terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Relatórios atuariais de fundos de previdência Pref. Natal com saldos diferentes

A Prefeitura de Natal disponibilizou o cálculo atuarial dos dois fundos de previdência de seus servidores, o Funfipre e o Funcapre. A diferença essencial entre os dois é que o primeiro engloba aqueles que tenham ingressado no serviço público até 31 de janeiro de 2002; o segundo, após essa data.

Mas, o que diferencia, de fato, um do outro é o resultado de suas contribuições e seu déficit. O caso mais complexo é o do Funfipre que, por sua própria condição, tende a ser deficitário pois servidores mais antigos irão se aposentando e a conta será sempre maior nas contribuições a pagar e do que nas receitas a contabilizar.

A preocupação é que, desde já, o Funfipre é deficitário. De acordo com os cálculos, em 2011 o saldo “devedor” já era de R$ 13,2 milhões e deverá encerrar 2012 com um grande salto, uma deficiência em caixa de R$ 111,4 milhões. A partir daí a conta é sempre negativa e crescente: não fechará em nenhum momento positivo. Em outras palavras, a Prefeitura terá que bancar (como já faz normalmente com seus aposentados) essa conta.

Por outro lado, o Funcapre é bem mais animador: encerrou 2011 com saldo em caixa de R$ 107,3 milhões e tem previsão de déficit somente no ano de 2032, quando então passaria a ser crescente. Na verdade, até lá, pela própria dinâmica da Prefeitura, novos funcionários serão contratados e depósitos no Fundo acontecerão para equilibrar a situação.

A divisão desses fundos em períodos é uma forma de administrar uma conta “pesada” e separar o lado positivo do outro: enquanto uma já é encargo natural da entidade pública, a outra torna-se um patrimônio cobiçado, rendendo juros e servindo de garantias e aplicações financeiras: a boa gestão permite que, além das contribuições, o resultado do mercado financeiro possa ajudar a engrossar o saldo (os recursos desses fundos de previdência, em geral, são aplicados no mercado financeiro, mesmo em produtos mais conservadores e garantidos, com menor risco).

A questão é administrar as duas contas. Uma, já “perdida”, mais fácil; a outra, rentável, torná-la mais ainda: os futuros aposentados da Prefeitura de Natal agradecerão bastante!

123.012 embarques/desembarques internacionais em 2011: bom crescimento de 4,2%.

O desempenho do Rio Grande do Norte nos embarques/desembarques internacionais, mesmo se menor percentualmente que a contabilidade nacional, deve ser comemorado em 2011. Dos estados do Nordeste mais próximos de nosso destino o RN foi ultrapassado apenas por Pernambuco.

Veja o desempenho de alguns estados da região:

# Pernambuco: aumento de 18,2% em 2011
# RN: aumento de 4,2%
# Bahia: aumento de 3,4%
# Ceará: aumento de 0,1%
# Alagoas: queda de 49,%

No Brasil o incremento foi de 13,7% (foram 18,2 milhões de embarques/desembarques internacionais no ano passado).

Quase 2,5 milhões e embarques/desembarques nacionais no aeroporto do RN em 2011: crescimento de 7,0%

2.457.978. Esse é o resultado final divulgado pela Infraero para embarques/desembarques no aeroporto internacional Augusto Severo no ano de 2011. Os quase 2,5 milhões de passageiros que aqui circularam representaram uma boa notícia em relação ao ano de 2010: houve um aumento de 7,0% no ano que passou.

O turismo interno foi o principal fator gerador desse crescimento em 2011, considerado por todos como o grande impulsionador da demanda nacional. No Brasil foram cerca de 161,4 milhões de embarques/desembarques ou, aproximadamente, 80 milhões de passageiros/ano (uma média de 6,7 milhões e pessoas embarcando em um novo voo a cada mês).

Mesmo se o crescimento do RN ficou abaixo da média nacional, tivemos um desempenho próximo de nossos “concorrentes” mais diretos pelo turismo: o índice norte-riograndense foi maior do que o de Pernambuco e próximo aos da Bahia e de Alagoas. Veja alguns números:

# Ceará: + 11,9% nos embarques/desembarques nacionais
# Alagoas: + 8,6%
# Bahia: + 8,2%
# RN: + 7,0%
# Pernambuco: + 6,3%

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Redução do ITIV: impacto mínimo para a Prefeitura, maior para o contribuinte

A Prefeitura de Natal esperava, quando decidiu pela medida de reduzir em 50% o valor do ITIV, arrecadar cerca de R$ 10,3 milhões com essa nova ação.

A previsão orçamentária elaborada para 2011 indicava uma receita de R$ 27,4 milhões. Já a previsão para 2012 indica uma expectativa de receita da ordem de R$ 37,7 milhões.

O impacto, nas contas da Prefeitura, é mínimo diante da projeção de receita anual em 2012 de R$ 2,1 bilhões. O total do ITIV representará apenas 1,8% da receita total mas, isso para todo o imposto cobrado.

E como a projeção de aumento de receita foi de R$ 10,3 milhões, a redução do ITIV impactará as contas municipais em um acréscimo de... 0,5%.

Pouco, é verdade, muito pouco para a Prefeitura. A diferença maior será mesmo para o proprietário do imóvel que deseja regularizar sua propriedade. Uma ação que beneficia mais o cidadão do que as contas municipais (sem esquecer os cartórios!).

15 pessoas ganhavam acima do limite constitucional

A Prefeitura de Natal decidiu, através de seu instituto de previdência, a Natalprev, reduzir proventos e pensões de 15 aposentados que estavam recebendo acima do limite constitucional. É o que diz a Portaria 383/2011 divulgada semana passada pelo órgão municipal.

A crer o conteúdo da Portaria houve a devida “intimação dos interessados” e cada um exerceu o seu direito de “defesa nos respectivos processos”. Mesmo assim, prevaleceu a orientação da Procuradoria e os valores serão reduzidos imediatamente. Como a Portaria é datada de 22 de dezembro passada, o 13º não deve ter sido afetado...

Considerando que foi julgado ilegal e não cabe mais recurso administrativo, os assalariados e aposentados na faixa dos R$ 30 mil (ou muito mais, será?) deverão fazer economias em 2012; um ano “difícil”, pelo visto.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Sindicato dos professores da rede particular de ensino do RN

O Sindicato dos professores da rede particular de ensino do RN marcou reunião para o dia 21 de janeiro, um sábado (não poderia ser pela semana, já que todos os professores estão de férias??), pela manhã.

Na pauta, vários assuntos, e um interessante para quem faz parte da categoria: “desconto a favor do Sindicato dos Professores da Rede Particular de Ensino do RN de acordo com o art. 513 – alínea “e” 462 da C.L.T. para atender aos seus encargos sociais”. Ou seja, a contribuição que cada profissional verá descontar de seu contracheque para manter a entidade.

Na convocação da Assembléia (sic) geral extraordinária, no entanto, não consta prestação de contas da entidade; talvez seja apresentada na reunião já que, afinal, pretendem cobrar valor de 2012 para cobrir os “encargos sociais”. É provável que indiquem a justificativa dessa necessidade.

RN ganhará mais um sindicato, do artesão. Reunião no sábado de Carnaval!

O Rio Grande do Norte está prestes a ganhar mais um novo sindicato, o do artesão. Pelo menos é o que indica a “Comissão pró-fundação” que convoca uma reunião para o sábado, dia 18 de fevereiro.

Interessante será conhecer o quórum da reunião: sábado de Carnaval! A votação e aprovação do que estiver sendo apreciado não deve demorar muito...

Outro aspecto interessante, acho: sindicatos eram criados para defender os direitos dos empregados diante dos empregadores; não conheço muitos artesãos que estejam contratados por empresas e que constem na Carteira de trabalho a profissão “artesão”.

Estamos inovando, provavelmente.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

2,4 milhões de passageiros em 2010 no Augusto Severo

Em 2010 foram anotados 2.415.833 embarques/desembarques no aeroporto Augusto Severo, já somados os voos nacionais e internacionais.

Até novembro de 2011 essa contabilização já era de 2.354.739. Se comparamos os dados para o acumulado nos onze meses, temos um acréscimo de 8,4% em relação a 2010.

Esse incremento deixa uma expectativa de novo recorde na utilização do aeroporto: devemos ter tido uma movimentação registrada de cerca de 2,6 milhões de passageiros no ano de 2011.

Em 2010 4,9% dos embarques/desembarques foram originários de voos internacionais. Em 2011 essa relação deve cair um pouco apenas, aproximando-se dos 4,7% do total geral.

Turismo internacional em alta em 2011

Adotando a mesma metodologia para a previsão em 2011 para os voos internacionais no Rio Grande do Norte é possível estimar um aumento de cerca de 4,2% em relação a 2010.

Isso significa algo como 123.000 embarques/desembarques internacionais (já incluídos os charters saindo de Natal que, mesmo representativos, não são os únicos responsáveis pelo aumento) que foram contabilizados no ano passado.

Em 2010 foram 118.055 embarques/desembarques em voos internacionais; isso se traduz em 5.000 novos passageiros que circularam pelo aeroporto Augusto Severo em 2011.

Turismo interno em alta: 2,5 milhões de embarques/desembarques em voos nacionais

A Infraero ainda não divulgou o balanço completo de embarques/desembarques pelo aeroporto Augusto Severo mas, pelas estatísticas do último mês de novembro e o comparativo com o ano de 2010 é possível fazer uma previsão otimista para o fechamento de 2011.

Deverão ficar próximo dos 2.475.000 os embarques/desembarques em voos nacionais em 2011 (como a estatística da Infraero é assim apresentada estima-se que, por aproximação, metade deve ser de desembarques).

Esse valor deve representar um aumento em torno de 7,7% em relação a 2010. Poderia ter crescido mais, mas é positivo diante do cenário cada vez mais concorrencial com os estados vizinhos.

Esse índice corresponde a cerca de 177 mil novos embarques/desembarques a mais em relação a 2010.

Natal não terá mais o zoológico

Lembra do zoológico tão comentado ano passado? Que estaria na previsão orçamentária da Prefeitura da Capital e que levantou dúvidas sobre sua localização e depois, com as devidas respostas, era mera intenção?

Pois bem, parece que diante das críticas, não será mais projeto local. Parece que não está mais no orçamento de 2012. O mais perto do zoológico continuará sendo o jogo do bicho...

Cadeiras de rodas “anfíbias”, outro projeto inovador em Natal

A Prefeitura de Natal continua inovando para 2012, desta vez no apoio aos portadores de necessidades especiais: com orçamento estimado em R$ 60 mil, a Prefeitura pretende implantar o projeto “Natal praia para todos” que visa adquirir “cadeiras de rodas anfíbias visando a acessibilidade à praia para turistas e natalenses”; as cadeiras “permitem banho de mar”, diz o projeto.

Devem também permitir, imagino, a circulação na areia e, principalmente, descer e subir as escadas das calçadas.

(obs: por pouco o nome do programa se aproxima de outra marca de governo, o ‘de todos”; mas, aqui, é “para todos”)

Natal ganhará um “Palácio da Ciência de Natal”

A Prefeitura de Natal investirá cerca de R$ 11,2 milhões para a construção do Palácio da Ciência de Natal.

Será um “centro para o desenvolvimento e popularização da ciência do municípios de Natal-Cienat, espaço para realização de eventos, cursos, palestras, demonstrações, projeções de filmes e vídeos científicos...”. Pela proposta, imponente.

Analfabetos no RN: bem classificado no Nordeste, longe da média Brasil

O Rio Grande do Norte tem um dos menores índices de analfabetismo entre a população de 15 a 24 anos, de acordo com o Censo IBGE 2010. Apesar dessa boa comparação, ainda é muito um índice de 18,5% de jovens que não sabem ler e escrever. A média brasileira é de 9,6% para essa mesma faixa etária

# Analfabetos entre 15 e 24 anos:
Alagoas – 24,3%
Piauí – 22,9%
Paraíba – 21,9%
Maranhão – 20,9%
Ceará – 18,8%
Rio Grande do Norte – 18,5%
Sergipe – 18,4%
Pernambuco – 18,0%
Bahia – 16,6%


E entre os idosos o Rio Grande do Norte obtém um bom resultado no Nordeste; apesar, novamente, de bastante distante da média brasileira, que ficou em 26,5%.

# Analfabetos com mais de 60 anos de idade:
Piauí – 55,5%
Alagoas – 54,1%
Maranhão – 53,9%
Paraíba – 49,1%
Sergipe – 46,1%
Ceará – 45,9%
Rio Grande do Norte – 45,3%
Bahia – 44,8%
Pernambuco – 42,4%

Mais serviços para a terceira idade

A chamada Tábua de mortalidade do IBGE realça o que o Mercado norte-riograndense vem aos poucos mudando nesses últimos anos: o crescimento de serviços à disposição da terceira idade. O envelhecimento da população é notório em todo o Brasil e aqui no Estado a participação dos idosos vem crescendo ano a ano.

Os planos de saúde foram os primeiros a perceber essa necessidade e a criar serviços diferenciados para os idosos, essencialmente concentrados nas chamadas home care, um atendimento (equiparado ao) médico domiciliar com um custo bem menor do que o de internação.

Outro segmento que cresce rapidamente no Estado, principalmente na Capital, são as “casas de repouso” ou as “residências para terceira idade”. Há uma diversidade de serviços, incluindo a possibilidade de residência ou de apenas day use; a proposta de serviço é oferecer um acompanhamento permanente aos clientes incluindo, além do serviço médico (enfermeira, nutricionista, médico etc), atividades lúdicas durante o dia.

O valor dos serviços é alto! Mas a demanda tem mostrado que essa tendência deve se firmar no mercado local: o envelhecimento da população (e os apartamentos menores!) garante a demanda.

Expectativa de vida de homens é maior quanto mais envelhecem (quase igual à das mulheres)

O IBGE atualizou a sua “Tábua de Mortalidade” com a devida comparação entre expectativa de vida para homens e para mulheres. As mulheres, como várias vezes divulgado, vivem mais do que os homens; essa realidade aliás, aplica-se do Rio Grande do Norte, ao Brasil e inclusive aos países ocidentais onde a renda e a condição de vida são mais favoráveis.

Curioso é observar que quanto mais idosos, mais se aproximam a expectativa de vida de homens e mulheres. Ou, em outras palavras, o “risco de morte” para os homens é maior – em relação às mulheres – quanto mais jovens forem; ao envelhecer, a situação muda e se equipara.

Expectativa de vida dos brasileiros (sexo masculino) em 2009:
# Nascidos vivos: 69,4 anos
# Com um ano de idade: 70,3 anos

Expectativa de vida dos brasileiros (sexo feminino) em 2009:
# Nascidas vivas: 77,0 anos
# Com um ano de idade: 77,5 anos

Quando ambos completam os 70 anos a diferença de expectativa de vida é praticamente a mesma: para homens, 13,4 anos a mais e, para mulheres, 15,6 anos a mais.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Principais empresas importadoras do RN em 2011

O MDIC-Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior divulgou as maiores empresas importadoras do Rio Grande do Norte em 2001. Veja as dez maiores:

1º M Dias US 38,3 milhões
2º Tecidos Lider US 33,1
3º Coats US 13,9
4º Laminor US 12,8
5º Petrobrás US 12,4
6º Metalmecânica Maia US 11,5
7º Vicunha US 10,2
8º Confecções Guararapes US 7,9
9º Cimento Poty US 7,3
10º New Energy US 6,9

Maiores exportadores em 2011

De acordo com o MDIC-Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as dez empresas com maior valores exportados são as seguintes:

1º Usibras US 28,3 milhões
2º A Ferreira US 18,6
3º Petrobrás Distribuidora US 18,2
4º Coteminas US 14,6
5º Del Monte US 13,3
6º Bollo Brasil US 11,3
7º Petrobrás US 10,7
8º Finobrasa US 10,2
9º Brasimport (leia-se Candy Pop) US 10,210º Atlântico Tuna US 10,1

Ano de crise, 2011 traz superávit comercial para RN

O ano de 2011 encerrou com saldo comercial favorável para o Rio Grande do Norte, apesar do decréscimo de 1,2% em suas exportações em relação ao ano que passou. Mas, considerando que as importações de equipamentos para as eólicas não aconteceram diretamente por empresas registradas no Estado (CNPJ do RN), retomamos o saldo positivo. Veja os números divulgados pela Sedec-Secretaria do Desenvolvimento Econômico:

# Em 2011
Exportações US 281.181.417 (- 1,2% em relação a 2010)
Importações US 242.597.818 (-24,0% em relação a 2010)
Saldo comercial US 38.583.599 (maior do que o déficit de 2010)

# Em 2010
Exportações US 284.738.231
Importações US 319.394.792
Saldo Comercial US -34.656.561

Quais os principais países exportadores diretos para o RN?

A Sedec também divulgou os principais países com vendas diretas para o RN; a Argentina volta à liderança, com o fornecimento de trigo (para o Moinho Potiguar). Veja a lista:

Argentina US 43,7 milhões
Estados Unidos US 34,1
China US 25,5
Alemanha US 18,1
Índia US 16,6
Turquia US 15,6
Espanha US 15,5
Egito US 8,9
Holanda US 7,3
Uruguai US 6,0

Principais países compradores de produtos do RN

A Sedec divulgou também os principais parceiros comerciais internacionais e, novamente, os Estados Unidos são os maiores compradores de nossos produtos. Veja a lista:

Estados Unidos US 69,6 milhões
Holanda US 37,6
Espanha US 24,5
Reino Unido US 21,7
Argentina US 17,4
Canadá US 11,3
Alemanha US 10,9
Japão US 10,5
Itália US 8,0
China US 7,6

Sedec divulga principais itens exportados em 2011 pelo RN

O melão voltou a ser o principal produto de exportação do RN em 2011, de acordo com dados divulgados ontem pela SEDEC-Secretaria do Desenvolvimento Econômico. Veja os números abaixo dos principais produtos exportados em 2011:

Melão US 50.557.900
Castanha de caju US 50.177.836
Consumo de bordo (combustível) US 28.885.961
Peixe US 17.918.227
Banana US 13.621.237
Confeitaria US 12.709.744
Roupa de cama US 11.473.214
Manga US 10.777.527
Sal US 8.832.929
Granito US 7.855.508
Açúcar US 7.630.356
Melancia US 6.042.420
Cera de carnaúba US 5.746.787
Lagosta US 4.879.454
Mel US 4.524.547
Prod animais, impr consumo humano US 4.282.612
Chapa plástica US 4.272.424
Outras máquinas sondagem US 4.000.000
Mamão US 3.979.224
Tungstênio US 3.365.551
Ferro US 3.151.422
Tecido US 2.664.684
Energia elétrica US 1.432.661
Álcool US 1.378.993
Outros US 11.020.199

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Ainda há espaço para os “planos estratégicos locais”?

Durante alguns anos (no século passado!) um dos temas mais abordados para o desenvolvimento local eram os famosos “planos estratégicos locais”, ideias de projetos que, apresentados sob a ótica de um estudo e acompanhamento do desenvolvimento da cidade, permitiriam avançar sobre propostas de políticas públicas que assegurassem novos projetos e, consequentemente, captação de investimentos privados que contribuíssem para o desenvolvimento socioeconômico local.
A ideia na essência era bastante positiva; aliás, continua sendo bastante positiva. Mas naquilo que se refere a planejar políticas públicas de desenvolvimento local, principalmente se vinculadas ao crescimento urbano e às necessidades da população local. Esse era, certamente, o aspecto mais relevante nessas propostas de políticas públicas embora, muitas vezes, relegados ao segundo plano. O foco, previa-se, era atrair investimentos a partir de uma gestão de política pública local.
Era naquele tempo um dos mitos do desenvolvimento e crescimento econômico: o espaço local era a principal condição de atração de investimentos e o fator de mobilização de novos recursos econômicos. Os investidores – essa era uma ideia embutida nos planos – dependiam das condições locais para a tomada de decisão de “onde investir” o capital. A localização era o critério de excelência e as políticas públicas serviriam para reforçar ou complementar o que podemos chamar de “vantagem comparativa dos territórios”.
Mas, claro, não funcionou em igualdade de condição para todos. É claro que nem todos os municípios – e neles, todos os espaços – são atrativos por igualdade para todos os investimentos privados de médio-grande porte. Há muitas outras condições que interferem no poder de decisão que agregam, por exemplo, condições de logística, proximidade de matéria-prima (quando o frete é elevado), facilidade de acesso ao mercado comprador, disponibilidade de mão de obra etc. São fatores que não dependem, certamente, do poder público local nem dependem essencialmente da existência ou disponibilidade do espaço local.
Ultimamente há menos movimentação quanto aos “planos estratégicos locais”. Pelo menos aparentemente os planos – sozinhos – não são mais o foco da ação. Há o entendimento mais claro que as condições locais não podem estar jamais dissociadas das questões nacionais e, em muitos casos exclusivamente, das questões internacionais. O contexto econômico nacional e o mercado internacional (com seus atores em todas as pontas, do fornecedor de matéria-prima ao concorrente direto do produto final) têm tido uma maior relevância, como não poderia deixar de ser. A capacidade de interferência local não tem a exclusividade de definir nem de atrair investimentos produtivos de médio/grande porte. É preciso mais do que uma política pública meramente local: sem entender o contexto ao qual o local se subordina ou se complementa ao nacional/internacional não haverá política pública que ofereça resultado promissor (um bom exemplo é o mercado produtor de alimentos para exportação: o aspecto local é menos relevante em casos, como agora, de crise no consumo no exterior; sem mercado comprador, o local da produção é bem menos relevante).
Não se deve, no entanto, abandonar os planos estratégicos locais. Mas sim, direcioná-los. Compreender, antes de mais nada, que o aspecto local por si só não é o elemento focal da decisão de investir (salvo, claro, em condições onde a matéria-prima é “intransportável”... se é que existe tal característica).
As políticas públicas devem existir, em permanência. Os planos estratégicos devem mirar-se mais em condições estruturais e conjunturais do que em meros repertórios de disponibilidades. O crescimento econômico somente engendrará desenvolvimento socioeconômico se houver políticas públicas; mas não “do local” e sim “a partir ou para o local”.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Onde é mais caro abastecer em Natal: 3 postos cobram R$ 2,699 o litro da gasolina

A ANP divulgou também, nessa mesma pesquisa, os postos de Natal com maior preço do litro da gasolina. Felizmente, são apenas três:

Posto ALE – Pitimbu (r. Dão Silveira, 800)
Posto BR – Neópolis (av. sen. Salgado Filho, 3712)
Posto IPP – Neópolis (av. Airton Senna, 1078)

Novamente o posto IPP de Neópolis foi um dos autuados pela ANP de acordo com seu relatório. Agora, em funcionamento, cobra um dos maiores preços da gasolina em Natal. Além da autuação anterior cobrar valor elevado não deve ser um bom atrativo para os consumidores...

Onde é mais barato abastecer em Natal

A ANP divulgou o resultado da pesquisa realizada na primeira semana de 2012 para os preços cobrados pelo litro de gasolina em Natal. De acordo com a Agência, o menor preço encontrado foi R$ 2,650 em cinco postos. São eles:

Posto “bandeira branca” – Cidade da Esperança (av. Ceará, 79)
Posto FAN – Pajuçara (av. Moema Tinoco da Cunha Lima, 2490)
Posto “bandeira branca” – Cidade Nova (r. Solange Nunes do Nascimento, 20)
Posto IPP – Potengi (av, Votuporanga, 403)
Posto BR – Potengi (av. dr. João Medeiros Filho, 900)

Curioso é notar que o posto IPP é o mesmo que foi autuado pela ANP por irregularidade (vide postagem: ANP identifica no RN os “Postos Revendedores Autuados por comercializar combustíveis fora das especificações técnicas”), de acordo com relatório de setembro do ano passado. A esperar, portanto, que a reabertura tenha sido com a correção á infração indicada pela ANP e que o preço baixo seja resultado da concorrência e nada mais.

ANP identifica no RN os “Postos Revendedores Autuados por comercializar combustíveis fora das especificações técnicas”

A ANP-Agência Nacional do Petróleo identificou 12 postos de combustíveis no Rio Grande do Norte classificados como “Postos Revendedores Autuados por comercializar combustíveis fora das especificações técnicas” ou, em outras palavras, prejudicando os consumidores.

No último boletim da ANP (datado de 13/9/11) foram cinco postos no interior do Estado e outros sete na Capital. No interior: Canguaretama, Jucurutu, Macaíba e Mossoró (2 postos). E na Capital foram os seguintes:

AMC Mendes Petróleo – Igapó (rua Vivaldo Pereira de Araújo, 1)
IM Queiroz – Lagoa Nova (rua Jaguarari, 1974)
Sousa Araújo Derivados de Petróleo – Neópolis (av. Airton Senna, 1078)
Rota do Sol Locadora – Neópolis (av. Airton Senna, 2949)
Mendes & Filhos Com. de Combustíveis – Potengi (av, Votuporanga, 403)
Touros Com. Ind. e Representações – Potengi (r. dr, João Medeiros Filho, 2106)
G e L Petróleo – Tirol (av. Hermes da Fonseca, 755)

Considerando que o relatório é de setembro do ano passado a lista pode ter sido ampliada da mesma forma que as interdições decretadas já terem sido encerradas. Mas, já é um bom indício para conferir onde vc abastece o seu carro.

Quais são as opções para o turista em Natal e suas praias?

Segunda semana janeiro começando e programação férias nas praias deve estar “bombando”. Agenda cheia em todas as praias, imagino. É o que pensa também o turismo que vem para Natal e imagina que, com toda essa beleza natural e localização privilegiada (brisa, água quente e limpa devido às correntes marítimas) possa aqui encontrar.

Na verdade, não há muitas opções de lazer em além do “sol e mar”; uma agenda mais intensa de programação ou de escolhas do que fazer seja durante o dia seja a noite faz falta nesses momentos.

Na verdade, ainda, esse é um problema de várias cidades do litoral do Nordeste que atraem turistas mas não conseguem oferecer um “pacote” de lazer e eventos durante sua estada. Resumo de tudo isso é que o “atrativo” maior passa a ser a capacidade de atendimento do hotel, o seu parque aquático ou a vista privilegiada ou, como complemento, a proximidade do banho de mar.

O maior evento durante as férias em Natal parece ser a Fiart, a feira de artesanato no Centro de Convenções. Curioso é notar que vários turistas que aqui estão são do Nordeste em que o artesanato é muito parecido, em peças e materiais utilizados; mas, mesmo assim, estão todos lá durante os dias da Fiart, lotando o pavilhão do Centro de Convenções. Falta do que fazer? Falta de opção de lazer? Talvez seja, infelizmente (não pelo evento, claro, mas para nós), a maior programação artístico-cultural do mês de janeiro em Natal: a programação da praça da alimentação da Fiart.

É pouco, muito pouco mesmo para uma cidade que tira bons proveitos do turismo. Merecíamos ter mais festivais, mais feiras, mais eventos culturais ou esportivos etc; o papel não é somente restrito ao poder público e a iniciativa privada pode-deve participar. Afinal, o lucro do turismo é bem dividido com aqueles que prestam seus serviços e o poder público com a arrecadação de impostos.

Enquanto isso, no Thermas...

Enquanto isso, no Thermas as diárias continuam com seu valor elevado: R$ 504,00 o apartamento duplo, com café da manhã. Muito provavelmente essa diária será ainda maior durante o Carnaval; supondo, por exemplo, que o aumento seja de 30%, teríamos uma diária próxima aos R$ 650,00 que significaria, para cinco dias de Carnaval, algo em torno R$ 3.150,00.

Considerando que o Sauípe Park, no sistema all inclusive, também para o mesmo período custa R$ 5.158,00, não parece ser tão “caro” assim (ou o Thermas é que está com um preço elevado!). Nesses cinco mil e pouco ainda estão duas passagens e os traslados, além do regime de alimentação completo. No final das contas, é praticamente o mesmo desembolso entre o Carnaval no Thermas ou no Sauípe Park (veja postagem anterior “Crise no turismo brasileiro? Onde?!”).

Então, já escolheu: Mossoró ou Costa do Sauípe? Bom Carnaval para os seus R$ 5 mil.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Promoção da TAM meio sem graça para Natal

A TAM anuncia uma promoção de 6.000 pontos para quem decidir viajar até 31 de janeiro. Uma boa ideia, sem dúvida, mas que pouco nos afeta aqui em Natal.

A única opção dessa “promoção” é o trecho Natal-Fortaleza... Muito pouco para ser chamado de promoção!

E quem esperava que, pelo menos, enquanto destino Natal indicasse mais opções, ficou apenas uma também: Florianópolis-Natal.

Melhor, então, esperar por uma outra promoção. Com “p” maiúsculo, preferencialmente.


3.059 vagas em cursos superiores reconhecidos pelo MEC no RN

O MEC estava hoje disposto e, ao mesmo tempo, econômico. Em uma única Portaria no Diário Oficial decidiu reconhecer e validar 1.438 instituições de ensino superior que oferecem cursos nas áreas de “Saúde, Ciências Agrárias e afins, e dos eixos tecnológicos de Ambiente e Saúde, Produção Alimentícia, Recursos Naturais, Militar e Segurança” em todo o País. Mais de 20 páginas da publicação trazem as vagas por curso e por instituição.

No Rio Grande do Norte foram 3.059 reconhecidas e validas pela Portaria. A UnP teve o reconhecimento formal de mais da metade das 3.059 vagas do Estado, com 1.610 delas atribuídas à instituição para cinco cursos, a saber: educação física, enfermagem, fisioterapia, fonoaudiologia e serviço social.

Veja a distribuição de outras cinco faculdades/universidades no Estado:

#Facex
Enfermagem: 100 vagas
Serviço social: 150

Facen (Mossoró)
Enfermagem: 200 vagas

Farn (nessa Portaria ainda consta nome antigo...)
Enfermagem: 100 vagas
Nutrição: 60

# UFRN
Biomedicina: 40 vagas
Educação física: 45
Enfermagem: 100
Farmácia: 180
Fisioterapia: 40
Nutrição: 80
Serviço social: 94

#Ufersa
Agronomia: 160 vagas
Medicina veterinária: 50
Zootecnia: 50

# UnP
Educação física: 360 vagas
Enfermagem: 640
Fisioterapia: 150
Fonoaudiologia: 140
Serviço social: 320

Crise no turismo brasileiro? Onde?!

Uma empresa de turismo do Rio Grande do Norte elaborou 11 opções de pacote turístico para o carnaval com diferentes opções de destinos. Na propaganda que encaminhou todos as ofertas já estão inseridos as despesas com trajeto aéreo e as cinco diárias do período, além de traslado aeroporto-hotel-aeroporto; mas, as opções variam no quesito alimentação, entre “meia pensão” e “all inclusive”.

Os valores indicados – por pessoa – não deixam dúvida: não há crise para o turismo brasileiro! Nem para turistas do Rio Grande do Norte, visto que a oferta é dirigida ao público local.

Vejam as opções mais baratas (preço por casal):
# Serrambi Resort, meia pensão: R$ 4.418,00;
# Grand Oca Maragogi, all inclusive: R$ 5.048,00; e
# Sauípe Park, all inclusive: R$ 5.158,00.

Mas, se você quer maior “seletividade” tem também (preço por casal):
# Grand Stela Maris, em Salvador, café de manhã: R$ 6.788,00;
# Enotel Resort & Spa, em Porto de Galinhos, all inclusive: R$ 7.148,00; e
# Tivoli Eco Resort (praia do Forte), meia pensão: R$ 8.130,00.

Isso significa que, considerando os cinco dias, os preços variam entre R$ 441,80 por pessoa/dia até R$ 813,00 por pessoa/dia. Faça sua escolha...