A
primeira vez que li sobre o conceito de cidades inteligentes achei bastante
interessante a ideia e fui pesquisar em fontes mais balizadas sobre o assunto. Já
faz algum tempo que comecei umas pesquisas sobre o tema, principalmente sobre
as experiências europeias na aplicação – real – deste conceito. Havia, como
continua até hoje, boas ideias e havia também algumas pretensas boas ideias que
contribuíram muito para consultores desenvolverem um modo inteligente de
ampliar a receita individual. Não é, evidentemente, aplicável a todos os casos,
há propostas sérias!
Lembro
que aqui em Natal há muito tempo foi lançado um primeiro prédio chamado de
inteligente e uma das características de destaque era o controle de movimento dos
elevadores: como tinha mais de um elevador, quando você apertava o botão em um
andar, era o que estava mais perto que seguiria, economizando assim energia. De
fato, inovador, mas daí a considerar que gerará uma mudança inteligente no
conceito é necessária muita boa vontade ou interesse direto.
Cidade
inteligente x cidade inteligente
Dentre
as divisões – sérias – no conceito de cidade inteligente está aquela em que a
cidade é pensada, planejada, programada (eu sei, é redundante, mas é para fixar
o conceito) para o bem-estar da população e isto inclui, por exemplo, definição
e rotas de transporte público, localização de unidades de ensino e de saúde,
postos de controle de segurança, pavimentação etc. Um grande leque de ideias a
colocar em prática pensando sempre como melhorar a vida do cidadão. O outro
conceito é a prestação de serviços públicos de forma mais acessível ao cidadão,
evitando, por exemplo, que tenha que deslocar-se para solicitar um documento ou
requerer algo com a municipalidade; hoje esta opção foi “substituída” pelos
aplicativos, parecendo que a troca de um número de telefone ou um email ou
mesmo uma rede social substituiria o objetivo final, de atender bem a população
mas também, de ter informações seguras para – novamente – pensar, planejar e
programar a cidade.
Exemplos
e exemplos
Vi
exemplos de cidades que colocaram banda de música para celebrar o conceito,
outras pessoas que comemoraram um aplicativo que dizia quanto tempo demoraria
para o ônibus chegar no ponto... Em outros países, os exemplos são outros.
Bairro
inteligente
Se
transformar toda a cidade para uma “cidade inteligente”, pois é difícil mudar algumas
coisas, acho que seria melhor começar por partes e criar bairros inteligentes!
Entre outras questões de logística e de custos menores, há uma realidade muito
presente e ao mesmo tempo óbvia: os bairros são diferentes e as necessidades
entre um e outro são diferentes, às vezes até mesmo antagônicos!
E
ruas inteligentes?
Se
é para começar, e se os pequenos exemplos podem ser replicados, minha sugestão
é que o início possa ser o de “ruas inteligentes”.
Que
serviços são necessários ali, naquela rua, e qual o perfil de demanda de
serviços públicos?
O
primeiro passo é conhecer a rua e definir o papel dos poderes públicos para aquela
localidade. Replicar o exemplo de uma rua inteligente trará mais ruas
inteligentes, provavelmente também bairros inteligentes e, enfim, cidades
inteligentes.