Este ano eu “comemoro” 20 anos da visita à campos de golfe em Marbella,
uma região muito nobre na Espanha que recebe turistas ricos (e milionários)
europeus e que conta com muitas mansões e vários campos de golfe. Na época,
2004, havia uma sensação de que teríamos vários empreendimentos milionários no
RN e, naturalmente, diziam, acompanhados de campos de golfe. Iríamos inaugurar
o turismo de luxo no território potiguar.
Vi aqui acontecer aqui um campo de golfe mas, dos menores, com 9 buracos
(tradicionalmente, são 18). Na verdade, vi o que sobrou de uma tentativa em
Pipa, em um hotel bem distante da faixa litorânea e quando cheguei lá tinha apenas
as raquetes e um local para treinar, o mato já havia engolido o gramado. Estava
um abandono, infelizmente. O motivo? Simples, falta de jogadores,
profissionais, amadores e aqueles do final de semana...
De lá para cá investimentos pouco no turismo de luxo e quase nada no
turismo de alto luxo. Foram poucas estas experiências de alto luxo, de importar
uma clientela disposta a pagar caro pelo serviço de qualidade sem se preocupar
muito com a conta; o mais importante era
a qualidade do serviço.
E os campos de golfe, até mesmo os miniaturas, também não prosperaram
nem se tornaram um ponto de atração ou de atratividade, até para o público
local.
Não sei se é hora de buscar novamente a ideia dos campos de golfe para o
RN. Talvez ainda esteja “cedo” e precisamos maturar mais a ideia, em especial
com os investidores privados. Mas talvez com adaptações ao clima/temperatura e
adaptações da oferta hoteleira e, principalmente, parcerias importantes com
grupos nacionais ou internacionais que atuam neste segmento, poderemos tem
algum deles aqui, em alguns anos.
E os campos de golfe? Não chegou a hora, ainda; ainda não. É uma opinião.