O PIB da Zona do Euro caiu 0,6% no primeiro trimestre,
configurando uma recessão de ordem técnica nos países que adotam a moeda única.
Este resultado poderia ser uma consequência do atraso no ritmo de vacinação principalmente
se comparado ao dos Estados Unidos e da China que continuam a liderar a
expectativa de crescimento mundial; vale lembrar que estes dois países
representam, salvo engano, mais de 1/3 das exportações globais.
Aqui no RN temos também que ficar atentos ao que acontece na
economia daquela região sobretudo para os produtores e exportadores de frutas
frescas. A crise europeia poderá afetar também aa exportações de outros
produtos nossos, mas o risco maior está no agronegócio visto que depois de
plantadas as frutas, não há como efetuar uma colheita destinada ao
armazenamento: o consumo deve ser imediato ou o resultado da produção é absolutamente
irrecuperável.
A produção de melão e melancia, as maiores frutas exportadas para
aquele Continente, é sempre decidida em parceria com os compradores afinal, não
há como arriscar em produzir para depois buscar o comprador. Quando inicia-se a
área plantada já está (com a devida margem de erro) assegurada boa parte da
venda. A mudança de cenário na Europa e o anúncio formal da recessão técnica
tem um efeito imediato, o de deixar os investidores mais receosos quanto às
decisões e a tentativa de deixar a tomada de decisões para mais tarde. O problema
é que para a natureza não há como adiantar ou avançar o clima, há uma “data”
para começar a plantar melão e se, ultrapassada, poderá faltar produto no
mercado.
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