Foi mais ou menos assim, nesta
sequência: exportamos um pouco de camarão, depois, muito (mesmo) camarões e
mais recentemente, nada, nada mesmo.
Qual foi o último ano de
exportação: 2020, 2019, 2018, 2017...? Se você escolheu uma destas opções, foi
um otimista. O último ano com registro de exportações foi em 2016.
- Em 2016, US 2,5 milhões
- Em 2015, US 114,2 mil (mil, não
milhões)
- Em 2014, US 2,0 milhões
E o melhor ano neste século? Foi
em 2004, com US 82,3 milhões. Bons tempos!
Mas, o que houve?
Antes, como começou: depois de
vários fracassos na tentativa de criar camarão em escala comercial no RN, em
projetos estatais ou privados, finalmente o setor privado descobre a variedade
mais adequada ao nosso clima. Mas, não era suficiente: foi “necessária” uma
epidemia nos maiores produtores asiáticos e em outro grande produtor, o
Equador, para o mundo olhar para esta esquina continental e começar a demanda
camarão. Pronto, começou o “boom” e muita gente entrou no mercado.
A realidade econômica mudou, a
questão sanitária também e o mercado internacional se reorganizou. Não conseguimos
seguir na mesma trajetória.
Mas, não significa que não
produzimos camarão. O mercado nacional é forte, embora os grandes produtores
ainda sentem saudades de emitir uma fatura em dólar e, a isto conjugado, ao
fato de que o produtor podia se permitir embarcar o produto somente com o
pagamento antecipado. Bons tempos!