segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Kalunga em Natal: quanto renderá cada funcionário

A Kalunga está se instalando em Natal com duas novas lojas (Midway e Natal Shopping). A empresa, que já tem 40 anos de experiência, é bem mais conhecida em São Paulo e, de forma mais ampla quando tornou-se patrocinadora de um grande time de futebol e sua marca estampada nas camisas do clube alcançaram grande visibilidade nas transmissões dos jogos!
 
Demorou para chegar em Natal mas chegou com muita disposição!
 
Com expectativa média de faturamento mensal de R$ 900 mil/mês por loja isto significa que pretende abocanhar parte importante de um mercado que está, por exemplo, concentrado no Alecrim com as diversas e tradicionais papelarias. Vai concorrer também com outra importante empresa local: a Miranda na área de suprimentos de informática.
 
Como cada loja terá 19 funcionários (entre vendedores, apoio e gerência) significa que na média cada um deles deverá "vender" cerca de R$ 2,5 mil/dia, se consideramos apenas os vendedores (já a média de retorno por funcionário em cada loja será em torno de R$ 1,6 mil/dia).
 
Parece muito, parece pouco? Para quem é empresário basta fazer a comparação com sua empresa.
 

sábado, 23 de setembro de 2017

A economia do RN é “estatal”?

O IBGE-RN divulgou que 35% da massa salarial do Estado tem como origem o poder público, como foi publicado na Tribuna do Norte ("35% da massa de rendimentos do RN vem do funcionalismo").
 
Este é um dado bastante grave em qualquer economia: uma cidade ou um estado não deve depender do poder público (salários) para que possa haver consumo e girar, por exemplo, o comércio ou o setor de serviços.
 
Se considerarmos que há muito tempo os governos estadual e municipais não realizam grandes concursos públicos, significa que este indicador no RN foi ainda maior na última década. Para utilizar como exemplo a cidade de Natal, antes da crise internacional de 2008 a quantidade de investimentos aqui aplicados foi muito impactante, a tal ponto que a urbanização da cidade foi modificada: mais expansão em novos bairros, crescimento populacional de Parnamirim, verticalização, turistificação intensa de Ponta Negra etc. Foi um período de expansão da economia na Grande Natal, o capital privado fazendo sua parte,
 
Agora, com a nossa crise interna desde 2014 o poder púbico perdeu sua capacidade de investimento e consequentemente de contratações de novos servidores e até mesmo de adequação salarial, seja até mesmo com a simples recuperação da inflação, sem mencionar a quase impossibilidade de aumentos reais de salários.
 
Em tempos de crise, geralmente, a economia volta-se para o Estado; ultimamente, no entanto, é o inverso, a solução está na iniciativa privada. Regras da economia, regras de mercado.

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Um porto sazonal

O Porto de Natal apresentou ontem a nova linha de transporte para a Europa, ligando a capital potiguar à cidade espanhola de Algeciras, tradicional porto de destino da produção potiguar.
 
Com a sazonalidade da exportação de melão retomada, a empresa francesa decidiu ampliar a oferta de seus serviços para o Velho Continente.
 
A dificuldade, na verdade, ocorre no final do primeiro trimestre de cada ano quando a produção de frutas fresas no Estado começa a entrar em sua reta final e a demanda de serviços de frete cai consideravelmente; o Porto volta à sua tranquilidade, à espera do início da próxima safra.

“Casa das palavras”: um (também) complemento às livrarias

O projeto "Casa das palavras" obteve a aprovação de incentivos da Prefeitura de Natal por meio do programa Djalma Maranhão. A decisão municipal foi oficializada nesta quarta-feira (mas não informa valores, apenas a inclusão do projeto da empresa Oficina de Notícias Ltda).
 
A proposta, que já está em funcionamento em diferentes cidades do RN, com maior presença em Natal, tem como um dos resultados estimular a leitura com a instalação das chamadas "minibibliotecas".
 
Em tempos de fechamento de livrarias no Brasil, fenômeno que apenas se acelera em tempos de crise, com a leitura eletrônica, estimular a leitura também é uma forma de favorecer a atividade econômica.
 
Nas "minibibliotecas" os livros são disponibilizados em locais públicos e são de acesso livre, ou seja, quem tiver interesse pode pegar o livro. Os livros, em regra, são doados por pessoas que não têm mais interesse naquela leitura; assim, em vez de jogar fora o livro, deixam nas "minibibliotecas" como forma de doação.
 
Felizmente Natal ainda "resiste" com algumas livrarias presentes em seus principais shoppings, mesmo a concorrência com o mundo digital tornando-se cada vez mais difícil.
 

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Menos voos, mais passageiros em Natal

Nos estudos que a Inframerica deve ter realizado para avaliar a receita quando decidiu entrar na concorrência para a construção e a gestão do Aeroporto Internacional de Natal, certamente no não poderia imaginar, para os voos internacionais, o resultado das estatísticas verificadas agora: entre janeiro e agosto de 2017 houve menos voos e, no entanto,... mais passageiros do que no mesmo período de 2016!
 
Veja os números (para os meses janeiro à agosto):
# Voos internacionais (2017): 358
# Voos internacionais (2016): 404
 
# Passageiros de voos internacionais (2017): 59.287
# Passageiros de voos internacionais (2016): 55.635
 
Embora seja um aspecto curioso e aparentemente pontual, quando a comparação ocorre com o mesmo período em 2015 constata-se uma nítida melhor nos tempos atuais:
# Voos internacionais (2015): 316
# Passageiros de voos internacionais (2015): 49.465
 
O aumento nestes últimos dois anos foi de 13,3% para o número de voos e de 19,9% para o número de passageiros. Como não há dados detalhados dos aviões e de sua capacidade de acomodação ou tivemos uma melhor ocupação das aeronaves ou as empresas estão utilizando maiores equipamentos.
 
Qualquer que seja a razão, o fato é que há uma melhora na movimentação dos embarques-desembarques internacionais, fator que auxilia as contas da Inframerica que não estão todas "no azul" para o nosso aeroporto. Melhor "torcermos" por um resultado econômico favorável para que haja menor pressão sobre as tarifas públicas de embarque e sobre os preços (salgados) praticados pelos prestadores de serviços (exemplo que todos conhecemos com o elevado preço do estacionamento).
 
Um último dado relevante nesta avaliação de perspectivas: em 2017 a média tem sido de 166 passageiros por aeronave, foi de apenas 138 em 2016, mas 157 em 2015 (sempre para o mesmo período). O ano de 2017 está sendo, neste item, o de melhor resultado para a economia regional.
 
 
 

Algum acionista da Alpargatas em Natal?

Se o fechamento da última unidade de produção da Alpargatas no Estado trouxe transtornos para o RN, talvez alguns norte-riograndenses possam estar (ou ficar) mais animados com a confirmação da mudança do controle societário da empresa e a saída da "famosa" J&F do comando empresarial, vendendo todas as suas ações.
 
Com a transferência do controle empresarial e para cumprir com as exigências legais de uma S/A, os novos acionistas são obrigados a apresentar uma proposta concreta de OPA-Oferta Pública de Aquisição.
 
A obrigação de compra, ou seja, a oportunidade de venda, foi anunciada ontem e o preço indicado é mantido por prazo 30 dias: R$ 11,3390204697005 por ação ordinária (isto mesmo, com todas estas casas decimais!).
 
Eventualmente, um bom negócio. Para os acionistas; eventualmente.