domingo, 1 de janeiro de 2023

Opinião. Cuidando do gerbil

 

O ano de 2024 é bissexto, um dia a mais para cuidar de muitas coisas, incluindo da grande diversidade de animais de estimação, ou animais de companhia, que ganham cada vez mais importância na sociedade brasileira, repetindo o fenômeno que se instalou na Europa há mais de três décadas.

Até lá, este ano o mercado destes animais continuará em expansão e deverá apresentar mais novidades, como acontece quando a demanda está aquecida e a oferta (o mercado) não perde a oportunidade. Em Natal temos hoje várias lojas, de grande porte, para atender ao mercado que ficou conhecido como “pet”. Há lojas mais espaçosas com produtos para os animais domésticos do que algumas lojas com produtos para crianças! Se compararmos com  produtos para a terceira idade, a diferença fica mais acentuada.

 

O fenômeno passou a ser realidade aparentemente, irreversível. A dimensão é tamanha que uma das empresas conhecidas, a Petz, com loja em Natal inclusive, é cotada em Bolsa. Isto mesmo, para aqueles que gostam do mercado financeiro, mesmo não tendo animal de estimação, podem ser proprietários, ainda que minoritários da empresa; e nem precisa investir muito, na sexta-feira passada o valor da ação ficou em R$ 6,26 assim, com pouco mais se seiscentos reais você poderá comprar um lote de cem ações e participar diretamente deste mercado.

 

Economicamente, não se questiona mais. Socialmente, ainda há embates e debates sobre as questões jurídicas ou de convivência, por exemplo. Mas, não se questiona a relevância que alcançou incluindo, em alguns casos, a ideia de substituição de uma vida familiar provavelmente sem filho(s) mas, com animais de companhia, com as mais diversas opções possíveis embora, cães e gatos dominem as preferências.

 

Para quem não tem animais domésticos vale uma visita à uma destas lojas. A riqueza de produtos e as estratégias de marketing são criativas e bem apresentadas. Há muito tempo, ainda no século passado, animais de estimação eram criados sem muitos mimos, em termos de produtos e serviços adicionais e complementares; hoje, parece, é pouco provável que tais bichinhos não tenham a oportunidade de desfrutar dos resultados do marketing.

 

Há cerca de duas décadas conheci uma empresária natalense que se lançava no mercado da moda mas, da moda para cães. O resultado não foi dos mais efetivos, a empresa durou pouco tempo e uma das razões era a argumentação da então clientela: era caro e desnecessário ter roupas para pequenos animais domésticos. Questão de tempo, de mudança de perfil social e de pontos de vistas; hoje ainda não é um dos itens mais comercializados, mas o mercado é melhor, para quem produz estes itens.

 

As opções são muitas com tais animais. Dentre elas, como anunciava a página de uma das empresas nacionais com filial aqui em Natal, você pode comprar um gerbil. Fui na loja, por mera curiosidade mas, não tinha à venda aqui em Natal.

 

Para alguns, a opção de cuidar de um gerbil pode ser algo interessante; para alguns. É uma opinião.

Nenhum comentário: