Algumas notícias nos fazem lembrar alguns fatos.
Nestes últimos dias de clima social diferente do comum vimos que o dito “crime
organizado” tem alguma estruturação financeira e por isto consegue organizar
algumas ações. Já vimos este filme no combate às drogas e uma das ações aplicadas
– em todo o mundo – é a tentativa de sufocar financeiramente os organizadores;
aqui no Brasil, por exemplo, os bens apreendidos em função do tráfico de drogas
são revertidos, os condenados pelos crimes perdem seu patrimônio.
Não sei como é exatamente distribuído o valor
da arrecadação destes bens que vão à leilão ou podem ser doados mas, acho que
parte vai para entidades ditas filantrópicas e outra ficar com o Estado, no
caso, com o Governo Federal pois, em geral, são ações coordenadas pela Polícia
Federal (sobretudo nas grandes apreensões).
O tráfico de drogas é internacional e
nacional, quase sempre em conjunto, ou seja, um está praticamente atrelado ao
outro. Dificilmente o tráfico é apenas estadual e quando isto acontece deve ter
algum “distribuidor” nacional. Ultimamente, inclusive, com as apreensões de
drogas no porto em Natal vimos que eram ações coordenadas, entre residentes no
Brasil e no exterior. O combate é nacional nas operações da dita inteligência e
do acompanhamento mas, muitas ações podem depender de situações locais como
teria sido aqui no RN se houvesse maior infraestrutura no Porto.
Por isto, uma sugestão de alteração nos bens apreendidos
pelo tráfico de drogas: uma parte do dinheiro do tráfico de drogas deveria
ficar no local da produção e outra parte deste dinheiro no lugar onde ocorreu a
apreensão. No local da produção a ação de combate deve ser intensa, assim como
no local onde é apreendido. E com esta divisão fortaleceria as ações policiais
em diferentes pontos do País. Seria uma forma indireta de complementar o sempre
necessário reforço do controle ao tráfico de drogas. Se na produção o controle é
centralizado, pois acontece em um lugar, a distribuição é sempre pulverizada.
Dividir a arrecadação do combate às drogas e,
naturalmente, do combate à violência; é uma ideia.
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