domingo, 18 de junho de 2023

Opinião. Ecochato ecossexual; eco-nomista

 

Há alguns anos os defensores mais exagerados de práticas ambientais (extremamente) corretas passaram a ser taxados de ecochatos, eram aqueles que trocavam a proteção ambiental por qualquer coisa, o mais importante era a natureza e a presença humana era, para alguns radicais, quase uma presença secundária no planeta Terra.

De vez em quando é assim, uns apelidos aparecem e a mídia aproveita para ecoar a nova terminologia.

 

Semana passada foi a vez do ecossexual. Um novo termo que apareceu e que esteve presente em várias mídias, não somente as tradicionais, como foram chamadas, como nas redes sociais. O ecossexual apareceu com várias explicações e exemplos, a partir de uma declaração (acho que foi isto) de um personagem que circula no meio artístico. Foi mais um conceito ligado ao meio ambiente mas, diferentemente do ecochato, o ecossexual foi apresentado com um conceito positivo, um exemplo diferente de praticar alguns atos da vida quotidiana.

 

Entre o ecochato e o ecossexual, acho que há uma autoidentificação maior pelo segundo, até mesmo pela abordagem mais favorável que foi transmitida. E também por estar na moda.

 

Hoje temos o meio ambiente em diversos temas do dia a dia, sem mencionar os grandes debates globais. Estive na Rio-92 e também na Rio+20. Uma grande diferença foi que o primeiro tinha uma grande área para os ditos “alternativos” e a agenda oficial era praticamente centrada nas reuniões com os chefes de países; na outra, a parte o que era alternativa virou oficial, não somente com os chefes dos países mas com a quantidade de instituições públicas presentes, todas defendendo e investimento no tema ambiental.

 

Neste avanço público, em breve poderemos ter os eco-nomistas: para ocupar os cargos públicos de maior liderança e importância econômica um dos critérios seria a prática ambiental, o passado ambiental positivo; não seria necessário ser ativista ambiental mas, as práticas no passado teriam que ser “limpas”. Quase um ESG-P, ou seja, o ESG tão enaltecido pelo poder privado com um “mais”, para o setor público. Meio diferente, inovadora e ousada como sugestão; até que daqui algum tempo a ideia possa evoluir neste sentido. É uma opinião.


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