domingo, 11 de abril de 2010

BANCO DA CHINA DO BRASIL PODERÁ SER INSTRUMENTO PARA ALAVANCAR NEGÓCIOS COM O RN

            O Banco Central do Brasil autorizou o Banco da China a iniciar suas atividades no Brasil (chamar-se-á Banco da China Brasil) agora em 2010 e deverá começar seus primeiros projetos voltados para o comércio bilaterial, seja em exportação ou em importação, atuando enquanto banco de fomento para as empresas dos dois países. Mas, o projeto futuro incluirá também financiamento de investimentos, incluindo participações acionárias no Brasil.

            A China, que tornou-se o maior exportador mundial, é também um grande comprador, sobretudo de matérias-primas, e é o centro de todas as atenções das economias exportadoras, reforçada ainda mais após a crise financeira de 15 de setembro de 2008 que, comparadas a economias mais fortes, praticamente não alterou a rotina de crescimento do PIB daquele país.

            No Rio Grande do Norte o comércio exterior é bem mais reduzido, mas apenas quando falamos em nossas exportações: US 1,5 em 2008 e US 0,8 em 2009 (e US 145 mil no primeiro trimestre de 2010); já quando falamos de importação, o volume de negócios é maior: US 12,9 milhões em 2008 e US 17,3 milhões em 2009 (e US 2,7 milhões no primeiro trimestre desse ano).

            Em 2009 a China foi apenas o 18º país em destino das exportações do RN, mas o 3º maior fornecedor de produtos para o Estado, atrás apenas dos Estados Unidos e da Argentina (este último sobretudo em função das importações de trigo).

            A pauta comercial é bem diversificada nas importações destacando principalmente alho, tecidos e fios têxteis, bijuterias, lâmpadas, mas também, máquinas e equipamentos para informática, máquinas industriais e equipamentos para o setor mineral. As exportações restringem-se essencialmente a granito, castanha de caju e tungstênio.

            A perspectiva do Banco China Brasil aportar recursos no país poderá facilitar as negociações de empresas no Rio Grande do Norte, considerando a qualidade alcançada pelo setor industrial chinês na produção de maquias e equipamentos de ponta em diversos setores; e, aliado à desvalorização do dólar, a disponibilidade de novo capital poderá alavancar novos investimento em modernização produtiva no RN.

            È hora daqueles que têm perspectivas de investir em capacidade de produção, de conhecer o mercado chinês e aproveitar as oportunidades. E, agora com o novo banco, quem sabe a regra de "quanto mais crédito mais negócios" poderá também funcionar entre a China e o Rio Grande do Norte.

           

 

Otomar Lopes Cardoso Junior