sexta-feira, 20 de novembro de 2009

PREÇO DO CAMARÃO EM BAIXA NO MERCADO INTERNACIONAL

 

            È o que aponta uma avaliação de mercado (Urner Barry Market) internacional sobre a oferta e demanda do camarão ("branco") neste ano de 2009, oscilando em torno de US 2,85 o quilo do produto ao longo do ano (a estatística considera o valor do produto para todos os países exportadores); a última cotação indicada pela empresa está em US 2,79/quilo.

            Este cenário dificulta mais ainda a retomada da exportação do produto no Rio Grande do Norte já bastante afetada, nos últimos anos, pelos custos de produção e pela queda do dólar face ao Real, comprometendo enormemente a competitividade de nosso produto. O reflexo foi imediato e direto: várias empresas do Estado abandonaram a opção de exportação para manter a produção; outras reduziram ou até mesmo suspenderam a produção.

            E ainda de acordo com essa avaliação, no último quadrimestre, o preço pago pelo quilo do camarão é o pior desde o ano de 2005; em todos os meses de 2009 o preço médio tem sido inferior ao de 2008, que foi um dos melhores no mercado externo no último qüinqüênio).

            No Rio Grande do Norte as exportações, até outubro, em 2009 já somaram US 14,6 milhões. Em todo o ano de 2008 as vendas externas foram de US 25,0 milhões, já bastante diferente dos US 43,9 milhões exportados em 2006.

           

 

Otomar Lopes Cardoso Junior

           

 

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

PETROBRAS LIDERA IMPORTAÇÕES DO RIO GRANDE DO NORTE

 

           A Petrobras responde por quase 1/3 de todas as importações do RN neste ano de 2009, com US 42,9 milhões já realizados até outubro deste ano, ou seja, 32,7% dos US 131,0 milhões que todas as empresas do Estado importaram nesses dez primeiros meses. A importância da Petrobras equivale ao volume de negócios das outras seis empresas importadoras no Estado. Em segundo lugar está o Moinho Dias Branca, com US 17,4 milhões em trigo importado para sua unidade localizada na Ribeira, em Natal.

 

            Veja a seguir o ranking das maiores importadoras, de acordo com os dados do  MDIC-Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior:

 

 

EMPRESA

VALOR

(US FOB)

Petrobras

42.880.786

M Dias Branco

17.395.734

Laminor

9.342.443

Coats

3.998.408

Over Month Com Imp e Exp

3.649.664

Coteminas

3.455.367

Fujicom

3.385.754

Confecções Guararapes

3.124.425

Mhag

3.000.000

Secretaria Segurança Pública

2.865.360

Weatherford 

2.176.224

Dixie Toga 

1.781.767

DVN Vidros 

1.656.894

Simas

1.645.138

Tecidos Líder

1.489.011

 

 

Otomar Lopes Cardoso Junior

 

 

 


COTEMINAS É A MAIOR EXPORTADOR DO RN EM 2009

            Os dados parciais (até outubro) deste ano indicam que a Coteminas (indústria têxtil/confecções) é a maior exportadora do Rio Grande do Norte, com vendas externas de US 19,6 milhões, seguida da A Ferreira (castanha de caju, em Mossoró), com US 15,5 milhões e a Simas (confeitaria), em terceiro lugar, com US 14,5 milhões, apesar da disputa recente pelo controle acionário da empresa.

 

            Dentre as 15 maiores empresas do RN que exportaram esse ano, temos a seguinte distribuição: 5 da agricultura, 4 do agronegócio (3 de castanha de caju e um de açúcar), 3 do setor industrial e 1 dos setores pesca/carcinicultura, extrativista e de energia.

 

            Veja a seguir o ranking das maiores exportadoras, de acordo com os dados do  MDIC-Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior:

 

 

EMPRESA

VALOR

(US FOB)

Coteminas

19.552.653

A Ferreira Ind e Com

15.544.059

Simas

14.456.323

Camanor

13.148.260

Salinor

12.717.330

Usibras

12.526.969

Del Monte

11.664.493

Tavares de Melo

10.124.240

Olam

8.417.152

Coopyfrutas

7.825.380

Petrobras Distribuidora

7.108.847

Laminor

5.267.532

Nolem

4.786.264

Bollo Brasil

4.386.783

Finobrasa

4.238.764

 

 

 

Otomar Lopes Cardoso Junior

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

IMPOSTO DE RENDA 2010: HORA DE PLANEJAR

            Nem bem 2009 está prestes a anunciar seu encerramento e já é hora de se preocupar com 2010, com uma das maiores tormentas de todo cidadão, o imposto de renda! Afinal, é cada vez maior o número de pessoas que acaba enfrentando a tormenta de ter de pagar imposto de renda e cada vez menor aqueles que têm a felicidade de comemorar o direito a alguma (boa) restituição.

            Mas, em qualquer das hipóteses, é nestes dois últimos meses que se "joga" o resultado do imposto de renda de 2010, pois os ditos "fatores geradores", como são chamados os lançamentos financeiros que incidirão no cálculo do imposto, acontecem sempre no ano anterior e, muitas vezes, quando percebemos (lá em abril do ano seguinte...), não há mais mágica nenhuma a fazer diante do temido Leão da Receita Federal.

            Fazer um planejamento tributário é essencial para quem tem de ajustar suas contas anualmente, juntar recibos e notas fiscais, anotar dados e recuperar comprovantes de pagamentos do ano que passou, ou seja, ter de organizar em pouco tempo toda a sua vida financeira de doze meses que já se ficaram quase esquecidos. E isso, é bem verdade, nem sempre é fácil fazer de forma prevenida e organizada e, mais ainda, de forma antecipada e planejada. É o planejamento tributário que vai, muitas vezes, salvar o contribuinte de uma despesa extra (e muitas vezes considerada inútil... pagar imposto) que poderia ser muito melhor aplicada, além de garantir um resultado a médio e longo prazo extremamente benéfico: o aumento do valor da aposentadoria.

            A previdência ou a aposentadoria transformou-se numa das maiores preocupações em todo o mundo e não poderia deixar de ser diferente no Brasil onde o sistema público está sempre sendo socorrido pelo Governo para atender a uma matemática quase sem fim, a de que o valor das aposentadorias cresce mais rapidamente do que o valor das contribuições; em outras palavras, para a conta fechar, ou se cria mais impostos ou se diminui o valor da aposentadoria. O problema é que os governos têm utilizado as duas soluções ao mesmo tempo. Quem paga, ou melhor, quem sofre com isso? O contribuinte de hoje e pretenso futuro aposentado de amanhã.

            O Governo, há tempos, percebeu também que esse caminho da previdência privada é um ótimo negócio, pois os recursos aplicados ficam imobilizados nos bancos e com a expectativa de aposentadoria privada, diminui a pressão sobre o poder público. Daí a possibilidade de abater o valor das contribuições à previdência privada no cálculo do imposto de renda, ainda que limitado a 12% do total da receita de cada contribuinte. Por isso, é hora de buscar aquele programa da Receita Federal na internet para começar as simulações dos valores recebidos e das despesas anuais e, a partir de então, programar o valor necessário em contribuições para a previdência privada que vão acabar por diminuir o total do imposto a pagar (ou fazer com que você tenha direito a restituição!).

            Mas, é preciso ficar atento aos valores, pois ultrapassar o limite dos 12% é o pior negócio a ser feito: não diminui em nada o imposto de renda e você deixa de ter uma receita disponível para outros investimentos ou para outras aplicações ou despesas ao longo do ano (solicitar a retirada do valor depois de aplicado em previdência privada é pior do que pagar imposto de renda...)

            Falar em planejamento tributário parece um assunto pouco recente no Brasil visto os longos anos de instabilidade econômica e de períodos de inflação descontrolada, antes do Real. Hoje isto deveria ser uma prática comum. Portanto, começar a praticar, agora em 2009, esse planejamento tributário com o imposto de renda de 2010 pode ser o melhor presente de final de ano a receber; e também a melhor maneira de deixar o Leão mais distante do resultado de seu trabalho e de seu salário.

Otomar Lopes Cardoso Junior