Turista de luxo exige qualidade e
(quase) exclusividade: que produtos potiguares temos para oferecer? Os
comentários de hoje são sobre este assunto.
Turista de luxo exige qualidade e
(quase) exclusividade: que produtos potiguares temos para oferecer? Os
comentários de hoje são sobre este assunto.
Volto ao tema do travesseiro que
mencionei ontem reatando a experiência de um hotel (em Pipa) que pretendia
lançar um “cardápio de travesseiros”.
Vou utilizar um exemplo de uma
empresa francesa, algo mais fácil pois quando falamos de produtos de qualidade
e de exceção, há bons exemplos.
O que você diria de comprar um
travesseiro (com edredon) por algo em torno de R$ 15.000,00? Isto mesmo, quinze
mil reis ou se você preferir pagar em Euro, 1.900. Claro, trata-se de uma
edição especial, exclusiva para poucos que tem nome de série: Saint Germain e
foi produzido somente no ano passado. O que tem de especial? Além da marca, tem
como composição um edredon em tecido exclusivo com penas de ganso cinza,
“selecionadas em uma fazenda de tradição do sudoeste da França”. Além disto, o
travesseiro adapta-se à temperatura do corpo...
Luxo (também) é isto.
Mais “em conta” tem o travesseiro
composto por penas de ganso branco da Moldávia ou outra versão, com penas de
pato branco Sticky. Observe que os bichos têm origem, não é ganso de qualquer lugar
nem pato de qualquer tipo.
Preço? Bagatela de 450. Euros,
claro.
Na loja da empresa, claro, que
pode até mesmo bordar suas iniciais (mas, não se impressione, tem uma taxa
extra) ou em alguns hotéis do mundo. Nenhum no RN nem no Brasil. O “mais
perto”, Sofitel Lisboa. Mas, não é este travesseiro especial, é outra da mesma
empresa que você comprar por Euro 190.
Se você pensar em hotelaria de
luxo, sim. É nesta classificação, nesta divisão ou mais precisamente, neste
modelo de conceito que a hotelaria de luxo trabalha.
Nada impede que tenhamos no RN
algo parecido mas, temos ter produtos exclusivos globais tal como produtos
exclusivos locais.
Podemos oferecer cardápios de
exclusividade que poderiam compor os hotéis com foco no luxo. Pensei alguns
itens:
- bordados exclusivos do Seridó,
com temas discretos e regionais;
- cachaça artesanal, série
limitada, com produção diferenciada;
- charcuteria (salames) defumados
com ervas-plantas locais;
- flor de sal aromatizada com
combinações para os devidos acompanhamentos (frutas, carnes etc);
- mel de diferentes origens e
“sabores”;
E outras criações e ideias que
poderiam criar uma identidade e identificação regionalizada.
Turismo de luxo para turistas de
luxo e a baixa concorrência no mercado potiguar. Os comentários de hoje são
sobre este assunto.
Nem todo turista é igual, isto é
óbvio, não somente em função do tipo de hospedagem que escolhe como também do
tipo de programa que decide realizar na cidade. Isto sem falar no conceito de
turismo de negócios, aquela pessoa que vai participar de um evento, a trabalho,
e que nas horas livres resolve incorporar o papel de turista. Há várias formas
de classificar o turismo e o turista e os segmentos econômicos que deles
dependem sabem bem como direcionar sua propaganda e sua oferta de serviços.
Muito provavelmente não teremos
um albergue, no estilo modernizante da palavra, um hostel, participando de salões internacionais de turismo nem mesmo
anunciando em páginas de tradicionais gigantes do setor de reservas. Há foco e foco ou, há muitas formas de
segmentar.
Um dos segmentos é o turismo de
luxo. De luxo no sentido do valor necessário para desfrutar dos serviços oferecidos
pelo hotel como também da forma como é tratado. Estamos acostumados a ver na
tv-internet hotéis grandiosos, principalmente em Dubai e países vizinhos, que
ganharam notoriedade pelas extravagâncias nas decorações. Não deixa de ser,
também, um turismo de luxo, que se pauta pelo preço pouco acessível e, por
isto, ao excluir a possibilidade de acesso, torna-se quase exclusivo.
Não é incomum aprender que as
suítes principais (real, master,
presidencial etc) custam 10, 15, 20 mil dólares ou bem mais por uma noite em
verdadeiros apartamentos de 200, 300 ou mais metros quadrados.
Mas, há outro turismo de luxo. E
bastante apreciada por milionários que transferem a riqueza de geração para
geração, mantendo um patamar tão exclusivo que nós, mortais e comuns, sequer
conhecemos. São pessoas (ou famílias) que podem gastar 100 mil dólares em um
final de semana diferenciado, em uma ilha diferenciada ou em uma ocasião
diferenciada (celebrando casamento, contratos etc).
E o que os transforma tão
exclusivos estes turistas de luxo? A resposta é simples: eles podem repetir com
alguma frequência este programinha...
Chegamos perto. Ou talvez quase.
Temos aqui hotéis de luxo com valores bem elevados para uma diária ou um final
de semana. Nada comparável com Dubai ou outros hotéis de luxo em Paris, Nova
Iorque ou Genebra, mas é possível encontrar uma diária por mais de R$ 1,5 mil
(ou era, antes da pandemia e, acredito, da queda de preços desde então). As
poucas experiências que vi (não vivenciei, infelizmente) não pareciam
apresentar algo muito cinematográfico, embora fora do comum ou do tradicional
dos serviços ofertados no RN.
Alguns dos poucos exemplos que
conheço:
- Apartamento grande e completo
com piscina (grande) exclusiva e possibilidade de deslocamento via helicóptero
(mas não sei onde era a pista de pouso); e
- Apartamento-chalé completo,
incluindo banheira de hidromassagem na varanda do apartamento.
Nos tempos gloriosos do turismo e
dos investimentos de estrangeiros em Pipa fui à inauguração de um hotel
diferenciado para o padrão da época. Além de mito bem decorado, havia várias
opções de espaços entre os apartamentos e os chalés disponíveis, alguns deles
com direito a cozinha completa, toda equipada com as modernidades existentes.
Mas, o mais exclusive era a
questão dos travesseiros! Isto mesmo, o hotel oferecia um “cardápio de
travesseiros” para que o cliente escolhesse o tipo de tecido e a composição interna;
claro, em função da acomodação escolhida havia um adicional para mudar o
travesseiro.
Fiquei impressionado e até hoje
não vi algo parecido aqui no RN; em ouros hotéis é até possível encontrar esta
opção (amanhã comentarei mais), mas todos fora daqui.
Produtos “made in RN” teriam
oportunidade de alcançar novos mercados e consumidores potiguares?
Os comentários de hoje são sobre este assunto.
Faz um ano que as restrições de
deslocamentos começaram, voluntariamente, e depois as restrições formais. Uma das consequências
foi que o consumo doméstico aumentou bastante, afinal muitas pessoas começaram
a ficar bastante tempo em casa e uma das alternativas passou a ser uma maior
dedicação à culinária, gastronomia etc. Alguns engordaram e muitos descobriram
novos produtos para variar o cardápio do dia a dia.
Os restaurantes migraram, para
quem tem a arte de dominar os segredos da cozinha profissional para dentro de
casa. E como muita gente passou a almoçar e jantar todos os dias em casa,
variar a alimentação foi valorizado.
As compras de alimentos prontos,
lanches ou refeições, aumentaram sensivelmente. Muitos aprenderam a fazer o
pedido on line, utilizando-se de
aplicativos enquanto outros seguiram o método off line: telefonar para saber o cardápio do dia e fazer o pedido.
A compra de alimentos encontrou
muitos novos clientes.
Mas, as compras seguram o padrão
de novas velhas descobertas, ou seja, os pedidos foram mais direcionados para
aqueles estabelecimentos mais conhecidos. E curiosamente, a preferência foi por
pratos preparados. Acho que não percebi comentários sobre o aumento na venda,
por exemplo, de temperos, doces, queijos etc. E vi pouco sobre alimentos
regionais, marcas locais.
Teria sido ausência de
divulgação?
Esta teria sido, provavelmente, a
melhor oportunidade de aumentar o consumo de produtos regionais, made in RN. Temos muitas opções de
produtos geograficamente territoriais tão quanto gastronomicamente
classificados como gourmet ou para
utilizar um termo bem valorizado no RN, do terroir
(aqueles que têm uma característica bem regional).
Não temos associações de
produtores locais ou uma outra forma de organização estruturada que envolva
todos os produtos regionais. Mas temos algumas boas representações segmentadas
tais, sal (flor de sal), doces e biscoitos caseiros, pimenta, mel e, claro, sem
esquecer os queijos.
A lista pode ser ampliada, sem
dúvida: camarão, ostra, rapadura, licor, tapioca etc.
Conheça o RN, saboreie, aprecie e
coma o que foi feito aqui. Feito no RN, especialmente para quem é do RN. São
muitos produtos made in RN, melhor consumir sem exagerar...
na moderação.
UMA semana é o tempo que resta
para os supermercados venderem seus estoques de ovos de Páscoa. Este ano,
novamente, os supermercados reduziram muito seus espaços de vendas destes
chocolates e, pelos preços praticados, a queda no faturamento será elevada.
DOIS finais de semana é o tempo
que falta para encerrar o ciclo inicialmente previsto com maiores restrições às
atividades econômicas e ao deslocamento de pessoas no RN. A nova dúvida é se a
gravidade do contágio exigirá prorrogação desse prazo.
TRÊS meses foi o período definido
pelo Governo Federal para prorrogação do imposto do Simples Nacional a começar
a partir da competência de março que teria o vencimento em abril e agora, passa
para julho e agosto.
Mocó
tornou a fiação literalmente Famosa. Hoje, não mais. Conhecemos menos a Fiação
de Algodão Moco S/A-Famosa.
Os comentários de hoje são sobre
este assunto.
Hoje conhecemos a Agrícola
Famosa, a maior exportadora de melão do Brasil, com suas fazendas no Oeste do
Estado e sua sede comercial em Mossoró.
Mas, quem é das antigas, se
lembrará de outra Famosa, muito famosa, a Fiação de Algodão Mocó S/A-Famosa.
Funcionou durante anos em Parnamirim, já na saída da cidade para São José de
Mipibu, às margens da BR. Muita gente não conheceu a empresa funcionando mas,
muita gente viu o que restou dos prédios que, enquanto tinham outra ocupação,
não se transformaram em ruínas.
Esta Famosa está completando
bodas de prata. Não de atividade, claro, mas de paralisação. A última peça produzida
na indústria foi no distante ano de 1996.
Apesar de não estar mais em
atividade, seu CNPJ continua ativo, a sociedade anônima resiste ao tempo e,
como toda S/A, anualmente publica seu balanço. A Famosa publicou seus dados de
2020 ontem.
A Famosa foi consequência de uma
imigração, do italiano Guilherme Giorgi, que nasceu em 1877 e veio com a
família para o Brasil no ano de 1891, quando era apenas um adolescente, aos. Em
1911 criou sua primeira empresa industrial, migrando do comércio na capital
paulista para a Guilherme Giorgi & Cia. Começava aí o seu império
industrial.
Atualmente os negócios da família
Giorgi estão com a 3ª ou 4ª geração. As atividades diversificaram ao longo dos
anos, embora o foco inicial tenha sido a indústria têxtil (não sei se as outras
empresas familiais deste setor estão ainda atividade).
Um produto que nós conhecemos
aqui no RN e que tem vínculo com a família Giorgi é o sal. Mas, o investimento
não foi em salinas no Estado. A salina que produz o Sal Cisne é carioca, em
Cabo Frio. Nem todos os atuais sócios têm o sobrenome Giorgi mas, no que se
refere o número de diretores, são a maioria.
Aqui a Famosa continua seus
registros contábeis, ultimamente aumentando o prejuízo: em 2019 foi de R$ 104,7
mil e no ano de 2020 foi ainda maior, da ordem de R$ 1,1 milhão (decorrente dos
pagamentos de impostos e taxas além de despesas financeiras).
A conta continua salgada: prejuízo
acumulado já soma cerca de R$ 79,0 milhões.
A unidade fabril tem como
endereço atual um escritório ou sala comercial na av. Maia Lacerda Montenegro,
2990.
Já tivemos nosso ouro branco, o
algodão mocó, uma variedade bastante adaptada ao clima potiguar mas que não
resistiu à parceria do bicudo com a bicuda, quando estes besouros chegaram aqui
destruíram esta nossa riqueza.
Dos tempos áureos deste ouro de
cor branca ficaram muitos registros, muitas histórias. Muitos ciclos se
encerraram, um deles foi o da Fiação de Algodão Moco S/A-Famosa.
A pandemia do Covid-19 ampliou o
mercado de entregas, principalmente por motos; nunca a ideia do delivery esteve
tão presente.
. Os comentários de hoje são
sobre este assunto.
A pandemia Covid-19 tem produzido
alguns efeitos colaterais nos moldes do falso-positivo (mas, antes de
continuar, melhor prevenir em tempos de desconfiguração de mensagens: quaisquer
que sejam os efeitos positivos da pandemia Covid-19, estes não superarão os
efeitos negativos, principalmente para aqueles que perderam amigos e familiares).
Um dos efeitos colaterais foi a
uberização do serviço de motoqueiros: e a cada proibição de concentração e
abertura de bares e restaurantes, a demanda aumenta. Para quem está sendo
contratado e quem está contratando, não deixa de ter algum aspecto positivo,
gera renda. Uma renda precária, no entanto. Quem passou a contratar estes
serviços encontrou uma forma de girar a atividade empresarial e quem está sendo
contratado sabe que, passando os efeitos mais graves da pandemia, a demanda
cairá sensivelmente.
Todas as críticas foram apontadas
para os serviços Uber a ponto de significar, a uberização, sinônimo de trabalho
precário, de alternativa por falta de opção, de rendimento reduzido etc. Mas,
para quem investiu nesta opção, apesar de todas as críticas, a percepção era
maior quanto aos benefícios, afinal se a renda não era esperada, era pelo menos
uma renda. Quase o formato “’ruim com ele, pior sem ele”. Para outros, símbolo
da modernidade.
Uma modernidade que não demorou
para chegar em Natal e hoje é uma realidade 100% globalizada. A cada
manifestação contra o preço do combustível é impressionante ver a quantidade de
pessoas que compraram um carro para trabalhar com Uber ou seus concorrentes (caberia,
no mínimo, um estudo para saber quanto este segmento contribuiu com a indústria
automotiva).
Os motoboys sempre foram
criticados em São Paulo, a cidade com maior número de motoqueiros e, muito
certamente, com maior número de acidentes urbanos e maior número de
retrovisores quebrados. Impossível circular em São Paulo sem ter que prestar
atenção às motos.
Não estamos em Natal neste
modelo, nesta sobrecarga, nesta disputa pelas ruas. Mas, há uma saturação que
se aproxima sem uma solução ou alternativa nas avenidas principais.
Temos algumas avenidas com
trechos exclusivos para ônibus. São as principais avenidas e a faixa exclusiva,
embora pensada primordialmente para facilitar o deslocamento de pessoas em
transporte público, acaba beneficiando a todos no trânsito.
Será que não seria viável outra
inovação: faixas bi-exclusivas (se você preferir, faixas compartilhadas) para
ônibus e motos. Mais espaço para todos, menos acidentes provavelmente e mais
retrovisores preservados.
Se uberização é precarização,
mesmo com seus resultados positivos, quem sabe as faixas uberizadas também não
gerariam outros efeitos positivos?
A Mineração Tomaz Salustino S/A, de Currais
Novos, revelou seus números do ano de 2020, com um lucro de cerca de R$ 1
milhão. Os comentários de hoje são sobre este assunto.
Uma ideia de mina é sempre mais
apreciada do que a ideia da própria mineração talvez pelo ideal mais popular de
associar uma mina à riqueza, principalmente pelos anos de filmes roliudianos
que mostravam a exploração do Oeste norte-americano e o ouro abundante (pelo
menos nos filmes).
Com o passar dos anos e
principalmente com o passar dos desastres ambientais na exploração mineral,
perdeu-se bastante a ideia da riqueza dissociada do risco humano. De vez em
quando escutamos notícias de mineiros que morreram soterrados em desabamentos
subterrâneos, o exemplo do Chile com o resgate de 33 mineiros, em 2010, foi uma
daquelas exceções na lista temática destes dramas mas, que não atenuou a imagem
do risco. Mais recentemente a tragédia de Brumadinho mostrou que mesmo fora da
área de exploração direta há riscos às vezes imensos tanto quanto intensos.
Apesar de tudo, basta saber da
cotação do ouro (aliás, em alta já há mais de um ano) que reacende o binômio
mina e riqueza;
Mas, e quando a mina não é de
ouro? E quando a mina é de um material que pouca gente conhece, que pouca
gentes já viu de perto, ou que poucos tocaram no minério ou conhecem
efetivamente suas aplicações?
Fica mais difícil, por exemplo,
para o caso da scheelita (ou tungstênio), exceto se você interage com o Seridó.
E mais ainda se o sobrenome Salustino parece familiar.
Vou usar (adaptada-adequada) uma
cola com a descrição da Mineração Tomaz Salustino tal como ela se apesenta na
internet com sua mina, a Brejuí.
- “localizada no município de Currais
Novos”;
- “considerada a maior mina de scheelita
da América do Sul”;
- “iniciou a exploração de suas
atividades em 1943, data da descoberta do minério em nosso município”;
- “em 1954, a mina Brejuí foi
constituída empresa com o nome de Mineração Tomaz Salustino S/A”; e
- “sendo concessionário o
Desembargador Tomaz Salustino Gomes de Melo”.
Outras pessoas também conhecem
aquele local quando circulam pelas estradas do Seridó e muitos estudantes
devem, provavelmente, conhecer o museu mantido pela empresa. Alguns turistas,
mais curiosos, que entraram na área da mina devem ter conhecido o museu e, com
mais um pouco de sorte, devem ter feito uma visita em uma das galerias (que
aliás, se ainda persiste este roteiro, indico: vale a pena!).
A Mineração Tomaz Salustino S/A
publicou semana passada seu balanço referente ao ano de 2020. Não consegui
localizar a publicação do balanço referente a 2019 e como os dados atuais não
demonstram a evolução contábil, não tenho como fazer comparações. Apenas
algumas constatações:
- A atividade foi lucrativa em
2020, um “resultado líquido do exercício” de R$ 924,5 mil;
- A receita líquida é elevada, R$
11,8 milhões no ano passado;
- Houve distribuição de
dividendos aos sócios, da ordem de R$ 674,4 mil; e
- O capital social é de R$
9.915.000,00 divididos em 1.650.00 ações ordinárias.
A Tomaz Salustino, como é mais
conhecida, é uma sociedade anônima de capital fechado, ou seja, suas ações não
estão cotadas no Ibovespa e isto significa que não há especulação sobre o preço
das ações que devem, se for o caso, ser negociadas entre os seus acionistas (se
não houver interessados no grupo de proprietários é que seria ofertado ao
público externo).
A empresa parece ser lucrativa,
tudo indica pelos números de 2020 e pelo valor do “saldo de lucros e prejuízos
acumulados” que demonstra ter ocorrido lucro em 2019 mas, aparentemente em bem
menor volume do que no ano passado.
Um lucro líquido de cerca de R$ 1
milhão ao ano, mais exatamente cerca de R$ 77 mil por mês, não faz grandes
fortunas se há vários sócios ou vários grupos familiares com ações; mas, não
deixa de ser positivo.
Aliás, é o que se espera de uma
mina, incluindo aquelas de scheelita.
Yes, nós temos tungstênio e nós
exportamos (é o maior mercado comprador). As exportações foram do RN e,
portanto, não há como afirmar que foram todas operações da Tomaz Salustino mas,
deve ter sido o principal exportador:
- em 2020, US 3,3 milhões;
- em 2019, US 2,9 milhões;
- em 2018, US 3,8 milhões;
- entre 2015 e 2017, US 9,4
milhões; e
- em 2014, US 10,6 milhões!!
Mas, estes números são novos Em
outros anos, a crise na exportação foi muito impactante:
- em 2006, US 652.752;
- em 2005, US 108.000;
- em 2004, US 69.797;
- em 2003, US 13.460; e
- em 2001, US 140.548.
Não esqueci o ano de 2002, não:
simplesmente não houve registro de exportação.
O Proedi é o melhor programa de
redução de custos que uma indústria no RN pode aproveitar. Criado sob o nome
Proadi, foi modernizado recentemente e beneficia mais de uma centena de
empresas. A Mineração Tomaz Salustino S/A é uma delas, já há algum tempo assegurando
sua atividade com este capital de giro indireto (não é injeção de recursos mas,
com a redução de mais de 75% do ICMS devido mensalmente, transforma-se em
verdadeiro capital de giro indireto: menos demanda de recursos para pagamento
ao longo do mês). Não tenho ideia do montante do incentivo recebido pela
empresa em mais de uma década mas, suficiente para valorizar o empresariado
local e manter as atividades empresariais no Estado. Atualmente, com a mudança
do Proadi para o Proedi o incentivo aumentou, a redução do ICMS passou de 75%
para 85% (em outras palavras, 10% por mês, no final do ano quase seriam um “13º”
no faturamento).
O ano de 2020 foi de crise e 2021
continua nesta mesma perspectiva. Acho que sem Proedi o caixa da empresa seria
mais exigido e comprometeria, no mínimo, o lucro. Por isto, e com o diminuição
do ICMS devido, o Proedi será bem importante no pagamento dos dividendos
(também chamado de lucro dos proprietários-aconistas).
Morar em uma cidade com praia é
um privilégio estadual, nacional e global; quem não tem é saudoso, quem tem nem
sempre saúda a tal paisagem como merecia. Os comentários de hoje são sobre este
assunto.
Várias capitais brasileiras e
outras média-grandes cidades têm uma praia no meio de sua área urbana. É claro
que não se trata de uma centralidade meramente georeferenciada, a praia não
está literalmente no meio da cidade, mas exerce uma outra centralidade que faz
do trecho litorâneo um dos aspectos de maior relevância na vida dos cidadãos e,
durante os finais de semana e feriados, um dos locais de maior concentração de
pessoas. Daí o conceito de uma praia no meio da cidade.
Embora sua importância seja
notória e reconhecida mesmo para aqueles que não a frequentam, algumas vezes
vemos que as políticas públicas e privadas em benefício da ocupação das praias
sejam meras paisagens durante o período eleitoral e pouco esteja intensamente enquanto
objeto de ações ou até mesmo de proteções. A centralidade parece até ser
exclusivamente temporal, em outras palavras, quando tem sol e dá para ir para a
praia, todos se lembram dela, criticam, propõe soluções, encontram culpados etc
mas, passado o tempo do sol e a faixa de areia desocupando, voltamos a esquecer
da praia.
Nem toda orla é urbana visto que
o próprio conceito das praias no nosso imaginário e de todos os turistas é que
também é muito bonito e aprazível ter uma praia selvagem (como diriam os
franceses). Mas, não se trata de uma praia com selvageria, claro, mas a simples
ideia de que a paisagem a prevalecer esteja na faixa e areia, nas pedras, na
falésia e no próprio mar. Por isto, exemplificando, ninguém se preocupa em
exigir que os 410km do litoral potiguar tenha calçadão e iluminação pública,
além de estacionamento, quiosques etc. Queremos – todos – praias em dois
modelos, aquela urbana e que está no “meio” da cidade e aquela mais disponível,
desacompanhada de uma pista de asfalto ao longo e ao lado da faixa de areia.
Este tipo de praia, selvagem, tem muitos defensores de não-urbanização, um
ideal que remete ao século XV quando as praias brasileiras eram, no sentido
mais literal da palavra, selvagens.
Mas, não é assim que vivemos nas
cidades.
Se a praia está no meio da
cidade, ela é uma área urbana. E, portanto, deve ser toda urbanizada. Espero
que não seja entendido como criar calçados no lugar da areia... Mas deve ser
entendido o conceito como um espaço que ofereça as mesmas condições que
gostamos de apreciar deste lado da faixa de areia: vias de acesso adequadas,
iluminação, limpeza, segurança pública, facilidade de abordagem, oferta de
serviços e, sempre muito importante, beleza. A beleza deve ser natural em um
grande espaço da praia, preservando a beleza da paisagem que a natureza oferece
mas, a beleza arquitetônica deve ser tão importante ou mais, afinal ninguém
gosta de circular por ruas sujas, com esgotos a céu aberto, prédios e casas
caindo aos pedaços, ruas escuras etc. Esta beleza – que é artificial – é
concebida pela criatividade humana que consegue transformar a realidade urbana
em algo intangível mas absolutamente essencial: todo mundo quer uma cidade
bonita, pelo menos seu bairro bonito e, na pior das hipóteses, pelo menos sua
rua bonita.
Não vamos acreditar que uma praia
bonita é plantar coqueiros (que, aliás, nem é nativo do Brasil e acaba derrubando
alguns discursos muito radicais da proteção à natureza “como ela é”). Também
pode ser, mas é ainda mais: areia limpa, serviços adequados e regulados etc (em
alguns países há o “luxo” e chuveiros no calçadão, sair do banho e tirar o sal
do mar e a areia que fica grudada; no Rio de janeiro este serviço às vezes é
particular, alguns barraqueiros alugam... a mangueira com água).
Em tese, diz a Lei brasileira, as
praias são públicas. Em outros países, como a França, as praias podem ser
totalmente privatizadas, basta ter uma atividade turística (em geral, um
hotel), seguir as normas, pagar pelo direito de uso e pronto, o acesso à faixa
de areia é exclusivo e pode ser impedido; tudo conforme a Lei.
Aqui temos algumas praias
privadas, pelo menos no conceito nosso de privatização: você tenta se instalar
em algum pedacinho e logo vem um barraqueiro dizendo que ali não pode; isto
quando você nem consegue tentar se instalar no local, ele já chegou antes de
você e/ou deixou as barracas e os locais marcados. E se acha no direito de
barrar não seu acesso, você pode passar ali, mas não poderá ficar, trazer sua
cadeira e tentar aproveitar a praia. Será barrado, não como na praia da França
com o auxílio da força policial, mas com o auxilio da força bruta mesmo!
Algumas praias estão praticamente
todas dominadas. Lamentavelmente.
Natal tem a sua Praia do Meio e
sua Praia de Ponta Negra, cada uma delas com perfil de público diferente, sem
esquecer das duas Praias da Redinha, a do lado do rio e do lado do mar. Todas
estão em áreas 100% urbanas, ainda que não estejam totalmente urbanizadas
seguindo o conceito de que uma urbanização não é a ocupação humana por
residências, mas seu ideal, aquele de oferta de bons serviços a todos,
inclusive quem frequenta tais praias.
Uma urbanização melhoraria o
perfil da cidade e melhoraria a imagem de nossos visitantes, os turistas de
quem tanto enaltecemos sua importância econômica mas, para quem não oferecemos
as melhores condições de frequentar as praias (em praticamente todo o litoral).
O desafio aqui – e em todo o
Brasil – é intenso.
Melhoraria a autoestima da
população local, sobretudo para quem a praia está justamente no meio das
semanas de trabalho, entre uma e outra, uma opção de lazer em um final e semana
aproveitando o privilégio que temos (e que no Estado, País ou no Mundo é para
poucos, ter praia no seu caminho).
O Codif-tour já começou no mundo,
inaugurado oficialmente pelos Emirados Árabes Unidos e Cuba e,
extraoficialmente, pela Rússia. A ideia é bastante “simples": você pode
comprar um pacote turístico para um destes destinos e, além de passear e se
divertir nas praias ou hotéis, os organizadores garantem a aplicação das duas
doses de vacina.
Mas, há diferenças entre Cuba e
os Emirados, destinos em que agências de turismo europeias já estão com pacote.
Para Cuba o voo é regular, não há definição exclusiva de empresa aérea mas, o
pacote local é definido pelo governo local. Já para os Emirados o voo é em
jatinho, nada de voo comercial ou avião de carreira e, claro, o hotel segue o
mesmo estilo, alto luxo.
Um tem preços relativamente
acessíveis enquanto o outro os preços são raramente acessíveis a todos.
Se estão no mercado, há demanda.
Não se sabe – ainda – se haverá publicidade com os clientes, os turistivids, os
turistas do Covid.
Penso que dificilmente chegará
este pacote no Brasil. Quero dizer, nestes moldes internacionais, praia, hotel
passeios e vacinas. E isto por alguns motivos. O primeiro deles não seria a
ausência de vacina pelo setor privado pois alguém será criativo o suficiente
para importar, além do cliente, a vacina para aplicar aqui; se o primeiro será
importado legalmente, com seu passaporte, nada pode ser garantido para a
“importação da vacina”. O segundo, e talvez o principal, é a credibilidade,
alguns turistas ficarão receosos com a proposta, principalmente depois dos
episódios das “vacinas de vento” (que aliás, estatisticamente foi muito
irrisório e, salvo exceção, acredito muito mais um erro humano do que um desvio
de conduta).
Cuba e Emirados têm
credibilidades diferentes. No primeiro caso, o Estado controla tudo e todos, no
segundo caso, o dinheiro permite (quase) tudo para (quase) todos. São aspectos
diferentes e, são justamente estas diferenças que servem de propaganda na
escolha do cliente.
Se a moda “pegar” no Brasil, não
haveria razão para não chegar aqui. Mas, acho pouco provável em função do
contexto nacional que mencionei como também das condições locais de isolamento:
como receber muita gente para ficar sem poder circular pelas praias e, principalmente,
sem poder sair para um barzinho a noite? Já imaginou o “desespero” deste
turista se ele escolher Pipa e não puder circular em nenhum lugar?? Não tenho
dúvidas que daria uma escapadinha e teríamos dois possíveis resultados: poderia
contaminar alguém ou poderia ser contaminado e, neste caso, “condenaria” o seu
Covid-tour...
Alguém ainda vai propor esta
ideia. E se não for o resort dedicado exclusivamente para o Covid-tour, alguém
ainda pensará em transformar a pousada ou o hotel em um resort, mesmo
temporariamente.
E alguma mente muito criativa
será capaz de criar uma campanha de marketing: “Covid-tour all inclusive”!
Nesta sexta-feira os comentários serão
sobre cartórios.
Esta é uma questão que no
imaginário popular terá como resposta “muito”, afinal paga-se tudo em um
cartório mesmo o simples carimbo de “confere com o original”. Esta é uma tarifa
fixa, pequena, mas há outras que pesam muito no bolso do cidadão,
principalmente quando se trata de uma transferência de imóvel; ente escritura e
registro, melhor preparar o bolso.
Mas, ganham muito os donos de
cartório?
Alguns sim, mas são poucos os que
ficam “ricos”. Outros cartórios, com menor movimento e pouca receita, podem até
mesmo gerar algum prejuízo ou ficar no limite receita-despesa. Por tratar-se de
uma função pública, há uma compensação entre os cartórios que garante uma renda
mínima, variável em cada Estado.
Aqui no RN a menor remuneração é
de R$ 3.748,00. Tentador?
Se você tivesse que escolher,
preferiria um cartório em Viçosa ou em Tibau do Sul? Se você acompanhou apenas
um indicador, a quantidade de casamentos, a resposta é evidente. E se você
imaginar a quantidade de imóveis registrados na cidade litorânea e a troca de
propriedade entre pousadas, hotéis, restaurantes etc, acho que ninguém teria
dificuldade de opção. Pelo menos eu não teria dúvida alguma!
Cada Estado tem sua tabela. Para
o RN selecionei alguns exemplos:
- Casamento civil e religioso com
efeito civil (habilitação. publicação de edital. lavratura do termo e 1ª
certidão): R$ 349,00.
Se você perdeu sua certidão de
casamento, simples, você pode solicitar:
- Certidão de nascimento. de
solteiro. de casamento. de óbito com ou sem averbação. inclusive buscas: R$
86,74.
Se o casamento não deu certo...
- Averbação de: divórcio
separação retificação restauração suprimento (...) inclusive certidão: R$
160,64.
E se você tem alguma dúvida sobre
seu pretendente, muita conversa e pouco documento, aproveite:
- Certidão negativa de registro
de nascimento. óbito e casamento: R$ 81,67.
Obs: este é a menor despesa do
casamento por isto, não se preocupe muito com os cartórios...
Nesta quinta-feira os comentários
serão sobre as épocas (e outras ideias) de casamento no RN.
Natal
e Mossoró têm uma coincidência quanto à data de casamentos em cartórios:
janeiro, outubro e dezembro são os meses mais importantes e representaram 37,4%
e 39,3% do total, respectivamente, em 2020.
Em
Caicó os três meses são os últimos do ano e representam 58,0% do total
(curiosamente, nenhum casamento em janeiro), em 2020.
Em
Currais Novos há dois empates, janeiro e setembro liderando e logo em seguida
novembro e dezembro em seguida; assim, estes 4 meses representaram 58,7% do
total em 2020.
No
Seridó, pelo menos para as duas maiores cidades, o mês de Sant’Ana e as
festividades locais não são meses para casamento: em 2020 foram 10 no mês de
julho em Currais Novos e apenas 7 em Caicó.
Maio
é o mês do casamento, ouvi algumas vezes esta afirmação. Hoje eu corrigiria: já
foi o mês dos casamentos! Pelo menos nos cartórios.
No
RN os meses com maior registro de casamentos foram (ordem decrescente):
-
em 2020: dezembro (1.329), novembro e janeiro
-
em 2019: dezembro (1.575), novembro e outubro
-
em 2018: dezembro (1.392), novembro e junho
E
os meses com menor número de casamentos foram (em ordem crescente):
-
em 2020: junho (305), abril e maio
-
em 2019: março (697), abril e fevereiro
-
em 2018: fevereiro (685), abril e agosto
Maio
pode até ser o mês mais “ideal” para o casamento, mas o 13º salário é em
dezembro.
De
acordo com o portal que reúne os dados de cartórios do Brasil, entre 2015 e
2020 foram 59.031 casamentos no RN.
Considerando
a hipótese que tenham sido apenas casamento entre 2 pessoas (na hipótese de não
ter tido nenhum registro de “poliamor” potiguar), foram 118.062 vezes repetidas
a resposta “sim”.
Como
somos pouco mais de 3,5 milhões de habitantes no Estado, nestes últimos anos
pelo menos 3,3% da nossa população resolveu (ou decidiu) se casar. Parece que a
ideia de casamento não está tão fora de moda assim ou, como diriam alguns
organizadores este evento, continua “on”...
Nesta quarta-feira os comentários serão sobre casamentos no RN.
Foram 8.566 em 2020, 11.927 em 2019, 11.024 em 2018 e 12.147 em 2017, os casamentos registrados pelos cartórios do RN.
A queda em 2020 é consequência da pandemia Covid-19 que se revelam em dois fatos: pessoas saindo menos acabam se encontrando menos... quem estava com casamento pré-agendado deve ter adiado por mais alguns meses, seja para garantir a saúde do casal seja para poder fazer a desejada (e às vezes merecida) festa.
Quem casa, quer casa, diz o ditado popular. Assim, se isto ainda é uma verdade, a demanda por habitação cresceu nas seguintes cidades (os números são os casamentos em 2020, 2019, 2018 e 2017, respectivamente):
- Natal (2.337 / 2.860 / 2.946 / 3.606)
- Parnamirim (1.260 / 1.815 / 1.668 / 1.895)
- Mossoró (904 / 1.415 / 1.544 / 1.684)
- Ceará-Mirim (253 / 305 / 257 / 567)
- São Gonçalo do Amarante (243 / 523 / 413 / 418)
- Macaíba (232 / 368 / 292 / 446)
- Açu (173 / 299 / 208 / 326)
- Extremoz (151 / 214 / 84 / sem registro)Várias cidades não aparecem com registros de casamento e o sistema de informações dos cartórios do Brasil não esclarece se não houve casamento ou se os cartórios não informaram os dados existentes. Assim, a lista abaixo é das cidades com registro, aquelas que tiveram menos de 5 casamentos por ano:
- em 2020: Macau e São José do Seridó (4); Pedra Preta, Santana do Seridó e São João do Sabugi (3); Monte das Gameleiras, Patu e São Francisco do Oeste (2); e Cerro Corá, Major Sales, Passagem, Rafael Fernandes e Viçosa (1)
- em 2019: Pilões e Ruy Barbosa (4); Santana do Seridó (3); Barcelona, Patu, São José do Seridó e São Rafael (2); e Jardim de Angicos e Viçosa (1)
- em 2018: Lucrécia e Monte Alegre (4); Florânia, Jardim de Angicos, Lajes, São Rafael e Taboleiro Grande (3); e João Dias e Viçosa (1).
Notou que em Viçosa tem 1 casamento por ano no cartório? Considerando o fato numérico, além da festa do casal, familiares e amigos, deve ser data marcante para o cartório da cidade! O "desafio" é manter, no mínimo, a média neste ano difícil para todos.
57 cidades e nenhum casamento em cartório no ano de 2020. Pandemia, crise ou união estável, qual seria o motivo desta ausência? Ou seria tudo isto reunido?!
Onde foi, ou melhor, onde não teve casório em cartório? Veja a lista: Afonso Bezerra, Água Nova, Alexandria, Almino Afonso, Alto do Rodrigues, Barcelona, Boa Saúde, Bodó, Brejinho, Caiçara do Norte, Campo Redondo, Carnaúba dos Dantas, Coronel Ezequiel, Doutor Severiano, Encanto, Felipe Guerra, Fernando Pedroza, Francisco Dantas, Galinhos, Guamaré, Ipanguaçu, Ipueira, Janduís, Japi, Jardim de Angicos, João Dias, Jundiá, Lagoa d'Anta, Lagoa de Velhos, Lagoa Salgada, Lajes, Lajes Pintadas, Messias Targino, Montanhas, Monte das Gameleiras, Olho-d'Água do Borges, Ouro Branco, Paraná, Paraú, Pau dos Ferros, Pedro Avelino, Poço Branco, Porto do Mangue, Pureza, Riacho da Cruz, Riacho de Santana, Rodolfo Fernandes, Santo Antônio, São Fernando, Serrinha. Tibau do Sul, Timbaúba dos Batistas, Triunfo Potiguar, Umarizal, Várzea, Venha-Ver e Vera Cruz.
Ainda não são nos 1n67 cartórios mas já foram 97. Até agora. Em janeiro, 1.031 casamentos e em fevereiro, 877 casamentos no RN. Em março, mês 3, coincidentemente, 333 casamentos já registrados (a pesquisa foi realizada no sábado, dia 13).
Em Natal, 100 casamentos neste mês, ou seja, em média 10 casamentos por dia. Agenda cheia!
Nesta terça-feira os comentários serão
os principais nomes femininos registrados no RN.
Os nomes masculinos mais escolhidos no RN em 2020
foram João Miguel e Enzo Gabriel. Aliás, estes dois nomes se revezaram entre
2017 e 2020 dentre as escolhas potiguares:
- em 2020: João Miguel (345), Enzo Gabriel (316),
Heitor (225), Miguel (198) e Arthur (192)
- em 2019: João Miguel (356), Enzo Gabriel (299),
João Guilherme (186), João Gabriel (153) e João Pedro (138)
- em 2018: João Miguel (430), Enzo Gabriel (344),
João Gabriel (177), Pedro Henrique (156) e Davi Lucas (141)
- em 2017: Enzo Gabriel (139), João Miguel (132),
Pedro Henrique (83), Miguel (72) e João Guilherme (71)
Se nos nomes
femininos Maria fez um sucesso maior, nos masculinos José não teve o mesmo
predomínio, que ficou com João; mas, um outro João, o João Miguel.
A gente observa que
há uma maior diversidade entre os principais nomes: são 11 nomes diferentes e
nenhum José na lista. Os nomes religiosos estão até bem presentes mas, há
inovações: Enzo, Guilherme ou Henrique. Na lista dos nomes masculinos mais
registrados entre 2017 e 2020 no RN, as principais escolhas foram (além dos já
mencionados):
- Bernardo, Davi,
Gabriel, Gael, João Lucas, Lucas Gabriel, Luiz Miguel, Pedro Lucas, Samuel e
Theo.
Enzo foi o nome
brasileiro mais registrado entre 2010 e 2020 e, provavelmente, mais em
homenagem a Enzo Celulari do que homenagem a Enzo Ferrari; aliás, curiosamente,
nem um nem outro tinha Gabriel.
Os
nomes masculinos no RN têm numa predileção por serem compostos; veja:
-
em 2020: 4 eram compostos e 9 simples
-
em 2019: 11 eram compostos e nenhum simples
-
em 2018: 9 eram compostos e 2 simples
-
em 2017: 10 eram compostos e 3 simples
Um
pouco diferente das escolhas dos prenomes femininos.
Qual
o nome masculino diferente – se comparada a grafia com os demais indicados
(nada mais do que isto) – no RN apareceu com maior relevância em 2019? 79
crianças foram registradas com Anthony Gabriel. Onde poderão encontrar mais
facilmente (questão de probabilidade) seus xarás?
-21
em Mossoró
-
16 em Natal
-
5 em Parnamirim
-
3 em Ceará-Mirim, Macaíba e em Nísia Floresta
-
2 em Caicó
Os
outros 26 estão distribuídos em outras cidades.
Segundo
o Dicionário que já mencionei, “Anthony Gabriel é um lindo nome composto
masculino que possui um significado que reflete espiritualidade e valor. Ele é
formado por um nome de origem inglesa e outro de origem hebraica” e significa
“homem valioso de Deus”.
Nesta segunda-feira os comentários
serão os principais nomes femininos registrados no RN.
Se você teve uma filha em 2020 e escolheu entre Maria Cecília,
Maria Helena ou Maria Júlia, elas terão uma maior probabilidade de encontrar-se
com outras Maria Cecília, Maria Helena ou Maria Júlia com a mesma idade. É que
estes são os 3 nomes femininos mais registrados no RN no ano passado. Veja as
principais escolhas dos pais (entre parêntesis a quantidade de nomes
registrados):
- Em 2020: Maria Cecília (288), Maria Helena (254), Maria Júlia
(240), Maria Alice (193) e Maria Clara (193)
- Em 2019: Maria Cecília (306), Maria Júlia (234), Maria Helena (227),
Maria Alice (176) e Maria Clara (167)
- Em 2018: Maria Cecília (364), Maria Clara (273), Maria Júlia
(238), Maria Helena (233) e Maria Alice (193)
- Em 2017: Maria Cecília (115), Maria Luiza (88), Maria Júlia
(86), Maria Clara (85) e Maria Valentina (79)
A lista dos 5 nomes femininos mais escolhidos nos
últimos 4 anos mostra uma coincidência sobre o primeiro nome: todas são Maria,
embora todas tenham um segundo prenome.
Seria ainda marca tradicional brasileira de fazer
referência à religiosidade e, de forma mais comum, adotar a prática de uma
homenagem? Ou apenas a popularização de Maria, agora acompanhada de um outro
complemento que encontra menos respaldo nas referências religiosas? Alice,
Cecília, Clara, Helena, Júlia e Valentina são nomes mais “modernos”.
Curioso é ver que nestes 4 anos Maria Cecília
dominou os registros em cartórios do RN. Não sou dos mais adeptos de novelas
nem programas de auditório ou mesmo reality
shows, por isto não saberia explicar a escolha do Cecília para acompanhar
Maria. Mas, se há alguma referência à alguma pessoa ou à alguma personagem, o
nome colou pois foi o mais escolhido durante 4 anos.
Nesta lista a exceção ficou por conta de Maria
Valentina. Fui pesquisar.
Para quem gosta de pesquisar a origem de alguns
nomes, consultei o Dicionário de nomes próprios (on line) que nos informa: “É
um nome muito popular na Rússia, que tem como uma das personalidades mais
conhecidas a primeira mulher a visitar o espaço, a cosmonauta Valentina
Tereshkova” e também que significa “valente”, “forte”, “vigorosa”, “cheia de saúde”
e ainda, que o nome Valentina “é a variante feminina de Valentim, Valentino, o
qual tem origem no nome do latim Valentinus.”
Obs: qual a referência potiguar para Maria
Valentina?
Os prenomes (para contrapor ao chamado nome de família) podem ser
simples ou compostos. Como vimos, para as meninas prevaleceram os nomes
compostos. Dentre os nomes simples praticados no RN temos:
- em 2020: Laura (135) e Alice (125)
- em 2017 a 2019: não houve nenhum entre os 10 mais escolhidos
Além das escolhas já mencionadas, tivemos também:
- Ana Beatriz, Ana Cecília, Ana Júlia, Ana Laura, Ana Lívia, Ana
Sophia, Maria Eduarda, Maria Laura, Maria Sophia e Maria Vitória.
Ana e Maria estão majoritariamente presentes.
Ana foi a mãe de Maria (por sinal, no dia de
Sant’Ana é comemorado no Brasil o Dia da Avó – também do avô). Será que as
escolhas obedeceram à algum inconsciente coletivo religioso? No mínimo,
certamente, é resultado da tradição católica de 500 anos no/do Brasil.
Como vimos para os principais nomes femininos registrados em 2017
e 2020 no RN não aparecem nomes menos comuns, nem mesmo nomes com grafias
diferenciadas. A tradição, pelo menos para a lista trazida, foi do português
clássico.
Registre-se apenas duas exceções, ambas em 2017: Ana Sophia e
Maria Sophia. O “ph” não torna o nome tão diferente, apenas destaca-se em
relação aos demais que aqui foram apresentados. O sistema do portal dos
cartórios brasileiros não permite o acesso a todos os nomes, por isto ficamos
sem muitas eventuais outras variações na escrita para apresentar.
Obs: não existe nome próprio “certo” ou “errado”,
independentemente da grafia; nomes próprios são autônomos, sejam clássicos ou
inovadores.
Os textos desta semana serão
sobre cartórios, casamentos e nomes mais comuns no RN. Dentre os temas:
- Onde casa-se mais
- Onde casa-se menos
- Quando casa-se mais
- Os nomes masculinos mais comuns
- Os nomes femininos mais comuns
- Cartórios
E não estou falando do preço do combustível! Há 3 dias o Senado aprovou um projeto de lei que permite o pedágio proporcional, por km rodado. Não temos pedágio no RN e acho, particularmente, demorará algum bom empo para que tal realidade aqui se instale, não por falta de interessados em explorar esta atividade econômica, mas em razão da baixa aceitação popular e, principalmente, da renda local. Estradas com pedágio são bonitas (a foto abaixo é de uma "praça de pedágio" na BR-101, em Santa Catarina) e boas, efetivamente. Mas, caras (imagem: Estradas.com.br).
E neste caso, a motorista tanto quanto o motorista (ou ao contrário, se você preferir). Cada vez que a frota de veículos aumenta no RN aumenta a receita do Detran-RN. Isto é bom! Mas, também aumentam as demandas por atendimento, regulamentação, controle etc. Isto é um desafio constante. Isto – também – é bom! (imagem: Detran-RN)
Esta é uma foto de Mossoró. Quem conhece o centro da cidade sabe que em alguns trechos a foto não ilustra bem a realidade: a disputa de espaço entre carros e motos é grande e, em alguns trechos, melhor nem tentar estacionar o carro, já estará tudo ocupado por motos. Talvez seja a cidade onde o estacionamento na área central seja o mais disputado. Mas, como em todas as cidades, a disputa é algumas vezes intensa, desafiando as leis da física, dentre elas a de manter em um mesmo espaço, ao mesmo tempo, uma moto e um retrovisor de carro (imagem: defato.com).