sábado, 22 de abril de 2023

Uma ideia. Taxar o lixo na praia

 

Nossas praias são nosso patrimônio econômico, cultural, social e, claro, ambiental. As praias urbanas tendem a ser praticamente loteadas por “donos” que incorporam uma paisagem feia, quase agressiva, principalmente quando comparada com a paisagem da praia, mar etc.

 

Ao final do dia a poluição pode ser culpa de quem frequenta a praia escolhendo seu espaço mas também de quem ocupa a praia determinando “seu” espaço. Os proprietários de barracas rendem um serviço, sem dúvida, embora muitas vezes de forma precária; muitas vezes, mesmo. Considerando que estão ali trabalhando e oferecendo serviço de bebida e comida, uma das preocupações menores é o lixo produzido ao longo do dia. São poucos que colocam cestos de lixo das mesas, pontos de coleta de lixo no espaço invadido na praia e, ao final, separam o lixo de forma organizada para a coleta da Prefeitura.

 

É incrivelmente sempre difícil de organizar o espaço ocupado nas praias. Talvez uma forma de organizar seja por meio do preço. Criar taxas seria também regular a ocupação e passaria, necessariamente, por algo simples mas inimaginável, uma licitação para escolher as melhores propostas. Já as multas, independem de tudo isto.

 

Poluir o meio ambiente gera multa. Até mesmo deixar o lixo na calçada fora do dia de coleta gera multa. Mas, deixar os lixo dos clientes das barracas não gera nada de multa, pelo menos é o que parece.

 

A ideia, é claro, não é sair aplicando multas mas, criar um incentivo indireto para que os donos de barracas sejam responsáveis pelo lixo nas praias que eles contribuem, direta ou indiretamente. Diretamente com os resíduos do que produzem/oferecem (coco, guardanapo, tampa de garradas, resíduos de alimentos, de embalagens etc) e também da necessária conscientização de seus clientes, indiretamente, pois se não houver cestos de lixo (apropriados ao clima e tempo), provavelmente haverá lixo espalhado por perto.

 

Taxar o lixo nas praias é a linguagem comum para dizer que quem é responsável pelo lixo deve ser também responsável por sua coleta, até que o poder público complemente o serviço, até que haja a coleta da Urbana, por exemplo, aqui em Natal. A conscientização pode ocorrer com ações individuais preventivas, orientações e acompanhamentos, até dar certo. Se não der certo, talvez a multa pela poluição ambiental ajude. É uma ideia.

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