Norte encerrou o comércio exterior em 2008 com a participação de 31 municípios exportadores, segundo dados do MDIC-Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (veja o ranking ao final do texto).

 

Dos 31, cinco fizeram sua incursão no cenário internacional, se comparado ao ano de 2007: Felipe Guerra, Jandaíra, São Miguel do Gostoso, Tibau do Sul e Upanema; mas, no total, em valores, poucos expressivos: apenas US 513.313 na soma total destes municípios.

 

Já os municípios de Acarai, Carnaubais, Equador, Senador Georgino Avelino, Serra Negra do Norte e Rio do Fogo, exportadores no ano de 2007, não indicaram exportações em 2008; juntos deixaram de exportar US 1.597.461. E, o município de Senador Georgino Avelino foi o que mais apresentou perdas, com a eliminação de US 994.121 exportados anteriormente.

 

Ao final, o balanço quantitativo dos municípios trouxe pouca alteração, visto que em 2007 eram empresas de 32 municípios que negociavam com o mercado internacional.

 

Otomar Lopes Cardoso Junior

 

 

Relação dos municípios exportadores do RN por ordem de importância:

 

Açu

Areia Branca

Arês

Baía Formosa

Baraúna

Canguaretama

Ceará-Mirim

Currais Novos

Felipe Guerra

Galinhos

Grossos

Ipanguaçu

Jandaíra

Macaíba

Macau

Maxaranguape

Mossoró

Natal

Parelhas

Parnamirim

Pendências

Porto do Mangue

São Bento do Norte

São Gonçalo do Amarante

São José de Mipibu

São Miguel do Gostoso

São Paulo do Potengi

Serra do Mel

Tibau do Sul

Touros

Upanema

 

 

MOSSORÓ É DE NOVO MAIOR EXPORTADOR DO ESTADO

 

O município de Mossoró repetiu, em 2008, a liderança de maior exportador do Rio Grande do Norte, com US 97,2 milhões em vendas para o exterior, à frente de Natal (US 46,3 milhões) e de Macaíba (US 44,0 milhões).

 

A queda nas exportações do Estado repercutiram principalmente em Mossoró, maior pólo exportador de frutas frescas, com o melão à frente, um dos principais itens de maior queda no ano que passou. Em 2007 Mossoró exportou cerca de US 117,0 milhões, uma redução de quase US 20 milhões, uma queda de 16,9%.

 

Por outro lado, no tocante às importações, houve um incremento, passando de US 20,7 milhões em 2007 para US 24,6 milhões em 2008, decorrente das importações de máquinas e equipamentos para o setor de petróleo e gás, um dos segmentos de maior importação no Rio Grande do Norte.

 

 

Otomar Lopes Cardoso Junior

 

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

O IPTU ECOLÓGICO: A ENERGIA

                A última crise do setor energético brasileiro (que parece faz décadas, mas é algo ainda bastante recente) trouxe uma realidade para a economia e a sociedade como um todo: é preciso buscar alternativas para não somente melhor produzir energias novas (as chamadas fontes alternativas de energia), como também para saber melhor consumir, incluindo a racionalização ou controle doméstico ou industrial. Não parece possível, no entanto, que seja possível um permanente mutirão de economia de energia na vida diária de cada um dos cidadãos. Mais racional, e inquestionável, é a busca de novas soluções, seja do ponto de vista macro – aqui no sentido da produção  –  seja do ponto de vista micro  – aqui  no sentido da utilização ou consumo individual.

                E o IPTU nosso de "cada dia" pode se transformar num importante aliado, diminuindo até mesmo sua característica de vilão ou de insatisfação popular quando do infalível recebimento anual do carnê de pagamento.

                Várias são as alternativas de produção de energia elétrica alternativa e "limpa". Mas, são poucas, ainda, as alternativas ao consumidor final, sobretudo do ponto de vista de adaptação e, mais ainda, do custo de implantação. Uma delas, no entanto, poderia contar com o incentivo estatal: o estímulo ao uso de energia solar.

                Numa cidade como Natal em que o sol praticamente aparece todos os dias com intensidade e exposição durante várias horas ao dia, é o momento, provavelmente, de começar uma efetiva política de estímulo ao uso das células e placas de captação  da energia solar. O custo de implantação, infelizmente, ainda é elevado, principalmente para residências com baixo ou até mesmo médio consumo, onde a lógica da matemática é bastante simples: simplesmente não compensa o investimento.

                Mas, a "conta" pode ser outra para os condomínios, sejam eles os tradicionais verticais ou os mais recentemente incentivados em Natal, os horizontais. E ambos têm, geralmente um conta "salgada" no consumo coletivo entre áreas comuns e elevadores. Muitos projetos foram e continuam sendo lançados no mercado mas poucos são aqueles que são, de fato, colocados em prática; poucos são os projetos lançados com suas campanhas publicitárias em jornais que enaltecem ou reforçam a condição do uso de energia solar como alternativa viável ao meio ambiente ou sob o ponto de vista econômico.

                É possível, para os grandes projetos habitacionais, que essa conta não feche pelo mesmo raciocínio do consumidor individual: o investimento não compensa a redução na conta de energia elétrica. Mas, é justamente aí que o IPTU pode entrar na condição de equilíbrio: a conta do IPTU é permanente, ou seja, paga-se sempre o IPTU do imóvel, eternamente... Então, o retorno financeiro do investimento poderia ser amortizado, ao longo de vários anos, nos empreendimentos que buscassem novas fontes de energia. A redução no imposto anual poderia ser, gradativamente, o resultado da amortização do novo investimento.

                Teríamos, bem verdade, uma redução na massa de arrecadação das prefeituras, com a diminuição destes IPTUs. Mas, meramente residual para um ganho de qualidade de vida bastante superior; e se for preciso buscar a matemática para concluir este raciocínio e compensar a "perda", vale lembrar que tal política resultará em uma nova atividade empresarial nas cidades, uma nova qualificação profissional, com mais mão-de-obra empregada e, consequentemente, emprego e renda. E, mesmo mantendo o salutar equilíbrio entre receita-despesa, nenhuma prefeitura se rende ao lucro de suas atitudes, mas sim ao resultado final: servir ao público, à população. E nosso maior patrimônio, o meio ambiente, agradece.


Otomar Lopes Cardoso Junior

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

4% DO TRABALHO IRREGULAR DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO NORDESTE ESTÃO NO RIO GRANDE DO NORTE

            Em 2008, as fiscalizações do Ministério do Trabalho e do Emprego, posicionaram o Rio Grande do Norte como o quarto maior estado do Nordeste em termos de trabalho irregular de crianças e adolescentes. Apesar desta colocação, do ponto de vista proporcional, isto significa pouco mais de 4,1% do total da Região. E, quantitativamente, o número é bem menos preocupante: 163 crianças e adolescentes foram afastados de suas atividades "profissionais" por estarem desenvolvimento trabalho em atividade irregular (a estatística não discrimina os tipos de irregularidades encontradas).

 

            No Nordeste, Ceará e Bahia dominam esta perversa matemática, com 2.641 situações irregulares (79,6% do Nordeste); o que é mais grave, nestes dois casos, é que representam, sozinhos. 51,3% do total nacional! Alagoas, outro Estado "a frente" do RN, teve 235 casos mencionados. Os dados são ainda parciais, até novembro, mas devem pouco modificar essa realidade.

 

            É hora de reforçar o combate a esta mão-de-obra criminosa – da mesma forma que o trabalho escravo – e começar a haver punições mais severas àqueles que se utilizam do trabalho infantil sem as devidas precauções e exigências legais. Além da multa, poderia o Governo exigir declaração das empresas por ela contratadas de que não se utilizam não somente desta mão-de-obra diretamente, mas também junto aos seus fornecedores de produtos e serviços. O impacto talvez não seja extremamente eficaz, é bem verdade, mas já seria uma contribuição para a redução destes percentuais; e, qualquer que seja a redução, a sociedade e os beneficiados diretamente agradecem!

 

 

Otomar Lopes Cardoso Junior

 

E OS INVESTIMENTOS ESTRANGEIROS NO RN DE PESSOAS FÍSICAS?

            Os espanhóis e italianos são os que mais investem no Rio Grande do Norte, quando se considera os valores convertidos em Reais na condição de "pessoa física", de acordo com dados do Ministério do Trabalho e do Emprego. Em 2008, apesar dos números ainda parciais, contabilizados até o mês de setembro, dos 188 estrangeiros que se estabeleceram no Estado, 57 são de origem espanhola e 52 de origem italiana (o terceiro colocado, Portugal, tem apenas 16 investidores relacionados).

 

            Deste total, segundo o MTE, 154 são "investidores pessoa física" neste ano 2008, um número menor do que o observado em 2007, quando chegou a 231, mas bastante próximo de 2006, com 189, e que, certamente, deverá superar o alcançado em 2005, com 167 investidores (esses dados são para a totalidade de cada ano, enquanto em 2008 temos apenas nove meses de registro oficial).

 

            Em queda no ano que passou é reflexo do resultado financeiro de novos investimentos de pessoas físicas no Estado, com US 12,2 milhões até o final de setembro, bem inferior aos US 26,9 milhões dos doze meses de 2007.

 

            O efeito da crise global do mercado financeiro ainda não tinha atingido seu auge quando produzidas as estatísticas de 2008, mas já era previsível que os efeitos da situação econômica norte-americana contaminaram as demais economias, incluindo as européias, onde estão os maiores investidores do Rio Grande do Norte. É esperar para ver qual o real e definitivo impacto com o fechamento dos dados de 2008 e rever as projeções para o ano que se inicia.

 

 

Otomar Lopes Cardoso Junior

E OS INVESTIMENTOS ESTRANGEIROS NO RN DE PESSOAS FÍSICAS?

            Os números oferecidos pelo Governo Federal sobre os investimentos de particulares (pessoas físicas) estão atualizados apenas até o mês de setembro, isto é, não foram contaminados pela crise mundial (mais acentuada após o dia 15 de setembro).

 

            Mas, até lá, pelo menos, o Rio Grande do Norte estava muito bem posicionado: ocupava a terceira colocação com um aporte de capital estrangeiro da ordem de US 12.163.817,98 em 2008. No entanto, apesar deste bom posicionamento, tivemos uma considerável queda nos valores investidos, se comparados ao ano de 2007, quando encerramos o ano na primeira colocação, com pouco mais de US 26,9 milhões em investimentos.

 

            É pouco provável que o trimestre restante das estatísticas de 2008 possa superar a marca anterior, não somente pela crise, mas também pela notória ausência de mega-projetos de investimentos aqui no Estado; ou ainda, em se tratando de investimentos de pessoa física, também a inexistência de vários projetos em andamento e  espalhados no Estado.

 

            Não há pesquisa explorando a dinâmica destes investimentos que traga uma resposta satisfatória quanto à avaliação da diversidade dos projetos e a variedade em novos tipos de investimentos. Mas, é possível identificar, facilmente, que o setor de serviços turísticos (incluindo os conexos, além dos hotéis, pousadas, locação de veículos, bares, restaurantes etc) é o grande captador de novos projetos, mais centrados em Natal (Ponta Negra, sobretudo) e no litoral próximo a Natal ou, também, em Pipa. A chamada segunda residência foi outro aspecto considerável nos investimentos realizados em Natal, com vários projetos habitacionais sendo lançados diretamente no mercado europeu.

 

            Tudo isso, vale ressaltar, é conseqüência do turismo que se tornou uma das principais fontes de riqueza do Estado. Vários são os turistas estrangeiros que visitam Natal e seu litoral, encantam-se pelas condições geográficas ou clima (sem esquecer a moeda mais valorizada, sobretudo em 2007) e decidem investir de forma mais permanente no Estado.

 

            Como lição a ser apreendida com o turismo estrangeiro no Rio Grande do Note não podemos esquecer em 2009: continuar o esforço para captar novos turistas estrangeiros (e com o Euro novamente valorizado...), fortalecer a política de licenciamento ambiental para projetos sejam eles de pequeno ou médio porte (diminuir a perda de tempo com a burocracia) e, ainda, manter a política de promoção comercial com a participação nos principais salões imobiliários da Europa, principalmente nos países emissores de turistas e com investidores no Estado.

 

            A política de captação destes investimentos, mantidos o mesmo patamar de 2007, no mínimo, atenuaria os efeitos da crise que ainda não chegaram em sua totalidade ao Rio Grande do Norte justamente pela movimentação que o turismo gera neste final-início de ano. Com as incertezas que marcaram os últimos noventa dias e as turbulências ainda imprevisíveis ao longo deste semestre, uma das melhores políticas de promoção comercial norte-riograndense será junto aos pequenos e médios investidores no setor imobiliário que, antes de mais nada, são turistas em busca de qualidade de vida que aqui, inigualavelmente, não encontram em outros pontos do Brasil.

 

 

Otomar Lopes Cardoso Junior

 

 

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

“OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTO NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE”

 

É o título apresentado no relatório da RENAI-Rede Nacional de Informações sobre Investimento, mantido pelo MDIC-Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e que conta com a participação dos governos estaduais.

 

No Rio Grande do Norte são sete os "projetos estruturantes" mencionados, a saber:

 

Aeroporto de São Gonçalo de Amarante: US 270 milhões (primeira fase)

Linha férrea (Nata-Areia Branca): US 560 milhões

Pró-Transporte (Grande Natal): US 380 milhões

Construção e recuperação da malha viária do Estado: US 150 milhões

Sistema de esgotamento sanitário de Natal: US 160 milhões

Fábrica de barrilha (complementação): US 100  milhões

Planta industrial na área petroquímica: US 948 milhões

 

Total dessa fatura? US 2,568 bilhões.

 

Um valor considerável a obter em recursos para financiamento, seja privado ou público. E, em tempos de crise mundial, certamente esses projetos, a contar com a iniciativa privada, ficarão um pouco mais distantes, apesar da possibilidade de PPP, mencionada em dois projetos, o Aeroporto e a Planta industrial na área petroquímica.

 

O relatório, recentemente atualizado, foi produzido em 24 de junho de 2008.

 

A realização de qualquer destes projetos traria uma modificação importante na economia estadual, quando de sua conclusão, ainda que, em função do porte de cada um desses projetos, seja possível imaginar os resultados a médio prazo. Mas, independentemente de sua conclusão, a simples iniciação ou confirmação de um dos setes projetos elencados traria, desde seu período inicial, uma importante injeção de  capital novo e contratação de mão-de-obra.

 

Resta saber, na nova economia pós-crise globalizada, qual deles será a prioridade para os investidores.

 

 

Otomar  Lopes Cardoso Junior

MAIS DE 640 MIL VEÍCULO NO RN EM 2008

 

 

A frota de veículos do Rio Grande do Norte em 2008 atingiu a marca de 642.303 registros, de acordo com dados do Detran, incluídos automóveis, motos, ônibus, tratores, caminhões etc. Da frota registrada (embora a estatística não seja suficiente para informar quantos veículos, na verdade, estão em circulação), dois tipos de veículos tem maior representatividade: os automóveis, com 307.461 unidades e as motos, com 206.026 unidades.

 

E Natal, como era de se esperar, lidera este ranking, com 262.915 veículos (40,9% de todo o Estado), sendo 167.527 automóveis e 49.088 motos, respectivamente, 54,5% e 23,8% do total recenseado no Rio Grande do Norte.

 

No outro extremo, temos o município de Viçosa, com o menor número de veículos matriculados em 2008: apenas 168 unidades (isso mesmo, menos de 200!), dos quais 49 automóveis. Isso significa que é possível identificar todos os seus proprietários naquele município... Na verdade, dificilmente todos estão em circulação em Viçosa: quem já teve a oportunidade de visitar o pequeno município não encontrará metade dos automóveis em circulação na cidade.

 

Outras cidades têm também poucos veículos registrados. Veja alguns exemplos: Água Nova: 396; Barcelona: 397; Bodó: 225; Fernando Pedroza: 214; Galinhos: 77; João Dias: 174.

 

Apesar do registro variado em cada município, em função do porte e das atividades econômicas, vale lembrar que parte do IPVA cobrado anualmente pertence, constitucionalmente, ao município de registro do veículo; ou seja, se as prefeituras incentivarem a identificação de cada registro em suas localidades, o aumento de receita, para o ano seguinte, está garantido.

 

Veja outros números da grande Natal (em unidade e o percentual em relação ao Estado):

 

Parnamirim

44.518 veículos (6,9%)

26.026 automóveis (8,5%)

10.913 motocicletas (5,3%)

 

Macaíba

8.257 veículos (1,3%)

3.469 automóveis (1,1%)

3.094 motocicletas (1,5%)

 

São Gonçalo do Amarante

7.756 veículos (1,1%)

4.454 automóveis (1,5%)

2.162 motocicletas (1,1%)

 

 

 

Otomar Lopes Cardoso Junior