Nossas
praias são nosso patrimônio econômico, cultural, social e, claro, ambiental. As
praias urbanas tendem a ser praticamente loteadas por “donos” que incorporam
uma paisagem feia, quase agressiva, principalmente quando comparada com a
paisagem da praia, mar etc.
Ao
final do dia a poluição pode ser culpa de quem frequenta a praia escolhendo seu
espaço mas também de quem ocupa a praia determinando “seu” espaço. Os proprietários
de barracas rendem um serviço, sem dúvida, embora muitas vezes de forma precária;
muitas vezes, mesmo. Considerando que estão ali trabalhando e oferecendo serviço
de bebida e comida, uma das preocupações menores é o lixo produzido ao longo do
dia. São poucos que colocam cestos de lixo das mesas, pontos de coleta de lixo
no espaço invadido na praia e, ao final, separam o lixo de forma organizada
para a coleta da Prefeitura.
É incrivelmente
sempre difícil de organizar o espaço ocupado nas praias. Talvez uma forma de
organizar seja por meio do preço. Criar taxas seria também regular a ocupação e
passaria, necessariamente, por algo simples mas inimaginável, uma licitação
para escolher as melhores propostas. Já as multas, independem de tudo isto.
Poluir
o meio ambiente gera multa. Até mesmo deixar o lixo na calçada fora do dia de
coleta gera multa. Mas, deixar os lixo dos clientes das barracas não gera nada
de multa, pelo menos é o que parece.
A
ideia, é claro, não é sair aplicando multas mas, criar um incentivo indireto
para que os donos de barracas sejam responsáveis pelo lixo nas praias que eles contribuem,
direta ou indiretamente. Diretamente com os resíduos do que produzem/oferecem
(coco, guardanapo, tampa de garradas, resíduos de alimentos, de embalagens etc)
e também da necessária conscientização de seus clientes, indiretamente, pois se
não houver cestos de lixo (apropriados ao clima e tempo), provavelmente haverá
lixo espalhado por perto.
Taxar o
lixo nas praias é a linguagem comum para dizer que quem é responsável pelo lixo
deve ser também responsável por sua coleta, até que o poder público complemente
o serviço, até que haja a coleta da Urbana, por exemplo, aqui em Natal. A conscientização
pode ocorrer com ações individuais preventivas, orientações e acompanhamentos,
até dar certo. Se não der certo, talvez a multa pela poluição ambiental ajude. É
uma ideia.
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