Estamos prestes a iniciar um nova temporada de férias,
aqui no RN e no Nordeste, em especial, regiões em que a dupla sol & mar
transforma-se em atrativo para muita gente, principalmente daqueles que moram
em cidades de médio e grande portes, em especial, aqueles que não têm um outro
grande privilégio: apreciar uma paisagem! São tantos prédios, uns em frente aos
outros, que a vista principal (às vezes a única) e o prédio do outro lado da
rua.
Quando chegam aqui, o horizonte do mar adquire um duplo
encanto, da própria praia e da sensação de liberdade, nada na frente para
atrapalhar a vista do turista.
Interiorizar o turismo é sempre um desafio e há anos
tenta-se uma estratégia, de fazer o turista distanciar-se da praia e do litoral
por uns 50, 100 ou 200km. Difícil missão por falta de programação e roteiros
turísticos consistentes e atrativos; sim, há iniciativas mas, há necessidade de
algum complemento – a descobrir, com algumas pistas que, acho, poderiam ajudar –
para que seja mais efetiva a realidade, a de termos carros e ônibus indo ao
interior do Estado com turistas, dentre eles, estrangeiros.
Pode ser que uma das razões seja a falta de informação
que o turista não encontra ou não pesquisa. Pode ser que, por isto, ele prefira
ficar no que conhece e no mais “seguro”, as praias com água quente, sol à
vontade e faixa de areia disponível.
Quem sabe o turismo digital pode ser uma alternativa de
difundir a interiorização? Produzir filmes, imagens, roteiros etc ou seja,
conteúdos que despertem a atenção e, quem sabe na próxima vez retornar à Natal
ele tenha o interesse e conhecer algo mais do RN. Criar este conteúdo não é tarefa
simples mas, nada de complicado, nada de complexo, embora precisa reunir
ideias.
Além disto, uma segunda etapa, o famoso efeito do “ovo de
pata”: não adiantar ser bom ou melhor, se ninguém souber de sua existência, a
preferência irá para o ovinho de codorna...
CVC e agências de turismo receptivo, TAP, Latam, Gol,
Azul e outras empresas que dependem da vontade do turista de viajar fariam um
bom grupo de interessados. Eventualmente, até mesmo, parceiros.
Criar e aperfeiçoar, promover e divulgar o turismo
digital. É uma ideia.
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