A movimentação no mercado do ensino superior no Rio Grande do Norte culminou com a recente aquisição por parte do grupo Estácio de duas instituições locais, a FAL-Faculdade de Natal (capital local) e a FATERN (capitais local e nacional). Nos últimos anos vimos uma grande alteração no cenário estadual:
Grupo regional: Maurício de Nassau (antigo CDF, nível superior);
Grupo nacional: FATERN (grupo Gama Filho que, recentemente, fez uma grande fusão em âmbito nacional);
Grupo internacional: aquisição, pela Laureate, da UnP (a maior movimentação de recursos na educação no Estado!).
Ou seja, vimos no Estado um aporte de recursos nos últimos 5 anos jamais visto até então.
Mas, com única ressalva: os investimentos de grupos locais não aconteceram!
Uma explicação? Os custos elevados e uma margem de lucro extremamente reduzida (a concorrência só fez acirrar essa questão de preço; quem aumentou as mensalidades, seguindo a inflação, nos últimos anos? Ninguém, pois quem tentasse perderia mercado...) conduzem a um único caminho: ganhos de escala que só podem ser gerados por tamanho, por volume de matrículas.
Em outras palavras, será o fim dos pequenos! "Samll is beautiful" parece, nesse mercado, perdeu totalmente seu brilho.
Os grandes ainda não chegaram ao interior do RN (exceção feita à UnP). Seriam os nichos de mercado a posteriori, ou seja, não geram volume e ganho de escala também não interessam aos grandes grupos.
Estimo que no RN por volta de 90% do mercado de ensino privado pertence a 3 empresas: Laureate, Estácio e Maurício de Nassau. Todas com capital externo ao RN.
Uma tendência, tudo indica, tenderá apenas a crescer. Por quanto tempo resistirão as empresas locais?