Mas, antes de mais nada, já começando a declarar que sou
a favor do financiamento público de campanhas (mas, sem excessos) e 100% a
favor das campanhas nas ruas, no direito livre de exercer sua opinião e no
livre direito de – educadamente – tentar convencer “o outro lado”, no limite do
respeito à liberdade individual.
Portanto, o fundo eleitoral ambiental não é contra o
ideal da sistemática atual.
Qual motivo deste fundo eleitoral ambiental?
Em toda campanha é absolutamente normal e natural que haja
carreatas, tornou-se uma forma de demonstrar “força” política principalmente
depois que os showmícios e as caminhadas (“vigílias”) saíram do circuito, e ainda
sobrevivem, apesar de toda a força das mídias eletrônicas.
No entanto, não nos esqueçamos que isto tem um custo
financeiro e também um custo ambiental. O custo financeiro sempre será medido a
partir dos valores do fundo partidário na mobilização das carreatas embora,
claro, não seja possível mensurar todas as despesas (combustível, bandeiras,
camisas etc).
Mas, há um custo que não é avaliado nem mensurado! O
custo ambiental, o impacto que estes veículos acrescentam ao meio ambiente em
uma atividade absolutamente democrática, mas com seus impactos. Da mesma forma
que um hospital gera lixo hospitalar, ninguém é contra – claro! – o hospital,
mas todo mundo é a favor de que haja a destinação correta destes resíduos,
cientes de que há impacto ambiental e que deve ser mitigado.
Como fazer acontecer?
Se você comprar uma passagem aérea internacional ou alugar
um carro (aqui no Brasil, também), você será convidado a contribuir com uma “taxa
carbono” ou qualquer outro nome com uma proposta bem objetiva: contribuir para
reduzir o impacto ambiental desta sua atitude. Geralmente é voluntária; não sei
quanto arrecadam mas, não deve ser muito.
Para esta proposta do fundo eleitoral ambiental a
contribuição deve ser impositiva pois, se for voluntária poucos partidos fariam
esta doação. Mas, mesmo impositiva, não deve ser elevada, deve ser residual até
mesmo para começar a difundir a ideia de que a concentração destas carreatas
extras tem impacto real e duradouro.
Quanto?
Nenhum centavo a mais para nós, contribuintes!
Mas, um percentual do que cada partido recebe: 1%, 2% ou
simplesmente 0,5%. Já seria um começo. Eu voto a favor do fundo eleitoral ambiental!
É uma ideia.
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