sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Dólar em alta: bom ou nem tanto?

O dólar (e o euro, junto) disparou nas últimas semanas com "ameaça" de recordes históricos desde o Plano Real. Mais, ainda não se conseguiu estabelecer um critério único que tenha afetada a paridade cambial com o Real e que permita ao Banco Central fazer as intervenções para segurar, pelo menos um pouco, a desvalorização de nossa moeda.

Mas, isto é bom para o RN? Afinal, boa parte de nossa receita direta vem do turismo e das exportações e quando o Real está fraco sempre temos a expectativa que "tudo vai melhorar" e, com o otimismo esperado, vai melhorar "rapidamente".

Na verdade, não é bem assim! É claro que para o turismo que depende dos estrangeiros pode ser uma boa expectativa mas, é bom lembrar que, em regra geral e mais ainda para o europeu, o turista não decide atravessar o Atlântico e passar 1 ou 2 semanas de férias (às veze nem pode) de uma hora para outra; em outras palavras, não é a cotação do euro de hoje que fará o europeu viajar amanhã ou nesta semana ou na próxima semana.  

Precisará uma certa estabilidade da cotação para que o impacto seja medido mais efetivamente. 1, 2 ou 3 meses para "comemorar" esta alta no turismo. 

Para as exportações de frutas o tempo de resultado é ainda maior: as safras são negociadas com, antecedência e ninguém conseguirá baixar o preço hoje, em dólar ou euro, para poder exportar desde já; certamente, tem todo o período de plantio... uma espera razoável entre a programação e a efetiva entrega do produto.


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