sábado, 1 de outubro de 2022

Uma ideia. Devolver o fundo eleitoral

 

Devolver o fundo eleitoral poderia ser uma nova regra para a próxima eleição. Não se trata de devolver tudo nem todo mundo ter que devolver o que recebeu.

O fundo eleitoral tinha como um dos propósitos equilibrar a disputa eleitoral, compensando os candidatos e partidos com menos recursos financeiros, evitando que os mais ricos dominassem a eleição. Pode-se listar algumas vantagens e desvantagens do fundo eleitoral. Não é este o tema do debate.

 

A ideia é de equilibrar, novamente, o desequilíbrio. De forma simples e objetiva: se um candidato não alcançar 1% dos votos que seu partido obteve, todo dinheiro do fundo eleitoral que ele receber terá que ser devolvido!

Evitaria alguns “laranjas” e algumas iniciativas propositalmente registradas por qualquer outro motivo, exceto o de ter alguma chance, ainda que mínima, de vencer ou de ficar em uma suplência.

Hoje temos regras de limite mínimo, por exemplo, para participar dos debates eleitorais na TV. Foi estabelecida também com um propósito de evitar aventureiros gastando dinheiro público afinal, é bom lembrar que o fundo eleitoral é dinheiro público e financia muitas campanhas, inclusive de quem nem sequer tem representação partidária expressiva.

 

Apenas e tão somente 1% dos votos de um partido não significa muita coisa. Em um partido que reúna 100 mil votos, por exemplo, no seu Estado, significaria que o candidato teria ter 1 mil votos; se este cidadão fez campanha e se empenhou, efetivamente, em uma eleição para deputado estadual, por exemplo, alcançar este indicador não é tarefa sobre-humana.

 

A proposta é simples: se o candidato recebeu dinheiro público e não levou a sério sua campanha, ficando com menos de 1% dos votos do seu partido (isto é, daquele partido que carrega sua ideologia), deveria devolver o fundo eleitoral eventual recebido. E a vista. Sob pena de ficar excluído da próxima eleição, até pagar o valor, claro, devidamente corrigido. É uma ideia.

Nenhum comentário: