sábado, 10 de junho de 2023

Uma ideia. Museu da história. Potiguar

 

Sempre que chega o São João o noticiário começa a retomar a ideia das tradições nordestinas, as quadrilhas, o milho assado, a comida típica etc. Depois, como não temos “festas julinas”, paramos e esperamos uma outra oportunidade para as tradições locais (que, diga-se de passagem, não há).

 

Não temos, no Brasil, mais especialmente no Nordeste e aqui também no nosso RN, a tradição de lembrar das nossas tradições. Não temos muitas histórias para contar de nossa história; na verdade, temos muitas histórias mas parece que não contamos muito, não relembramos muito ou parece que não atrai muito interesse. Enfim, uma mistura de vários efeitos e várias causas.

 

Poderíamos ter um museu da história potiguar. Ou um museu da história das cidades do RN. Não seria um museu exclusivamente para reunir peças características de cada cidade, mas um museu para reunir peças características que contem a história das pessoas do RN. Há uma diferença:  alguns fatos históricos poderiam ser continuamente reforçados para que os potiguares compreendam a realidade atual mas, mais ainda, poderia ter como uma finalidade mostrar ao turista um pouco mais da riqueza potiguar, além das belezas naturais, as conquistas e os heróis potiguares.

 

Alguns fatos históricos são conhecidos: derrota de Lampião, Fortaleza dos Reis Magos, Mártires de Uruaçu e Cunhaú, Marco de Touros, descoberta do petróleo, passagem da Coluna Prestes, o tal “Trampolim da Vitória”, o primeiro voto feminino, a abolição da escravatura ou a primeira prefeita.

 

Poderia ser um local de visitação contínua para os aqui residentes (a começar pelos estudantes) mas, com foco no turista que poderia conhecer um pouco mais sobre o RN. Em muitos lugares do chamado Velho Continente a primeira coisa que mostram é a história do lugar, das pessoas ou até mesmo a própria história do museu ou da coleção que está disponível ao público.

 

História, nós temos. Contar histórias, há muitos registros e pessoas capazes e disponíveis a contribuir. Falta a história de criar um espaço potiguar, da e para a história do RN.

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