A crise da
empresa Lojas Americanas ainda terá alguns desdobramentos jurídicos, os econômicos
já começaram e estão impactando um grande número de pessoas, sem mencionar os
trabalhadores (incluindo os indiretos) da empresa que passam por grandes incertezas;
a certeza, provavelmente, para um grande contingente será a redução de vagas na
empresa.
Muita gente
tentando encontrar uma forma de salvar a empresa, exceto, claro, a concorrência
que não acha tão ruim assim quando um player do mercado perde seu espaço; mas,
até nestes casos em que a quebra é de um dos grandes, o efeito colateral atinge
a todos, da dificuldade de garantir todos os fornecedores e do medo do “contágio”
que poderia haver. Neste tempo de Americanas em crise, a Marisa já entrou na
mesma sintonia, embora tudo indica que em bem menor sintonia no impacto dos problemas
internos.
Aqui no RN,
como já comentei, o impacto também será imediato: mais forte e rápido, a questão
dos empregos mas, não se pode esquecer de um setor que sofrerá também bastante,
os dos shoppings. A saída eventual do Midway apenas ampliará os espaços vazios
mas, o grupo potiguar sofrerá menos visto que acabou de aumentar sua receita
com a cobrança do estacionamento; em Mossoró, acho que o impacto na circulação
e atratividade de pessoas será ainda maior do que em Natal.
Muitas vezes
há exemplos de movimentos, principalmente ambientais, em criticar uma empresa
por uma ação indevida ou lançamento de um produto inadequado. E apela-se ao
boicote, com pressões de todos os lados. Mas, dificilmente vemos aqui no Brasil
movimentos para “salvar” um empreendimento.
Não defendo a
empresa Lojas Americanas, nem seus sócios nem os lucro que obtiveram ao longo
dos anos. Mas, defendo a possibilidade de haver uma forma de proteger os
empregos com uma ação social e coletiva, nada de buscar apoio financeiro público
pois, ao final, a vantagem irá para os proprietários e pouco ou quase nada para
os empregados.
Poderia haver
um incentivo conduzido ou um incentivo induzido de apoio à Americanas. E o momento
poder ser propício com a chegada da Páscoa. Consumir o estoque da empresa com
ovos de chocolate e mais algum item poderia ser um fôlego, cada um com sua
contribuição individual; mas, claro, desde que os preços contribuam ou sejam
apenas um pouco, muito pouco maior do que os da concorrência. Pode ser um fôlego
curto de 1, 2 ou 3 meses mas, para quem trabalha na Americanas é no mínimo um
alívio.
Cada um
poderia comprar alguma coisa por lá, mudar um pouco os hábitos nesta fase tão
difícil da empresa. As ações sociais também podem ser em favor do empreendedorismo,
da atividade empresarial e da renda dos empregados.
Comprar na Americanas. É uma
ideia.