Há
alguns anos os defensores mais exagerados de práticas ambientais (extremamente)
corretas passaram a ser taxados de ecochatos, eram aqueles que trocavam a
proteção ambiental por qualquer coisa, o mais importante era a natureza e a presença
humana era, para alguns radicais, quase uma presença secundária no planeta
Terra.
De vez
em quando é assim, uns apelidos aparecem e a mídia aproveita para ecoar a nova terminologia.
Semana
passada foi a vez do ecossexual. Um novo termo que apareceu e que esteve
presente em várias mídias, não somente as tradicionais, como foram chamadas,
como nas redes sociais. O ecossexual apareceu com várias explicações e
exemplos, a partir de uma declaração (acho que foi isto) de um personagem que
circula no meio artístico. Foi mais um conceito ligado ao meio ambiente mas,
diferentemente do ecochato, o ecossexual foi apresentado com um conceito
positivo, um exemplo diferente de praticar alguns atos da vida quotidiana.
Entre o
ecochato e o ecossexual, acho que há uma autoidentificação maior pelo segundo,
até mesmo pela abordagem mais favorável que foi transmitida. E também por estar
na moda.
Hoje
temos o meio ambiente em diversos temas do dia a dia, sem mencionar os grandes
debates globais. Estive na Rio-92 e também na Rio+20. Uma grande diferença foi
que o primeiro tinha uma grande área para os ditos “alternativos” e a agenda
oficial era praticamente centrada nas reuniões com os chefes de países; na
outra, a parte o que era alternativa virou oficial, não somente com os chefes
dos países mas com a quantidade de instituições públicas presentes, todas
defendendo e investimento no tema ambiental.
Neste
avanço público, em breve poderemos ter os eco-nomistas: para ocupar os cargos
públicos de maior liderança e importância econômica um dos critérios seria a
prática ambiental, o passado ambiental positivo; não seria necessário ser ativista
ambiental mas, as práticas no passado teriam que ser “limpas”. Quase um ESG-P,
ou seja, o ESG tão enaltecido pelo poder privado com um “mais”, para o setor
público. Meio diferente, inovadora e ousada como sugestão; até que daqui algum
tempo a ideia possa evoluir neste sentido. É uma opinião.
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