domingo, 18 de setembro de 2011

17 cidades do RN com menos de 3 mil habitantes (menos de1% da população)

Dos pouco mais de 3 milhões de pessoas que o IBGE identifica como a população do Rio Grande do Norte para, 17 municípios estão entre aqueles com menos de 1% do total, no ano de 2011.

Viçosa é o menos habitado, com 1.625 cidadãos; outros 16 municípios não alcançam a marca de 3 mil pessoas; veja a lista:

# Viçosa – 1.625
# Ipueira – 2.090
# Galinhos – 2.222
# Monte das Gameleiras – 2.240
# Timbaúba dos Batistas – 2.303
# Taboleiro Grande – 2.339
# Bodó – 2.398
# Santana do Seridó – 2.537
# Pedra Preta – 2.570
# Jardim de Angicos – 2.602
# João Dias – 2.601
# Lagoa de Velhos – 2.669
# Francisco Dantas – 2.863
# Fernando Pedroza – 2.870
# Vila Flor – 2.898
# Passagem – 2.910
# São Bento do Norte – 2.944

Natal: uma população quase 500 vezes maior do que o menor município do RN

O Rio Grande do Norte conta com 3.198.578 habitantes, de acordo com a estimativa do IBGE para a data de 1º de julho do ano em curso.

Segundo o levantamento publicado, 14 cidades concentram o maior número de habitantes, com mais de 30 mil habitantes cada uma delas.

Por outro lado, são 17 os municípios com menor número de habitantes, as cidades com até 3 mil pessoas.

No extremo maior está Natal com seus 810.780 habitantes; no outro lado, a cidade de Viçosa, com 1.625 habitantes: uma proporção quase 500 vezes maior entre a Capital do RN e seu menor município. Se Natal concentra 25,34% da população do Estado, Viçosa tem apenas 0,05%

14 cidades do RN com mais de 30 mil habitantes

De acordo com o IBGE a população estimada em 1º de julho de 2011 para as maiores cidades do Rio Grande do Norte – mais de 30 mil habitantes – está localizada em 14 municípios.

Natal, obviamente, é a principal cidade do Estado, com 810.780 habitantes.

Mas, somente algumas cidades da Região Metropolitana de Natal estão entre aquelas com maior número de habitantes: Vera Cruz e Monte Alegre, além de Extremoz estão numa escala menor no que se refere à projeção populacional do IBGE.

Vejas as 14 maiores cidades do RN:

# Natal – 810.780
# Mossoró – 263.344
# Parnamirim – 208.425
# São Gonçalo do Amarante – 89.044
# Macaíba – 70.586
# Ceará-Mirim – 68.580
# Caicó – 63.147
# Açu – 53.636
# Currais Novos – 42.795
# São José de Mipibu – 40.149
# Santa Cruz – 36.143
# Nova Cruz – 35.617
# Apodi – 34.808
# Touros – 31.335

1.000 dias para a Copa do Mundo X 1.000 dias para as Olimpíadas de Pequim

Quando faltavam 1.000 dias para o início dos Jogos Olímpicos de Pequim, isto é, no final de 2006, tudo já estava arquitetado e em execução para o evento.

Eu estava em Pequim exatamente nesse dia, tentando entender algo mais sobre a China. Lá na praça da Paz Celestial foi acionado um quadro com a contagem regressiva dos mil dias (com o patrocínio da Coca Cola!).

No dia seguinte, isto é, 999 dias antes da abertura, abriram várias lojas em Pequim com as mascotes dos Jogos e todos os brindes que você imaginar. Eu pude comprar camiseta, caneta, marca texto, adesivo e caneca; mas ainda tinham moedas, selos, blocos, cadernos, sapatos, bonés sem falar nas próprias mascotes em pelúcia!

Volto a lembrar: faltavam 999 dias e TUDO estava no mercado! Tudo estava planejado na cidade: as obras de metrô em andamento, a expansão do aeroporto já iniciada e os hotéis em construção (era um festival de guindastes e obras pela cidade). E, nas escolas, todos estudando inglês...

Faltam uns 999 dias para o primeiro jogo no Brasil. Estamos – mesmo – distante da China.

sábado, 17 de setembro de 2011

1.000 dias para a Copa do Mundo. Ainda falta alguma coisa?

Faltam apenas 1.000 dias para a Copa do Mundo no Brasil; talvez uns 1.004 ou 1.005 ou ainda 1.006 dias para o primeiro jogo em Natal, visto que a abertura da Copa não será aqui...

Temos uma ligeira “folga” que em nada mudará a estratégia a ser adotada pelas empresas se, efetivamente, desejarem participar – literalmente – desse jogo.

Os grandes contratos, não há como se iludir, pertencerão às grandes empresas globais e/ou nacionais, que envolverão milhões de dólares e pouco ficará na nossa economia.

Mas, outros contratos estão diretamente ao alcance de nossa economia, seja no Rio Grande do Norte seja nas empresas de médio e pequeno porte; não falo sobre o artesanato e os brindes da Copa pois esses, pelo menos os oficiais, somente com credenciamento da Fifa (de novo, a um custo altíssimo!), mas sobre os serviços de acolhida ao turista estrangeiro que ficará aqui, em média, 2 a 3 semanas. Fazendo o quê?

Essa é a pergunta que mais nos aproxima no Estado: quais empresas estão, de fato, se preparando para atender a essa explosão de demanda concentrada em poucos dias mas que responderão pelo faturamento de muitos meses? Que projetos estão sendo avaliados e que estratégias estão sendo elaboradas? Pela iniciativa privada, claro.

O poder público já fez sua parte; ou quase toda ela. A bola, por enquanto, está com as empresas: são elas que farão o estádio, os hotéis, as pousadas, os roteiros turísticos, as áreas de lazer, a gastronomia, o entretenimento etc.

Será que essa contagem regressiva já começou?

Novos concursos no RN em 2012

O ano de 2012 deverá despontar com novos concursos no Rio Grande do Norte: o Tribunal de Contas do Estado e o Tribunal de Justiça já incluíram em sua proposta orçamentária para o ano seguinte as devidas previsões de aumento das suas folhas de pagamento.

Embora ainda cedo para definição da quantidade de vagas e dos cargos que serão oferecidos nos concursos públicos, o TCE já acenou com a intenção de concursos para servidores (carreira administrativa), mas também o de procurador.

No último concurso (2005 ou 2006?) foram cerca de 10 vagas e a concorrência elevada: o salário era um grande fator de aumento da demanda; aliás, deverá continuar sendo um outro atrativo para essa carreira jurídica.

Terminal Pesqueiro de Natal ganhará nome de almirant

O Terminal Pesqueiro de Natal, em fase final de construção ali na Ribeira, ganhará, em breve, um nome: deverá chamar-se almirante Tertius Rebello.

A Lei, que já foi aprovada ela Assembleia Legislativa (iniciativa do Deputado José Dias), deverá ser sancionada já na próxima semana.

Atualmente as exportações de pescado do RN já somam US 14,1 milhões com um crescimento de 92,2% em relação ao ano passado (janeiro a agosto); ainda no início da safra do melão, por isso a atual colocação, os peixes já são o segundo item da pauta de exportação do Estado, atrás somente da castanha de caju (e um pouco à frente do melão).

Com o funcionamento efetivo do Almirante, haverá mais espaço para que novas empresas utilizem o RN como base para a pesca do atum no litoral brasileiro; é a expectativa!

Pequenos produtos de petróleo no RN, pequenos lucros?

Duas pequenas empresas produtoras de petróleo no Rio Grande do Norte divulgaram recentemente os resultados de suas atividades nos anos de 2009 e 2010: a Aurizônia Petróleo e a Potióleo. Ambas iniciaram suas atividades quando houve as primeiras licitações de áreas de exploração que já não alcançavam o patamar mínimo de rentabilidade no perfil da Petrobras; algumas vezes em função da baixa produção e/ou produtividade, outras considerando o investimento necessário não compensaria o resultado esperado etc.

Uma dezena de empresas foi constituída no Estado e começaram a explorar petróleo a partir de 2004/2005.

Hoje, os resultados são variados:

# Aurizônia Petróleo – Prejuízo de R$ 4,1 milhões em 2009 e outro de R$ 2,7 milhões em 2010.
# Potióleo – Prejuízo de R$ 635 mil em 2009 e de R$ 830 mil no ano seguinte.

As duas exploram pequenos campos petrolíferos (João de Barro e Periquito, para a primeira e Campo de Pardal, para a segunda) e necessitam de novos investimentos; mas, de acordo com a avaliação contábil há “contínuos prejuízos operacionais” que têm impactado fortemente na necessidade de capital de giro, em baixa.

Para uma delas, no entanto, um bom negócio se aproxima: a Potióleo negociou com a Petrobras o Campo de Pardal no valor de R$ 3,1 milhões, de acordo com o “aceite” empresa firmado em 4 de março de 2011.

“O melhor negócio do mundo é ser dono de uma empresa de petróleo”, já diziam os barões dos tempos áureos do ouro negro como era chamado o petróleo, devido sua importância; “o segundo melhor negócio do mundo – continuava a citação – é ser dono de uma empresa de petróleo mal administrada”.

Mudaram os negócios ou aqui no RN estamos relativizando a profecia de outrora?

Proteger a indústria nacional com impostos

A medida adotada pelo MDIC-Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, de aumentar em 30 pontos percentuais o IPI de veículos importados poderá acarretar questionamentos de fabricantes estrangeiros pela “discriminação” entre produtos nacionais e importados. Pelas regras da OMC a simples tributação pela diferenciação de nacionalidade não pode ser atribuída sem justificativas fundamentadas.

O princípio do chamado “livre comércio” não indica que a necessidade de limitar a expansão de importados no mercado interno de um país seja uma prática compatível com o ideal do comércio internacional.

Na prática, no entanto, vários países adotam suas regras de protecionismo (basta lembrar a pesadíssima política de subsídios à agricultura da Europa ou dos Estados Unidos). O Brasil não está inventando a roda.

A justificativa inicial veio do ministro Fernando Pimentel: “É uma medida para defender a produção nacional. Não queremos desestimular a indústria, mas atrair investimentos”. Não é tão simples assim quanto possa parecer, sobretudo com seus efeitos imediatos. Os mais prejudicados, já a partir da publicação do Decreto no Diário Oficial, são os importadores diretos, isto é os não-fabricantes de automóveis. Pelas regras vigentes, a taxação de qualquer imposto ocorre quando da nacionalização do produto, independentemente da data de compra ou do pagamento.

Assim, quem está importando carros novos e o navio está a caminho do Brasil, a preocupação será imensa: quando os carros chegarem aqui ganharão um “brinde” de 30% a mais no IPI. Será que o consumidor está disposto a bancar esse aumento? Ou ficará na conta “lucros e perdas”?

Um novo partido no cenário do RN. Lado (econômico) positivo? Gerando novos negócios no mercado


Mais um partido se habilita a disputar o poder no Brasil. E também no Rio Grande do Norte tendo em vista a reunião realizada recentemente por seu diretório estadual.

É o PPL. Não conhece? É o Partido Pátria Livre que já existe no Brasil desde 2009, fundado na data de 21 de abril (mera coincidência?)

Enquanto o número do Partido não é homologado para as próximas eleições (54 ou 55?), sob a ótica puramente econômica, é mais uma oportunidade de novo negócios para as empresas do RN: afinal, terão que contratar carro de som, imprimir adesivos, preparar os “santinhos”, contratar pessoas, confeccionar bandeiras, “importar” os bambus para as bandeiras, comprar uns bonés (lá do Seridó, ok?!) etc.

A liberdade política também traz uma dinâmica econômica; então, mesmo não sendo adepto de uma prática política mais forte nem havendo pretensão algum (minha e sua) de tornar-se candidato ou de entrar pesado na campanha política, lembre-se, são novos contratos e mais dinheiro circulando no mercado local. Isso é bom!

Mas, enquanto não começa a campanha, caso você tenha um pouco mais de curiosidade sobre a ideologia do partido, no link (que redireciona, ao escolher o RN para a “Rede Brasil”) nacional temos que “O Partido Pátria Livre se orienta pelos princípios e pela teoria do socialismo científico. Ele forma os seus filiados no espírito da independência, da soberania, do coletivismo e da solidariedade internacional entre os trabalhadores e os povos de todos os países.”
E, ainda:



# “Na política externa [o ex-presidente Lula], com habilidade e sem fazer alarde, liquidou a Alca.”
# “As agências instituídas pelo governo FHC - especialmente a Anatel, a ANP e a Ancine – dispensam sutilezas para operar como aparelhos de cartéis comandados por monopólios externos dentro do Estado brasileiro.”
# “A razão de ser da ANP (Agência Nacional do Petróleo) é sabotar a Petrobras, criando obstáculos a que ela assuma a exploração das nossas áreas petrolíferas com capciosas interpretações de uma lei do petróleo sabidamente caduca.”

O efeito Magazine Luiza e as Loja Mais

Depois que Magazine Luiza adquiriu a cadeia nordestina Lojas Maia houve uma verdadeira transformação nos negócios da (antiga) empresa. Hoje as Lojas Maia já faturam cerca de R$ 237 milhões com um crescimento de 63,9% de seu faturamento em menos de um ano!

Atualmente, a rentabilidade das antigas lojas já é a mesma verificada nas outras lojas da Magazine Luiza (que faturou, no primeiro semestre desse ano, R$ 2.381,1 milhões; ou, 44,5% de crescimento em relação aos outros seis meses de 2010).

Que fatores explicariam tal desempenho?
# A força da marca – É inegável que a marca Luiza tem um nítido reconhecimento no cenário brasileiro, seja pelo desempenho das demais lojas no Centro-Sul, seja pela exposição de sua empresária que adotou um estilo midiático, gerando espaço gratuito em todo o Brasil (além do carisma bem trabalhado de sua empresária).
# A gestão empresarial – As técnicas de gestão, baseadas essencialmente no cumprimento de metas e no crescimento diante da concorrência, fizeram com que, me menos de um ano, a “cultura empresarial” da Magazine Luiza fosse implantada com toda eficiência nas Lojas Maia.
# O marketing agressivo – A estratégia de vincular um marketing agressivo na aposta de preços baixos e acessibilidade aos consumidores de baixa-média renda transformaram Magazine Luiza como uma das marcas preferidas no Brasil. A super liquidação anual é um bom exemplo: em Natal, quando houve a mega-liquidação das Lojas Maia, todas amanheceram com longas filas antes mesmo da abertura das lojas!

Em resumo, eficiência na gestão e resultado no marketing. Uma “fórmula” bem conhecida, pouco praticada em algumas empresas; sobretudo naquelas que têm medo de ousar. Um erro primário, infelizmente...


A receita bruta da Lojas Maia cresceu 63,9%, alcançando R$237,4 milhões e margem EBITDA superior a 5% da receita
líquida. A Companhia iniciou, no 2T11, o processo de reforma das lojas do Nordeste, começando por Pernambuco. A
Lojas Maia alcançou os níveis de rentabilidade (EBITDA) do Magazine Luiza já no primeiro ano de operação.


Agosto 2010, aquisição
Receita bruta no 1º semestre 2011 foi de RT$ 2.381,1 milhões + 44,5% ano passado

A internet e a cadeira de balanço na calçada

Toda vez que os especialistas em mídia e mídias sociais adotam algum comentário sobre a internet e os efeitos de seu uso prolongado tenho a impressão que têm vontade de utilizar o velho jargão, “esqueçam o que eu disse”.
Agora, a “moda”, sob os efeitos da Copa do Mundo, é associar a internet com a televisão, “informando” que uma não anulará a outra e que, na verdade, uma estará integrada com a outra; tenho a sensação de ler os mesmos textos que faziam os comentários sobre a invenção do telefone, do rádio, a tv etc.
“Não temos mais as cadeiras de balanço nas calçadas”.
É verdade!
Não deixa de ser correta essa avaliação; mas absolutamente incompleta tendo em vista que, há anos, nas cidades grandes e nas de médio porte brasileiras, “frequentar” as calçadas deixou de ser um hábito. A cidade mudou e os hábitos, junto.
Hoje a internet substitui a velha cadeira de balanço na calçada: a cadeira, essa continua, mesmo não sendo do mesmo jeito e, o essencial de tudo isso, é que o contato é cada vez maior, não mais direto e pessoal, mas indireto e multipessoal. Falamos com todos ao mesmo tempo, conversamos muito mais do que antigamente e acompanhamos os fatos com muito mais conhecimento.
E, com uma condição muito melhor do que antes: a cadeira de balanço na calçada tinha hora marcada, quando o sol já não era tão presente, ali no finalzinho da tarde. Com a internet, chuva ou sol, pouco importa, manhã, tarde, noite – ou melhor, madrugada! – não faz diferença, o contato com as pessoas permanece.
Fui ainda do tempo de ver cadeiras nas calçadas (mesmo não sendo tão velho assim...). Não tenho toda essa nostalgia. Na verdade, já sentida “saudade” de algo que não existia, a internet! As conversas ampliaram muito, foram muito além, do “vai chover”, “tá quente”, “vc viu fulana/fulana de tal” ou do incomparável “você soube?”.
Cadeira de balanço na calçada? Posso levar o computador junto?

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Riachuelo aposta na China – Parte 3, fim


A Riachuelo/Guararapes, como toda a indústria brasileira em geral, sofrem a concorrência pesada da China. Em alguns setores, como caso de confecções, é impossível olhar para o mercado, traçar trajetórias sem conhecer a capacidade produtiva e a realidade do país asiático. Não há como escapar.

Não há também, razões para render-se simplesmente à concorrência.

A Riachuelo adotou uma estratégia clara: produtos com custo de produção reduzido mas com margem de lucro também abaixo do esperado, melhor importar da China; já produtos com maior valor agregado ou com maior necessidade de proximidade entre a criação e a colocação nas lojas, continuarão com a Guararapes seu fornecedor exclusivo.

A importação de confecções já é adotada por outras empresas do ramo e a própria Riachuelo já teve na China um “parceiro” na retomada de seu crescimento, há 10-15 anos; o caminho, agora, é renovado.

É o velho ditado popular: “se você não pode vencê-lo, junte-se a eles”! (E olha que estamos falando de um grupo com capital social integralizado de R$ 1,5 bilhão, que rendeu R$ 100 milhões de lucro no primeiro semestre desse ano e que continua em processo de expansão)

Riachuelo aposta na China – Parte 2


Flávio Rocha, à frente dos negócios, corrobora:


“Ao longo desse semestre, e para essa mudança colaborou muito a inauguração do nosso escritório em Xangai, nos mostrou uma nova direção que eu acho muito acertada. Também inclusive de mudanças macroeconômicas que aconteceram, da realidade cambial, da crescente competitividade do produto asiático.”

“A utilização da Guararapes com produtos modais. Os básicos estão migrando para o fornecimento externo. Já começam a chegar e vão se intensificar mais para o fim do ano, os primeiros contêineres com produtos visando atender as linhas de combate, as linhas de preços mais baixos.”

Riachuelo aposta na China – Parte 1

De acordo com as palavras do Sr. Túlio Queiroz, controller da empresa:


“É verdade também que a Companhia aumentou a participação de importados. Desde o início do ano nós estamos com escritório da Companhia em Xangai e a ideia realmente é passar a importar uma quantidade maior, dando prioridade inclusive para os produtos de uma linha mais básica. Ou seja, explorar os dois elos com o que tem de melhor. Puxar o básico, cada vez mais básico da China...”.

“Nós acabamos de inaugurar o escritório em Xangai, então é algo que estamos buscando. Não sei se daria para fechar o ano inteiro em 15%, mas a ideia é chegar lá no final do ano com um patamar próximo disso.”

Para operador de turismo francês o Nordeste é só Bahia

Para operadora de turismo na França que acaba de lançar seu guia inverno (deles, claro) 2011/12 sobre o Brasil – com o sugestivo e agradável título “Brasil, terra de paixões” – nosso Nordeste é muito pouco lembrado como opção de viagens.

O Rio Grande do Norte, literalmente, não existe nos pacotes da empresa. Seus destinos privilegiados são: Salvador, Costa do Sauípe, Chapada Diamantina, Manaus, Rio de Janeiro, Foz do Iguaçu, Ouro Preto, Paraty e São Paulo.

No Nordeste, somente a Bahia. É pouco a oferecer para um país que tem por tradição o hábito de viajar em curtas e longas distâncias, incluindo períodos mais longos de estada. Ceará e Pernambuco, se isso nos serve de alento, também não estão no guia.

A operadora – Heliades – estampa em seu site o guia do Brasil. Pena que tão distante de oportunidades para nosso Estado e tão mais perto geograficamente...

Uma “crise do petróleo” brasileira

Uma “crise do petróleo” brasileira

A primeira crise mundial do petróleo, em 1973, colocou o mundo diante da indispensável condição de programar suas necessidades em energia face à concentração do mercado produtor. De lá para cá muita coisa muito, dentre elas, a descoberta de novas fontes de energia e de novas capacidades de produção; mas, a alternativa de substituição plena do petróleo ainda não está na pauta internacional.

O Brasil, que começou a perceber que seu “milagre econômico” não resistiria à condições naturais do mercado – lei da oferta e da demanda – sofreu com os efeitos da alta do petróleo pagando, literalmente, um bom preço.

Atualmente, as condições são bem distintas, não resta dúvida. Mas, a dependência das importações de petróleo e derivados continua; e forte, apesar de toda a produção brasileira. Em 2010 o Brasil importou US 284,7 milhões em gasolina; nesse ano, somente até o mês de julho, já foram US 330,3 milhões. E o ano ainda está “longe” de acabar com uma demanda que não será – já se sabe, de acordo com as projeções da safra 2011/12 do etanol – atendida pela produção interna: ou seja, o Brasil precisará aumentar suas importações de combustível.

A nova crise do petróleo brasileira padece também do crescimento interno e da forte demanda por combustíveis. A pressão inflacionária será novamente a preocupação do controle da importação e dos preços ao consumidor final.
O mais curioso nessa nossa crise é que para 2012 já estão asseguradas as importações de anidro dos Estados Unidos! Se foi o Brasil quem “inventou” o carro a álcool e os norte-americanos acharam interessante a ideia, eles farão também bons negócios no futuro.

Shoppings com foco em público Classe A. Natal Shopping prepara-se para a Copa

Shoppings com foco em público Classe A. Natal Shopping prepara-se para a Copa

O Shopping Iguatemi, em São Paulo, é um dos pontos de vendas de maior custo de aquisição/locação, tornando-se o endereço comercial mais caro do Brasil e um dos mais caros de todo o Mundo. Isso é reflexo do foco que o Shopping tem posicionado ao longo dos anos visando os consumidores Classe A (ou para a exageradamente rica, a classe AAA, os “gargalhadas”!); classe B é bem vinda, sem dúvida, mas o perfil de consumo está mais próximo da elite paulista).

No RN é o Natal Shopping que vem buscando uma estratégia de atração de um público diferenciado, sob a ótica do padrão de compras.

Os investimentos já realizados (troca de todo o piso, por exemplo), os projetos de expansão de espaço comercial em andamento (como mencionado aqui: mudança da Rio Center, maior área de estacionamento etc) ou de serviços na área de lazer (cinema com elevado padrão de atendimento) pretendem atrair um “ticket médio” de compras diferenciado: mais compras, menos passeio.

Essa preparação iniciada em 2011 será o grande diferencial do setor no Estado durante a Copa 2014; naturalmente será um dos “pontos turísticos” mais visitados em Natal...

Escritórios de advocacia se preparam para novos contratos com a Copa

Escritórios de advocacia se preparam para novos contratos com a Copa

O que era mais do que previsível começa a ser efetivado na prática nos principais escritórios de advocacia do Brasil, a preparação para os novos (alguns milionários) contratos que surgiram a partir da preparação para a Copa do Mundo de Futebol em 2014. Enquanto os grandes escritórios preparam-se para os grandes clientes (patrocínio, investimentos nos estádios, novos empreendimentos turísticos, fornecimento de serviços e tecnologia para os jogos etc), num movimento que já é comum a participação internacional (os mega-eventos planetários têm esse perfil), há uma lacuna que deverá ser preenchida por bancas com foco em pequenos e médios investidores.

No Rio Grande do Norte esse papel foi bem realizado quando começou o “boom” imobiliário e os investidores estrangeiros começaram aqui a aportar; alguns profissionais assumiam outros papéis, de “vendedor de imóveis” a “conciliações amorosas”, opinando sobre áreas para investimento ou orientando sobre casamentos, contratos pré-nupciais etc.

Quem adquiriu essa expertise no período recente aprendeu como tratar com o cliente estrangeiro. Agora, no entanto, estamos em uma nova fase de captação de investimentos. Não é mais o “rio de dinheiro” (para usar uma expressão que ouvi na ocasião) que vem de todos os horizontes, mas um público mais seletivo - geograficamente falando – sob a ótica do novo investidor.

É sempre bom lembrar, no entanto, que o “toque de Midas” do início da década trará sempre boas lembranças, mas não será o padrão até 2014; será necessária uma readaptação aos novos clientes. A hora de preparar-se é agora!

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Ouro em Currais Novos?

Ouro em Currais Novos?

O setor mineral retoma sua importância no Seridó e mais particularmente em Currais Novos que já foi um dos principais polos econômicos do Rio Grande do Norte, principalmente nos tempos áureos da exploração da xelita; nos anos 80, com a concorrência da China, o minério perdeu sua competitividade e o setor mineral na região sofreu o processo de esvaziamento que se fez sentir por mais de duas décadas.

Novamente a China, mas agora positivamente, há cerca 5 anos um novo ciclo reaparece com a exploração e exportação de xelita destinada curiosamente... para a China: a necessidade de matéria-prima da economia que mais cresce no mundo impulsionou nova demanda desse produto.

Com a expansão do setor mineral outras empresas passaram e olhar para a região como um provável novo polo produtor. Recentemente é uma empresa brasileira que está investindo em Currais Novos (e região) em busca de ouro. Não é nenhuma corrida ao Velho Oeste como nos filmes norte-americanos de antigamente, mas é a expectativa de explorar novamente esse minério; a cotação no mercado nacional/internacional do ouro, em patamares excepcionais, foi um dos motivos das pesquisas.

A empresa Cascar já obteve licença para pesquisas e formalizou seu pedido de regularização para a exploração na região. A confiar na expectativa da empresa , tem ouro sim em Currais Novos.

Rui Cadete com franquias no interior do Estado?

Rui Cadete com franquias no interior do Estado?

Um dos maiores escritórios de contabilidade no RN é o de Rui Cadete, sempre uma menção todas as vezes que em sala aula menciono as estratégias de criação de demanda para os alunos de contabilidade; a referência é conhecida de todos e algumas ideias servem de ilustração para mostrar a diferenciação na captação de clientes e na imagem junto ao mercado “consumidor”, as empresas.

Com a adesão da primeira empresa de contabilidade ao sistema de franquias, formalmente filiado a ABF-Associação Brasileira de Franchising, abre-se uma nova ideia de negócios também no Rio Grande do norte, sobretudo com a expansão de investimentos estrangeiros no interior do Estado, eólicas à frente.

Em algumas cidades que recebem esses investimentos há bons escritórios de contabilidade já em atuação, mas quase sempre atendendo os negócios locais, de menor investimento econômico. Agora, com as eólicas, os projetos de implantação (que demandam mais mão de obra, compras etc) duram, em média, 3 anos, tempo suficiente para firmar-se parcerias no interior do RN e oferecer um serviço diferenciado, próximo aos escritórios de investidores, na sede de seu novo estabelecimento.

Uma nova expectativa de mercado no RN?

Franquias: um novo mercado para os escritórios de contabilidade

Franquias: um novo mercado para os escritórios de contabilidade

Um novo mercado aparece com expectativas de crescimento para os próximos anos no Brasil na área de franquias: escritórios de contabilidade já começam a dar os primeiros passos para tornar-se, efetivamente, no perfil das demais franquias, em criar suas regras, formatos, mídia e modelos de gestão padronizados. A primeira a inaugurar essa nova fase, de forma mais intensiva, foi o escritório de contabilidade NTW Contabilidade e Gestão Empresarial, em Minas Gerais.

A empresa filiou-se formalmente a ABF-Associação Brasileira de Franchising (ainda com o termo em inglês, apesar da popularização do português “franquia”) e começa sua expansão em outros pontos além do eixo tradicional Centro-Sul, onde está localizada a sede da empresa: Recife e Manaus serão os primeiros escritórios de franquia em contabilidade nas suas respectivas regiões.

Diferentemente de escritórios de advocacia em que as parcerias são essenciais nos grandes contratos (sobretudo com ações em Brasília), a contabilidade é, tradicionalmente, centralizada em escritórios mais próximos da sede da empresa ou do local de exploração de sua atividade econômica; as filiais reportam-se também aos princípios do escritório da sede.

Com esse novo mercado abre-se a possibilidade de expansão de novos negócios e, principalmente, de parcerias para pequenos e médios escritórios que buscam ultrapassar o limite de sua expansão.

E o que atrairia essas franquias? O ganho de excelência, o ganho de escala no aprendizado e na atualização das informações: a franqueadora transferirá o conhecimento (know how) e, por definição, estará sempre atualizada, produzindo um ganho de informação inestimável e, em alguns casos, inalcançável para as pequenas estruturas de atendimento.

O ganho para os franqueados? Transformar toda essa informação em conhecimento; e conhecimento, claro, gera negócios.

Cosern distribui dividendos: R$ 59,7 milhões

Cosern distribui dividendos: R$ 59,7 milhões

Se você faz parte desse seleto grupo de acionistas da Cosern os valores anunciados pela empresa na distribuição de dividendos é um bom motivo de comemoração: serão R$ 59.572.071,27 a serem compartilhados entre os investidores da empresa.

A Cosern, fruto da privatização ocasionada pela política de redução de investimentos públicos no setor produtivo, principalmente naqueles em que a iniciativa privada já atuava (telefonias e energia elétrica foram os alvos principais), é a empresa de capital 100% privado com maior investimento no Rio Grande do Norte.

A época de sua privatização o ágio em relação ao preço mínimo ultrapassou os 200% e foi um dos destaques também na mídia nacional; o grupo Iberdrola, que fez a aquisição, demonstrou uma capacidade de gestão efetiva e, em poucos anos, gerou lucro suficiente sobre o capital aplicado, considerados ainda os programas de investimento para atendimento e fornecimento de energia elétrica ao maior número de cidadãos.

O lucro hoje, repetidamente realizado, distribuído revela uma das apostas do mercado no mundo inteiro: não é possível crescer sem a produção de energia, nenhum país desenvolveu-se sem que houvesse uma rápida e crescente demanda por energia (antigamente, o petróleo; atualmente o foco está em algumas energias limpas & renováveis).

Uma PEC para combater o trabalho escravo

Uma PEC para combater o trabalho escravo

O emblemático caso da Zara que teve flagrada terceirizadas suas se utilizando do trabalho escravo para produzir peças, a custo reduzidíssimo, mas vendidas a preços nem tanto, trouxe a tona o debate sobre as formas de combater o trabalho escravo no Brasil. O tema, bem verdade, não é novo, pois o Ministério do Trabalho está sempre estampando os flagrantes e os abusos cometidos em praticamente todos os Estados.

Mas, fato novo é o trabalho escravo urbano. Na verdade, também a novidade fica por conta do flagrante que a mídia explorou. É comum nas conversas em São Paulo a discussão com empresas do ramo sobre os “bolivianos” que trabalham sem parar em fábricas em menor condição humana de atividade e numa exploração absurda da mão de obra. Muitas vezes, o explorado fica submisso à essa situação tendo em vista sua condição irregular no Brasil.

É o mesmo fenômeno que cansamos de ver com os clandestinos na Europa e nos Estado Unidos, onde refugiados econômicos tentam, a todo custo, buscar uma condição de vida que se traduz, ainda que minimamente, por um salário ao final do mês.

No Brasil, desde 2004 tramita uma emenda constitucional, a PEC 438, que tenta amenizar a situação. Pelo menos de forma punitiva, sabedor que antecipadamente é sempre complicado e complexo.

A PEC 438 propõe que haja o confisco de propriedades urbanas onde ocorra trabalho escravo. No Brasil cada vez mais urbanizado, a medida é essencial para evitarmos abusos como esses. Talvez, o “empresário” (se é que podemos qualificá-lo assim!) punido com um maior rigor aprenda o caminho certo; e o exemplo negativo para ele sirva de lição para outros “espertos” que circulam na área argumento o seu “espírito empreendedor”.

domingo, 4 de setembro de 2011

Compras coletivas e o mercado da beleza

Onde fazer estão os melhores negócios na indústria da beleza no Brasil? De acordo com dados do setor a liderança está nos produtos para cabelo, seguido de fragrâncias e descartáveis que representaram 50% do faturamento das empresas brasileiras no ano de 2010.

O ranking dos principais segmentos está assim dividido:

# Cabelo – 22,1%
# Fragrância – 16,2%
# Descartável – 11,7%
# Banho – 11,3%
# Cuidados da pele – 9,5%
# Desodorantes – 8,8%
# Higiene oral – 8,0%
# Maquiagem – 7,9%
# Bronzeadores/protetores – 3,8%
# Produtos para barbear – 0,7%

Não é a toa que os sites especializados nas compras coletivas investem nas promoções entre tratamentos de cabelo: isso representa cerca de R$ 5,2 bilhões de um mercado presente em todos os recantos do Brasil. Curioso é observar que o item maquiagem ocupa apenas a 8ª posição nesse ranking da indústria da beleza que movimentou R$ 27,3 bilhões em 2010 (quase 12% a mais do que em 2009).

E, mais curioso ainda, é observar quanto o público masculino não consome muito produtos de beleza... os “produtos para barbear” representam apenas 0,7% desse mercado (ou cerca de R$ 191 milhões).

A nova Rota do Sol para o RN

Não, não se trata de um comentário sobre uma nova estrada ou rodovia que será criada ou duplicada em direção de algum ponto do litoral norte-riograndense. Não é essa a nova “Rota do Sol” que precisamos para o Estado (mesmo se qualidade de acesso às praias é sempre importante).

A nova alta estação do turismo já está a se aproximar e aqueles que pretendem programar férias mais longas – e, portanto, aqueles que pretendem gastar mais – já começam a planejar o destino principal de sua opção de lazer em dezembro, janeiro ou fevereiro. A alta estação, na verdade, já começa agora em setembro com as primeiras ideias ou seleções de projeto de viagem.

Precisamos no RN ter uma nova Rota do Sol.

Aliás, precisamos convencer o Brasil e a Europa (na verdade, todo público emissor é bem vindo, mas a Europa está mais perto...) de que o Estado tem muitas opções para oferecer aos turistas que aqui pensem em ficar mais do que o final de semana de um evento ou de uma convenção.

A nova Rota do Sol é, na verdade, definir qual o foco no público-alvo: que mercado emissor estamos pensando em captar para o verão 2011/12? Que mercado emissor começaremos a trabalhar não somente a mídia, mas toda a preparação e o receptivo local? Que público é esse que virá nos visitar e quais são suas opções de lazer preferidas: esporte, aventura, gastronomia, relaxamento, compras etc?
Lembro que no auge do turismo nórdico alguns hotéis nem estavam preparados para receber clientes com atendimento em inglês... Enquanto outros dispunham de guias sobre Natal apresentados em sueco, dinamarquês, alemão etc.

A nova Rota do Sol que estabelecermos agora é o primeiro passo para bem receber o turista para a Copa de 2014. O raciocínio, simples, é claro: se o turista gostar de Natal e do RN desde já, quando chegar 2014 ele terá mais motivos para nos visitar; e trazer mais gente com ele.

“Franquias em alta” em todo o Brasil. Esporte, beleza, saúde e lazer garantem (alguns) bons lucros

É sob esse título que o Valor traz alguns dados sobre um dos setores que mais cresce no Brasil através de franquias: esporte, beleza, saúde e lazer. Entre 2006 e 2010, de acordo com os números indicados, nunca antes tais atividades tiveram um crescimento tão acelerado. Veja alguns números:

# Em 2006 o faturamento desses setores era de R$ 6,0 bilhões – No ano passado encerrou em R$ 11,8 bilhões;
# Em 2006 havia 170 redes de franquias nessas áreas – No ano passado contavam-se 320 redes; e
# Em 2006 eram 10.419 pontos de atendimento (unidades próprias e fraqueadas, todos somados) – Em 2010 já eram 15.543 unidades em todo o Brasil.

Ao observar tais números vemos que o faturamento e o número de redes franqueadoras tiveram um crescimento bastante positivo, de 19% e 17% ao ano, respectivamente.

Mas... é sempre bom avaliar todos os números... se compararmos o faturamento do pontos de atendimento entre os intervalos indicados (2006 com as 10.419 unidades) o faturamento foi de aproximadamente R$ 576 mil/ano; já no ano passado, o faturamento foi de R$ 759 mil.

Ou seja, enquanto o faturamento cresce o lucro não é o mesmo! Não é a expansão de lojas que traz, automaticamente, um lucro uniforme. O setor indicou um crescimento médio anual de 96,7% em 5 anos, mas a média, por loja/ponto de venda cresceu apenas 7%.