sábado, 23 de setembro de 2017

A economia do RN é “estatal”?

O IBGE-RN divulgou que 35% da massa salarial do Estado tem como origem o poder público, como foi publicado na Tribuna do Norte ("35% da massa de rendimentos do RN vem do funcionalismo").
 
Este é um dado bastante grave em qualquer economia: uma cidade ou um estado não deve depender do poder público (salários) para que possa haver consumo e girar, por exemplo, o comércio ou o setor de serviços.
 
Se considerarmos que há muito tempo os governos estadual e municipais não realizam grandes concursos públicos, significa que este indicador no RN foi ainda maior na última década. Para utilizar como exemplo a cidade de Natal, antes da crise internacional de 2008 a quantidade de investimentos aqui aplicados foi muito impactante, a tal ponto que a urbanização da cidade foi modificada: mais expansão em novos bairros, crescimento populacional de Parnamirim, verticalização, turistificação intensa de Ponta Negra etc. Foi um período de expansão da economia na Grande Natal, o capital privado fazendo sua parte,
 
Agora, com a nossa crise interna desde 2014 o poder púbico perdeu sua capacidade de investimento e consequentemente de contratações de novos servidores e até mesmo de adequação salarial, seja até mesmo com a simples recuperação da inflação, sem mencionar a quase impossibilidade de aumentos reais de salários.
 
Em tempos de crise, geralmente, a economia volta-se para o Estado; ultimamente, no entanto, é o inverso, a solução está na iniciativa privada. Regras da economia, regras de mercado.

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