Em janeiro de 2010 um dos produtos de maior ausência na pauta de exportações do Rio Grande do Norte são, sem sombra de dúvidas, os produtos de confeitaria, ou mais comumente conhecidos pelo seu nome em inglês no mercado profissional, como candies.
Os primeiros valores apresentados pela balança comercial do Estado em 2010 trazem essa surpreendente novidade, interrompendo uma seqüência de longos anos (pelo menos desde o ano de 2000, em todos os meses havia alguma exportação) que já era marca registrada da produção industrial norte-riograndense.
Em 2009 foram quase US 17,0 milhões em vendas para o exterior, apesar da queda de 15,4% em relação a 2008 (US 20,1 milhões exportados) e de redução maior ainda, de 21,8% em relação a 2007 (US 21,7 milhões). Esses números representavam uma média mensal em torno de US 1,5 milhão ao longo desses três anos.
A Simas, maior fabricante do Estado no segmento de candies, passou recentemente por uma difícil fase de acomodação produtiva, face à divisão familiar no comando da empresa; apesar disto, até então, o impacto no cenário exterior parecia não ter sido afetado (em dólar, embora em Reais, pois com a desvalorização a receita não havia como ser diferente de redução).
A expectativa é de que essa ausência em janeiro seja apenas uma re-acomodação contratual, sem prejuízo para a economia do Estado e menos ainda para a mão de obra ali empregada.
Por outro lado, com a implantação da nova unidade industrial, tendo à frente Thiago Gadelha, as exportações eram o principal objetivo comercial.
Otomar Lopes Cardoso Junior
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