sábado, 15 de outubro de 2022

Uma ideia. Fundo eleitoral ambiental

 

Mas, antes de mais nada, já começando a declarar que sou a favor do financiamento público de campanhas (mas, sem excessos) e 100% a favor das campanhas nas ruas, no direito livre de exercer sua opinião e no livre direito de – educadamente – tentar convencer “o outro lado”, no limite do respeito à liberdade individual.

Portanto, o fundo eleitoral ambiental não é contra o ideal da sistemática atual.

 

Qual motivo deste fundo eleitoral ambiental?

Em toda campanha é absolutamente normal e natural que haja carreatas, tornou-se uma forma de demonstrar “força” política principalmente depois que os showmícios e as caminhadas (“vigílias”) saíram do circuito, e ainda sobrevivem, apesar de toda a força das mídias eletrônicas.

No entanto, não nos esqueçamos que isto tem um custo financeiro e também um custo ambiental. O custo financeiro sempre será medido a partir dos valores do fundo partidário na mobilização das carreatas embora, claro, não seja possível mensurar todas as despesas (combustível, bandeiras, camisas etc).

 

Mas, há um custo que não é avaliado nem mensurado! O custo ambiental, o impacto que estes veículos acrescentam ao meio ambiente em uma atividade absolutamente democrática, mas com seus impactos. Da mesma forma que um hospital gera lixo hospitalar, ninguém é contra – claro! – o hospital, mas todo mundo é a favor de que haja a destinação correta destes resíduos, cientes de que há impacto ambiental e que deve ser mitigado.

 

Como fazer acontecer?

Se você comprar uma passagem aérea internacional ou alugar um carro (aqui no Brasil, também), você será convidado a contribuir com uma “taxa carbono” ou qualquer outro nome com uma proposta bem objetiva: contribuir para reduzir o impacto ambiental desta sua atitude. Geralmente é voluntária; não sei quanto arrecadam mas, não deve ser muito.

Para esta proposta do fundo eleitoral ambiental a contribuição deve ser impositiva pois, se for voluntária poucos partidos fariam esta doação. Mas, mesmo impositiva, não deve ser elevada, deve ser residual até mesmo para começar a difundir a ideia de que a concentração destas carreatas extras tem impacto real e duradouro.

 

Quanto?

Nenhum centavo a mais para nós, contribuintes!

Mas, um percentual do que cada partido recebe: 1%, 2% ou simplesmente 0,5%. Já seria um começo. Eu voto a favor do fundo eleitoral ambiental! É uma ideia.

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