segunda-feira, 28 de março de 2011

Cursinhos preparatórios para concurso no RN sofrerão maior impacto

O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão publicou Portaria na data de hoje suspendendo,

"por tempo indeterminado, os efeitos das portarias de autorização para realização de concursos públicos e de autorização para provimento de cargos públicos no âmbito da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional publicadas até a presente data."

 

Na prática isso significa que somente as exceções (e por isso mesmo, poucas vagas...)  ainda continuarão a validar o resultados dos concursos anteriores.

 

A expectativa da tão esperada "estabilidade do emprego" ficará mais distante no ano de 2011.

 

Aliás, o impacto será duplo: se um lado, além da óbvia suspensão da posse em atividades do poder público, os cursinhos preparatórios e toda a sua cadeia produtiva sofrerão impacto imediato: se não há mais muitas vagas, menor a demanda por professores, menor a necessidade de contratação de equipe de apoio, menor a edição de apostilas etc.

 

No RN o impacto será maior ainda. Isso considerando o fato que temos poucas vagas de concursos para os governos estadual e dos nossos municípios; o Estado, também, não está em possibilidades de contratar em volume maior de novos funcionários e as vagas nos municípios são sempre mais reduzidas e esporádicos os concursos.

 

Outros estados (RJ, SP, MG, por exemplo) ainda têm estrutura de suporte que garanta mercado.

 

Aqui no Rio Grande do Norte, duas opções: reduzir fortemente as atividades ou focar no não menos disputado e difícil exame da OAB. Vagas novas, para professores de cursinho, nos próximos meses, somente para os da área jurídica.

 

sexta-feira, 25 de março de 2011

Voos charters não decolam (ou descolam) mais como antigamente

Os voos charters já fizeram a alegria de muita gente nos últimos anos: dos turistas, obviamente, que viajavam a preços mais convidativos, dos agentes-operadores-transportadores, que realizavam suas atividades e lucros, mas também de prefeituras, governos e países que promoviam o turismo em suas áreas de interesse.

 

Mas, parece que os voos charters não estão mais decolando (ou descolando) como antigamente.

 

No Rio Grande do Norte que contava – e muito – com esses tipos de turistas internacionais que completavam a dezena de voos semanais originários da Europa, temos visto essa curva tomar um rumo descendente nos últimos anos; entre 2005 e 2010 a queda de passageiros internacionais em voos charters é nítida.

 

Em 2005 tivemos 176.412 embarques/desembarques (é assim que a estatística é tratada) no Augusto Severo. Mas, em 2010, apenas 31.328. Uma queda que beira os 82%.

 

Mas o fenômeno não é apenas tipicamente potiguar! Nossos vizinhos – e concorrentes – Fortaleza e Recife tiveram queda de 51% e 85%, respectivamente.

 

A "culpa", desta vez, não está no marketing mas sim em outras questões conjunturais: elevação do custo Brasil, queda nos preços dos voos internacionais e, principalmente, pós-crise financeira de 2008.

 

A repensar, portanto, estratégias para captação de operadores-emissores de turistas estrangeiros para o Rio Grande do Norte.

 

Fabricação de aerogeradores em alta no Brasil

Mais duas fábricas de aerogeradores foram anunciadas para iniciar obras de ampliação/instalação nos próximos dias: a Alstom e a MVC.

 

A Alstom instalará sua unidade de produção em Camaçari e já lançou sua pedra fundamental no último dia 23, prevendo um investimento de R$ 50 milhões; a unidade industrial deverá ser concluída ainda em 2011 para atender a demanda crescente desses equipamentos no país.

 

A MVC, controlada pela Artecola e pela Marcopolo, tradicionalmente atuante no setor automotivo e de construção civil, também inova com a proposta de fornecimento de peças e equipamentos para aerogeradores; e já começa com contrato certo, atendendo a investimentos estrangeiros em parques eólicos na Bahia.

 

O mercado de energia eólica segue em ritmo exponencial com novos investimentos anunciados quase diariamente no Brasil. A crise da energia nuclear no Japão deverá ainda mais reforçar a opção pela produção de energia chamada "limpa".

 

O Rio Grande do Norte, em equipamentos e máquinas para a implantação dos parques eólicos, importou, somente em 2010, US 1389 milhões. Mas a tendência, com a entrada de novos players na produção nacional é redução das importações a médio prazo (que hoje são fortemente impulsionadas pela valorização do Real face ao dólar/euro).

 

 

quinta-feira, 24 de março de 2011

O futuro da pesca do atum. Impacto da crise no Japão

O Rio Grande do Norte sempre explorou menos do que o mercado permitia (igualmente para o Brasil) no que se refere a pesca do atum. Controlada pelo ICCAT, organismo internacional que atribui as cotas de pesca para os países, o Brasil não tinha muita representatividade nesse mercado e, justamente, porque não tinha tradição no setor pesqueiro.

 

Com o aumento da cota de pesca para o Brasil uma nova expectativa de mercado se anunciava. O Rio Grande do Norte também comemorou.

 

No RN o ano de 2010 ( US 9,8 em exportações de pescado) apresentou resultado mais significativo do que os anos de 2008/09, mas ainda abaixo do melhor desempenho de 2007, quando ficou em US 10,5 nas exportações.

 

A expectativa para 2011 face a parceria com empresas – com forte especialização na atividade – do Japão parecia anunciar uma nova fase no setor da pesca.

 

Mas, as catástrofes no Japão trazem novas incertezas para a pesca do atum no Rio Grande do Norte: considerando que o principal parceiro (tecnicamente e comercialmente falando) tem origem naquele país, como ficarão os contratos futuros? A dificuldade de distribuição e de reorganização da vida (e do próprio mercado) no Japão afetaram o consumo do peixe? Isso impactará em redução da atividade e, no caso, em que grau de redução?

 

Talvez seja prematuro especular sobre o futuro da pesca dos tunídeos no RN; mas não é possível também imaginar que poderá haver alguma alteração nos planos de investimentos da empresa japonesa aqui no Estado.


A pesca do atum no RN

"O país não dispõe de tecnologia, recursos humanos qualificados e pesquisa para consolidação do mercado nacional da pesca", foi o que informou Gabriel Calvazara, atual presidente da Atlântico Tuna, empresa localizada no Rio Grande do Norte e que é a única a ter firmado parceria efetiva com empresários japoneses para a pesca do atum a partir da base operacional de Natal.

 

O tom pessimista foi reproduzido durante palestra para os alunos da Ufersa, curso de Engenharia da pesca (Jornal de Hoje, 23 março) e deve ter provocado duas reações distintas:  estimulado mais ainda os alunos a buscar competência nessa carente de mão de obra qualificada ou, por outro lado, deve ter já redirecionado àqueles que pensavam em atuar na área e "descobriram" que o mercado de trabalho, se hoje reduzido, mais incerto ainda ao final do curso de graduação.

 

O setor pesqueiro do Rio Grande do Norte, voltado para a exportação tem mantido certo equilíbrio nos últimos anos; há nítida expectativa, no entanto, que a partir de 2011 – justamente com a Atlântico Tuna – possa haver um volume de vendas bem maior. Veja a evolução das exportações de pesca do RN no período recente (valores em dólares – todos os tipos de peixes exportados):

 

2010 –   9.770.306

2009 –   7.893.043

2008 –   8.633.066

2007 – 10.508.122

2006 –   9.991.454

 

 


sexta-feira, 18 de março de 2011

Atrair turistas do interior de São Paulo

A disputa entre as principais companhias aéreas do Brasil pode beneficiar – diretamente – o turismo do Rio Grande do Norte com as promoções que constantemente aparecem, principalmente nas vendas eletrônicas da Gol (que tornou-se, nesses dias, a maior do setor, ocupando esse ranking pela primeira vez) e a TAM.

 

A mais nova promoção da Gol, em comemoração aos dez anos, beneficia Natal: Campinas-Natal "a partir" de R$ 129,00.

 

Certo, mas qual a imagem que o turista em Campinas e região têm de Natal? O que, de fato, conhecem das vantagens que o Estado oferece no turismo? Mesmo sabendo que quem mora na Grande São Paulo também é beneficiado pela proximidade do aeroporto de Campinas, há outro pólo emissor que pode ser conquistado; ou que deveria.

 

Aproveitar a promoção para divulgar mais ainda o turismo norte-riograndense, já que não mais para convencê-lo a viajar é, então, encantá-lo enquanto estiver aqui, literalmente, "turistando".

 


quarta-feira, 16 de março de 2011

As maiores exportadoras em 2011. E as maiores importadoras

Saiu a relação das maiores empresas exportadoras de 2011, contabilizados os dados de janeiro e fevereiro, de acordo com o MDIC:

 

Usibrás – US 5.059.092

Bollo Brasil – US 3.063.336

Petrobrás Distribuidora – US 2.597.689

A Ferreira – US 2.337.188

Del Monte – US 1.649.696

Coteminas – US 1.429.471

Laminor – US 1.318.147

Mata Fresca – US 1.253.194

Cerpol – US 1.173.558

Finobrasa – US 1.085.356

 

Dentre as exportadoras duas apenas estão localizadas na Grande Natal, a Coteminas e a Laminor (a Petrobrás Distribuidora é exportadora de combustível para aviação).

 

Outro dado disponibilizado pelo MDIC, foi a relação das maiores importadoras em 2011, acumulado dos meses janeiro e fevereiro:

 

Tecidos Líder – US 3.436.750

M Dias Branco – US 2.913.583

Laminor – US 2.841.966

Santa Clara – US 2.817.427

GB Comércio – US 1.356.016

Confecções Guararapes – US 1.342.453

Ourofértil – US 1.129.943

Coats – US 1.021.160

Petrobrás – US 929.556

Fujicom Comércio – US 622.504

 

 

 


Japão, biodiesel e Rio Grande do Norte: como fica?

  

A crise econômica que se anuncia para o Japão após a forte crise social que não para de assustar  cada nova informação pode trazer consequências diretas aqui no Rio Grande do Norte (os valores da reconstrução e do auxílio do Governo tem cifra sempre crescente: já ultrapassaria US 150 bilhões o valor necessário para recompor os prejuízos).

 

O Jica-Japan International Cooperation Agency, órgão de cooperação técnica internacional do Japão tem um projeto listado em sua carteira, aqui no Estado, desde o primeiro semestre de 2009 e com previsão estimada de conclusão apenas para março de 2013: é o intitulado oficialmente "Projeto de inclusão social por meio de incentivo a produção de oleaginosas para a geração de biodiesel na região Oeste do Estado do Rio Grande do Norte" e que abrange os municípios de Pau dos Ferros e Alexandria.

                No início de fevereiro de 2011 a cidade de Lucrécia recebeu grande evento para discutir as ações e os encaminhamentos da nova etapa do projeto, com a presença de representantes do Governo, Emater, Emparn, Embrapa e a própria JICA, financiadora.

 

                O biodiesel que está esteve nas "manchetes" de jornais há alguns anos parecia retomar seu caminho de crescimento e, principalmente, de retorno financeiro do plantio de oleaginosas; a primeira experiência no RN não foi ao alcance do esperado e essa segunda etapa pretendia recuperar os resultados.

 

                Agora, com a crise no Japão e todos os esforços – naturalmente – voltados para as questões internas, poderá provocar outra recaída na produção de matéria-prima para o biodiesel no Rio Grande do Norte, mais ainda no contexto de projetos a médio e longo prazos.

 

                São as consequências de fatos do outro lado do mundo com suas reações sentidas aqui, em pleno sertão do RN.

 

 


segunda-feira, 14 de março de 2011

Reescrever o futuro do RN: as novas energias

Artigo publicado na Tribuna do Norte, domingo 13/3/11 

 

 

            Quando a tradicional e renomada USP publicou um número de sua revista "Estudos Avançados, 59" no ano de 2007, dedicada exclusivamente ao "Dossiê Energia", passou longe de uma atualidade tão próxima e de uma capacidade de previsão de um novo – e revolucionário – cenário, a energia do futuro: eólica ou fotovoltaica. Talvez, e isso seja a melhor razão, é o fato de que esses dois "produtos" não são exclusivos do Centro-Sul produtor e centralizador da economia (política) nacional. Na revista da USP nada ou quase nada é mencionado sobre energia eólica ou solar e nenhuma perspectiva, mínima, induzia o leitor a projetor uma nova realidade para o Rio Grande do Norte e o Nordeste.

            As previsões anunciadas nessa última década para o setor energético brasileiro basicamente limitavam-se a descrever uma trajetória fixada na proposta de racionalidade energética, de eficiência do setor produtivo e de sua capacidade de colocar no mercado produtos com baixo consumo de energia; quando tentava-se buscar algo além dessas propostas, abordava-se a expansão da capacidade instalada para buscar as soluções na mesma matriz energética que o Brasil fundou sua economia, as hidroelétricas (algumas vezes a energia nuclear surgia como "nova" solução, mesmo não mais fazendo parte de prioridades de novos investimentos ou reinvestimentos em todo o Planeta).

            Em menos de uma década foi preciso reescrever o futuro do Rio Grande do Norte.

            Aliás, ainda será continuamente necessário reescrevê-lo e não somente sob a ótica econômica mas também social diante de uma verdadeira revolução que se avizinha em investimentos novos e diferenciados em vários municípios do Estado, nas áreas de energia eólica (já em vigor) ou solar (novas idéias).

            No final da década passada ainda apostávamos na tradicional "fórmula de sucesso", com energias não-renováveis e lutávamos pela redenção do Estado com uma refinaria ou a atratividade de novos negócios com o gás natural subsidiado. Estávamos, é bem verdade, seguindo a cartilha tradicional e não fugíamos ao que se convencionava como coerente e realista; foi nesse caminho que o Brasil seguiu e que, certamente, esse passado influenciou os autores e editores da revista "Estudos avançados". Parecia evidente que o Estado, por não dispor de possibilidades técnicas para usinas hidroelétricas nem nucleares (ambas, entre outras condições, precisam de muita água), ficaria à margem, novamente, de uma maior relevância em termos de matriz energética brasileira.

            Hoje, com toda tranquilidade, podemos dizer, felizmente: felizmente não podemos pleitear uma outra "Belo Monte" nem uma nova "Angra".

            Temos, atualmente, condições muito mais valorativas em termos de mercado e de atração de investimentos com vantagens inestimáveis, de provocar inveja aos segmentos produtivos do Centro-Sul do País: temos, e em abundância, energia não poluente (sem conflitos nos licenciamentos ambientais) e absolutamente renovável (ninguém nem nenhuma guerra fiscal eliminará esses créditos do Rio Grande do Norte). Anteriormente, o programa nacional Proinfa, que pretendia ser inovador na transformação da matriz energética do Brasil gerou, diante de tantas mudanças, mais incertezas e desânimos do que os resultados acalentados. Os primeiros projetos de eólica no Rio Grande do Norte completam quase uma década de pioneirismo e até muito recentemente pouco ou muito pouco avançávamos diante de reais e concretas possibilidades no Estado.

            Vale lembrar atualmente, por exemplo, que um dos segmentos que poderá compor uma segunda onda de investimentos em energias no Rio Grande do Norte, na sequência das eólicas é a indústria de painéis fotovoltaicos, ou seja, a produção de equipamentos para outra fonte de energia limpa, a solar (que não encontrou respaldo concreto na fase do Proinfa). Somente agora, em 2011, é que possibilidades passam a ser encaradas como reais condições de implantação no Estado, ainda que a energia solar seja menos atrativa como investimento e resultado financeiro do que a energia eólica.

            O Brasil passa por um momento inusitado em sua economia, de rentabilidade de negócios jamais vista ou de um "pibão" antes somente imaginado sob a perspectiva chinesa. O mundo inteiro, apesar de toda a crise de 2008 e a redução do consumo global, ainda tem investidores (e não somente bancos) com um nível de poupança e de capital disponível de causar inveja e que estão buscando quase desesperadamente (a taxa de rendimento de juros no mercado global é praticamente igual a zero) projetos para aplicar seus recursos: o Brasil, centro das atenções, não para de receber novos investimentos estrangeiros, como também capital financeiro especulativo. Mas, sob a ótica de investimentos rentáveis e grandes negócios, a crise está um pouco mais distante pois há sempre investidores dispostos a rentabilizar um capital que hoje está quase parado.

            E o Rio Grande do Norte é uma excepcional expectativa favorável nesse cenário! Os últimos leilões de energia no Brasil mostraram quanto a condição local deixou de ser mero "potencial" para transformar-se em realidade; dois exemplos são bem sintomáticos nessa história: a inauguração, há poucos dias, da eólica Alegria I em Guamaré com seu já projeto Alegria II em implantação e a chegada, via Porto de Natal, de equipamentos para a implantação de mais um novo parque eólico, desta vez para o município de Parazinho.

            Não há dúvidas de que precisamos reescrever o futuro do Rio Grande do Norte.

            Os cenários antes traçados, por mais otimistas que seus redatores possam ter criados, não previam tão grande transformação em nossa economia. E o melhor – ainda – dessa história é que com o novo leilão e a perspectiva de energia solar que se aproxima da realidade, será possível reescrever por um bom tempo o futuro do RN.

 

 


sábado, 12 de março de 2011

Agenda de eventos bilaterais na Fiesp

A poderosa Federação das Indústrias do Estado de São Paulo promove, regularmente, encontros bilaterais de negócios em sua sede, numa maior proximidade do empresas estrangeiras, bancos internacionais e consulados, que permite uma agenda quase constante de novas oportunidades de negócios.

 

E pode ser também uma alternativa para empresas do RN. É bem verdade que uma negociação direta, no país do comprador-vendedor amplia bem mais as opções de contratos, mas pela facilidade com a cidade de São Paulo e uma logística que exige menor tempo (e menor custo), a opção Fiesp não deve ser desprezada.

 

Mais ainda, a oportunidade deve ser encarada como real, tendo em vista que para alguns empresários viagens a São Paulo são comuns e regulares; então, quem sabe não ser possível agendar uma dessas viagens e "casar" com encontro na Fiesp?

 

Veja algumas datas:

 

29 março – Encontro empresarial Brasil-Turquia

30 março – Encontro empresarial Brasil-Dinamarca

30 maio a 3 junho – Semana empresarial luso-brasileira

 


sexta-feira, 11 de março de 2011

Energia solar na cobertura de um estacionamento. Em Florianópolis

A Eletrosul colocará em prática projeto para implantação de uma unidade de geração de energia solar na cidade de Florianópolis com o uso de placas fotovoltaicas; o mais interessante é que as placas serão instaladas na cobertura de antigos estacionamento da empresa naquela cidade, ocupando uma área de 8 mil metros quadrados.

 

A Megawatt Solar – nome do projeto – está prevista para gerar um consumo suficiente para abastecer uma cidade com pouco menos de 600 habitantes. É pouco, sem dúvida, mas é um único projeto que utilizará energia renovável e absolutamente limpa, sem qualquer poluente ou resíduo em todas as suas fases, da operação à distribuição.

 

O Rio Grande do Norte, onde não falta sol e menos ainda espaço (se adentrarmos o interior central do Estado mais ainda as áreas estão livres de qualquer ocupação), a opção de produção de energia solar deve ser um caminho natural para um novo ciclo de investimentos.

 

Vamos esperar que esse grupo – ou outro – se interesse, primeiro do que os vizinhos, por essa nova fonte de riqueza loca.

 


quinta-feira, 10 de março de 2011

As (primeiras) maiores importadoras de 2011

 

O MDIC divulgou o primeiro ranking dos maiores importadores do Rio Grande do Norte. Em janeiro de 2011 a lista dos principais ficou assim:

 

Santa Clara – US 2.689.906

Tecidos Líder – US 1.893.864

Laminor – US 1.636.980

Ourofértil – US 778.193

Petrobras – US 702.132

Coats – US 658.629

Confecções Guararapes – US 507.168

Cimento Poty – US 454.686

UFRN – US 431.009

Coteminas – US 287.967

 

 

 

 

 

 


As (primeiras) maiores exportadoras de 2011

O MDIC divulgou o primeiro ranking dos maiores exportadores do Rio Grande do Norte. Em janeiro de 2011 os maiores negócios foram realizados por:

 

Usibrás – US 1.618.964

Bollo Brasil – US 1.371.707

A Ferreira – US 1.140.938

Coteminas – US 1.088.330

Petrobrás – US 1.072.713

Mata Fresca – US 973.906

Pesqueira Raymi – US 817.230

Ceras Potiguar – US 732.613

Salinor – US 724.275

Del Monte – US 685.831

 

 


Infraero: aeroporto de São Gonçalo do Amarante ganha destaque no relatório anual

 

A Infraero divulgou seu relatório de ações e resultados do ano de 2010 com um balanço geral de suas atividades e investimentos e alguns destaques em obras e projetos em andamento.

 

Um deles, logo no início do relatório é o nosso futuro aeroporto em (ou de ?) São Gonçalo do Amarante: "Avanços importantes foram registrados, com destaque para: obras de infraestrutura da pista do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante (RN)". Infelizmente, não vai mais adiante no detalhamento e cronograma das obras e do projeto local.

 

Em 2010 a Infraero investiu cerca de R$ 100 milhões em novos equipamentos para apoio nos diversos aeroportos, informa o relatório.

 

Quanto às obras do PAC, no nosso novo aeroporto consta do relatório: "Execução de terraplenagem, pavimentação, drenagem, sinalização horizontal e de obras de infraestrutura de sistema de auxílio e proteção ao voo do novo complexo aeroportuário em São Gonçalo do Amarante (RN)" – R$ 3.128 do PAC e R$ 32.023 do Ataero. Foi um dos maiores investimentos do PAC de todos os aeroportos nacionais.

 

Até o ano de 2014 o planejamento indica, somente em obras, cerca de R$ 9 bilhões dos quais R$ 5 bilhões concentrados nas cidades que receberão jogos da Copa do Mundo e, mais particularmente, no Rio de Janeiro, com as Olímpiadas.

 

E, de acordo com o documento oficial divulgado, a Infraero, que administra 97% do tráfego aéreo no País, tem fontes de renda que ultrapassam o simples critério de embarque-desembarque de passageiros ou frete de cargas nacionais e internacionais. Apesar dos R$ 871 milhões em taxas de embarque em 2010, que representaram 28% do faturamento global, destacam-se outras fontes de arrecadação:

 

# Locação de espaços comerciais (lojas, restaurantes etc): R$ 947 milhões (31% da receita anual)

# Locação de espaços publicitários (painéis, esteiras etc): R$ 74 milhões (cerca de 2,4% da receita total)

 

Infelizmente os números não foram detalhadas por aeroporto, para melhor conhecermos o nosso de Parnamirim. Mas é certo que a receita de espaços comerciais deve ser relativamente elevada tendo em vista os preços praticados pelos bares e restaurantes, mas também pela disponibilidade de áreas comerciais não locadas (o custo, provavelmente, elevado exige uma atividade empresarial de alta rentabilidade).

 

 


RN: importador de castanha de caju da Costa do Marfim?

 

A anunciada quebra de safra da castanha de caju para esse início de 2011 pode ter uma das medidas mitigadoras do impacto nas empresas de beneficiamento no Brasil: o Governo Federal acaba de autorizar a importação de castanha de caju da Costa do Marfim, um dos principais produtores mundiais da amêndoa (assim como o Brasil).

 

Para que as empresas possam trazer o produto daquele país africano é preciso cumprir rigorosamente algumas medidas de ordem fitossanitárias: certificação (pelo órgão controlador da Costa do Marfim) de fumigação do produto, ausência de resíduos de solo e/ou qualquer vegetal e a castanha deve estar acondicionada em sacarias de primeiro uso (novas).

 

A quebra da safra, apesar de tudo, não provocou os efeitos imaginados nas exportações do mês de janeiro (ainda é cedo também para avaliar, pois impacto maior deverá ser sentido a partir de fevereiro; na data de hoje o MDIC ainda não disponibilizou os dados de fevereiro). Em janeiro de 2011 o RN exportou cerca de 382,2 mil quilos com receita de US 2,7 milhões; em janeiro/2010 foram 482,4 mil quilos e vendas em torno de US 2,6 milhões. O preço médio, portanto, da amêndoa girou em torno de US 7,11 para janeiro de 2011 e US 5,30 no mesmo mês em 2010 e, em igual período de 2009, cerca de US 5,36 (o preço na exportação varia bastante entre a amêndoa inteira, por exemplo, e o farelo da castanha, que atende às necessidades da indústria de alimentos).

 

O fato é que entre 2011 e 2010, somente nos meses de janeiro, o aumento das exportações foi de 6,2% (no Ceará, maior exportador nacional, foi de 56,4% no mesmo período).

 

A esperar, portanto, a evolução nos próximos dias tanto das exportações brasileiras e do Rio Grande do Norte quanto das importações da Costa do Marfim e verificar o real impacto da quebra da safra. Enquanto isso, alguns dados:

 

 

  • Importações brasileiras da Costa do Marfim

Ano 2010 – Sem importação

Ano 2009 – US 1,2 milhão/1,8 mil toneladas

Ano 2008 – US 6,4 milhões/7,6 mil toneladas

Anos 2006/2007 – Não houve importações

 

  • Importações do Rio Grande do Norte

Ano 2010 – Sem importação

Ano 2009 – US 42.118/15.876 quilos (origem: não cadastrada)

Ano 2008 – US 378.370/489.013 quilos (origem: Nigéria)

Anos 2006/2007 – Não houve importações

 

 


quinta-feira, 3 de março de 2011

Professor da rede pública poderá ter abatimento no FIES

O Ministério da Educação regulamentou o abatimento do saldo devedor do FIES para aqueles que venham a se tornar professores da rede pública, qualquer que seja a esfera governamental. Mas, não se aplica indistintamente a todos os professores, pois o MEC concedeu esse benefícios somente àqueles da rede pública da chamada educação básica.

 

A regulamentação traz uma série de critérios e de condições para que o benefícios possa ser efetivamente usufruído, inclusive a validação o dos dados pelas Secretarias de Educação de cada Administração.

 

Mas, mais importante, é que deverá haver uma "solicitação expressa", ou seja, o direito não será automaticamente implantado. Precisará que o professor faça o requerimento formal e siga todos os procedimentos que ainda estão em fase de implantação quanto ao seu detalhamento.

 

Haverá, portanto, indispensável necessidade de divulgação para que todos os professores tomem conhecimento (uma sugestão aos poderes públicos: em todo edital de concurso para professor já deveria constar essa orientação, essa informação sobre o direito eventualmente conquistado).

 

No Rio Grande do Norte o FIES segue com sua parcela de inscritos mas, não há dados disponíveis por curso para que se possa estimar a abrangência do benefício (alunos graduados em cursos de licenciatura e sua compatibilidade com a demanda em concursos públicos no Estado).

 

 


terça-feira, 1 de março de 2011

Lojas Americanas no Praia Shopping: o (in)cômodo da mudança

As Lojas Americanas estão mudando de endereço em Natal: saindo do antigo shopping Orla Sul, inexistente, para o Praia Shopping; mas a previsão de chegada no novo endereço, anunciada "até o final do ano" de 2010, está com o cronograma atrasado.

 

As mudanças para a implantação da nova loja âncora se limitaram, até o momento, à mudança do salão de beleza e ao remanejamento da área do parque infantil (a CVC também?); a livraria ainda permanece no local, embora com o anúncio de sua nova localização, na entrada do cinema.

 

A mudança, do ponto de vista estratégico, é bastante cômoda e traz grandes vantagens para (quase) todos:

 

# Lojas Americanas – já estão com contrato vencido com a UnP  e estão pagando multa contratual mas; mas as vendas, com o público cativo dos alunos, são tão rentáveis  que "compensam" o paradeiro do sábado e sua baixíssima frequentação;

# Praia Shopping – a administração emplaca uma loja âncora (a última foi ainda do tempo de sua inauguração, o supermercado) e segue o princípio dos demais estabelecimentos do gênero, de oferecer um atrativo principal (bem que poderia ser o cinema, diante da precariedade e das crescentes reclamações do Cinemark...);

# Vizinhança – sobretudo dos imóveis mais próximos que, na falta de uma estrutura de atendimento maior por perto, terão, na nova loja, uma maior diversidade de produtos e preços mais vantajosos perto de casa, facilitando as chamadas pequenas compras;

# Turistas – que aproveitarão o passeio no shopping para comprar a água mineral, os biscoitos e lanchinhos para o hotel, competindo com o frigobar...

# UnP – recupera uma área nobre para novos espaços e projetos sem a necessidade de realocar salas ou buscar o aproveitamento de espaços antes utilizados como circulação (para 2011.1 novos espaços foram criados, já que as Lojas Americanas não se mudaram na data eserada).

 

Mas, há um certo incômodo nem tão expressado quanto a a contagem regressiva para a chegada das Lojas Americanas: a nova localização de estabelecimentos incomoda pela disposição do novo espaço e pela atratividade da localização anterior, com maior visibilidade do que a de um corredor, mais estreito. Há também uma inquietação da perda inicial da habitualidade, de que um novo local não atraia os clientes fiéis e tradicionais já acostumados com a formatação atual; e, aparentemente, a área nova, embora mais extensa, perde em profundidade e necessitará um novo lay-out, com possível perda de qualidade em sua ambientação já existente.

 

Salvo algum fato extraordinário, no entanto, a mudança é irreversível. Caberá ao Praia Shopping preparar uma  nova estratégia de marketing com a chegada do novo parceiro mas que, ao mesmo tempo, contemple as lojas já existentes que firmaram "parceria" (mesmo que seja meramente contratual, via aluguel) já há algum tempo e que fidelizaram muitos clientes para o shopping. Não se prestigia o parceiro "novo" em detrimento de um ... "menos novo".