terça-feira, 27 de outubro de 2009

DIA MUNDIAL DO MACARRÃO. IMPORTAÇÕES (DE TRIGO) EM ALTA NO RIO GRANDE DO NORTE

            Dia 25 (domingo) foi comemorado o Dia mundial do macarrão, festejado desde 1995 e que, no Brasil, merecia uma maior promoção, visto que somos o terceiro maior consumidor mundial deste produto!

 

            E no Rio Grande do Norte, além da gastronomia, a indústria deve ter maior número de razões para comemorações, afinal as importações de trigo serão superiores às registradas nos últimos dois anos. Em 2009, até o mês de setembro, já foram importadas 82,1 mil toneladas, contra 74,5 mil toneladas em 2008 – com aumento de 10,2% – e 63,8 mil toneladas em 2007 – com aumento de 28,8%  (e, até agora, já quase alcançamos a totalidade de das importações do biênio anterior: 91,5 e 90,4 mil toneladas em 2008 e 2007, respectivamente).

 

            Curioso é que, se somente analisarmos os valores, em dólar, nas importações, teríamos a impressão de queda no ritmo de produção no Rio Grande do Norte quando, na verdade, é justamente o oposto que está acontecendo; e isto deve-se, necessariamente, à valorização do Real e, portanto, um custo menor de aquisição de produtos (leia-se insumos) do exterior. Essa é a face positiva da valorização da moeda nacional: insumos que não são produzidos no Brasil mas que precisam ser importados passam a ter um custo bem menor na produção e, ao serem aqui industrializados, geram, além do valor agregado, uma redução final do preço praticado ao consumidor (esta é, pelo menos, a expectativa, de que a redução de custos transforme-se em benefício para o consumidor final e não apenas aumento do lucro do produtor).

 

            É por isso que essa redução deveria ser repassada diretamente para o consumidor, visto que, de acordo com a Abima, entidade do setor, há uma nítida queda do consumo de macarrão/massa no Brasil: ficamos com 6,4 kg de consumo per capita no ano passado, contra 6,7 kg em 2007 e 6,5 kg em 2006. E o "principal culpado" dessa redução parece ter sido o preço final na prateleira do supermercado pois, de acordo com a entidade de classe, o preço médio da massa alimentícia fechou o ano de 2008 em R$ 4,11 ou 14,8% mais caro do que os R$ 3,58 praticados em 2007 e 15,6%  a mais do que os R$ 3,55 verificados em 2006.

 

            Se a diminuição no valor na matéria-prima, em função da queda do dólar, ajudar ao consumidor brasileiro e o volume de vendas (portanto, o consumo) aumentar, o Rio Grande do Norte também será diretamente beneficiado: aumento das vendas do Moinho, manutenção dos empregos e mais receita para o Porto e Natal, por onde é importado todo nosso trigo consumido.

 

            É hora, também, do consumidor norte-riograndense comemorar esse dia 25 de outubro; e a melhor forma seria com o produto ainda mais barato na mesa de cada consumidor.

 

 

Otomar Lopes Cardoso Junior

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

MEL DO BRASIL BATE RECORDE DE EXPORTAÇÃO. E O RIO GRANDE DO NORTE SEGUE JUNTO!

 

 

            O mel do Brasil bateu recorde de exportação em 2009 (dados até setembro), com US 52,7 milhões em exportações, muito acima dos US 43,7 milhões de todo o ano de 2008. Faltando ainda um trimestre para fechar o ano, o valor das exportações já é 20,9% superior aos doze meses do ano passado.

 

            E o Rio Grande do Norte segue junto! Em menores proporções, certamente, mas com US 3,4 milhões neste ano, já é bem maior do que US 2,1 milhões em todo o ano de 2008: crescimento de 66,2%!

 

            O problema, unicamente, é que nossas exportações estão quase concentradas para os Estados Unidos (maiores importadores do produto brasileiro); enquanto outros estados conseguem exportar para a Alemanha e o Reino Unido, os outros dois maiores compradores do mel brasileiro.

 

            A Alemanha, grande importador mundial, tem restrições ao produto brasileiro: é preciso que cada empresa seja certificada individualmente e não mais o "mel do Brasil" como anteriormente; e como é um processo que implica em alguns custos e há outro mercado comprador, do outro lado do Atlântico, está mais fácil "desprestigiar" a Europa.

 

            Apesar desta opção, esse crescimento importante demonstra que nosso produto tem qualidade e competitividade, ou seja, a tendência é continuarmos a abrir novos mercados com o mel que, aliás, é o produto com um dos melhores desempenhos das exportações do Rio Grande do Norte em 2009.

 

 

Otomar Lopes Cardoso Junior

 

 

SONDAGEM INDUSTRIAL DO RN: MAIS OTIMISMO PELA FRENTE?

SONDAGEM INDUSTRIAL DO RN: MAIS OTIMISMO PELA FRENTE?

 


           
A FIERN-Federação das Indústrias do RN divulgará em breve o resultado da nova sondagem industrial, em seqüência à última realizada entre abril e junho deste ano. Nesta, o chamado "Indicador de evolução do nível de atividade", no segundo trimestre de 2009, foi bem maior do que o do início do ano, chegando a 50,1%, contra 38,7% do começo do ano.

 

            Mas, o que poderia ser motivo de bem maior comemoração, quando comparado com 2008, esse índice está abaixo dos 50,8%, justamente quando a crise mundial começou a produzir seus primeiros efeitos no Rio Grande do Norte. É claro que a retomada do crescimento reproduz uma expectativa mais positiva na nossa economia, mas reflete uma interrupção de bons resultados anteriores que, agora, com a expectativa da nova sondagem, poderá trazer, novamente, maior esperança para o crescimento industrial do RN.

 

            É esperar para ver e, sobretudo, para comparar outro critério de avaliação, o da "Utilização da capacidade instalada" nas nossas indústrias que, até o primeiro semestre  de 2009 fico com uma média próxima dos 68% (em 2008 a média do último trimestre fechou em 75%). Qualquer índice acima da média deste ano deverá ser comemorado pela indústria norte-riograndense.

 

 

 

Otomar Lopes Cardoso Junior

OFERTA (OU FALTA) DE TROCO

OFERTA (OU FALTA) DE TROCO

 


           
O Banco Central decidiu investir um pouco mais no já tradicional problema de falta de moedas (troco) no País, problema este que, aqui no Rio Grande do Norte também não é diferente: as notas de R$ 1,00 desapareceram do mercado e tornaram-se uma raridade quase digna de colecionadores.

 

            Mas, não deixa de ser curioso ver o pequeno consumidor ganhar dinheiro com dinheiro, uma atividade – extremamente lucrativa – que era restrita somente aos bancos e financiadoras! Mas, ultimamente, vejam só, com essa falta de moedas encontraram uma nova maneira de aumentar a renda da população menos favorecida: que o digam os "pastoradores" ou "flanelinhas".

 

            Empresas de comércio tradicionais, tais farmácia e supermercados, oferecem um "ágio" para quem trouxer moedas (embora, normalmente, em troca de mercadorias, como faz o Nordestão, com o pão).

 

            O Banco Central está, até o dia 30 de novembro, disponibilizando kits ($4 100,00) com moedas e também com cédulas de R$ 2,00 e R$ 5,00. Mas, no Rio Grande do Norte somente Natal terá este serviço: basta dirigir-se ao Banco do Brasil, agência do Alecrim, para sair carregado de moedas. O consumidor, este também, agradece pois poderá ter, novamente, a chance de receber seu troco corretamente, sem os arrendondamentos, quase sempre em favor do comerciante.

 

 

Otomar Lopes Cardoso Junior