domingo, 28 de fevereiro de 2021

A Jucern junta e chama

 

Os textos desta semana serão sobre a indicação que a Jucern está fazendo para empresas do RN: juntou em uma lista quase 5,6 mil empresas para que se apresentem. Quem não atender ao chamado ficará inativa.

Dentre os temas:

- O perfil das empresas convocadas

- Onde estão as empresas?

- Predomínio das ME-Microempresas

- Nomes desconhecidos e outros conhecidos

- Perfil: Tibau do Sul

- Natal: 2.282 empresas convocadas

- Consequências da ausência de resposta

sábado, 27 de fevereiro de 2021

O eterno recomeço

A partir  de segunda-feira (re)começa a velha rotina de preparar a declaração de imposto de renda, ou melhor, o ajuste anual do IR visto que ao longo do ano muita gente já teve uma parcela deduzida de seu salário. As estatísticas do próximo ano serão uma incógnita: quanto será deferente do ano que passou? (imagem: Contábeis.com.br)
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“Foi assim”

Foi assim que o brasileiro se acostumou com o IR, com o leão que, na propaganda e apenas na propaganda, aparecia com outra imagem e um belo discurso: "tem um gatinho solto nas ruas". Quem será que acreditou neste slogan?? (imagem: Receita Federal)


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Vamos arrecadar

Uma eterna lita dos municípios é ter mais recursos. O IR entra no bolo da divisão, do compartilhamento da receita entre estados e municípios. Quanto mais moradores e mais empresas, mais as cidades (prefeitura e câmara municipal) se anima; maior o bolo, mais obras mas também mais possibilidade de aumentar outras despesas de custeio e, já aproveitando, o salário (imagem: Fecam-Minas Gerais)


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O problema não é o pé



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Na propaganda de antigamente a Receita Federal tentava convencer a todos, "não deixe o leão pegar no seu pé". O problema não é o pé, é o bolso e o caixa das empresas. Como as empresas têm mais força, correm atrás de uma compensação, os incentivos fiscais (imagem: Receita Federal)

Quem escolheu o leão da Receita Federal?

Não sei. Mas, achei o motivo. Está lá na página da receita:

"1) É um animal nobre, que impõe respeito e demonstra sua força pela simples presença;

2) É o rei dos animais, mas não ataca sem avisar;

3) É justo;

4) É leal;

5) É manso, mas não é bobo." (imagem: Receita Federal).


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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Comentários do dia: tem cidades e cidades no RN

 

Os comentários desta sexta-feira abordarão uma avaliação mais geral da arrecadação de IR, em 2020 no Rio Grande do Norte.

Petróleo, sim; IR, nem tanto

 

Alto do Rodrigues é uma daquelas cidades do petróleo. Teve 215 contribuintes de IR em 2020.

Guamaré, idem. Foram 276 contribuintes de IR em 2020.

As duas cidades têm mais habitantes do que Tibau do Sul. As duas cidades têm menos contribuintes do que Tibau do Sul. Curioso, não? Royalties perdendo espaço.

O efeito praia

 

Goianinha registrou 377 contribuintes em 2020. Tibau do Sul (na verdade, quase tudo Pipa) registrou 387 contribuintes no mesmo ano.

Goianinha tem 26.669 habitantes, Tibau do Sul tem 14.440 habitantes (IBGE, 2020).

É a economia do turismo superando a economia “tradicional” de uma cidade-polo. Muito provavelmente, se não tivesse havido a pandemia do Covid-19, a diferença seria ainda maior.

Parazinho e João Câmara

 

João Câmara teve no ano passado 464 contribuintes registrados pela Receita Federal no pagamento de IR. Considerando que sua população estava estimada pelo IBGE em 35.160 habitantes, em 2020, isto significa que para cada 75,8 habitantes, 1 recolheu IR.

Parazinho teve no ano passado 52 contribuintes registrados pela Receita Federal no pagamento de IR. Considerando que sua população estava estimada pelo IBGE em 5.272 habitantes, em 2020, isto significa que para cada 101,4 habitantes, 1 recolheu IR.

Duas cidades que têm em comum apenas uma coisa: são as cidades com maior quantidade de empresas produtoras de energia eólica. Apesar desta nova riqueza (há menos de duas décadas pensar em uma paisagem com várias torres de eólica era tão imprevisível quanto imaginar que o RN teria parques fotovoltaicos), elas chegaram em momentos e condições diferentes naquele espaço do Rio Grande do Norte. Mas, observe o efeito eólico: a proporção, por habitante, não é tão elevada quanto poderia parecer. Parazinho é quase sempre o destino final de quem chega à cidade, enquanto João Câmara é cortada por uma importante estrada, ou seja, recebe muitas pessoas diariamente; e, além deste fluxo de pessoas, é um centro regional, com vários serviços, incluindo bancários e uma (boa) feira livre.

Parazinho não alcançará João Câmara, a questão geográfica não contribui; mas, economicamente poderá ter maior proximidade.

As facções

 

As facções, ou oficinas de costura, mudam a realidade de cidades do Seridó.

Tive o privilégio de acompanhar o início do crescimento de algumas delas e, mais recentemente, produzir um evento para divulgação das marcas próprias.

Alguns números mostram esta importância:

- São José do Seridó tem uma população de 4.665 habitantes (IBGE, 2020), portanto, 1 em cada 36,4 habitantes é contribuinte de IR (vamos supor, para simplificar a comparação, que todos os contribuintes tenham sido pessoas físicas).

- Caicó tem uma população de 68.343 habitantes (IBGE, 2020), portanto 1 em cada 33,9 habitantes é contribuinte de IR.

Quando comparamos o Seridó, suas cidades, São José do Seridó fica mais evidente ainda: é a segunda melhor média da região, atrás apenas de Caicó.

São José do Seridó

 

Uma cidade com pleno emprego. Com mais de uma dezena de unidades produtivas.

Se você andar pela cidade observará o perfil de várias casas: novas, muitas recém construídas ou recém-reformadas. Os salários, claro, não são muito elevados para a maioria dos que trabalham nas oficinas de costura, mas os gerentes, por exemplo, já têm uma renda melhor e ajudam a fazer a riqueza circular mais intensamente na cidade.

Um detalhe: não há mais, em princípio, como ter uma nova facção na cidade: teriam que “importar” trabalhadores de cidades vizinhas!

Pequenas cidades

 

Como comentado ao longo da semana, há cidades com poucos contribuintes de IR, pessoas físicas e pessoas jurídicas. Isto é muito ruim para a economia destas cidades, efetivamente, mas é uma realidade difícil de mudar. Primeiramente pelo simples fato de que não há como “exigir” que cada cidade tenha uma grande empresa, uma grande indústria ou uma grande empresa agrícola, em seguida, há cidades tão pequenas – e com distritos distantes de seus centros – que algumas atividades comerciais e de serviços se tornam inviáveis economicamente, afinal, falta escala de consumo.

No mundo inteiro é assim, em alguns lugares é o verdadeiro drama de pequenas cidades. Quando vemos aquelas notícias mirabolantes de que uma cidade (perdida) na Itália ou em Portugal oferece vários mil euros para que alguém mude-se para lá, nada mais é do que o princípio básico da economia: sem escala, ou seja, sem volume, não há como fazer a economia girar.  Algumas cidades tendem a manter-se pequenas e na Europa, tendem a desaparecer (envelhecimento da população e baixa natalidade são fatores críticos por lá).

Será que um dia chegaremos “lá”?!

Uma prefeitura oferecerá um prêmio caso alguém decida se mudar para a cidade de _______? (fique à vontade para escolher o melhor nome).

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Comentários do dia: na média, muda muita coisa?

 

Os comentários desta quinta-feira serão sobre comparações no RN entre seus municípios arrecadadores de IR em 2020.

Acima de R$ 100 mil? Apenas 2

 São apenas 2 municípios que arrecadaram mais de R$ 100 mil em IR no ano de 2020, considerando a média das pessoas físicas e jurídicas, juntas. A surpresa é que estes 2 são municípios que não entrariam em nenhuma “lista de apostas”, acredito que ninguém arriscaria um palpite! Vejam quem são:

- São Bento do Norte, com uma média de R$ 260.455, considerando seus (apenas) 59 contribuintes

- Pedra Grande, com uma média de R$ 157.373, considerando seus (apenas, também) 58 contribuintes

São valores bem elevados para as cidades e que se explicam, claro, não pelo exagero de contribuintes milionários na cidade, quer dizer, contribuintes milionários “pessoa física” mas, contribuintes milionários “pessoa jurídica”: as eólicas e os recentes investimentos na cidade.

 

O segundo grupo

 

O segundo grupo também é pequeno: 4 municípios ficaram entre R$ 50 e R$ 100 mil:

- Serra do Mel, com uma média de R$ 91.849 (154 contribuintes)

- Galinhos, com uma média de R$ 77.221 (35 contribuintes)

- Lagoa Nova, com uma média de R$ 71.656 (176 contribuintes)

- Parazinho, com uma média de R$ 51.222 (52 contribuintes)

Novamente, um traço comum: eólicas.

O terceiro grupo

 

Um terceiro grupo, numa divisão entre os 10 principais em arrecadação média por contribuinte, estão:

- São Miguel do Gostoso, com uma média de R$ 35.743 (127 contribuintes)

- Porto do Mangue, com uma média de R$ 28.526 (38 contribuintes)

- Natal, com uma média de R$ 24.346 (49.970 contribuintes)

 - Areia Branca, com uma média de R$ 17.961 (662 contribuintes)

Vejam a discrepância entre Natal e todos os demais deste “top 10”. Observem também que Caicó, Macaíba, Mossoró e Parnamirim, entre os principais municípios arrecadadores de IR em 2020, quando avaliados pela média por contribuinte, perdem em importância relativa.

E o restante

 

O restante fica bem agrupado: 100 municípios arrecadaram menos de R$ 5 mil em 2020 e outros 58 ficaram entre R$ 5 mil e R$ 20 mil. Sobraram 9, os maiorais em termos de média, entre R$ 20 mil e R$ 261 mil. No final, literalmente, das contas, o registro fica com:

- São Bento do Trairi, média de R$ 1.815

- Ipueira, média de R$ 1.778

- Coronel Ezequiel, média de R$ 1. 674

- Passagem, média de R$ 1.630

E, não poderia deixar de estar presente neste ranking:

- Monte das Gameleiras, média de R$ 1.603

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Comentários do dia: quanto são os pagadores no RN?

 

Os comentários desta quarta-feira serão sobre os quantitativos de contribuintes de IR no RN em 2020.

Poucos, infelizmente

 

Primeiramente, não sou a favor de pagar muito imposto de renda, embora sou a favor de que deve-se pagar imposto de renda e isto por uma premissa básica: o poder público não gera receita, mas riqueza, e uma riqueza que beneficia a todos.

Dito isto, acho que são poucos os contribuintes de IR no RN, infelizmente. Não significa a ilusão de que havendo mais pessoas pagando IR a carga tributária seria menor e as alíquotas diminuiriam mas, a ideia de que mais gente pagando IR significa que a população (e as empresas) está tendo uma maior (e melhor renda).

Quantos são os contribuintes de IR no Estado? Em 2020 foram apenas 89.521 e já estão aqui misturadas pessoas físicas e pessoas jurídicas.

Imaginemos que estes 89 mil tenham sido apenas pessoas físicas. Estes significariam apenas 2,5% da população estadual, ou seja, muitos poucos potiguares têm uma renda um pouco mais elevada a ponto de ter IR a pagar ao longo do ano. Se utilizarmos o parâmetro do Bolsa-Família fica melhor para entender tamanha disparidade em nosso território. Infelizmente.

TOP 5: onde têm mais contribuintes

 

E os 5 municípios com mais contribuintes de IR em 2020 (PF + PJ) são:

1º Natal, com 42.970 contribuintes

2º Parnamirim, com 10.842 contribuintes

3º Mossoró, com 8.922 contribuintes

4º Caicó, com 2.017 contribuintes

5º São Gonçalo do Amarante, com 1.408 contribuintes

Vamos acrescentar o 6º colocado, Assu, com 1.041 contribuintes, por uma razão bem pertinente: são os únicos municípios com mais de 1.000 contribuintes. É pouco, muito pouco, como estou insistindo.

TOP -5: onde têm menos contribuintes

 

Já a lista dos menores, mostra que é – sendo redundante – pouco efetivamente pouco o número de contribuintes do RN:

163º Bodó, com 21 contribuintes

164º João Dias, com 18 contribuintes

165º Ipueira, com 17 contribuintes

166º Venha Ver, com 17 contribuintes

167º Monte das Gameleiras, com 16 contribuintes

Vamos também acrescentar mais um município, Francisco Dantas, em 162º lugar, com 21 contribuintes, empatado com Bodó.

Quem são os 16 em Monte das Gameleiras?

 

A cidade é pequena, não parece ter uma riqueza escancarada presente nem um ostensivo patrimônio imobiliário. Podemos imaginar que entre os 16, pessoas físicas e jurídicas, na cidade poderiam estar o prefeito, o vice-prefeito, o presidente da Câmara, afinal o salário mensal deve ultrapassar o limite de isenção do IRPF na fonte; alguma pousada entraria nesta lista?

Se você é de Monte das Gameleiras, arriscaria a lista dos 16?

terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Comentários do dia: os pequenos

 

Os comentários desta terça-feira serão sobre os municípios com as menores arrecadações de IR em 2020.

Em princípio

 

Em princípio um município que é responsável por uma forte arrecadação de imposto de renda demonstra que há circulação de riqueza na área; e pode ser por elevados salários ou rendimentos de pessoas físicas ou bons empreendimentos que são lucrativos e continuam a investir ou realizar parcerias.

Já quando o valor é menor, talvez o tamanho seja documento: cidades pequenas têm menos empresas e salários menores.

No RN, a 158ª cidade com menor arrecadação de IR em 2020 registro R$ 64.862 no ano; simples R$ 5.405 ao mês. Tem que arrecadou ainda menos.

É pouco, muito pouco

 

Onde estão os menores? Espalhados pelo Estado:

158º Pedra Preta, R$ 64.862

159º Passagem, R$ 61.945

160º Ruy Barbosa, R$ 60.013

161º João Dias, R$ 58.996

162º Coronel Ezequiel, R$ 55,239

163º Vila Flor, R$ 55.183

164º São Bento do Trairi, R$ 54.459

165º Venha Ver, R$ 53.249

166º Ipueira, R$ 30.229

167º Monte das Gameleiras, R$ 25.648

 

Diga-me onde mora e eu te direi se tem gente que ganha muito por lá.

Sem unicidade

 

Uma curiosidade dentre estas 10 cidades com menor arrecadação: estão em regiões distantes uma das outras; em outras palavras, a geografia da vizinhança parece não ser decisiva para determinar o patamar de arrecadação.

Aparentemente, seria a população um fator importante, pois são cidades pequenas. Mas, se o critério populacional fosse a regra, Viçosa estaria nesta lista.

 

Obs: e qual é a arrecadação de Viçosa? “Bem maior”, comparativamente falando, de R$ 84.023 em 2020; mas, um distante em 154º lugar no ranking estadual.

Um rico litoral

 

As cidades do litoral aparecem com uma melhor arrecadação, no geral. Apenas 4 delas estão na segunda metade da lista:

87º Maxaranguape, R$ 327445

90º Tibau, R$ 308.465

95º Baía Formosa, R$ 288.468

127º Senador Georgino Avelino, R$ 163.013

Destas 4 apenas a última tem um turismo menos marcante na rotina da cada uma. Tibau tem um turismo quase exclusivo de vizinhança (Mossoró) enquanto Maxaranguape e Baía Formosa atraem turistas da vizinhança e também de outros estados, principalmente quanto estão passeando em Natal. Parece que gastam pouco nestas cidades...

Maxaranguape, de novo

 

A Região Metropolitana de Natal tem hoje 15 municípios. Em tese, deveriam estar agrupados em função de sua proximidade e de algumas similitudes, para evitar disparidades na própria região.

Mas, como era de se esperar, não é bem assim; compare, por exemplo, Natal com as cidades da Região com menor arrecadação em 2020 em imposto de renda:

66º Bom Jesus, R$ 541.767

84º Vera Cruz, R$ 359.881

87º Maxaranguape, R$ 327.455

São 15 cidades bem diferentes, não haveria razão para que esta foi mais uma dentre tantas outras da RMN.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Comentários do dia: os maiores municípios

 

Os comentários desta segunda-feira serão sobre os municípios que mais arrecadaram IR em 2020.

Haja imposto!

 

Quase R$ 1,6 bilhão. Este é o total de Imposto de renda que foi arrecadado no Rio Grande do Note por seus contribuintes pessoas físicas e pessoas jurídicas, no ano passado.

Parece um valor bastante elevado, principalmente para quem é contribuinte que tem todo mês um valor descontado em seu pagamento e, que anualmente, ainda tem fazer o famoso “ajuste” e, talvez, pagar mais imposto. Haja renda!

Não é muito, em média: R$ 9,3 milhões por município e, se você preferir, algo como R$ 776 mil por município, por mês.

Considerando que a Receita Federal, quem divulga estes números, não separa valores por pessoa física e jurídica, não sabemos quem “fica” com a conta maior.

 

Obs: o valor exato da arrecadação em 2020 foi R$ 1.556.014.953,12.

Quem arrecada mais?

 

Os municípios com maior arrecadação de IR em 2020 foram:

1º Natal, R$ 1.046.166.048

2º Mossoró, R$ 152.955.955

3º Parnamirim, R$ 107.467.390

4º Caicó, R$ 16.867.444

5º Macaíba, R$ 15.419.050

6º São Bento do Norte, R$ 15.366.851

7º Serra do Mel, R$ 14.14.671

8º Lagoa Nova, R$ 12.611.387

9º Areia Branca, R$ 11.890.751

10º Pedra Grande, R$ 9.127.615

 

A décima cidade arrecadou apenas o equivalente a 8,5% do valor da melhor cidade do interior (fora da Grande Natal), Caicó. A distância é grande entre os 10 primeiros; amanhã mostraremos quanto arrecada a cidade que ficou em 167º lugar (já adiantando, pouco, bem pouco)

Caicó, a surpresa

 

Caicó logo atrás do previsível trio Natal, Mossoró e Parnamirim. Uma surpresa, pois à frente de outras cidades do entorno da Capital, tais Ceará-Mirim, Macaíba e São Gonçalo do Amarante, e também superando outros polos regionais (Currais Novos, Goianinha, Pau dos Ferros ou Santa Cruz por exemplo).

Não é resultado das oficinas de costura (também conhecidas como facções de costura) visto que a maioria está em cidades próximas, no Seridó. Deve ser um conjunto de fatores, pessoas físicas e pessoas jurídicas, considerando que não há indústrias de grande porte na cidade.

Mérito de Caicó! Isto significa também que a economia regional, apesar de avaliação às vezes negativa sobre seu desempenho recente, tem um bom indicador para comemorar.

O efêmero efeito da brisa

 

Você deve ter observado que há algumas cidades pouco previsíveis neste ranking, tais São Bento do Norte, Serra do Mel, Lagoa Nova e Pedra Grande.

São cidades com investimentos recentes em eólica. Como o capital investido é muito elevado quando da implantação do parque eólico e há várias prestadoras de serviço trabalhando, inclusive na área de construção civil, o desembolso de dinheiro é alto, seja no pagamento das empresas seja no pagamento de salários (em menor escala, claro).

Mas, é efêmero. Não é um “vento permanente” este sopro de arrecadação.

Afinal, onde estão João Câmara e Parazinho, cidades que devem produzir entre 5 e 10% do total da energia eólica do Brasil? Como são apenas produtoras de energia, recolhem essencialmente ISS e pouco movimentam o IR na cidade.

Portanto, este ranking mudará a cada resultado do leilão da Aneel e dos projetos vencedores. Teremos novidades em 2021.

Natal, Mossoró e Parnamirim: o podium. E?

 

Já era previsível, afinal são as cidades de maior porte e de maior quantidade de empresas de médio-grande porte, além de englobar grande parcela do funcionalismo estadual e federal (com os salários mais elevados nas 3 estruturas de poder).

Apenas a dupla Natal e Mossoró representou 84,0% do total arrecadado em IR em 2020. Aliás, as 10 maiores cidades somam 90,1%; isto sim, é concentração econômica.

 

Obs: significa também que é nestas cidades que devem estar as melhores oportunidades para quem quer empreender em comércio e serviços, ficará mis perto dos consumidores de maior renda.

domingo, 21 de fevereiro de 2021

Onde estão os maiores municípios arrecadadores de imposto de renda em 2020?

 

Os textos desta semana serão sobre os municípios do RN que mais arrecadaram imposto de renda em 2020, pessoa física e pessoa jurídica somadas.

Dentre os temas:

- Municípios com maior arrecadação

- Municípios com menor arrecadação

- Quantidade de contribuintes de imposto de renda

- Média de arrecadação nos municípios, por contribuinte

- Impacto na economia do RN

sábado, 20 de fevereiro de 2021

Gatos ou gatas?

Todo mundo utiliza a expressão "gato". E muito recentemente, não saiu de moda: semana passada na imprensa local houve a divulgação da ação da Cosern com a Polícia para cortar (eu não disse capar) os "gatos"; um dos usuários estava sendo autuado pela segunda vez, gatos gêmeos... Quem paga esta conta? Todo mundo, menos quem comete o furto de energia (imagem: EPE Engenharia).


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A moderninha

Um dia esta lamparina, evolução do lampião, já foi a "moderninha". Mas, foi muito tempo depois, quando já havia tecnologia e botijão a gás; sem falar que era um produto para centros urbanos com maior população, pois precisava encontrar o lampião e o gás! Sem esquecer também na camisinha (isto mesmo, era assim que alguns chamavam mas, não sei se pejorativamente ou carinhosamente) que era colocada (imagem: You Tube).

 

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Quando a luz tinha cheiro!

Quem esteve em fazendas no interior deve ter visto este objeto, hoje digno de leilão e com uma conotação mais atualizada, "vintage". É apenas um dos modelos que foi muito tempo utilizado no interior e nas capitais e que gerou (eu acho) a velha expressão "queimar as pestanas"! Embora parte da história distante do Brasil, nos anos 1980 não era extremamente raro encontrar em fazendas no interior do RN. Uma sensação diferente para quem saia dos centros urbanos, uma luz com cheiro! Queimava-se para iluminar e o cheiro do querosene se espalhava pelo ambiente; tempos diferentes (imagem: Mercado Livre).

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Uma outra marca, mas nem tanto

Se "filho de peixe, peixinho é", não é surpresa que a marca do filhote Cosern tenha a mesma apresentação de quem comanda, a Neoenergia (imagem: Neoenergia).

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Eficiência energética: deveria ser padrão

Uma revolução no padrão de consumo no Brasil! A ideia, já existente em outros países, é permitir que o consumidor saiba se aquele produto elétrico/eletrônico é o famoso barato que sai caro: barato na hora de comprar, mas caro na hora da conta de energia. Hoje temos este modelo para carros e, em países europeus de forte inverno, para saber quanto a residência demanda de energia para aquecer o ambiente (levando em conta também o isolamento térmico). O que ainda surpreende é que possam ser fabricados itens com eficiência "E", "F" ou "G", verdadeiras ineficiências energéticas. Afinal, quanto menos consumo, menos investimentos necessários menos custo e, é o eu se espera, menor valor na nossa conta mensal (imagem: Cosern).


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Uma marca

Quem se lembra da antiga marca Cosern? E qual foi a primeira evolução da identidade visual? Agora, é este misto de desenho em três cores e um folhinha (tem um raminho) verde: seria em homenagem ao meio ambiente? A Cosern não distribuiria energia "poluente" das termoelétricas? Marketing ou expectativa de futuro, aos especialistas e criadores para nos auxiliar (imagem: Cosern).
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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Comentários do dia. Neoenergia (Cosern)

 

Os comentários desta sexta-feira serão sobre Neoenergia & Cosern.

 

 

E o futuro?

 

Qual será o planejamento da Cosern e Neonergia para os próximos anos? A matriz de produção de energia está mudando, a energia renovável ocupando cada vez mais espaço; será que isto afetaria os resultados da empresa? O custo poderia ser diferente, a eficiência na distribuição ou o custo de manutenção muda? Certamente a empresa e o grupo conhecem as respostas.

A Cosern é uma distribuidora de energia, ou seja, compra e vende. A Neoenergia também já investiu na produção de energia eólica. Uma decisão estratégica para um eventual novo modelo de negócio.

Eficiência energética

 

Entendo que este é um dos programas mais relevantes para o grupo Neoenergia. É claro que fornecer energia é a razão de existir, mas não se pode perder a perspectiva que a atividade lucrativa vai além da contabilidade do lucro, ela deve proporcionar alguma melhoria para seu público consumidor.

O Grupo informa que trocou “mais de 41 mil lâmpadas LED para consumidores residenciais baixa renda e mais de 19 mil lâmpadas em 102 instituições”.

Em resumo: parabéns!

Testes Covid-19 na Cosern

 

Este é um indicador de gestão de pessoas mais interessante de divulgar. Ainda que um dos objetivos seja garantir a permanência de sua mão de obra atuando com regularidade, diante da pandemia, é uma ação de relevante cunho social.

A Neoenergia informa que realizou 20 mil testes. Muito importante esta valorização das pessoas.

Treinar e treinar

 

Para a Neoenergia treinar pessoas é um investimento que mereceu R$ 12,8 milhões em recursos para “mais de 792 mil horas de treinamento”, de acordo com a apresentação para o item “Gestão de pessoas”.

Ocorre que este é um indicador gerencial, mais no conceito “gestão” do que “pessoas”; sem dúvida treinamento é essencial mas o aspecto social interno merece sempre outro tipo de destaque, aquele que seja mais interessante ao funcionário do que a empresa.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Comentários do dia. Investimentos e dívidas

 

Os comentários desta quinta-feira serão sobre investimentos e dívidas da Cosern.

 

 

Perda técnicas: uma indesejada solidariedade

 

O sistema energético nacional, incluindo Cosern, utiliza um contador prejuízo, as chamadas “perdas técnicas”, a diferença entre a energia injetada e a energia faturada. O limite referencial é de 10,77%, o que não deixa de ser bastante elevado e, em 2020 ficou ainda acima desta média para a Cosern, 11,29%. Mas, segundo a empresa, como não houve a totalidade do faturamento para os meses de novembro e dezembro de 2020, as “perdas técnicas” estão na normalidade.

Realmente (não tinha a ideia do impacto), deixar de faturar 10% do que é fornecido é algo muito expressivo. É claro que as razões são variadas, mesmo se a empresa não esclarece todos os detalhes, visto que as perdas podem ser por ineficiência do sistema, equipamentos defeituosos e, sempre mais lembrado, os “gatos”.

No final das contas – literalmente falando – cada consumidor paga 10% a mais na sua conta de energia afinal, na conta da Cosern (e outras empresas) as perdas não se tornam prejuízos, mas são “rateadas” por todos os demais consumidores. A cada ano, portanto, pagamos 1 mês extra de consumo; pesa no bolso!

Esta é, literalmente, uma indesejada solidariedade de quem paga a conta em dia.

Uma boa dívida

 

É uma boa dívida, numericamente falando: R$ 1.441 milhões, valor alto, apesar da redução em torno de 8,4% em relação ao ano de 2019. Do total desta dívida, dois grandes blocos em termos de prazo:

- Em 2022 vencem R$ 630 milhões

- A partir de 2026 vencem R$ 286 milhões

E neste ano de 2021, a dívida de curtíssimo prazo é um “quase nada”: R$ 90 milhões (considerando o lucro líquido de R$ 359 milhões em 2020, não será difícil pagar as contas – lembrando ainda que a Cosern não faturou tudo que poderia em novembro e em dezembro).

Um Capex digno

 

O Capex, sigla utilizada para resumir, simplificadamente e objetivamente, o valor investido pela empresa (edificações, equipamentos etc) também registrou um bom desempenho: R$ 359 milhões em 2020 e a maior parte (R$ 189 milhões) está registrada na expansão da rede, R$ 91 milhões em novas ligações.

Em que investir?

 

O programa de doação de lâmpadas LED surtiu efeito, da mudança de eletrodoméstico antigos também. Em algum momento esta política de substituição tenderá para uma economia marginal, residual.

Investir em equipamentos para redução de perdas na distribuição deverá ser algo contínuo. Ultimamente, pelo menos em termos de mídia, tem aparecido mais o combate aos “gatos”; este é um custo alto, pois envolve pessoas (não há como fazer esta atividade com máquinas, claro), mas que tem um efeito educativo extremamente valioso. Fiquei com algumas dúvidas: quantos “gatos” são identificados por ano, quantos são eliminados, qual o valor da dívida deste pessoal e qual o indicador de pagamento destas sonegações?

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Comentários do dia. O mercado da Cosern

 

Os comentários desta quarta-feira serão sobre as avaliações e alguns dados de mercado, de acordo com a percepção de Cosern.

 

Conta Covid

 

Este foi um mecanismo criado pelo Governo Federal para assegurar às empresas do setor um patamar de receita e de rentabilidade. A Neoenergia, com suas quatro distribuidoras, assinou o termo de adesão com o Governo para um montante de R$ 1,6 bilhão. A Cosern, menorzinha, ficou com apenas R$ 95,5 milhões. Uma boa ajuda, não se pode negar.

Queda na energia

 

Mas não foi no preço, infelizmente para nós, simples consumidores e ao mesmo tempo não detentores de ações do Grupo. Em 2020 a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica-CCEE apontou uma  queda no consumo nacional da ordem de 1,5%. Para a Cosern a tendência foi outra, as vendas aumentaram e o lucro mais ainda!

Poucas ações no mercado

 

A Neonergia está cotada na Bolsa mas, não sei se a Cosern também tem ações no mercado. De acordo com as informações divulgadas no balanço de 2020, 91,5% do capital da Cosern pertencem à Neoenergia e os outros 8,5% são de free float, ou seja, estão no mercado e podem ser negociadas livremente.

Quanto mais a empresa tem ações no chamado free float, mais é considerada como atrativa no mercado de investidores em Bolsa pois considera-se que a margem gerencial-decisória é menos voltada para o acionista majoritário e pode refletir outas preocupações e anseios; além de auxiliar na hora de captar dinheiro com lançamento de ações ou debêntures. Mas, aparentemente, dinheiro não é problema para a Cosern.

“Pode melhorar”

 

As 4 distribuidoras da Neoenergia (Cosern e Celpe, Coelba e Elektra) ficaram entre as 15 melhores distribuidoras do País, considerados os desempenhos DEC e FEC, duração e frequência das interrupções. É um ranking interessante, mas no balanço da Cosern não informa qual foi a ordem da Cosern; certamente não ficou entre as 3 primeiras, pois teriam alardeado o fato. E, como as 4 distribuidoras ficaram entre as 15 primeiras do Brasil, é bastante plausível supor que uma delas tenha se posicionado no finalzinho, lá em 15º.

Teria sido a Cosern?

De qualquer forma, 15º, 14º, 13º etc no lembra aquela frase batida nas anedotas de escola: “pode melhorar”.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Comentários do dia. Eu consumo, você consome, ele consome, todo mundo consome energia

 

Os comentários desta terça-feira serão sobre os consumidores da Cosern.

 

Covid + Cosern = mais consumidores

 

18 mil novos consumidores em 2020, um aumento de 1,2%, para chegar a quase 1,5 milhão de cintas-Cosern.

Uma observação inicial: onde estavam estes 18 mil novos consumidores? No escuro?

Consumidores e consumos

 

Interessante as justificativas da Cosern para o aumento de consumidores-consumos em 2020:

- Residenciais (+ 6,1%): “principalmente pelas altas temperaturas registradas nos últimos meses, crescimento da base de clientes e pelo aumento do home-office”. Ok para as duas últimas explicações mas, atribuir o aumento do consumo ao calor do verão... deve ter sido empolgação ou então o verão de 2019 foi muito ameno, quase um inverno europeu.

- Industriais: meio confusa a explicação, não permite a comparação real entre mercado livre e mercado cativo mas atribui aumento do consumo ao “retorno das atividades econômicas, principalmente pelos setores de construção civil, têxtil, petróleo e gás”. Tenho dúvidas desta forte retomada do setor têxtil, o Estado conta com grande produção de confecção (p. ex., Guararapes) e acho com poucas indústrias têxteis (p. ex., Vicunha); quanto ao retorno das atividades de gás, talvez tenha sido para as termoelétricas, enquanto as informações sobre petróleo não pareciam indicar tal relevância no crescimento econômico estadual em 2020.

- Comercial (- 18,6%): queda muito expressiva e preocupante! Mas, outro fator explicativo da Cosern foi a “redução do ciclo de leitura do Grupo A, ocorrido em novembro e dezembro de 2020”. Não consegui entender a motivação da redução do trabalho que afeta as contas da empresa, reduzindo o faturamento. Seria em função de algum planejamento tributário? Reduzir impostos? Qual a lógica por trás da deliberada declaração de redução no registro das contas?!

- Rural (- 6,0%): as mesmas razões da classe comercial, acrescida “pela menor demanda de irrigação (aumento das chuvas em relação ao ano anterior)”.

Parou porquê?

 

Menos bom, no entanto, são os resultados dos consumidores industriais e comerciais. A Cosern divulga apenas em milhares, por isto, a repetição de 1 mil consumidores industriais e de 103 mil consumidores comerciais em 2019 e 2020 não permite avaliar se houve aumento ou queda (1 mil, arredondando, pode ter sido 951 consumidores em 2019 assim como pode ter sido 1.049 consumidores em 2020, o que já faz uma boa diferença).

De qualquer forma, números ruins. A atividade econômica empregadora sofreu com o Covid-19.

Quem são os novatos na Cosern?

 

Dos 18 mil consumidores novatos na Cosern há duas categorias que representam a quase totalidade:

- 11 mil novos consumidores residenciais

- 6 mil novos consumidores rurais

Muito positivos estes dados!

Por um lado, o acréscimo de 11 mil novos clientes residenciais significa, apesar de toda a crise, que a construção civil teve um sinal favorável e, considerando que é uma atividade que emprega muita mão de obra que se traduz em muitas compras em pequenos comércios (quando a construção é tocada pelo proprietário, uma pequena obra), tem uma extensão impactante na movimentação da economia local; e, do ponto de vista social, em princípio significa que muita gente encontrou “seu lugar”, melhorando a qualidade de vida.

Por outro lado, o ganho social é ainda mais relevante no setor rural: em 2019 eram 50 mil unidades rurais com conta-Cosern e agora são 56 mil, 12% de aumento representa uma qualidade de vida bem melhor para quem está no interior, muitas vezes longe de centros mais urbanizados e, com energia, possibilidade de ter uma renda própria ou pelo menos melhores condições de cultivo, ainda que para subsistência familiar.

Mais do que o lucro, sem dúvida, estes novos 17 mil consumidores têm um grande significado para/no RN.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Comentários do dia. Lucro, lucro e lucro

 

Os comentários desta segunda-feira serão sobre os resultados e o (excelente) lucro em 2020, apesar (ou com) a pandemia.

 

Covid em alta, lucro também!

 

Pode parecer surpreendente, mas em 2020 a Cosern amentou sua fatia de lucro, apesar do Covid, da redução econômica nacional, do comércio fechado, da redução na demanda de serviços (hotéis, restaurantes, bares etc), do teletrabalho mas, com um fator adicional nesta mudança de paradigma: mais pessoas em casa pode ter contribuído para um resultado (relativamente) inesperado.

O relatório da Cosern já começa assim: “Mesmo com a redução de 2,6% do mercado neste ano, em função da crise econômica global, atingimos R$ 573 milhões de EBIDTA (crescimento de 11%) e R$ 342 milhões de Lucro Líquido (crescimento de 25%)”.

Invejável R$ 1 milhão por dia

 

Interessante ver que o relatório da Cosern registra “lucro líquido” com “l” maiúsculo! Deve ser em função do valor, afinal R$ 342 milhões correspondem a quase R$ 1 milhão de lucro líquido por dia. Fazendo algumas contas primárias, significa cerca de R$ 40 mil por dia de lucro líquido. Crise, quem falou em crise?!

Aumento de 25% em um ano é outro número invejável: aumentar 25% no faturamento de uma empresa em um já é um crescimento considerável, significa dobrar o tamanho a cada quatro anos: quem consegue tal performance?

A receita vai bem, obrigado

 

Lucro aumentou também por causa do aumento da receita. Em 2020, R$ 2.697 milhões e em 2019 R$ 2.545 milhões, alta de 6%.  E vejam estes dados como são interessantes: os “custos com energia” caíram 5% em 2020.

Resumindo, faturamento aumentou e despesa principal diminuiu. Literalmente, a receita ideal.

Ah, o lucro

 

Uma das palavras mais doces para muitas empresas, o lucro. Quanto foi é o que importa, depois busca-se saber se onde veio, como aconteceu e como melhorá-lo.

Cosern, em 2020, teve lucro de R$ 342 milhões, em 2019, de R$ 273 milhões.

domingo, 14 de fevereiro de 2021

“Cosern e suas contas em 2020” é o tema da semana

 

Os textos desta semana serão sobre a Cosern (e Neoenergia) comentando o resultado financeiro-econômico do ano de 2020 e o lucro líquido de quase R$ 1 milhão por dia!  Algumas observações sobre a evolução dos números, em relação a 2019, e outros dados relevantes para conhecermos melhor a tão espanhola (e potiguar) Cosern:

- Os diferentes consumidores de energia da Cosern

- Investimentos e dívidas

- Avaliação e evolução do mercado

- O lucro invejável em 2020

- Cosern & Neoenergia

sábado, 13 de fevereiro de 2021

Camarão, camarões

Já houve tempos, não distantes, que camarão era uma iguaria privilegiada para consumo aqui no RN. Produto caro e não tão fácil de encontrar. Hoje, aquele camarão de antigamente continua caro e muito difícil de encontrar! É que aquela época era camarão "marinho", do mar mesmo, pescado em redes; hoje, as redes de pesca de camarão seriam utilizadas (eventualmente) apenas para receber o camarão criado em cativeiro, naquelas imensas piscinas, quando a água é escoada e o camarão é colhido (ou seria recolhido?). Fato é que a Camanor é uma das responsáveis pela inclusão do produto na nossa pauta de exportação e, indiretamente, por encontramos nos supermercados: produzimos, mas não exportamos, logo, compramos no Nordestão etc (foto: Camanor).

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Separar o trigo (o navio)


O Grande Moinho Potiguar-GMP é uma das construções mais imponentes da Ribeira. O guindaste é exclusivo e o local de atracação de navios graneleiros é especial para abastecer a empresa. Antes de fazer o macarrão, é preciso primeiro separar o trigo; do navio, claro (foto: SEP/PR).

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Famosa, duplamente famosa

A Agrícola Famosa é a maior produtora brasileira de melão e também a maior exportadora nacional. Em determinadas épocas do ano, quando o clima não permite a safra europeia, seria até mesmo a maior exportadora do mundo. E, para ficar ainda mais conhecida, a antiga variedade que desenvolveram, chamada Monet (isto mesmo, em homenagem ao artista), é a Dino. Famosa cada vez mais Famosa e cada vez mais famosa (foto: Agrícola Famosa).


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São Bento do Norte, uma nova paisagem

Quem diria que São Bento do Norte estaria entre os municípios com maior volume de importação? Nada, claro, contra a cidade, mas surpreende quando se observa o perfil econômico do final do século passado. Já nesta década... Em breve, São Bento do Norte será mais conhecido pelo vento que sopra nas pás do que no vento que sopra nas jangadas e nas areias das praias. Ventos velhos, tempos novos (foto: Copel).


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Desnudar, argumento de venda para mangas

Exportamos manga, há vários anos mas não aqueles sabores clássicos, manga espada ou manga rosa. São variedades internacionais com características bem mais adequadas para transporte, "tempo de prateleira" e consumo. Esta é a Tommy Atkins. E é assim, meio desnuda, que serve como argumento de venda (foto: Finoagro).


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A riqueza do Catar

O menor valor exportado em 2020 pelo RN foi para o Catar: US 312 em 11 quilos de extintores. Qual a razão da importação e quem importou é um bom enigma! A foto, meramente ilustrativa, com a bandeira do país; até 2024 aprenderemos muito sobre o Catar e, quem sabe, poderemos exportar mais, algo mais, muito mais (foto: Época Negócios).

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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Comentários do dia. Algumas curiosidades sobre nosso comércio exterior

 

Os comentários desta sexta-feira serão sobre alguns produtos que fazem ou fizeram parte de nossa pauta exportadora.

Camarão, camarões, nada de camarão

 

Foi mais ou menos assim, nesta sequência: exportamos um pouco de camarão, depois, muito (mesmo) camarões e mais recentemente, nada, nada mesmo.

Qual foi o último ano de exportação: 2020, 2019, 2018, 2017...? Se você escolheu uma destas opções, foi um otimista. O último ano com registro de exportações foi em 2016.

- Em 2016, US 2,5 milhões

- Em 2015, US 114,2 mil (mil, não milhões)

- Em 2014, US 2,0 milhões

E o melhor ano neste século? Foi em 2004, com US 82,3 milhões. Bons tempos!

Mas, o que houve?

Antes, como começou: depois de vários fracassos na tentativa de criar camarão em escala comercial no RN, em projetos estatais ou privados, finalmente o setor privado descobre a variedade mais adequada ao nosso clima. Mas, não era suficiente: foi “necessária” uma epidemia nos maiores produtores asiáticos e em outro grande produtor, o Equador, para o mundo olhar para esta esquina continental e começar a demanda camarão. Pronto, começou o “boom” e muita gente entrou no mercado.

A realidade econômica mudou, a questão sanitária também e o mercado internacional se reorganizou. Não conseguimos seguir na mesma trajetória.

Mas, não significa que não produzimos camarão. O mercado nacional é forte, embora os grandes produtores ainda sentem saudades de emitir uma fatura em dólar e, a isto conjugado, ao fato de que o produtor podia se permitir embarcar o produto somente com o pagamento antecipado. Bons tempos!

A “culpa” é da seca

 

Não há, claro, ”culpa” na seca, é um fenômeno natural que ocorre em vários países com maior ou menor intensidade e aqui o Nordeste, particularmente, o tema é recorrente

Mas fato é também que em função da seca as exportações de mel desapareceram! Entre 2011 e 2020 exportamos um total de US 5,3 milhões sendo que US 4,5 milhões no ano de 2011, ou seja, ficou pouco, muito pouco nos últimos anos. Mais detalhadamente, o último ano de vendas externas de mel pelo RN foi em 2014, com apenas US 77.520.

Acompanhei a luta de exportadoras, participei de visita-inauguração de entreposto de mel, ouvi muito sobre as “casas de mel”. Mas, com a seca, pouca florada, poucas abelhas e pouco mel e no final, nenhuma exportação recente.

O mel é doce, mas a vida não anda tão açucarada assim para seus criadores.

Foi a seca

 

Foi a seca um dos responsáveis pelos US 172,0 milhões em exportações de sal entre 2011 e 2020 e o ano passado foi bem melhor para o setor: US 29,0 milhões exportados.

Quanto menos chuva menor umidade, maior evaporação e os “piscinões” de sal aumentam a produtividade.

A “moda” nova é a flor de sal. Já produzimos, mas as estatísticas oficiais de comércio exterior não aparecem com esta possibilidade de registro. Produzimos, vendemos e consumimos mas tudo indica, em nossa terrinha e nos limites do território nacional; quem será o responsável pela primeira exportação desta iguaria?

Catar & República Dominicana, tudo a ver

 

Em 2020 Catar foi o destino com menor valor de exportação do RN: US 312 com 11 quilos de extintores! Como assim? O clima lá é “pegando fogo”... mas, mesmo assim, quem será que foi este comprador??

Nas importações em 2020, o fornecedor com menor valor foi a República Dominicana que nos vendeu US 11 em “outras partes para aparelhos de interrupção de circuito elétrico”. Simples assim.

O comércio exterior de mercadorias movimenta bilhões de dólares no Brasil, por ano, mas tem espaço também para MMP-EI, o que poderia significar “mini, micro e pequeno exportador e importador”.

Tem mais

 

Tem muitas outras curiosidades sobre as exportações e importações do RN. Ficarão para outra “semana temática”. Chifre, barbatana de tubarão, produtos impróprios para consumo humano, bijouterias, avião, lâmpadas etc. É quase literalmente, um mundo a descobrir.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Comentários do dia. O que será que importamos tanto?

 

Os comentários desta quinta-feira serão sobre os produtos importados pelo RN em 2020: o que compramos tanto “lá fora”?

Você já deve ter consumido um destes produtos importado

 

Em 2020 o ranking dos principais produtos importados ficou assim:

1º Trigo, com US 59,9 milhões

2º Tecido, com US 6,4 milhões

3º Adubo/fertilizante, com US 6,2 milhões

4º Polietileno, com US 4,8 milhões

5º Coque de petróleo, com US 4,3 milhões

6º Quadro/painel de interruptor, com US 4,1 milhões

7º Transformador elétrico, com US 4,1 milhões

8º Polímero/copolímero, com US 3,6 milhões

9º Produtos de ferro/ferro fundido/aço, com US 3,25milhões

10º Máquina p/ indústria de papel/papelão/caixa, com US 3,2 milhões

Alguns destes itens você, consumidor final, já comprou ainda que o produto tenha passado por outro processo de industrialização/beneficiamento aqui no Estado, tais: trigo (no macarrão), coque de petróleo (no cimento), lula congelada (somente se você for adepto da culinária oriental e, dependendo do prato, também a culinária espanhola.) etc.

Lá fora é mais barato ou melhor? Ou não produzimos no RN?

 

Há vários motivos para importar algum produto e, em geral, divide-se entre a inexistência de produção local, qualidade inferior ou, mais comum de todas as situações, os preços internos não são competitivos (é nestas horas que o “custo-Brasil” aparece mais fortemente e o “preço-China” parece imbatível).

Nossa pauta de importações é assim também. Às vezes era algumas curiosidades: importamos tecidos, apesar da existência de produtor local, e ainda café queijo “tipo mussarela”, argamassa etc.

Somos consumidores de trigo?!

 

Sim, mas não diretamente.

O Brasil alterna sua capacidade de produção e, em alguns anos não atende à demanda interna. Há também o fato de que Argentina e Estados Unidos são grandes produtores.

Aliado a isto, o RN mantém esta “tradição” de importar trigo já há alguns anos. E temos um único consumido, o GMP-Grande Moinho Potiguar, ali no Porto de Natal, com uma estrutura diferenciada em relação à todas as outras importações: uma esteira que conecta diretamente os porões dos navios aos silos da empresa. Se você leu a recente notícia da suspensão de movimento pelo Porto em função da quebra/manutenção do guindaste para os conteiners, verá que em não afetou ao Moinho, a estrutura que ela construiu e mantém o funcionamento é exclusiva. O trigo não é movimentado por navios-conteiners.

Em 2020 o trigo representou 33,2% das importações do RN, quase o mesmo percentual em 2019, 33,9% Em valores, também, muito parecidos, US 59,9 milhões e US 56,9 milhões, respectivamente.

Trigo & macarrão: quem é o GMP?

 

De quem é o GMP?

Grupo cearense M Dias Branco. Além da unidade em Natal, são cerca de 15 em todo o Brasil. E se você já consumiu Adria, Estrela, Fortaleza, Pelaggio, Pilar, Piraquê, Richester ou Vitarella, você é cliente M Dias Branco (e não são somente estas marcas, ainda há outras que são menos conhecidas no RN).

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Comentários do dia. O que exportamos?

 

Os comentários desta quarta-feira serão sobre os produtos exportados pelo RN em 2020 (e algumas curiosidades).

Melão, claro!

 

Qual o principal produto exportado pelo RN em 2020?

Essa é a pergunta mais fácil de responder sobre o comércio exterior potiguar: melão! E em 2019? Em 2018? Em 2017? Em 2016? Em 2015? Etc. Se você respondeu “melão” para todos estes anos, quase acertou Isto mesmo, quase visto que em 2015 o item mais exportado foi o chamado fuel oil (combustível); mas não se preocupe, o melão ficou em segundo lugar em 2015!

Uma curiosidade adicional: entre 2000 e 2020 o melão foi o produto mais exportado em 13 anos! Perdeu a liderança em 2015, 2010 (castanha de caju), 2005 e 2004 (petróleo e camarão), 2003 (idem, mas na ordem inversa, camarão e petróleo), 2002 (camarão) e 2001 (camarão e camiseta).

Melão, é “bi”!

 

Não há como fazer a conta em reais do valor exportado em melão visto que todo dia a cotação das moedas estrangeiras muda. Mas, não deixa de ser impressionante o valor total neste século, entre 2001 e 2020: US 1.242.795.705.

Isto mesmo, mais de 1 bilhão de dólares!

Obs: quando será “tri”? Provavelmente no início da próxima década. E “tetra”, na seguinte.

Os maiores produtos “made in RN”

 

Em 2020 o ranking dos principais produtos exportados ficou assim:

1º melão, com US 95,3 milhões

fuel oil, com US 58,6 milhões

3º melancia, com US 32,6 milhões

4º sal, com US 29,0 milhões

5º tecido, com US 15,9 milhões

6º outros produtos animais impróprios para consumo humano, com US 14,5 milhões

7º peixe, com US 12,5 milhões

8º mamão, com US 9,0 milhões

9º manga, com US 7,5 milhões

10º granito trabalhado, com US 6,6 milhões

Os sumidos

 

Em 2020 alguns itens tradicionais ou que estávamos acostumados a encontrar na pauta de exportação estiveram “sumidos” (temporariamente, para alguns):

Linha

Mel de abelha

Óleo de vetiver

Ouro

Tantalita

T-shirt

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Comentários do dia. Alguns dados da balança comercial do RN

 

Os comentários desta terça-feira abordam os principais municípios do RN exportadores e importadores em 2020.

De onde saem as exportações?

 

São 36 os municípios exportadores do RN, listados em 2020. Mas, considerando que 5 deles exportaram menos de US 105 no ano inteiro e outros 3 ficaram entre US 14 mil e US 40 mil, a lista “efetiva” seria menor.  Se considerarmos apenas os municípios com produção exportada em mais de US 1 milhão ao ano – o que é pouco –, a conta fica menor ainda: 22 municípios.

Quem são os maiores? O “maior” é fácil de acertar, visto que a maior parte de nossas exportações é de frutas: Mossoró! E a lista dos 5 maiores ficou assim:

1º Mossoró, com US 98,4 milhões

2º Natal, com US 54,7 milhões

3º Macau, com US 19,2 milhões

4º Baraúna, com US 19,1 milhões

5º Parelhas, com US 11,8 milhões

Considerando o registro do Ministério da Economia, estes 5 municípios representaram 72,5% do total do Estado.

Para onde vão as importações?

 

48 municípios registraram as importações em 2020 no RN. Mas, novamente, alguns deles com valores baixos e  até mesmo irrisórios. Com isto, apenas 14 venceram a marca de US 1 milhão no ano. E quem são os maiores?

1º Natal, com US 93,4 milhões

2º Parnamirim, com US 22,0 milhões

3º Mossoró, com US 18,4 milhões

4º São Bento do Norte, com US 8,9 milhões

5º Serra do Mel, com US 6,5 milhões

Juntos, somam 827% das importações registradas nos municípios.

Para onde, mesmo?

São Bento do Norte e Serra do Mel entre os principais municípios com importações registradas em 2020, tá certo mesmo?!

Sim, e por uma razão simples: eólicas, máquinas e suas peças. Uma nova dinâmica econômica para o RN que certamente jamais havia sido imaginada. Mas, quem diria há pouco mais de duas décadas que teríamos produção em excesso de energia eólica?! 

Os minis

 

Os municípios com menores registros de exportações em 2020?

Taipu, com US 104

São José de Mipibu, com US 34

Maxaranguape, com US 33

Serra do Mel, com US 17

Serra Caiada, com US 11

E aqueles com menores registros de importações em 2020?

Riachuelo, com US 151

Lajes, com US 94

Cerro Corá, com US 27

Os valores são – efetivamente – em unidade, nada de mil ou milhão.

Obs 1: o que teria sido exportado em Serra Caiada por US 11?

Obs 2: o que teria sido importado em Cerro Corá por US 27?

Obs 3: Serra do Mel entre os extremos, lá na frente com as importações e lá atrás com as exportações.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Comentários do dia. Alguns dados da balança comercial do RN

 

Os comentários desta segunda-feira abordam a balança comercial do RN em 2020 e sua evolução em relação ao ano passado.

Exportamos pouco

 

Em 2020 as exportações do RN equivalentes a US 340,7 milhões. Uma queda de 13,7% em relação a 2019 (US 394,9 milhões). Observando assim, friamente, parece que foi muito ruim o ano de 2020 para os exportadores potiguares; na verdade, não foi tão ruim nem foi também, excelente.

Este valor negativo deve-se, na verdade, à duas excepcionalidades que ocorreram em 2019, quando foram exportados (pelo menos registrados por empresas do Estado) um avião e um motor. Como o valor é elevado e como não se repetiu esta exportação em 2020, a comparação fica uma prejudicada. Quando detalharmos as exportações por produtos apresentaremos o real impacto destes dois itens.

Mas, fato é que somente Alagoas, Pernambuco e Piauí tiveram desempenho positivo em 2020 no Nordeste.

Nordeste em queda

 

O Brasil exportou US 209,9 bilhões em 2020 e pode comemorar uma queda de 6,9% nas vendas para o exterior. Sim, infelizmente comemorar uma queda visto que o ano passado o Covid-19 afetou todas as economias e, naturalmente, o comércio internacional global despencou em algumas regiões. Até a China, acostumada a ver o PIB aumentar anualmente na casa dos 10%, teve redução.

No Nordeste, que representa apenas 7,7% do total brasileiro, a queda foi menor: 4,4%. Mas, isto não significa que a Região foi “melhor” ou “menos ruim” do que o restante do País pois, vale lembrar, a economia nacional está muito centrada em exportações do agronegócio (principalmente no Centro-Oeste) e alguns itens industriais, o que permite uma melhor recuperação dos indicadores em 2021, mais ainda se as campanhas de vacinação aumentarem rapidamente no Mundo.

RN é importador?

 

Nem tanto. Sempre tivemos a “tradição” de apresentar um valor menor nas importações do que nas exportações. Em 2020 não foi diferente, com US 180,4 milhões em importações, um valor melhor do que no ano anterior, US 167,9 milhões, um aumento de 7,4%!

Este foi um índice que surpreendeu diante das dificuldades econômicas em todo o Brasil; quando detalharmos os principais itens importados veremos com mais atenção qual foi a “motivação” deste aumento – em tese – inesperado.

Quem importa?

 

No Nordeste – que representa apenas 9,1% das importações brasileiras – os maiores importadores foram, nesta ordem, a Bahia, Pernambuco, Ceará e Maranhão (estes foram os estados que ultrapassaram a barreira de US 1 bilhão em 2020). Mas, também nesta ordem de importância, apenas o Rio Grande do Norte, Piauí e Ceará compraram mais produtos do exterior no ano de 2020 do que no ano anterior

O que produz tanta disparidade em uma mesma Região? Apesar da classificação administrativa, ambienta, política, geográfica etc, o Nordeste é bem diferente quando se analisa a estrutura produtiva e isto naturalmente se reflete em dados econômicos, mesmo quando se compraram as variações proporcionais (em percentual).

No final das contas

 

No final das contas 2020 ficou assim, todos com superávit comercial:

- Brasil: US 50,9 bilhões

- Nordeste: US 1,7 bilhão

- Rio Grande do Norte: US 160,3 milhões

Quanto representou a “contribuição” do RN em relação ao Brasil? 0,3%. E em relação ao Nordeste? 9,1%.

“Comércio exterior do RN em 2020” é o tema da semana

Os textos desta semana estarão centrados na temática "Comércio exterior do RN" e sua evolução recente.

Os principais assuntos serão:

- Principais exportações

- Principais importações

- Cidades exportadoras e importadoras

- Balança comercial

- Casos de sucesso (ou não)


sábado, 6 de fevereiro de 2021

As “torneiras da esperança”

Dinheiro encanado é assim, em um oleoduto ou também em um gasoduto. Uma cidade com um terminal pode ajudar – e muito – as contas públicas, um projeto de desejo de alguns prefeitos: abrir as "torneiras da esperança". (foto: Transpetro)


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Era uma vez um tanque. Mas, o meio ambiente...

Era uma vez um tanque. Poderia ser o título da matéria da Tribuna do Norte em 26 de setembro de 2019 mas, o jornal preferiu "Petrobras inicia retirada de tanques". Nesta semana o assunto veio à tona (meio-trocadilho, meio ruim!), o passivo ambiental que ficou na área, hoje residencial, e que a foto (bonita) não poderia mostrar; nem teve tal intenção. (fonte: Tribuna do Norte)

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