Parece
que a Inframérica esteve, e ainda estaria sofrendo com a tal da falta de sorte.
Quando começou a operar o aeroporto potiguar começou a crise econômica e o número
esperados de passageiros ficou muito abaixo do projetado. Depois, a crise do
Covid afetou a todos (muitas vezes de forma trágica, com a perdas de vidas; não
podemos nunca deixar de lembrar disto), e as viagens perderam sua importância global.
Resultado:
em menos de 1 década, 2 crises que abalaram as estruturas econômicas do
projeto. Durante uma delas, vale a pena destacar, a esperança logística acabou murchando...
não houve exportações suficientes para segurar um voo de avião cargueiro
internacional e o tal projeto do hub dos Correios não correspondeu ao esperado,
não foi selado o contrato com a Inframérica.
Agora,
depois do leilão de relicitação – traduzindo, de venda do negócio – algumas boas
notícias começam a aparecer. A pandemia parece ter desaparecido, o fluxo de
viagens aéreas cresce no mundo (veja a compra gigantesca anunciada por empresa
da Índica e a falta de pilotos no mundo) e semana passada os Correios
anunciaram a implantação de seu projeto. Parece ser o fim da famosa “falta de
sorte”?
Um
aeroporto, claro, é um aeroporto e, salvo raras exceções globais, transporta
apenas cargas (ou seja, não tem passageiros embarcando/desembarcando).
Aeroportos são, sempre, utilizados para transportar pessoas e cargas e a
demanda maior está com os passageiros, assim como a receita. Um aeroporto de cargas
é um conceito diferente do que, desde o início, foi aqui planejado.
De
qualquer forma, todo aeroporto é um negócio comercial. As condições macro
afetam sensivelmente mas, as condições micro, e aqui incluindo a gestão
comercial, não podem ser desprezadas. A inframérica administra aqui e o
aeroporto de Brasília; por lá a expansão de passageiros foi muito alta, o
aeroporto passou por expansão e hoje é uma realidade muito diferente do que
existia há 1 ou 1,5 década. Lá, foi melhor, aqui, menos.
Talvez
tenha sido apenas “falta de sorte”. Acho que não. É uma opinião.
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