sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

O turistinha

(Publicado no Jornal de Hoje, 29/12/11)


Será que estamos preparados para receber milhares de “turistinhas” que chegarão em Natal nas próximas semanas de férias escolares e alta estação? Em pesquisa recente apresenta por instituições de apoio ao turismo, em média, 1/3 das pessoas que viaja em férias com maior duração (mais de uma semana) estão acompanhados por crianças; esses são os que chamo de turistinhas.
A alta estação chegando vários hotéis, pousadas e resorts devem estar programando suas ações e atrações; mas, infelizmente, em algumas situações, uma programação voltada essencialmente associada ao público mais adulto: passeios pelas dunas, lagoas, esportes de aventuras etc. Nos hotéis, festas temáticas, coquetéis diferenciados, academias de ginástica, maratonas de musculação, música e muita animação. Mas, com menos intensidade quando voltado exclusivamente para o público consumidor mais jovem, as crianças e adolescentes.
Hoje o consumidor já não é mais o mesmo. Antigamente a exposição à mídia e as propagandas eram direcionadas para os adultos, eram os pais quem decidiam exclusivamente as compras, quando comprar e o que deveriam consumir em casa e fora de casa. Já não estamos mais nesse marketing tradicional, do “chefe de família” que sabe tudo e decide em nome de todos.
Os jovens, crianças e adolescentes em geral, consomem bastante e, bem mais do antigamente, influenciam muito no consumo familiar: são eles quem determinam as roupas que querem vestir, o que querem comer no café da manhã, os passeios a fazer e as marcas mais importantes que o grupo em que convivem estabelecem como modelo de afirmação e participação no grupo de sua faixa etária.
Nas férias, fora de casa, a pressão desse grupo é maior ainda! Quem viaja de férias está disposto a gastar bem mais do que normalmente gastaria se estivesse em casa, no seu dia a dia. O turista é o consumidor por excelência; mas, desde que a ele sejam oferecidos serviços de qualidade e compatível com o programa de férias que escolheram. E nisso, é preciso prestar mais atenção no turismo familiar: quem viajam com filho(s) sabe que a programação é diferente e que tem que agradar (muito bem) a criançada, sob pena de estragar as férias de todos...
Preparar-se para agradar o “turistinha” é um bom marketing que pode ser trabalhado pelos meios de hospedagem: da mesma forma que são competentes em criar uma programação mais adulta, existem animadores que podem criar uma programação menos exigente, mais criativa e dinâmica e, sobretudo, mais interativa. É isso que o publico infanto-juvenil quer: passar o tempo se divertindo, fazendo coisas diferentes e na companhia de outras jovens de sua idade pois, ficar em casa de frente para a televisão, já é rotina todos os outros dias do ano. Bom lembrar também que os pais querem ter um pouco mais de tranquilidade durante o dia, relaxando um pouco mais no acompanhamento e na atenção de tudo que os filhos estão fazendo; se eles estiverem ocupados, os pais agradecem...
Atender ao cliente quando se fala de serviços é buscar todas as formas de oferecer o melhor resultado diante das expectativas imaginadas pelo consumidor; não se “troca” um serviço pelo outro, como acontece algumas vezes com produtos. No turismo, a responsabilidade é ainda maior: não dá para trocar o erro dessas férias pelo acerto na próxima: ele nunca mais será seu cliente.
Em um estado que se preza por oferecer turismo o ano inteiro sendo um sonho e consumo para brasileiros e estrangeiros, com o aumento da renda da população brasileira nos últimos anos, a tendência é termos cada vez mais “turistinhas” aqui passando tempo e gastando dinheiro (dos pais). É um bom marketing e um bom investimento: parafraseando propaganda antiga, “trata bem o turistinha, ele voltará”; eu acrescentaria “por vários anos seguidos”.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Existirá um “turismo médico” no RN?

Existem várias maneiras de se praticar turismo mundo afora, dos mais clássicos, o do lazer em família ao mais condenáveis, tais o turismo dito “sexual”, aos mais curiosos como o “turismo em favela”. E, de vez em quando, reaparece na mídia a ideia do “turismo médico” associado a ideia de que pessoas deslocam-se de seus países em busca de tratamento ou acompanhamento médico em outro país, nem sempre geograficamente perto de sua origem.

O Brasil já apareceu como alvo desse “turismo” em épocas de cirurgias plásticas e odontologia, o primeiro pela fama e o segundo pelo custo competitivo. Em outros países esse “turismo” aparece de forma bastante condenável quando a questão é o aborto ou as cirurgias “reparadoras” de virgindade.

Aqui no Estado estamos imunes a esse conceito e “turismo médico”. É preferível que possamos continuar permanentemente nessa situação fora de um circuito que não nos agrega nenhum mérito. Evidentemente, não há nada contra alguém sair mundo afora em busca de cura ou de tratamento médico, afinal trata-se da vida de cada um e todas as possibilidades devem ser perseguidas.

Mas, imaginar que atrair estrangeiros com a oferta de tratamentos é “turismo médico” é um distanciamento longo de um outro – esse sim – conceito, a ética.

E se você acha tudo isso um exagero, saiba que no mês de outubro houve o 4º Congresso mundial de turismo médico e saúde global, em Chicago. O Brasil? Esteve representado com as cidades de Belo Horizonte, Brasília, Goiânia, Porto Alegre, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro e São Paulo. Quanto movimenta esse mercado? Cerca de US 60 bilhões ao ano!

Última informação: não é ilegal vir ao Brasil para fazer tratamento médico mas, é preciso solicitar visto específico com essa finalidade sob pena de multa e deportação ou expulsão do País; mas, isso é outra história...

Caicó e Currais Novos têm as maiores demandas de consumo de água em região urbana

A demanda urbana por água é também um problema para os próximos anos na região do Seridó, segundo a ANA-Agência Nacional de Águas: Caicó e Currais Novos lideram esses indicadores.

Na definição da ANA são cidades que demandarão uma expansão da oferta que exigirão investimentos para assegurar uma “ampliação do sistema”; mas, não são as únicas cidades nesta condição visto que outras do Seridó, mesmo com uma baixa demanda, como Timbaúba dos Batistas, tiveram o mesmo diagnóstico.

Selecionei algumas das cidades do Seridó, principalmente aquelas que compõem o “polo boneleiro” e, por consequência, implicando em maior demanda por água em área urbana. Veja a breve lista de acordo com dados da ANA em relação a previsão de consumo:

# “Requer ampliação do sistema”:
Caicó – 161 l/s
Currais Novos – 103 l/s
Jucurutu – 37 l/s
Acari – 25 l/s
São José do Seridó – 7 l/s
Timbaúba dos Batistas – 4 l/s

# “Abastecimento satisfatório”:
Jardim de Piranhas – 29 l/s
Serra Negra do Norte – 9 l/s

Uma política insensível de contenção de custos no Hiper; um limite ao consumidor?

Faz algum tempo que deixei de ser cliente do Hiper Bompreço. Vou esporadicamente e, agora, da forma como tratam o cliente, pretendo ir menos ainda.

Uma política extremamente arraigada de contenção de despesas e de redução de custos deve ter seus limites, vários limites, aliás. Um deles, o respeito ao consumidor. Ontem, exatamente às 20h55 anunciavam que a loja encerraria as atividades às 22h00... e, caso algum cliente tenha achado inconveniente o repetido aviso, simplesmente diminuíram as luzes da loja! Mais de uma hora antes do fechamento e boa parte das luzes do supermercado foi desligada, ficando num clima meio na penumbra, achei!

Ora, se a intenção era economizar energia, melhor fechar a loja às 21h e colocar todos para fora logo! Pelo menos essa era a intenção que ficou para mim explícita naquele momento: “saiam logo, não queremos vc aqui comprando à partir das 21h”... ou algo assim.

Já tinham diminuído o serviço de atendimento da Central que resolveu encerrar suas atividades bem antes da loja fechar... Já acabaram com as promoções argumentando que “todo dia é dia de preço baixo” – ora, eu não compro TUDO, menos ainda TODOS os dias; promoções fazem parte do atrativo ao cliente.

Outro dia (faz tempo) acabaram com o BomClube sem muita chance ao consumidor...

Já tinha quase abandonado o Hiper Bompreço por conveniência; agora, por convicção. Por lá, somente necessidade ou quando voltarem a um tratamento para próximo do que o consumidor merece.

Parcelamento do IPVA atrasado até 2010: desconto entre 30 e 90% da multa/juros

Presente de Natal para quem está com o IPVA atrasado, desde que o débito seja anterior (mas incluindo) o ano de 2010. O Governo do Estado publicou hoje Lei nº 9.597 que cria a possibilidade de parcelamento em até 24 meses. É uma boa opção para quem está devendo afinal, pagar algo atrasado com redução de encargos é sempre vantajoso, qualquer que seja o débito.

Os valores dispensados de multas e encargos variam de acordo com o número de parcelas – que será escolhido pelo devedor, desde que a parcela mínima seja de R$ 100,00. Veja os descontos:

Parcela única – Redução de 90% da multa e juros de mora
Até 5 parcelas – Redução de 80%
Até 15 parcelas – Redução de 60%
Até 24 parcelas – Redução de 30%

Um conselho: pague logo!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Mapa do Sisu/RN 2012

O MEC divulgou o resultado das vagas oferecidas para os alunos que fizeram o ENEM e que têm a exclusividade de utilizarem-se desse parâmetro para escolher seu curso de graduação. No Rio Grande do Norte foram indicadas 1.687 vagas que foram oferecidas por 3 instituições, com 30 cursos diferentes em 8 cidades do Estado.

Antes de apresentar o mapa do Sisu/RN 2012, veja algumas curiosidades:

# Único curso de licenciatura: Computação e informática (Angicos/Ufersa/Noturno)
# Curso com maior oferta de vagas: Ciência e tecnologia com 750 vagas (Ufersa, em 4 cidades)
# Curso com menor oferta de vagas: Ciências atuariais com 10 vagas (UFRN, em Natal)
# Todos os cursos do IFRN são oferecidos em Natal e são de graduação tecnológica
# Caicó, Caraúbas e Pau dos Ferros indicam apenas uma opção de curso
# Natal e Mossoró oferecem 13 cursos diferentes


Veja o mapa das vagas do Sisu no RN:

# Instituições e vagas:
Ufersa – 1.165 vagas / 14 cursos / 4 cidades
UFRN – 330 vagas / 11 cursos / 3 cidades
IFRN – 192 vagas / 5 cursos / 1 cidade

# Cidades e vagas:
Mossoró - 665
Natal – 422
Angicos – 200
Caraúbas – 150
Pau dos Ferros – 150
Macaíba – 80
Caicó – 20

# Formação e vagas:
Bacharelado – 1.430
Tecnólogos - 232
Licenciatura – 25

# Turno e vagas:
Integral – 995
Noturno – 541
Matutino – 111
Vespertino – 40

Artigo: A especulação imobiliária “salvará” a Ribeira?

A Ribeira esteve na mídia durante várias ocasiões e com alguns intervalos pautados entre novidades, suas ausências, interesses e desinteresses, políticos e/ou econômicos. Mas, a tônica permanece inalterada: como revitalizar a Ribeira?

Algumas tentativas foram lançadas e essencialmente centradas em uma mesma proposta: reduzir o IPTU para quem investisse no bairro. Bem verdade, não funcionou muito. Uma outra tentativa – das antigas – era a revitalização e sua transformação em espaço cultural: lembro que a rua Chile em uma de suas primeiras propostas teve várias de suas fachadas pintadas e reformadas com patrocínio de uma empresa privada que, salvo engano, foi a Tintas Coral. Na época, reformularam o trecho entre o Cais da Tavares de Lira e a entrada do Porto. Ficou bonito, foi legal, mas não revitalizou a Ribeira.

A “cultura” invadiu a Ribeira com os bares e restaurantes. Alguns simpáticos atraíram público por um período, já outros tiveram uma curta duração. Outro, infelizmente, tem um “atrativo” que deveria ser abominado: uma de suas peças “especiais” é o chão talhado em madeira com o símbolo nazista, algo que seria absolutamente criminoso nos países que sofreram diretamente com a perseguição do louco que comandava a Alemanha na II Guerra Mundial; e há ainda outros pontos, mais inusitados pelo nome e que têm seu público, como Buraco da Catita.

No entanto, a revitalização prometida com novos investimentos/investidores não aconteceu. Passada mais de uma década a economia do bairro permanece a mesma ou quase diminuiu. Basta passar no sábado pela manhã no bairro para verificar que não há quase nada aberto e quase ninguém circulando pelas ruas: se não há o que vender, não haverá quem vá comprar.

Mas, a revitalização mesmo esperada, a urbana, demorou para acontecer. E, ainda, meio que timidamente como vimos recentemente. Da proposta da Prefeitura (há mais de uma década) do programa PAR com a Caixa até a construção de alguns prédios no fim da “Ladeira da Poti” ou na Cordeiro de Farias e também dos prédios da Capuche onde um dia foi Marpas foi um longo intervalo, um longo espaço vazio com a ocupação de novas moradias – ou melhor – na reurbanização da Ribeira.

Agora fala-se em nova ocupação do bairro. Consequência única e exclusivamente da especulação imobiliária.

A reforma do Plano Diretor pretende ampliar a possibilidade de construções no bairro. Motivos são vários que justificam essa boa ideia mas, na verdade, capitaneada por uma realidade cruel que a nossa Capital vem sofrendo ao longo dos anos: o metro quadrado aumentou muito de preço e os terrenos baldios cada vez existem menos. É o que se denomina pura e simplesmente de especulação imobiliária.

É uma regra do mercado. Funciona assim e não depende de cidade, menos ainda de bairro. O “mercado” vai investir onde o retorno é mais viável, onde o lucro é maior e vem mais rápido. A redução do IPTU beneficia o futuro morador, não o construtor nem a imobiliária, por isso uma foi uma atratividade menor ao investidor no passado recente.

Está próxima a revitalização da Ribeira? Parece, se a ideia do novo Plano Diretor, se confirmar, que sim, bem perto de acontecer. Quem tem terrenos disponíveis prepare-se para fazer bons negócios; mas será que ainda existem tais disponibilidades?!

CRA-Conselho Regional de Administração tem orçamento de R$ 858mil p/ 2012

O Conselho Regional de Administração divulgou seu orçamento para 2012: serão R$ 858 mil na meta de arrecadação para o próximo ano.


Considerando que é o curso superior com maior oferta de vagas o efetivo de registros esperaria por um resultado maior (mesmo considerando que nem todos são obrigados a fazer o registro – se não estão no exercício da profissão – ou podem suspender o pagamento – se não estão mais no exercício da profissão).


Já a arrecadação do Conselho Federal é mais expressiva, da ordem de R$ 16 milhões para 2012. O Conselho Regional com maior arrecadação é o de São Paulo, com R$ 17,2milhões, seguido do Rio de Janeiro com R$ 14,9 milhões.


Veja o ranking dos conselhos estaduais do Nordeste:
Bahia – R$ 6,5 milhões
Ceará – R$ 1,5 milhão
RIO GRANDE DO NORTE – R$ 858,0 mil
Maranhão – R$ 850,0 mil
Alagoas – R$ 816,0 mil
Sergipe – R$ 835,0 mil
Pernambuco – R$ 650,0 mil
Paraíba – R$ 642,0 mil
Piauí – R$ 614,5 mil (é também a menor arrecadação prevista entre todos os conselhos no Brasil)

Conclusão da ANA é preocupante para Natal e São Gonçalo do Amarante

A conclusão sobre a situação do abastecimento de água – demanda urbana – é considerada, de acordo com a ANA-Agência Nacional de Águas, preocupante para as cidades de Natal e São Gonçalo do Amarante para o ano de 2015. A única tranquilidade da Região Metropolitana de Natal fica para o município de Vera Cruz; não poderia ser menos previsível...

Veja o resultado da ANA para a Região Metropolitana:

# Satisfatório: Vera Cruz.

# Insatisfatório – Requer novo manancial: Natal e São Gonçalo do Amarante.

# Insatisfatório – Requer ampliação do sistema: Extremoz; Macaíba; Monte Alegre; Nísia Floresta; Parnamirim e São José de Mipibu.

Demanda urbana por água em Natal é 2,5 maior do que de toda a RM

A demanda urbana por água é um dos grandes problemas da cidade de Natal nos próximos anos, de acordo com a ANA-Agência Nacional de Águas: a demanda na capital é de 3.284 l/s ou 2,5 mais do que todos os demais municípios que compõem a Região Metropolitana!

O problema principal está não somente no elevado consumo, mas no diagnóstico elaborado pela entidade que identifica a necessidade de um “novo manancial”, ou seja, se não for encontrada ou disponibilizada uma outra forma de acesso de água para a população da Capital, em alguns anos teremos grandes dificuldades de abastecimento (isso me faz lembrar Recife, anos atrás, quando houve problema de abastecimento e o consumo de água mineral disparou; evidentemente, a despesa doméstica seguiu o mesmo caminho).

Para complementar o problema, São Gonçalo do Amarante tem o mesmo diagnóstico de Natal. Não há como dimensionar se esse estudo já incorpora o novo aeroporto, visto que os dados são de 2010, antes do leilão e concessão para construção/gestão do mesmo.

Veja a demanda urbana por água nos municípios da Região Metropolitana de Natal – e seu distanciamento – de acordo com as projeções da ANA para o ano de 2015:

Natal – 3.284 l/s
Parnamirim – 686 l/s
Macaíba – 156 l/s
Ceará-Mirim – 138 l/s
São Gonçalo do Amarante – 118 l/s
São José de Mipibu – 74 l/s
Extremoz – 53 l/s
Nísia Floresta – 44 l/s
Monte Alegre – 32 l/s
Vera Cruz – 14 l/s

ps: Vera Cruz, o mais novo município da Região Metropolitana, demonstra mais uma disparidade com seus “colegas”.

Quantas estatais tem o Brasil?

As privatizações tiveram seu ciclo no Brasil e hoje não estão mais no programa do Governo Federal. Apesar do debate que de vez em quando vem à tona, ainda há um número importante de estatais no País: 121.

Algumas dessas estatais conhecidas do público potiguar (Codern, Caixa, Banco do Brasil, Bndes, Petrobras etc); outras com suas subsidiárias e divisões que ampliam esse número (setor financeiro da Caixa ou do Banco do Brasil, divisão geográfica da Eletrobrás ou , ainda, distribuição acionária/setorial da Petrobras).

Algumas delas não, acho, menos conhecidas: Petrobrás Negócios Eletrônicos, Petrobras International Finance Company, 5283 Participações Ltda, Brasilian (com “s” mesmo) American Merchant Bank ou Cordoba Financial Services GmBH.

A distribuição das estatais por atividade é assim apresentada pelo Ministério do Planejamento:

Setor de energia elétrica (grupo Eletrobrás) = 17
Setor de energia geral = 1
Setor de petróleo, derivados e gás natural (grupo Petrobras) = 40
Setor de transportes = 12 (sendo 8 hidroviário, 3 ferroviário e 1 aeroviário)
Setor financeiro = 18
Outros setores = 33

Mossoró ganha curso de Enfermagem

O MEC autorizou mais um curso para a cidade de Mossoró. Desta vez a chamada graduação “plena” com o curso de Enfermagem autorizado para a Universidade Potiguar-UnP.

O curso tem uma oferta importante de vagas: foram autorizadas 560 vagas anuais. Provavelmente, com a chegada do novo curso, deverá atrair público-alvo do interior do Estado mas também do vizinho Ceará; e deverá diminuir a concorrência para o próximo vestibular da UFRN.

Novo curso de Gestão comercial, em Mossoró

O MEC autorizou mais um novo curso – presencial – para o Rio Grande do Norte: Mossoró já poderá iniciar 2012 com a turma de Gestão comercial no formato graduação tecnológica (menor duração e mais focado: em geral 2 ou 2,5 anos tem sido o formato dos cursos no Estado).

Foram autorizadas 240 novas vagas anuais para a UnP (provavelmente divididas em duas turmas, uma em cada semestre).

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

FAS, em Currais Novos, obtém renovação do MEC

A FAS-Faculdade do Seridó teve o reconhecimento do MEC prorrogando a validade de suas atividades acadêmicas por mais cinco anos.



Atualmente, de acordo com o sítio da Faculdade, dois cursos estão disponíveis em graduação na cidade de Currais Novos: Ciências Contábeis e Turismo.

O risco do crédito do ao consumidor: o caso da Riachuelo

A Midway Financeira é a responsável pelo crédito aos consumidores da Riachuelo. Como toda e qualquer atividade que envolva crédito, o risco faz parte do negócio.

Para o grupo, não é diferente: dos 826.458 cartões emitidos pelo grupo, 97.721 estão com atrasos em suas faturas há mais de 181 dias: isso representa apenas 11,8% do total dos consumidores (aqueles que estão em dia correspondem a pouco mais de 70%).

Como o ticket médio atual é de R$ 124,11, ainda que os valores devidos não sejam esses, é possível imaginar um pouco o valor com “devedores duvidosos” – como são tecnicamente chamados: mais de R$ 10 milhões.
Em outras palavras, mesmo uma soma alta, é muito pouco impactante nos negócios da empresa!

Midway Financeira: um milhão de cartões de créditos em 2011?

A Midway Financeira, braço financeiro do grupo Guararapes/Riachuelo tem como meta encerrar o ano de 2011 com a emissão de 1 milhão de cartões de créditos, em parceria com as bandeiras Visa e Master.

Até o mês de setembro a contagem tinha chegado aos 690 mil “plásticos” como diz a empresa. Mantido o ritmo de sua proporcionalidade, chegariam a 920 mil cartões; é possível que a meta, com as vendas do final do ano – sempre aquecidas – possam contribuir para o patamar do milhão.

Em 2011 a receita dessas operações foi de R$ 424,2 milhões com um substancial crescimento de 50,1% em relação aos também nove primeiros meses do ano passado (R$ 282,6 milhões). No final das contas, o lucro com essas operações, nesse ano, correspondeu R$ 81,1 milhões com um incremento de 42,5% em relação a 2010.

Mais uma integração das atividades do grupo: produz (Guararapes) para ela mesmo vender (Riachuelo) e ela mesmo financiar (“plásticos”). Falta algo mais?

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Como seria a IG do “Melão de Mossoró”?



Após a análise do pedido de indicação geográfica-IG para o Melão de Mossoró será preciso trabalhar a marca para identificação fácil e rápida pelo consumidor.

Para ilustrar as atuais IGs brasileiras já certificadas, seguem as opções escolhidas (algumas bem criativas, como o queijo Serro – até o desenho vem no formato do queijo – mas, outras meio “sem graça”...).









Indicações geográficas: melão de Mossoró primeiro candidato do RN

O melão de Mossoró é o primeiro “candidato” a obter o registro oficial de IG ou indicação geográfica, concedido pelo INPI-Instituto Nacional da Propriedade Industrial. O reconhecimento, caso seja concedida a IG, tem validade internacional e passa a ser uma certificação diferenciadora dos demais produtos.

Mas, é bom lembrar: o simples registro e a concessão da IG não garantem imediatamente nenhum diferencial no mercado. Continua sendo a qualidade do produto seu maior diferencial e será a sua identificação e associação pelo consumidor com a qualidade que “validará” o IG no mercado. Em outras palavras, o IG é um “selo” que cria um diferencial mas não garante no mercado preços melhores.

É bem verdade que é um referencial, uma marca registrada de um processo ou procedimento de produção. Mas precisa de continuidade no bom trabalho já desenvolvido; no caso do melão de Mossoró será uma continuidade de um produto que já conquistou há tempos o mercado internacional.

E para aqueles que produzem melão mas não terão o label “melão de Mossoró”, é correr atrás do prejuízo.

No Brasil já há 15 IGs concedidas. E outras 22 em avaliação. No Nordeste, para frutas, a primazia da IG coube aos produtores do “Vale do Submédio São Francisco” com a uva de mesa e a manga. Veja a lista de registros protocolados no INPI (atenção: a lista é exclusiva para produtos brasileiros e não contempla as validações/reconhecimentos internacionais no Brasil):

Indicações geográficas concedidas: 15
Região do Cerrado Mineiro (café)
Vale dos Vinhedos (vinho e espumante)
Pampa Gaúcho (carne bovina e seus derivados)
Paraty (cachaça)
Vale do Submédio São Francisco (uva de mesa e manga)
Vale dos Sinos (couro)
Região da Serra da Mantiqueira (café)
Litoral Norte Gaúcho (arroz)
Pinto Bandeira (vinho e espumante)
Pelotas (doces tradicionais e confeitaria de frutas)
Região do Jalapão (artesanato em capim dourado)
Região da Costa Negra (camarão)
Serro (queijo)
Goiabeiras (panelas de barro)

Em avaliação: 22
Alta Mogiana Speciality Coffees (café)
Norte Pioneiro do Paraná (café)
Paraíba (algodão)
Região de Salinas (cachaça)
Linhares (cacau)
Canastra (queijo)
Região Pedra Carijó Paduana (gnaisse)
Região Pedra Madeira Paduana (gnaisse)
Região Pedra Cinza Madeira (gnaisse)
Região Pedra Cinza Paduana (gnaisse
Cachoeiro de Itapemirim (mármore)
Vale do Vinhedos (vinho e espumante)
Vale de Uva Goeth (vinho)
São João del-Rei (artesanato em estanho)
Cerrado Mineiro (café)
Franca (calçados)
Pedro II (opala e joias artesanais)
Manguezais de Alagoas (própolis)
Porto Digital (tecnologia)
São Tiago (biscoito)
Divina Pastora (renda)
Mossoró (melão)

Brasinox repete prejuízo contábil em 2010

Se por um lado o patrimônio imobiliário da empresa vai vem (quase R$ 70 milhões), na atividade-fim o resultado ficou diferente do desejado: prejuízo em 2010, repetindo o mesmo destino de 2009. Em 2010, R$ 786,5 mil maior do que o do ano anterior, de R$ 589,3 mil.

Com forte queda no faturamento/vendas em 2010 (R$ 1,3 milhão ante R$ 1,7 milhão em 2009) a empresa tem a vantagem de não indicar débitos originários de empréstimos bancários.

Mas, ao verificar o acumulado histórico da empresa, o montante dos prejuízos é elevado: R$ 22,3 milhões até o momento. Bom momento para redução do patrimônio e venda de áreas (ou já houve em 2011)?

Brasinox, patrimônio de R$ 70 milhões

A Brasinox publicou seu balanço patrimonial dos anos de 2010 e 2009.

O patrimônio declarado enquanto “imobilizado” está dividido essencialmente em “terrenos” e “edificações e instalações industriais”. Enquanto as construções somam apenas... R$ 16,8 milhões, em terrenos a valorização é considerável: R$ 53,6 milhões! Um patrimônio significativo para uma empresa que não tem como atividade principal o setor imobiliário. A Brasinox, localizada em Parnamirim, no que foi um dia o Distrito Industrial daquela cidade, ocupa uma área extremamente valorizado nos dias atuais: é para lá que Natal tem crescido, às margens da BR-101, nos imites da vizinha Parnamirim.

A finalização do prolongamento da Prudente de Morais projetaria ainda mias aquela área da Brasinox no mercado imobiliário. Mas, pelo valor indicado no balanço, outros terrenos devem ser de propriedade da empresa; ou então, a extensão do imóvel onde está a fábrica vai muito além na direção do “interior” da BR (deve ser um terreno, diria, “compridão”!).

Quanto rendeu para quem apostou no dólar em 2011?

Continuando o raciocínio anterior, quanto seria o rendimento financeiro dessa “aplicação” em moeda dólar? Veja a diferença em função da mês de referência:

Janeiro – 13,3%
Fevereiro – 13,7%
Março – 15,4%
Abril – 22,2%
Maio – 31,8%
Junho – 35,9%
Julho – 50,8%
Agosto – 68,7%
Setembro – 77,3%
Outubro – prejuízo!
Novembro – 90,1%

O cálculo foi baseado no valor do dólar entre o primeiro dia útil de cada mês e a cotação de 20 de dezembro. Foi mensurado o rendimento para o período, a taxa dividida nos respectivos meses de diferença e, novamente, anualizada (12 meses de juros). Assim, entre janeiro e dezembro a diferença foi de 12,%, o que significa (em 11 meses) uma taxa mensal de 1,045% - em 12 meses corresponderia aos 13,3% acima indicados. Outro exemplo: quem comprou dólar em agosto teve uma diferença positiva de 19,0% até dezembro: como são 5 meses de intervalo, em um ano isso significa 68,7% de juros.

Resumindo: quem deixou para “investir” em dólar no final do ano fez a melhor opção (exceção feita ao mês de outubro).

Em qualquer das demais situações superou todas as expectativas: ninguém acreditava, no início do ano, que o dólar saísse do lugar e tivesse uma mudança tão grande; ninguém seria capaz de apostar no dólar a R$ 1,80 ou algo mais, nem o mais otimistas dos exportadores.

Quem apostou no dólar em 2011? (1)

Quem apostou na alta do dólar em 2011 como “aplicação financeira” teve, em geral, uma boa surpresa não antes sem alguns sustos pela variação, o sobe-e-desce de alguns meses que fizeram o dólar sair de perto de R$ 1,50 para R$ 1,88: mais de 25% de mudança de patamar em menos de 12 meses.

Mas, quem apostou no dólar ganhou alguma coisa?

Fiz um levantamento – apenas para ilustrar – com a seguinte hipótese: se alguém decidisse comprar dólares no dia primeiro útil de cada mês e, na terça (dia 20) resolvesse vender tudo o que havia comprado, o que aconteceria? Ganharia ou perderia? Muito ou pouco? É claro que o mercado financeiro não age assim e as especulações sobre a moeda envolvem outras negociações e variáveis, mas nos mostra o quanto pode ter um sido bem sucedido quem comprou – e vendeu – na hora certa.

Para efeito de facilitação do cálculo, os valores utilizados foram a PTAX do valor de compra da moeda norte-americana (taxa média do dia estipulada pelo Banco Central) . A cotação foi a seguinte:

Janeiro – R$ 1,6502
Fevereiro – R$ 1,6623
Março – R$ 1,6619
Abril – R$ 1,6186
Maio – R$ 1,5739
Junho – R$ 1,5870
Julho – R$ 1,5591
Agosto – R$ 1,5543
Setembro – R$ 1,6032
Outubro – R$ 1,8804
Novembro – R$1,74990
E finalmente, 20 de dezembro – R$1,8501

Nessa sequência somente perderia quem tivesse realizado sua compra no primeira dia útil de outubro. Para todos os demais, se alguém tiver “aplicado” em dólar fecharia o ano com uma boa vantagem.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

RN & Coreia do Norte: comércio exterior (como era de esperar) muito fraco

Com a morte do ditador da Coreia do Norte o país passou o ser o centro de atenções, sobretudo quanto ao futuro de suas relações diplomáticas (e bélicas). Fui pesquisar quanto ao comércio internacional com o Brasil: nada de muito animador nem de muito dinâmico em termos de negócios...


A última exportação do RN para a Coreia do Norte foi em 2006: vendemos 864 camisetas estilo “t-shirt” no valor total de US1.735 (será que era “ano eleitoral” por lá?...). E entre 2001 e 2011 o Rio Grande do Norte conseguiu exportar US 8.203, tudo também em “t-shirts”.

Já as importações do Estado são 'bem mais movimentadas":
2011 (até novembro) – US 1.800: monitor
2010 – US 30.000: ecógrafo
2009 – US 181.887: válvulas e tubos de ferro/aço

No Brasil a parceria comercial é bem maior, mesmo se nossas exportações sejam absolutamente incipientes no contexto geral; veja as vendas do Brasil para aquela país:
2011 (até novembro) – US 14,2 milhões
2010 – US 21,5 milhões
2009 – US 82,6 milhões

Nas importações também nada muito empolgante:
2011 (até novembro) – US 45,3 milhões
2010 – US 121,1 milhões
2009 – US 95,7 milhões

Quantas estatais tem o Brasil?

As privatizações tiveram seu ciclo no Brasil e hoje não estão mais no programa do Governo Federal. Apesar do debate que de vez em quando vem à tona, ainda há um número importante de estatais no País: 121.

Algumas dessas estatais conhecidas do público potiguar (Codern, Caixa, Banco do Brasil, Bndes, Petrobras etc); outras com suas subsidiárias e divisões que ampliam esse número (setor financeiro da Caixa ou do Banco do Brasil, divisão geográfica da Eletrobrás ou , ainda, distribuição acionária/setorial da Petrobras).

Algumas delas não, acho, menos conhecidas: Petrobrás Negócios Eletrônicos, Petrobras International Finance Company, 5283 Participações Ltda, Brasilian (com “s” mesmo) American Merchant Bank ou Cordoba Financial Services GmBH.

A distribuição das estatais por atividade é assim apresentada pelo Ministério do Planejamento:

Setor de energia elétrica (grupo Eletrobrás) = 17
Setor de energia geral = 1
Setor de petróleo, derivados e gás natural (grupo Petrobras) = 40
Setor de transportes = 12 (sendo 8 hidroviário, 3 ferroviário e 1 aeroviário)
Setor financeiro = 18
Outros setores = 33

“Paraísos fiscais” também investem no Brasil

O Censo 2011 do Banco Central sobre capital estrangeiro investido no Brasil aponta um total de US 660,5 bilhões aplicados com a liderança da Holanda (US 169,5 bilhões), Estados Unidos (US 125,4 bilhões) e Espanha (US 79,5 bilhões).

Mas, há outros dados interessantes entre os vintes países com maior volume de investimento: paraísos fiscais ou centros bancários financeiros (sigilo sob forte proteção) também aparecem:

Em 4º lugar – Luxemburgo, com US 33,1 bilhões
Em 11º lugar – Ilhas Cayman, com US 14,8 bilhões
Em 14º lugar – Bermudas, com US 8,1 bilhões
Em 19º lugar – Ilhas Virgens Britânicas, com US 6,4 bilhões

Juntos, esses países “investidores” detêm cerca de 9,5% do capital estrangeiro no Brasil.

Eventualmente... você conhece alguma multinacional com sede em Luxemburgo? E aqui mais perto, nas Ilhas Cayman, Bermudas ou Ilhas Virgens Britânicas? Encontrar cidadãos desses países “circulando” já é pouco comum, imagine grandes empresas desses países!

Brasil, país globalizado: US 660,5 bi em capital estrangeiro.

O Censo de capitais estrangeiros do Banco Central, divulgado na semana passada, traz alguns números interessantes da economia internacional no Brasil. Um deles revela quanto o País é dependente de capital estrangeiro para seus investimentos na iniciativa privada; diz o relatório que “O estoque total de IED apurado pelo Censo 2011, na data-base 31 de dezembro de 2010, atingiu US$660,5 bilhões, o equivalente a 30,8% do PIB”.

Evidentemente que são comparações distintas, não é possível dizer que quase um terço do nosso PIB pertence a estrangeiros... Um dado é o estoque – o Censo do capital acumulado – o outro refere-se à contribuição da riqueza gerada em apenas um ano – o PIB.

Mas, é possível ver o quanto nossa economia está globalizada: numa hipótese inviável economicamente, mas ilustrativamente possível, se os investidores estrangeiros decidissem tudo vender e repatriar o seu capital, nosso PIB despencaria...

Em conclusão, os dados mostram que a economia brasileira está mais do que nunca globalizada (de acordo com o Censo 2011 houve um aumento de mais de 250% em relação ao último Censo, em 2006). Dependemos da economia internacional e de seus investidores.

Uma crise lá fora nos afetará sensivelmente. Para que a economia brasileira cresça, mais do que nunca, dependemos da “riqueza” externa: se eles estiverem bem por lá, ficaremos bem aqui; ou, na verdade, melhor do que eles.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

ENA: um modelo francês de gestão pública; 66 anos de sucesso

A ENA-Ecole nationale d’administration (ou Escola Nacional de Administração) é um ícone global quando se fala em formação e qualificação profissional no mundo de gestão pública. De origem francesa, foi criada em 9 de outubro de 1945 pelo general De Gaulle para ser um estabelecimento acadêmico para formar a “excelência” dos novos gestores.

Hoje, 66 anos após sua criação, orgulha-se de ter “produzido” 2 presidentes da república (Chirac e Giscard d’Estaing) outros 7 primeiros-ministros e um grande número de ministros e gestores de primeira linha do Governo. Os concluintes do ENA têm emprego garantido e são disputadíssimos no mercado, sobretudos os melhores classificados.

Essa proposta francesa se multiplicou em alguns outros países. Mas, a excelência dos resultados e a identidade imediatamente associada entre gestão pública e profissional qualificado está longe de repetir o sucesso europeu.

No Brasil temos a nossa ENAP-Escola nacional de Administração Pública com sua qualidade indiscutível e seus diferentes programas de requalificação de servidores públicos federais. Tem suas atribuições e suas demandas cosntantes.

Mas, falta ainda algo mais.

Alguém, que ocupa funções importantes na Administração Pública, “conta vantagens” de ter estudado na ENAP? O mercado de trabalho reconhece um profissional que conclui cursos na ENAP? Claro, o formato nosso é bem diferente, inclusive quanto a duração de cursos e sua titulação (na França, equivale a graduação); as comparações não podem ser tão imediatas.

Mas, é evidente que a proposta de fortalecer a Administração Pública teve sua inspiração em exemplos como a ENA; ficamos no modelo, não conseguimos colocar em prática os resultados. E quando vemos a repetição da corrupção no setor público, há de se pensar se não é – novamente – hora de buscar a profissionalização do servidor público? Para o bem do Brasil; o meu e o seu também.

Eólicas Mangue Seco autorizadas a comercializar

As eólicas Mangue Seco, com sede na cidade de Guamaré, já estão autorizadas a comercializar sua produção a partir deste mês de outubro.

As 13 “UG-Unidade Geradoras” das Mangue Seco 1, Mangue Seco 2 e Mangue Seco 3, após o teste de produção autorizados no mês de setembro passado, já estão aptas a produzir e comercializar sua produção de energia eólica. O início da permissão para construção de usinas eólicas, por meio de leilão, tem sua etapa finalizada somente após o período de teste para, finalmente, ter suas unidades “liberadas para início da operação comercial”.

É a partir dessa “liberação” que o fluxo de caixa começa a registrar alguma receita após 2-3 anos de investimentos por parte das eólicas.

Guamaré, que já contava com Alegria 1 em funcionamento, continua sendo o maior produtor de energia eólica do RN.

Uma indústria com 100% da receita com “aluguéis e locação”?

Semana passada fiquei, aqui, na dúvida sobre o setor de couros e peles no Rio Grande do Norte, se havia ainda alguma empresa em plena atividade no Estado; mencionava as duas mais tradicionais no final do século passado, os curtumes J. Motta e Inpele. A dúvida tinha surgido devido ao anúncio de convocação dos acionistas, por esta última empresa, para discutir os resultados de 2010.

Já agora, a Inpele publica seus resultados: em 2010 toda sua receita bruta é exclusivamente originária de “aluguéis e locações”; tal como em 2009 também. Ano passado, R$ 1,6 milhão e próximo R$ 1,5 milhão no outro ano.

Não há mais nenhuma atividade produtiva como apontam os próprios dados do balanço: “a empresa deixou de funcionar” diz uma das “Notas explicativas das demonstrações financeiras”. Ao menos, ainda restou uma receita!

domingo, 9 de outubro de 2011

Lojas Americanas se mudaram em Capim Macio: quantos meses de multa contratual?

As Lojas Americanas – finalmente? – mudaram de endereço e não estão mais no antigo shopping da av. Roberto Freire onde hoje funciona uma das sedes da UnP; mudaram-se – também finalmente? – para o Praia Shopping.

O contrato de locação, especulava-se, já estava vencido há alguns meses, mas o fluxo de estudantes da Universidade garantia uma boa receita, principalmente nas guloseimas e lanches exibidos nas prateleiras, mais baratos do que no comércio próximo.

Esse final de semana não há mais quase sinal das Lojas Americanas. O letreiro saiu e há um singelo aviso pregado em uma das portas de vidro, um simples papel no formato A4. Mas, o resultado da mudança ainda é visível: há muitas pequenas coisas a serem transferidas e o muito papel-lixo a recolher.

A dúvida é saber se houve renegociação do contrato ou se as Lojas Americanas decidiram bancar a multa contratual ao longo de todo esse ano. Quem ganhou? Quem perdeu?

“Dia da crianças” será convertido em “Dia dos importados”?

Está chegando uma das datas mais comemoradas pela indústria e comércio: 12 de outubro, Dia das crianças.

A data que, antigamente, era somente comemorada pelo setor de brinquedos (eventualmente também setor de confecções) é hoje, com tantas facilidades eletrônicas, festejada por vários segmentos produtivos; no comércio, mais ainda, as opções de presentes para “as crianças” estão cada vez maior e cada vez mais dinamizadas com tecnologia (consequentemente, mais caras!).

Essa relação afetiva-comercial já mostrava um grande sinal de mudança desde os anos 1990. Para que vivenciou (ou comprou presentes) nessa época, ainda guarda na memória nomes como Caloi, Monark, Estrela etc.

Hoje, as marcas são essencialmente... “made in China”!

É uma proliferação de produtos, de brinquedos a eletrônicos, importados que os novos aliados do comércio brasileiro com o Dia das crianças são os fabricantes chineses. É quase um “Dia dos importados” no Brasil.

Basta ver o que acontecerá na 25 de março nos próximos dias para acompanharmos a multidão se dirigindo para o maior centro comercial da pirataria do Brasil em busca de presentes, seja para compra ou para revenda; e o peso dos produtos importados é quase dominante em todas as lojas.

Em breve, nessa dinâmica avassaladora de preços baixos (qualidade duvidosa, algumas vezes...) de produtos importados, teremos nos próximos anos uma transição para o Dia dos importados; ou, se você preferir, o Dia da China no Brasil.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

“Brisas do Brasil”: faltou fôlego ou mercado para o investimento?

A crise de 2008 que ainda repercute no Rio Grande do Norte no mercado imobiliário e agora reforçada pela crise na zona do Euro – a Grécia em particular – continua provocando desinvestimentos no Estado.

Desta vez foi a Brisas do Brasil, resultado de um investimento que, em 2007, quando se consolidou, prometida sólido capital da Espanha (da região de Múrcia) para investimentos imobiliários no Rio Grande do Norte; não deu certo.

Agora, a proposta é encerrar as atividades e recolher o projeto, quem sabe num futuro mais próximo. A esperar; mas a esperar a crise na Europa ir embora.


Obs: a Brisas do Brasil Empreendimentos Imobiliários Ltda (CNPJ 08.684.120/0001-67) parece ter ainda uma dificuldade a mais a resolver, juridicamente, no que parece ser sua co-irmã, a Brisas do Brasil Resort (CNPJ 09.190.558/0001-51).

Infraero requer renovação de Licença de Operação

A Infraero formalizou seu pedido de renovação de Licença de Operação junto ao Idema.

Um fato aparentemente banal, mas que muitas empresas – sejam estatais ou privadas – esquecem de fazer: solicitar a renovação de sua licença, uma obrigação para que o funcionamento seja legalemente autorizado. Muitas empresas se preocupam apenas em obter a primeira licença e vão buscar a renovação quando passam por obras ou quando são fiscalizadas; a penalidade, pela falta da licença, em função da gravidade do dano – efetivo ou iminente – pode ser a interdição das atividades.

A Infraero protocolou a “renovação da Licença de Operação (LO) Nº 2009-029787/TEC/LO-0501 do Aeroporto Internacional Augusto Severo, localizado no Município de Parnamirim/RN”.

Bullyng também é um (bom?) negócio!

O bullyng, quem diria, também está gerando negócios aqui no Rio Grande do Norte, em Natal!

A expressão, embora antiga, mas que ficou marcada recentemente no cenário brasileiro com os vídeos amadores postados no Youtbube e sempre associada às tragédias nas escolas, além de render páginas e longos minutos na TV explicando o que fazer e como fazer, agora é objeto de apropriação pelo mercado.

Em Natal a Grace Kids já oferece até mesmo um curso! Um curso, com base em defesa pessoal, para proteger do assédio: combater com armas iguais, meios físicos é a melhor ideia? A empresa parece achar que sim.

Mercadologicamente será fácil saber: basta acompanhar por quanto tempo a placa-propaganda da Grace Kids – ali na Prudente de Morais – permanecerá em destaque com a informação “exclusivo programa anti-bullyng”. Enquanto estiver lá, mercado existirá.

Associação de boneleiros terá lei própria de utilidade pública

A ASFAB-Associação Seridoente de Fabricantes de Boné, com sede em Caicó, ganhará sia lei estadual de reconhecimento de “utilidaede pública”. A lei é essencial para que entidades possam pleitear junto ao Governo no Estado apoio através de convênios.

Para a ASFAB a importância está revestida na preocupação com a Expoboné quer terá sua quinta edição em Caicó no período de 26 a 28 de outubro (http://www.expobone.com.br).

Na última edição, ano passado, em Apucarana (onde sempre ocorreu o evento) foram cerca de 45 expositores (produtores, prestadores de serviços, entidades etc). A edição 2011 em Caicó conta com previsão de estandes na mesma proporção.

Feriado no RN, mas mercado financeiro e Bolsa continuaram operando. Você apostaria em ações?

Enquanto o RN curtia o feriadão da segunda-feira o mercado financeiro, ele, não parava: a crise na Grécia, a forte oscilação de algumas ações na Bolsa de Valores em São Paulo e a manutenção do dólar em alta (R$ 1,88 na cotação do Banco Central, mas R$ 2,02 no “câmbio turismo” ) deixaram os investidores mais ainda sem saber o que acontecerá nas próximas horas.

Aflitos mesmo (e não somente eles) devem estar os pequenos investidores, quem acreditou que ganhar na Bolsa era “moleza” e agora se vê numa dúvida cruel: parar de aplicar e vender na baixa ou aguardar mais um pouquinho para ver se melhora?

Enquanto isso e a dúvida ainda permanece distante da dívida (se continuar em fortes quedas as ações valerão menos do que o preço de compra), vejam esses números de evolução:

Em um mês – Queda de 10% na Bolsa;
Em 3 meses – Queda de 20%;
Em 6 meses – Queda de 27%; e
Em 1 ano – Queda de 28%.

Se você ainda tem capital sobrando, não tem pressa, gosta de fortes emoções e tem um sangue frio danado, quem sabe, essa é a hora – a crise – de comprar ações... Quem arriscaria?



Supermercado de bairro: distante do RN até quando? Na Ribeira? (2)

Os supermercados de bairro não conseguiram seu espaço no RN, mais particularmente em Natal.

Mas, talvez essa realidade possa ser repensada embora com um outro argumento, movido também pelos lançamentos imobiliários: é cada vez maior o número de apartamentos menores... Ou seja, parte expressiva dos imóveis construídos e/ou lançados nos últimos anos adotou o perfil dos 50m2: dois quartos, uma sala e uma minicozinha (que alguns insistem em promover como “cozinha americana”; particularmente, um balcão para colocar pratos e esconder o fogão da sala....).

Fato é que os novos apartamentos perderam um “artigo de luxo”: a dispensa ou um espaço próprio para a estocagem de alimentos.

Resultado disso: fim das grades compras “do mês” e início de um novo consumo, aquele semanal (ou até mesmo com maior intensidade), em pequenas quantidades para as necessidades mais imediatas e um “estoque” bem menor de produtos em casa. Simplesmente por falta de espaço!

A Ribeira é um belo exemplo dessa nova realidade. Essencialmente todos os lançamentos daquele bairro são apartamentos pequenos (miniaturas?), focados em famílias pequenas ou pessoas sozinhas (solteiros, separados ou aposentados).

Na Ribeira não há supermercados. Nem mercados de bairro para atender essa demanda que é continuamente crescente. Em breve, acredito, será uma nova realidade; contagiará os demais bairros que crescem no modelo “apertamentos”? Muito provavelmente...

Supermercado de bairro: distante do RN até quando? (1)

Em toda a Europa e nos Estados Unidos, Canadá etc é bastante comum encontrarmos os chamados supermercados de bairros. São aqueles pequenos estabelecimentos que oferecem os mesmos serviços de supermercados mas num espaço bastante reduzido, com lojas de até 50m2, por exemplo.

Mas, são entendidos como supermercados tendo em vista a mesma capacidade de ofertas e de lay out das grandes lojas e os mesmos serviços apenas, claro, redimensionados ao porte da loja: das marcas prime ao mix variado de setores, com publicidades em encartes, promoções e uma mesma sensação de conforto e acessibilidade de uma grande loja (o que difere muito do nosso mercado sob o aspecto das condições e serviços internos).

O consumidor desses países já está acostumado a fazer pequenas compras e é nesses supermercados de bairros que ele abastece o dia a dia. Há, certamente, os hipermercados mas, sempre – a legislação da ocupação do solo é diferenciada – em pontos distantes do centro, geralmente nas saídas das cidades (para garantir melhor fluxo de veículos e reduzir o fluxo nas áreas centrais e residenciais).

Aqui no RN já houve tentativa de investimento nesse segmento. Foi quando o volume de estrangeiros era bem expressivo no Estado e a chamada segunda residência imperava nos lançamentos imobiliários; acreditava-se que os hábitos lá no exterior seriam replicados aqui.

Mas, não deu certo. Os investimentos minguaram e a lógica de compra do norte-riograndense continua a mesma, a de procurar supermercados e hipermercados, as compras no bairro somente para aqueles itens esquecidos nas grandes compras.

A filosofia pensada para o RN não foi efetivada, mas a ideia ainda prospera em alguns momentos, mesmo se muito timidamente e ainda com uma carga de desconfiança elevada: é possível mudar esse hábito de consumo aqui em Natal? Poucos, infelizmente apostam na ideia.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Artigo: Porto de Natal: 20 anos de uma parceria

O artigo foi publicado na Tribuna do Norte (2 outubro 2011)


PORTO DE NATAL: 20 ANOS DE UMA PARCERIA


O Porto de Natal comemorará uma data histórica na próxima terça-feira, dia 4 de outubro: 20 anos da primeira exportação de melão do Rio Grande do Norte! Um marco que merece ser enaltecido pela parceria que, desde então, foi estabelecidA entre o Porto e os produtores-exportadores de frutas do Estado.

Aquela safra de melão de 1991 prometia um diferencial em relação a todas as estratégias de comercialização e de logística enfrentadas pelos produtores de Mossoró; até então, parte das nossas frutas eram exportadas utilizando o porto de Cabedelo, um percurso adicional de cerca de 200km que não somente dificultava o transporte terrestre como comprometia a qualidade da fruta que demorava mais a chegar a bordo do navio (naquela época não havia exportação por contêiner refrigerado, prática comum e absolutamente essencial na atualidade). Isso sem falar no custo do frete, acrescido em função da distância.

O desafio maior era, portanto, criar uma condição favorável para que nossa produção não passasse aqui por perto sem poder usufruir plenamente do equipamento logístico existente em Natal. Mais do que uma demanda dos exportadores era um desafio para o Porto de Natal que soube buscar, literalmente, no porto vizinho a experiência e o conhecimento para realizar os embarques: visita técnica e iniciativa fizeram com que as condições exigidas pelas empresas transportadoras marítimas fossem também asseguradas no Porto de Natal.

E, apesar da inquietação natural com a “estreia” no novo cenário, tudo deu certo já no primeiro embarque.

Kho-Fu foi o primeiro navio a atracar no Porto de Natal no dia 3 de outubro (para embarque no dia seguinte). Veio buscar 1,2 tonelada entre melão e manga produzidos na região de Mossoró e do Vale do Açu. Era uma iniciativa pioneira e ousada, transferir uma rota com toda a logística já testada para poder oferecer, em condições iguais de serviços, uma vantagem inquestionável para os exportadores do Rio Grande do Norte; e nossos primeiros embarques também tiveram os mesmos destinos internacionais, os portos de Dover, na Inglaterra, e o de Roterdã, na Holanda.

A mudança mais radical, entre 1991 e 2011, certamente está na esfera produtiva. Naquele ano histórico para a fruticultura tropical do Rio Grande do Norte os exportadores eram os ícones na nossa agricultura de exportação: a Fazenda São João, a Maísa e a Frunorte. Hoje, infelizmente, já não produzem mais nem são mais exportadoras. O mercado traçou outras diretrizes para essas fazendas mas não tirou, em momento algum, o brilho de terem sido as pioneiras no mercado internacional de frutas do Rio Grande do Norte.

Se a contribuição da Fazenda São João, Maísa ou Frunorte para nosso comércio internacional não aparecem diretamente hoje em dia é apenas e tão-somente porque não são mais exportadoras; mas é inegável que a contribuição indireta permanece nos dias atuais: foi graças as essas empresas que o Rio Grande do Norte entrou – e permanece – no cenário internacional. Hoje, também para o Porto de Natal, os desafios são outros, assim como o cenário local ou internacional são mais desafiadores e a concorrência é bem mais acirrada: naquela época não tínhamos grandes portos nos avizinhando, como Pecém, em Fortaleza, e Suape, na proximidade de Recife.

Temos um porto que, mesmo sendo de “pequeno porte” proporciona – aproveitando o clichê – “grandes negócios”. Nossa estratégia de internacionalização passa, necessariamente, pela continuidade do Porto de Natal e, mais ainda, pela necessidade de sua expansão, de crescimento em capacidade de oferecer, novamente, mais serviços (que hoje os importadores também já sabem bem aproveitar, do trigo, mais há mais tempo, aos recentes desembarques de equipamentos das eólicas). Os projetos e as ideias de expansão de um “novo” Porto já existem e merecem toda a atenção; afinal, não é possível pensar em desenvolver nossas exportações sem uma logística de suporte sempre mais eficiente e competitiva.

Já são duas décadas de uma parceria de bons negócios para a fruticultura do Estado. Hoje os exportadores têm outras opções, sem dúvida, mas o Porto de Natal continua sendo fundamental para nossa realidade econômica. No próximo dia 4 de outubro será apenas um marco comemorativo de 20 anos ininterruptos de sucesso nas exportações de frutas do – e pelo – Rio Grande do Norte; na semana em que os preparativos da primeira exportação a granel (o minério de ferro) acontecem pelo Porto de Natal, que venham os próximos anos com muitas outras consolidadas comemorações, de parcerias históricas repetidas ao longo dos próximos anos.

Otomar Lopes Cardoso Junior

A Inpele ainda produz?

A Inpele ainda produz?

Pensava que a atividade de beneficiamento de couro no Estado já houvesse encerrado sua produção, não mais existindo as tradicionais empresas às margens do rio Potengi (lembram do curtume J. Motta?). Mas, pelo menos oficialmente, a empresa Inpele subsiste e até publicou convocação de Assembleia Geral de seus sócios.

Na internet achei um site sobre o grupo Lima de Souza (http://www.rcentrium.com/limadesouza/lima.html) que comenta sobre a Inpele e a Colorado Couros. Fui visitar a fábrica da Colorado Couros há uns 10/12 anos quando era um grande projeto de indústria de calçados para o Estado: infraestrutura pronta, equipamentos comprados, mas faltava ainda – pouco; se não me falha a memória, a liberação de uma última parcela do financiamento agraciado com Finor/Sudene – algo para seu funcionamento. Pesquisando no outro site do grupo (http://www.rcentrium.com/) as informações mais recentes são de ... 2003.

O RN tinha uma unidade industrial praticamente pronta para funcionar no Estado mas, que dependia essencialmente da matéria-prima, o couro. A Inpele, em sua convocação, informa que não é mais beneficiária do Finor (incentivos garantidos pela Sudene para investimentos industriais no Nordeste).

Acho que o setor produtivo de couros e peles no Estado não tem mais – infelizmente – a importância econômica que os anos 1980/90 favoreceram sua produção.

Jogador de futebol abandona time, sem aviso prévio

Confesso que ainda não tinha visto essa, de abandono de emprego de jogador de futebol! Mas, como a lei trabalhista é a mesma (em algumas circunstâncias) para todos, então, vale o aviso de “chamada ao trabalho” até para jogador de futebol.

Será que se ele voltar receberá um cartão vermelho e será demitido por justa causa??

“A Diretoria do Sport Club Santa Cruz vem através deste comunicar o abandono de trabalho por parte do atleta Cristiano da Silva e Silva portador do RG: 3.440.905-PA e inscrito na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) com o Nº 151904 desde o dia 23/09.2011 sem nenhuma explicação ou justificativa.”

Redes sociais: um excelente negócio

A receita doTtwitter com propaganda paga atingirá os US 139,5 milhões nesse ano!

Nada mau para um novo negócio que virou uma mania mundial e bateu todas as previsões de cesso e, sobretudo, da possibilidade de fazer dinheiro com a tal da “rede social”.

Muitas empresas já aprenderam a fazer negócios com o Twitter sem precisar pagar pelo espaço publicitário. Aqui no RN várias são as empresas que têm suas listas de contatos e encaminham algumas informações; no Brasil já virou prática mais do que comum entre as grandes empresas.

A Abreu Imóveis, acredito, é o caso mais emblemático no Rio Grande do Norte de promoção via Twitter. Ricardo Abreu, em palestras ministrada durante a Convenção estadual da FCDL, foi o pioneiro com sua estratégia de divulgar imóveis disparando informações via Twitter: um sucesso, como ele próprio anunciou!

A expectativa é de que o fenômeno continue por – pelo menos – mais alguns anos. Assim é que o que dizem as previsões de receita direta estimada para o triênio em curso; veja os números da propaganda paga com o Twitter:

2010 - US 45,0 milhões
2011 - US 139,5 milhões
2012 - US 259,9 milhões
2013 - US 399,5 milhões

Curiosidade: quantas empresas, de fato, fazem negócios peloTwitter no RN?

sábado, 1 de outubro de 2011

O solitário Ayambra “perdido” na praia do Meio

Há um prédio que chamo de solitário”, lá na praia do meio, entre seus dois motéis vizinhos, um parede com parede e o outro, na esquina do lado.

É o Ayambra. Inicialmente construído como flat (quando o mercado apostava nessa tendência que não resistiu ao tempo fora do eixo BSB-RJ-SP) prometia ser o pioneiro na já esperada revitalização das praias urbanas de Natal.

Mas, esse sonho das praias já tem mais de uma década. A ponto era apenas um projeto (antigo, também) e as praias urbanas eram... muito parecidas com hoje; claro, exceção feita ao número bem menor de barracas na areia!

Mas, era uma intenção de transformar numa área privilegiada o que naturalmente acontece em diversas capitais e cidades litorâneas do Brasil: os melhores pontos também estão próximos ao mar, preferencialmente com vista direta para o mar. Com a ideia da ponte e da expansão do turismo, as áreas da praia do Meio deveriam valorizar-se.

A ponte está aí; o turismo também. Faltou ao encontro a revitalização de nossas praias urbanas, uma nova formatação que agradasse ao cidadão, ao turista brasileiro e ao turista estrangeiro; pelo menos uma urbanização que transformasse aquele trecho em algo mais convidativo. Nem a ponte conseguiu essa transformação.

Hoje, sempre que penso no Ayambra, vejo-o solitário, mas sempre imaginando que deveria - ou poderia – estar acompanhado de outros imóveis, de outras ocupações que valorizassem mais as nossas praias urbanas. Infelizmente, essa “solidão” ainda permanecerá por mais algum tempo. É uma pena.

SIAL 2012 no Brasil. Ninguém pode perder!

O maior evento de alimentos e bebidas do mundo, o SIAL, terá sua versão brasileira em 2012. O mito da maior e melhor feira de alimentos (a Fruitlogistica é segmentada, como sugere o próprio nome do evento) que acontece em Paris reúne os maiores players de alimentos & bebidas.

É no SIAL que as tendências de mercado e as inovações são apresentadas. É impossível pretender alçar o mercado internacional sem acompanhar o SIAL. Claro, são grandes empresas que estão presentes, mas é lá que estão as tendências e as inovações de produtos, mas também de embalagens e de demandas do consumidor; há espaço para muitas empresas de médio porte na exposição. E mais espaço ainda para todas as empresas, independentemente do porte, conhecer as novidades.

Os chamados alimentos funcionais, a já consolidada onda “light & diet”, os produtos orgânicos e muitos outros exemplos de novidades para o consumidor estão reunidos no mesmo espaço.

Agora é a vez do Brasil. Pela primeira vez o SIAL, que já percorreu o mundo com suas versões regionais/continentais, estará em São Paulo. Deverá ser o maior evento no setor, concorrendo diretamente na mesma proposta da Fispal (outro megaevento!).

Anote as datas: 25 a 28 de junho de 2012. A comercialização da feira já começou.

Será, sem dúvida, um especial e privilegiado espaço para que as empresas do RN possa estar – devidamente – representadas. Vale a pena!

O fim do mito Kodak? Ou o novo “efeito Orloff”?

A Kodak já foi um sonho de consumo de muita gente, adultos e jovens.

Até hoje, com toda a tecnologia e suas marcas dominantes, grande parte da população ainda se lembra da marca Kodak, um gigante “K” entre um vermelho e amarelo berrantes.

Mas, o tempo passa e a tecnologia muda. E é implacável com o mercado, não dá espaço para tradições nem garante lugar marcado para quem “chegou primeiro” (aliás, a Kodak não foi a primeira a inventar a máquina pessoal, portátil, que popularizou a fotografia: ela foi a segunda, mas a que soube melhor trabalhar a ideia no mercado!).

Desde 2005 a Kodak vem amargurando prejuízo, o ano de 2010 não seria diferente (desde 2005 somente um dos anos a empresa teve lucro, os demais pequenos, mas também grandes prejuízos).

O que faz uma marca tão aceita no mercado padecer e cair quase no esquecimento?

É (relativamente) simples: fixar-se em posições conquistadas dão a – absolutamente falsa – sensação de que a concorrência não alcançará ou que as coisas não mudarão tão rapidamente assim. Pura ilusão que traz perdas, às vezes, irreparáveis.

A reinvenção do posicionamento no mercado é obrigatória para todos; inclusive aqueles que não estão diretamente no negócio, Veja o mesmo exemplo da Kodak: quantas empresas estavam tranquilamente no mercado de revelação de fotos? E hoje, quem ainda “revela” fotos?...

O “efeito Kodak” pode ser muito pior do que “efeito Orloff” (lembram da propaganda). A ressaca individual pode ser curada até rapidamente mas a tsunami econômica não deixará mais do que boas lembranças. E o mercado (salvo museus) não vive de lembranças!

Argentina anuncia maior parque eólico da América do Sul

A Argentina está anunciando a inauguração do maior parque de energia eólica da América Latina para o próximo dia 13 quando os empreendimentos Rawson I e Rawson II serão interligados à rede de distribuição de energia do país.

Na verdade, será apenas uma inauguração simbólica... da primeira fase do projeto que pretende ser o maior: serão 43 geradores mas apenas 28 estão já instalados. E a capacidade de produção é de 48,6MW e 28,8MW, respectivamente.

Essa ideia do “maior da América Latina” não deve perdurar muito; assim projetos dos últimos leilões do RN começarem a entrar em operação esses números não serão tão expressivos assim, nem distantes de muitos outros...

Mas, importante é ressaltar que a “onda” da energia eólica é uma realidade inexorável no mundo competitivo onde o velho e conhecido problema da energia continua sendo o motor principal do crescimento de qualquer país; da tração animal ao petróleo e, num breve futuro, eólicas e solar serão as novas economias que “darão as cartas”.

A geografia, antes histórica e subterrânea do petróleo, perderá espaço para a geografia da natureza muito mais abundante e bem mais distribuído em diferentes pontos do planeta: vento (e sol) não são privilégios de poucos países nem de cartel de poucas empresas globais.

domingo, 18 de setembro de 2011

17 cidades do RN com menos de 3 mil habitantes (menos de1% da população)

Dos pouco mais de 3 milhões de pessoas que o IBGE identifica como a população do Rio Grande do Norte para, 17 municípios estão entre aqueles com menos de 1% do total, no ano de 2011.

Viçosa é o menos habitado, com 1.625 cidadãos; outros 16 municípios não alcançam a marca de 3 mil pessoas; veja a lista:

# Viçosa – 1.625
# Ipueira – 2.090
# Galinhos – 2.222
# Monte das Gameleiras – 2.240
# Timbaúba dos Batistas – 2.303
# Taboleiro Grande – 2.339
# Bodó – 2.398
# Santana do Seridó – 2.537
# Pedra Preta – 2.570
# Jardim de Angicos – 2.602
# João Dias – 2.601
# Lagoa de Velhos – 2.669
# Francisco Dantas – 2.863
# Fernando Pedroza – 2.870
# Vila Flor – 2.898
# Passagem – 2.910
# São Bento do Norte – 2.944

Natal: uma população quase 500 vezes maior do que o menor município do RN

O Rio Grande do Norte conta com 3.198.578 habitantes, de acordo com a estimativa do IBGE para a data de 1º de julho do ano em curso.

Segundo o levantamento publicado, 14 cidades concentram o maior número de habitantes, com mais de 30 mil habitantes cada uma delas.

Por outro lado, são 17 os municípios com menor número de habitantes, as cidades com até 3 mil pessoas.

No extremo maior está Natal com seus 810.780 habitantes; no outro lado, a cidade de Viçosa, com 1.625 habitantes: uma proporção quase 500 vezes maior entre a Capital do RN e seu menor município. Se Natal concentra 25,34% da população do Estado, Viçosa tem apenas 0,05%

14 cidades do RN com mais de 30 mil habitantes

De acordo com o IBGE a população estimada em 1º de julho de 2011 para as maiores cidades do Rio Grande do Norte – mais de 30 mil habitantes – está localizada em 14 municípios.

Natal, obviamente, é a principal cidade do Estado, com 810.780 habitantes.

Mas, somente algumas cidades da Região Metropolitana de Natal estão entre aquelas com maior número de habitantes: Vera Cruz e Monte Alegre, além de Extremoz estão numa escala menor no que se refere à projeção populacional do IBGE.

Vejas as 14 maiores cidades do RN:

# Natal – 810.780
# Mossoró – 263.344
# Parnamirim – 208.425
# São Gonçalo do Amarante – 89.044
# Macaíba – 70.586
# Ceará-Mirim – 68.580
# Caicó – 63.147
# Açu – 53.636
# Currais Novos – 42.795
# São José de Mipibu – 40.149
# Santa Cruz – 36.143
# Nova Cruz – 35.617
# Apodi – 34.808
# Touros – 31.335

1.000 dias para a Copa do Mundo X 1.000 dias para as Olimpíadas de Pequim

Quando faltavam 1.000 dias para o início dos Jogos Olímpicos de Pequim, isto é, no final de 2006, tudo já estava arquitetado e em execução para o evento.

Eu estava em Pequim exatamente nesse dia, tentando entender algo mais sobre a China. Lá na praça da Paz Celestial foi acionado um quadro com a contagem regressiva dos mil dias (com o patrocínio da Coca Cola!).

No dia seguinte, isto é, 999 dias antes da abertura, abriram várias lojas em Pequim com as mascotes dos Jogos e todos os brindes que você imaginar. Eu pude comprar camiseta, caneta, marca texto, adesivo e caneca; mas ainda tinham moedas, selos, blocos, cadernos, sapatos, bonés sem falar nas próprias mascotes em pelúcia!

Volto a lembrar: faltavam 999 dias e TUDO estava no mercado! Tudo estava planejado na cidade: as obras de metrô em andamento, a expansão do aeroporto já iniciada e os hotéis em construção (era um festival de guindastes e obras pela cidade). E, nas escolas, todos estudando inglês...

Faltam uns 999 dias para o primeiro jogo no Brasil. Estamos – mesmo – distante da China.

sábado, 17 de setembro de 2011

1.000 dias para a Copa do Mundo. Ainda falta alguma coisa?

Faltam apenas 1.000 dias para a Copa do Mundo no Brasil; talvez uns 1.004 ou 1.005 ou ainda 1.006 dias para o primeiro jogo em Natal, visto que a abertura da Copa não será aqui...

Temos uma ligeira “folga” que em nada mudará a estratégia a ser adotada pelas empresas se, efetivamente, desejarem participar – literalmente – desse jogo.

Os grandes contratos, não há como se iludir, pertencerão às grandes empresas globais e/ou nacionais, que envolverão milhões de dólares e pouco ficará na nossa economia.

Mas, outros contratos estão diretamente ao alcance de nossa economia, seja no Rio Grande do Norte seja nas empresas de médio e pequeno porte; não falo sobre o artesanato e os brindes da Copa pois esses, pelo menos os oficiais, somente com credenciamento da Fifa (de novo, a um custo altíssimo!), mas sobre os serviços de acolhida ao turista estrangeiro que ficará aqui, em média, 2 a 3 semanas. Fazendo o quê?

Essa é a pergunta que mais nos aproxima no Estado: quais empresas estão, de fato, se preparando para atender a essa explosão de demanda concentrada em poucos dias mas que responderão pelo faturamento de muitos meses? Que projetos estão sendo avaliados e que estratégias estão sendo elaboradas? Pela iniciativa privada, claro.

O poder público já fez sua parte; ou quase toda ela. A bola, por enquanto, está com as empresas: são elas que farão o estádio, os hotéis, as pousadas, os roteiros turísticos, as áreas de lazer, a gastronomia, o entretenimento etc.

Será que essa contagem regressiva já começou?

Novos concursos no RN em 2012

O ano de 2012 deverá despontar com novos concursos no Rio Grande do Norte: o Tribunal de Contas do Estado e o Tribunal de Justiça já incluíram em sua proposta orçamentária para o ano seguinte as devidas previsões de aumento das suas folhas de pagamento.

Embora ainda cedo para definição da quantidade de vagas e dos cargos que serão oferecidos nos concursos públicos, o TCE já acenou com a intenção de concursos para servidores (carreira administrativa), mas também o de procurador.

No último concurso (2005 ou 2006?) foram cerca de 10 vagas e a concorrência elevada: o salário era um grande fator de aumento da demanda; aliás, deverá continuar sendo um outro atrativo para essa carreira jurídica.

Terminal Pesqueiro de Natal ganhará nome de almirant

O Terminal Pesqueiro de Natal, em fase final de construção ali na Ribeira, ganhará, em breve, um nome: deverá chamar-se almirante Tertius Rebello.

A Lei, que já foi aprovada ela Assembleia Legislativa (iniciativa do Deputado José Dias), deverá ser sancionada já na próxima semana.

Atualmente as exportações de pescado do RN já somam US 14,1 milhões com um crescimento de 92,2% em relação ao ano passado (janeiro a agosto); ainda no início da safra do melão, por isso a atual colocação, os peixes já são o segundo item da pauta de exportação do Estado, atrás somente da castanha de caju (e um pouco à frente do melão).

Com o funcionamento efetivo do Almirante, haverá mais espaço para que novas empresas utilizem o RN como base para a pesca do atum no litoral brasileiro; é a expectativa!

Pequenos produtos de petróleo no RN, pequenos lucros?

Duas pequenas empresas produtoras de petróleo no Rio Grande do Norte divulgaram recentemente os resultados de suas atividades nos anos de 2009 e 2010: a Aurizônia Petróleo e a Potióleo. Ambas iniciaram suas atividades quando houve as primeiras licitações de áreas de exploração que já não alcançavam o patamar mínimo de rentabilidade no perfil da Petrobras; algumas vezes em função da baixa produção e/ou produtividade, outras considerando o investimento necessário não compensaria o resultado esperado etc.

Uma dezena de empresas foi constituída no Estado e começaram a explorar petróleo a partir de 2004/2005.

Hoje, os resultados são variados:

# Aurizônia Petróleo – Prejuízo de R$ 4,1 milhões em 2009 e outro de R$ 2,7 milhões em 2010.
# Potióleo – Prejuízo de R$ 635 mil em 2009 e de R$ 830 mil no ano seguinte.

As duas exploram pequenos campos petrolíferos (João de Barro e Periquito, para a primeira e Campo de Pardal, para a segunda) e necessitam de novos investimentos; mas, de acordo com a avaliação contábil há “contínuos prejuízos operacionais” que têm impactado fortemente na necessidade de capital de giro, em baixa.

Para uma delas, no entanto, um bom negócio se aproxima: a Potióleo negociou com a Petrobras o Campo de Pardal no valor de R$ 3,1 milhões, de acordo com o “aceite” empresa firmado em 4 de março de 2011.

“O melhor negócio do mundo é ser dono de uma empresa de petróleo”, já diziam os barões dos tempos áureos do ouro negro como era chamado o petróleo, devido sua importância; “o segundo melhor negócio do mundo – continuava a citação – é ser dono de uma empresa de petróleo mal administrada”.

Mudaram os negócios ou aqui no RN estamos relativizando a profecia de outrora?

Proteger a indústria nacional com impostos

A medida adotada pelo MDIC-Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, de aumentar em 30 pontos percentuais o IPI de veículos importados poderá acarretar questionamentos de fabricantes estrangeiros pela “discriminação” entre produtos nacionais e importados. Pelas regras da OMC a simples tributação pela diferenciação de nacionalidade não pode ser atribuída sem justificativas fundamentadas.

O princípio do chamado “livre comércio” não indica que a necessidade de limitar a expansão de importados no mercado interno de um país seja uma prática compatível com o ideal do comércio internacional.

Na prática, no entanto, vários países adotam suas regras de protecionismo (basta lembrar a pesadíssima política de subsídios à agricultura da Europa ou dos Estados Unidos). O Brasil não está inventando a roda.

A justificativa inicial veio do ministro Fernando Pimentel: “É uma medida para defender a produção nacional. Não queremos desestimular a indústria, mas atrair investimentos”. Não é tão simples assim quanto possa parecer, sobretudo com seus efeitos imediatos. Os mais prejudicados, já a partir da publicação do Decreto no Diário Oficial, são os importadores diretos, isto é os não-fabricantes de automóveis. Pelas regras vigentes, a taxação de qualquer imposto ocorre quando da nacionalização do produto, independentemente da data de compra ou do pagamento.

Assim, quem está importando carros novos e o navio está a caminho do Brasil, a preocupação será imensa: quando os carros chegarem aqui ganharão um “brinde” de 30% a mais no IPI. Será que o consumidor está disposto a bancar esse aumento? Ou ficará na conta “lucros e perdas”?

Um novo partido no cenário do RN. Lado (econômico) positivo? Gerando novos negócios no mercado


Mais um partido se habilita a disputar o poder no Brasil. E também no Rio Grande do Norte tendo em vista a reunião realizada recentemente por seu diretório estadual.

É o PPL. Não conhece? É o Partido Pátria Livre que já existe no Brasil desde 2009, fundado na data de 21 de abril (mera coincidência?)

Enquanto o número do Partido não é homologado para as próximas eleições (54 ou 55?), sob a ótica puramente econômica, é mais uma oportunidade de novo negócios para as empresas do RN: afinal, terão que contratar carro de som, imprimir adesivos, preparar os “santinhos”, contratar pessoas, confeccionar bandeiras, “importar” os bambus para as bandeiras, comprar uns bonés (lá do Seridó, ok?!) etc.

A liberdade política também traz uma dinâmica econômica; então, mesmo não sendo adepto de uma prática política mais forte nem havendo pretensão algum (minha e sua) de tornar-se candidato ou de entrar pesado na campanha política, lembre-se, são novos contratos e mais dinheiro circulando no mercado local. Isso é bom!

Mas, enquanto não começa a campanha, caso você tenha um pouco mais de curiosidade sobre a ideologia do partido, no link (que redireciona, ao escolher o RN para a “Rede Brasil”) nacional temos que “O Partido Pátria Livre se orienta pelos princípios e pela teoria do socialismo científico. Ele forma os seus filiados no espírito da independência, da soberania, do coletivismo e da solidariedade internacional entre os trabalhadores e os povos de todos os países.”
E, ainda:



# “Na política externa [o ex-presidente Lula], com habilidade e sem fazer alarde, liquidou a Alca.”
# “As agências instituídas pelo governo FHC - especialmente a Anatel, a ANP e a Ancine – dispensam sutilezas para operar como aparelhos de cartéis comandados por monopólios externos dentro do Estado brasileiro.”
# “A razão de ser da ANP (Agência Nacional do Petróleo) é sabotar a Petrobras, criando obstáculos a que ela assuma a exploração das nossas áreas petrolíferas com capciosas interpretações de uma lei do petróleo sabidamente caduca.”

O efeito Magazine Luiza e as Loja Mais

Depois que Magazine Luiza adquiriu a cadeia nordestina Lojas Maia houve uma verdadeira transformação nos negócios da (antiga) empresa. Hoje as Lojas Maia já faturam cerca de R$ 237 milhões com um crescimento de 63,9% de seu faturamento em menos de um ano!

Atualmente, a rentabilidade das antigas lojas já é a mesma verificada nas outras lojas da Magazine Luiza (que faturou, no primeiro semestre desse ano, R$ 2.381,1 milhões; ou, 44,5% de crescimento em relação aos outros seis meses de 2010).

Que fatores explicariam tal desempenho?
# A força da marca – É inegável que a marca Luiza tem um nítido reconhecimento no cenário brasileiro, seja pelo desempenho das demais lojas no Centro-Sul, seja pela exposição de sua empresária que adotou um estilo midiático, gerando espaço gratuito em todo o Brasil (além do carisma bem trabalhado de sua empresária).
# A gestão empresarial – As técnicas de gestão, baseadas essencialmente no cumprimento de metas e no crescimento diante da concorrência, fizeram com que, me menos de um ano, a “cultura empresarial” da Magazine Luiza fosse implantada com toda eficiência nas Lojas Maia.
# O marketing agressivo – A estratégia de vincular um marketing agressivo na aposta de preços baixos e acessibilidade aos consumidores de baixa-média renda transformaram Magazine Luiza como uma das marcas preferidas no Brasil. A super liquidação anual é um bom exemplo: em Natal, quando houve a mega-liquidação das Lojas Maia, todas amanheceram com longas filas antes mesmo da abertura das lojas!

Em resumo, eficiência na gestão e resultado no marketing. Uma “fórmula” bem conhecida, pouco praticada em algumas empresas; sobretudo naquelas que têm medo de ousar. Um erro primário, infelizmente...


A receita bruta da Lojas Maia cresceu 63,9%, alcançando R$237,4 milhões e margem EBITDA superior a 5% da receita
líquida. A Companhia iniciou, no 2T11, o processo de reforma das lojas do Nordeste, começando por Pernambuco. A
Lojas Maia alcançou os níveis de rentabilidade (EBITDA) do Magazine Luiza já no primeiro ano de operação.


Agosto 2010, aquisição
Receita bruta no 1º semestre 2011 foi de RT$ 2.381,1 milhões + 44,5% ano passado

A internet e a cadeira de balanço na calçada

Toda vez que os especialistas em mídia e mídias sociais adotam algum comentário sobre a internet e os efeitos de seu uso prolongado tenho a impressão que têm vontade de utilizar o velho jargão, “esqueçam o que eu disse”.
Agora, a “moda”, sob os efeitos da Copa do Mundo, é associar a internet com a televisão, “informando” que uma não anulará a outra e que, na verdade, uma estará integrada com a outra; tenho a sensação de ler os mesmos textos que faziam os comentários sobre a invenção do telefone, do rádio, a tv etc.
“Não temos mais as cadeiras de balanço nas calçadas”.
É verdade!
Não deixa de ser correta essa avaliação; mas absolutamente incompleta tendo em vista que, há anos, nas cidades grandes e nas de médio porte brasileiras, “frequentar” as calçadas deixou de ser um hábito. A cidade mudou e os hábitos, junto.
Hoje a internet substitui a velha cadeira de balanço na calçada: a cadeira, essa continua, mesmo não sendo do mesmo jeito e, o essencial de tudo isso, é que o contato é cada vez maior, não mais direto e pessoal, mas indireto e multipessoal. Falamos com todos ao mesmo tempo, conversamos muito mais do que antigamente e acompanhamos os fatos com muito mais conhecimento.
E, com uma condição muito melhor do que antes: a cadeira de balanço na calçada tinha hora marcada, quando o sol já não era tão presente, ali no finalzinho da tarde. Com a internet, chuva ou sol, pouco importa, manhã, tarde, noite – ou melhor, madrugada! – não faz diferença, o contato com as pessoas permanece.
Fui ainda do tempo de ver cadeiras nas calçadas (mesmo não sendo tão velho assim...). Não tenho toda essa nostalgia. Na verdade, já sentida “saudade” de algo que não existia, a internet! As conversas ampliaram muito, foram muito além, do “vai chover”, “tá quente”, “vc viu fulana/fulana de tal” ou do incomparável “você soube?”.
Cadeira de balanço na calçada? Posso levar o computador junto?

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Riachuelo aposta na China – Parte 3, fim


A Riachuelo/Guararapes, como toda a indústria brasileira em geral, sofrem a concorrência pesada da China. Em alguns setores, como caso de confecções, é impossível olhar para o mercado, traçar trajetórias sem conhecer a capacidade produtiva e a realidade do país asiático. Não há como escapar.

Não há também, razões para render-se simplesmente à concorrência.

A Riachuelo adotou uma estratégia clara: produtos com custo de produção reduzido mas com margem de lucro também abaixo do esperado, melhor importar da China; já produtos com maior valor agregado ou com maior necessidade de proximidade entre a criação e a colocação nas lojas, continuarão com a Guararapes seu fornecedor exclusivo.

A importação de confecções já é adotada por outras empresas do ramo e a própria Riachuelo já teve na China um “parceiro” na retomada de seu crescimento, há 10-15 anos; o caminho, agora, é renovado.

É o velho ditado popular: “se você não pode vencê-lo, junte-se a eles”! (E olha que estamos falando de um grupo com capital social integralizado de R$ 1,5 bilhão, que rendeu R$ 100 milhões de lucro no primeiro semestre desse ano e que continua em processo de expansão)

Riachuelo aposta na China – Parte 2


Flávio Rocha, à frente dos negócios, corrobora:


“Ao longo desse semestre, e para essa mudança colaborou muito a inauguração do nosso escritório em Xangai, nos mostrou uma nova direção que eu acho muito acertada. Também inclusive de mudanças macroeconômicas que aconteceram, da realidade cambial, da crescente competitividade do produto asiático.”

“A utilização da Guararapes com produtos modais. Os básicos estão migrando para o fornecimento externo. Já começam a chegar e vão se intensificar mais para o fim do ano, os primeiros contêineres com produtos visando atender as linhas de combate, as linhas de preços mais baixos.”

Riachuelo aposta na China – Parte 1

De acordo com as palavras do Sr. Túlio Queiroz, controller da empresa:


“É verdade também que a Companhia aumentou a participação de importados. Desde o início do ano nós estamos com escritório da Companhia em Xangai e a ideia realmente é passar a importar uma quantidade maior, dando prioridade inclusive para os produtos de uma linha mais básica. Ou seja, explorar os dois elos com o que tem de melhor. Puxar o básico, cada vez mais básico da China...”.

“Nós acabamos de inaugurar o escritório em Xangai, então é algo que estamos buscando. Não sei se daria para fechar o ano inteiro em 15%, mas a ideia é chegar lá no final do ano com um patamar próximo disso.”

Para operador de turismo francês o Nordeste é só Bahia

Para operadora de turismo na França que acaba de lançar seu guia inverno (deles, claro) 2011/12 sobre o Brasil – com o sugestivo e agradável título “Brasil, terra de paixões” – nosso Nordeste é muito pouco lembrado como opção de viagens.

O Rio Grande do Norte, literalmente, não existe nos pacotes da empresa. Seus destinos privilegiados são: Salvador, Costa do Sauípe, Chapada Diamantina, Manaus, Rio de Janeiro, Foz do Iguaçu, Ouro Preto, Paraty e São Paulo.

No Nordeste, somente a Bahia. É pouco a oferecer para um país que tem por tradição o hábito de viajar em curtas e longas distâncias, incluindo períodos mais longos de estada. Ceará e Pernambuco, se isso nos serve de alento, também não estão no guia.

A operadora – Heliades – estampa em seu site o guia do Brasil. Pena que tão distante de oportunidades para nosso Estado e tão mais perto geograficamente...

Uma “crise do petróleo” brasileira

Uma “crise do petróleo” brasileira

A primeira crise mundial do petróleo, em 1973, colocou o mundo diante da indispensável condição de programar suas necessidades em energia face à concentração do mercado produtor. De lá para cá muita coisa muito, dentre elas, a descoberta de novas fontes de energia e de novas capacidades de produção; mas, a alternativa de substituição plena do petróleo ainda não está na pauta internacional.

O Brasil, que começou a perceber que seu “milagre econômico” não resistiria à condições naturais do mercado – lei da oferta e da demanda – sofreu com os efeitos da alta do petróleo pagando, literalmente, um bom preço.

Atualmente, as condições são bem distintas, não resta dúvida. Mas, a dependência das importações de petróleo e derivados continua; e forte, apesar de toda a produção brasileira. Em 2010 o Brasil importou US 284,7 milhões em gasolina; nesse ano, somente até o mês de julho, já foram US 330,3 milhões. E o ano ainda está “longe” de acabar com uma demanda que não será – já se sabe, de acordo com as projeções da safra 2011/12 do etanol – atendida pela produção interna: ou seja, o Brasil precisará aumentar suas importações de combustível.

A nova crise do petróleo brasileira padece também do crescimento interno e da forte demanda por combustíveis. A pressão inflacionária será novamente a preocupação do controle da importação e dos preços ao consumidor final.
O mais curioso nessa nossa crise é que para 2012 já estão asseguradas as importações de anidro dos Estados Unidos! Se foi o Brasil quem “inventou” o carro a álcool e os norte-americanos acharam interessante a ideia, eles farão também bons negócios no futuro.

Shoppings com foco em público Classe A. Natal Shopping prepara-se para a Copa

Shoppings com foco em público Classe A. Natal Shopping prepara-se para a Copa

O Shopping Iguatemi, em São Paulo, é um dos pontos de vendas de maior custo de aquisição/locação, tornando-se o endereço comercial mais caro do Brasil e um dos mais caros de todo o Mundo. Isso é reflexo do foco que o Shopping tem posicionado ao longo dos anos visando os consumidores Classe A (ou para a exageradamente rica, a classe AAA, os “gargalhadas”!); classe B é bem vinda, sem dúvida, mas o perfil de consumo está mais próximo da elite paulista).

No RN é o Natal Shopping que vem buscando uma estratégia de atração de um público diferenciado, sob a ótica do padrão de compras.

Os investimentos já realizados (troca de todo o piso, por exemplo), os projetos de expansão de espaço comercial em andamento (como mencionado aqui: mudança da Rio Center, maior área de estacionamento etc) ou de serviços na área de lazer (cinema com elevado padrão de atendimento) pretendem atrair um “ticket médio” de compras diferenciado: mais compras, menos passeio.

Essa preparação iniciada em 2011 será o grande diferencial do setor no Estado durante a Copa 2014; naturalmente será um dos “pontos turísticos” mais visitados em Natal...

Escritórios de advocacia se preparam para novos contratos com a Copa

Escritórios de advocacia se preparam para novos contratos com a Copa

O que era mais do que previsível começa a ser efetivado na prática nos principais escritórios de advocacia do Brasil, a preparação para os novos (alguns milionários) contratos que surgiram a partir da preparação para a Copa do Mundo de Futebol em 2014. Enquanto os grandes escritórios preparam-se para os grandes clientes (patrocínio, investimentos nos estádios, novos empreendimentos turísticos, fornecimento de serviços e tecnologia para os jogos etc), num movimento que já é comum a participação internacional (os mega-eventos planetários têm esse perfil), há uma lacuna que deverá ser preenchida por bancas com foco em pequenos e médios investidores.

No Rio Grande do Norte esse papel foi bem realizado quando começou o “boom” imobiliário e os investidores estrangeiros começaram aqui a aportar; alguns profissionais assumiam outros papéis, de “vendedor de imóveis” a “conciliações amorosas”, opinando sobre áreas para investimento ou orientando sobre casamentos, contratos pré-nupciais etc.

Quem adquiriu essa expertise no período recente aprendeu como tratar com o cliente estrangeiro. Agora, no entanto, estamos em uma nova fase de captação de investimentos. Não é mais o “rio de dinheiro” (para usar uma expressão que ouvi na ocasião) que vem de todos os horizontes, mas um público mais seletivo - geograficamente falando – sob a ótica do novo investidor.

É sempre bom lembrar, no entanto, que o “toque de Midas” do início da década trará sempre boas lembranças, mas não será o padrão até 2014; será necessária uma readaptação aos novos clientes. A hora de preparar-se é agora!

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Ouro em Currais Novos?

Ouro em Currais Novos?

O setor mineral retoma sua importância no Seridó e mais particularmente em Currais Novos que já foi um dos principais polos econômicos do Rio Grande do Norte, principalmente nos tempos áureos da exploração da xelita; nos anos 80, com a concorrência da China, o minério perdeu sua competitividade e o setor mineral na região sofreu o processo de esvaziamento que se fez sentir por mais de duas décadas.

Novamente a China, mas agora positivamente, há cerca 5 anos um novo ciclo reaparece com a exploração e exportação de xelita destinada curiosamente... para a China: a necessidade de matéria-prima da economia que mais cresce no mundo impulsionou nova demanda desse produto.

Com a expansão do setor mineral outras empresas passaram e olhar para a região como um provável novo polo produtor. Recentemente é uma empresa brasileira que está investindo em Currais Novos (e região) em busca de ouro. Não é nenhuma corrida ao Velho Oeste como nos filmes norte-americanos de antigamente, mas é a expectativa de explorar novamente esse minério; a cotação no mercado nacional/internacional do ouro, em patamares excepcionais, foi um dos motivos das pesquisas.

A empresa Cascar já obteve licença para pesquisas e formalizou seu pedido de regularização para a exploração na região. A confiar na expectativa da empresa , tem ouro sim em Currais Novos.

Rui Cadete com franquias no interior do Estado?

Rui Cadete com franquias no interior do Estado?

Um dos maiores escritórios de contabilidade no RN é o de Rui Cadete, sempre uma menção todas as vezes que em sala aula menciono as estratégias de criação de demanda para os alunos de contabilidade; a referência é conhecida de todos e algumas ideias servem de ilustração para mostrar a diferenciação na captação de clientes e na imagem junto ao mercado “consumidor”, as empresas.

Com a adesão da primeira empresa de contabilidade ao sistema de franquias, formalmente filiado a ABF-Associação Brasileira de Franchising, abre-se uma nova ideia de negócios também no Rio Grande do norte, sobretudo com a expansão de investimentos estrangeiros no interior do Estado, eólicas à frente.

Em algumas cidades que recebem esses investimentos há bons escritórios de contabilidade já em atuação, mas quase sempre atendendo os negócios locais, de menor investimento econômico. Agora, com as eólicas, os projetos de implantação (que demandam mais mão de obra, compras etc) duram, em média, 3 anos, tempo suficiente para firmar-se parcerias no interior do RN e oferecer um serviço diferenciado, próximo aos escritórios de investidores, na sede de seu novo estabelecimento.

Uma nova expectativa de mercado no RN?

Franquias: um novo mercado para os escritórios de contabilidade

Franquias: um novo mercado para os escritórios de contabilidade

Um novo mercado aparece com expectativas de crescimento para os próximos anos no Brasil na área de franquias: escritórios de contabilidade já começam a dar os primeiros passos para tornar-se, efetivamente, no perfil das demais franquias, em criar suas regras, formatos, mídia e modelos de gestão padronizados. A primeira a inaugurar essa nova fase, de forma mais intensiva, foi o escritório de contabilidade NTW Contabilidade e Gestão Empresarial, em Minas Gerais.

A empresa filiou-se formalmente a ABF-Associação Brasileira de Franchising (ainda com o termo em inglês, apesar da popularização do português “franquia”) e começa sua expansão em outros pontos além do eixo tradicional Centro-Sul, onde está localizada a sede da empresa: Recife e Manaus serão os primeiros escritórios de franquia em contabilidade nas suas respectivas regiões.

Diferentemente de escritórios de advocacia em que as parcerias são essenciais nos grandes contratos (sobretudo com ações em Brasília), a contabilidade é, tradicionalmente, centralizada em escritórios mais próximos da sede da empresa ou do local de exploração de sua atividade econômica; as filiais reportam-se também aos princípios do escritório da sede.

Com esse novo mercado abre-se a possibilidade de expansão de novos negócios e, principalmente, de parcerias para pequenos e médios escritórios que buscam ultrapassar o limite de sua expansão.

E o que atrairia essas franquias? O ganho de excelência, o ganho de escala no aprendizado e na atualização das informações: a franqueadora transferirá o conhecimento (know how) e, por definição, estará sempre atualizada, produzindo um ganho de informação inestimável e, em alguns casos, inalcançável para as pequenas estruturas de atendimento.

O ganho para os franqueados? Transformar toda essa informação em conhecimento; e conhecimento, claro, gera negócios.

Cosern distribui dividendos: R$ 59,7 milhões

Cosern distribui dividendos: R$ 59,7 milhões

Se você faz parte desse seleto grupo de acionistas da Cosern os valores anunciados pela empresa na distribuição de dividendos é um bom motivo de comemoração: serão R$ 59.572.071,27 a serem compartilhados entre os investidores da empresa.

A Cosern, fruto da privatização ocasionada pela política de redução de investimentos públicos no setor produtivo, principalmente naqueles em que a iniciativa privada já atuava (telefonias e energia elétrica foram os alvos principais), é a empresa de capital 100% privado com maior investimento no Rio Grande do Norte.

A época de sua privatização o ágio em relação ao preço mínimo ultrapassou os 200% e foi um dos destaques também na mídia nacional; o grupo Iberdrola, que fez a aquisição, demonstrou uma capacidade de gestão efetiva e, em poucos anos, gerou lucro suficiente sobre o capital aplicado, considerados ainda os programas de investimento para atendimento e fornecimento de energia elétrica ao maior número de cidadãos.

O lucro hoje, repetidamente realizado, distribuído revela uma das apostas do mercado no mundo inteiro: não é possível crescer sem a produção de energia, nenhum país desenvolveu-se sem que houvesse uma rápida e crescente demanda por energia (antigamente, o petróleo; atualmente o foco está em algumas energias limpas & renováveis).

Uma PEC para combater o trabalho escravo

Uma PEC para combater o trabalho escravo

O emblemático caso da Zara que teve flagrada terceirizadas suas se utilizando do trabalho escravo para produzir peças, a custo reduzidíssimo, mas vendidas a preços nem tanto, trouxe a tona o debate sobre as formas de combater o trabalho escravo no Brasil. O tema, bem verdade, não é novo, pois o Ministério do Trabalho está sempre estampando os flagrantes e os abusos cometidos em praticamente todos os Estados.

Mas, fato novo é o trabalho escravo urbano. Na verdade, também a novidade fica por conta do flagrante que a mídia explorou. É comum nas conversas em São Paulo a discussão com empresas do ramo sobre os “bolivianos” que trabalham sem parar em fábricas em menor condição humana de atividade e numa exploração absurda da mão de obra. Muitas vezes, o explorado fica submisso à essa situação tendo em vista sua condição irregular no Brasil.

É o mesmo fenômeno que cansamos de ver com os clandestinos na Europa e nos Estado Unidos, onde refugiados econômicos tentam, a todo custo, buscar uma condição de vida que se traduz, ainda que minimamente, por um salário ao final do mês.

No Brasil, desde 2004 tramita uma emenda constitucional, a PEC 438, que tenta amenizar a situação. Pelo menos de forma punitiva, sabedor que antecipadamente é sempre complicado e complexo.

A PEC 438 propõe que haja o confisco de propriedades urbanas onde ocorra trabalho escravo. No Brasil cada vez mais urbanizado, a medida é essencial para evitarmos abusos como esses. Talvez, o “empresário” (se é que podemos qualificá-lo assim!) punido com um maior rigor aprenda o caminho certo; e o exemplo negativo para ele sirva de lição para outros “espertos” que circulam na área argumento o seu “espírito empreendedor”.

domingo, 4 de setembro de 2011

Compras coletivas e o mercado da beleza

Onde fazer estão os melhores negócios na indústria da beleza no Brasil? De acordo com dados do setor a liderança está nos produtos para cabelo, seguido de fragrâncias e descartáveis que representaram 50% do faturamento das empresas brasileiras no ano de 2010.

O ranking dos principais segmentos está assim dividido:

# Cabelo – 22,1%
# Fragrância – 16,2%
# Descartável – 11,7%
# Banho – 11,3%
# Cuidados da pele – 9,5%
# Desodorantes – 8,8%
# Higiene oral – 8,0%
# Maquiagem – 7,9%
# Bronzeadores/protetores – 3,8%
# Produtos para barbear – 0,7%

Não é a toa que os sites especializados nas compras coletivas investem nas promoções entre tratamentos de cabelo: isso representa cerca de R$ 5,2 bilhões de um mercado presente em todos os recantos do Brasil. Curioso é observar que o item maquiagem ocupa apenas a 8ª posição nesse ranking da indústria da beleza que movimentou R$ 27,3 bilhões em 2010 (quase 12% a mais do que em 2009).

E, mais curioso ainda, é observar quanto o público masculino não consome muito produtos de beleza... os “produtos para barbear” representam apenas 0,7% desse mercado (ou cerca de R$ 191 milhões).

A nova Rota do Sol para o RN

Não, não se trata de um comentário sobre uma nova estrada ou rodovia que será criada ou duplicada em direção de algum ponto do litoral norte-riograndense. Não é essa a nova “Rota do Sol” que precisamos para o Estado (mesmo se qualidade de acesso às praias é sempre importante).

A nova alta estação do turismo já está a se aproximar e aqueles que pretendem programar férias mais longas – e, portanto, aqueles que pretendem gastar mais – já começam a planejar o destino principal de sua opção de lazer em dezembro, janeiro ou fevereiro. A alta estação, na verdade, já começa agora em setembro com as primeiras ideias ou seleções de projeto de viagem.

Precisamos no RN ter uma nova Rota do Sol.

Aliás, precisamos convencer o Brasil e a Europa (na verdade, todo público emissor é bem vindo, mas a Europa está mais perto...) de que o Estado tem muitas opções para oferecer aos turistas que aqui pensem em ficar mais do que o final de semana de um evento ou de uma convenção.

A nova Rota do Sol é, na verdade, definir qual o foco no público-alvo: que mercado emissor estamos pensando em captar para o verão 2011/12? Que mercado emissor começaremos a trabalhar não somente a mídia, mas toda a preparação e o receptivo local? Que público é esse que virá nos visitar e quais são suas opções de lazer preferidas: esporte, aventura, gastronomia, relaxamento, compras etc?
Lembro que no auge do turismo nórdico alguns hotéis nem estavam preparados para receber clientes com atendimento em inglês... Enquanto outros dispunham de guias sobre Natal apresentados em sueco, dinamarquês, alemão etc.

A nova Rota do Sol que estabelecermos agora é o primeiro passo para bem receber o turista para a Copa de 2014. O raciocínio, simples, é claro: se o turista gostar de Natal e do RN desde já, quando chegar 2014 ele terá mais motivos para nos visitar; e trazer mais gente com ele.