A campanha
eleitoral já começou e algumas pessoas ainda acham que o início de fato é
quando começa a propaganda eleitoral ou então, quando são realizadas as
convenções partidárias. Na verdade, a campanha eleitoral começou em 7 de
outubro de 2018, à noite, quando os resultados da eleição passada começaram. É
um ciclo que apenas formaliza o poder que as urnas revelam a cada quatro anos.
Nos intervalos
entre um e outro dia de eleição, passados quatro anos, o que vemos é a
preparação e a “ajeitação” (ou “acomodação”) dos primeiros e últimos aliados
para um longo período ou apenas por alguns meses até um fato novo ou a eleição
intermediária. Neste período, para quem está no governo quatro anos passam
rapidinho... já quem está na oposição, fora do poder, parece uma eternidade!
Infelizmente,
no entanto, temos algumas bravatas de campanha de alguns candidatos durante
quatro anos. Temos também algumas boas propostas de campanha e de governo muito
politizadas mas que às vezes não são implementadas como idealizadas por deparar-se
com as trava na gestão da máquina pública: dificuldades orçamentárias, peso da
burocracia ou ainda devido fatos
externos incontroláveis tais como vimos agora de forma intensa com a pandemia e
a guerra na Ucrânia etc; tudo isto dificulta a realização do planejado ou
idealizado. Vale lembrar que modificar algumas situações consolidadas na máquina
pública não é fácil, a quantidade de argumentações para superar algumas
barreiras exigem esforço e dedicação constantes.
Não se trata,
aqui, de criticar nenhum gestor, nenhuma gestora, nenhum candidato e nenhuma
candidato, há liberdade para todos e a liberdade é, também, de todos.
Até defendo
algumas “bravatas” por entender que algumas ideias um pouco fora da curva hoje estejam
fora da curva apenas temporariamente mas que, quem sabe, poderão ser uma
realidade anos depois; claro, desde que coerentes. Mas, além de convencer o
eleitorado, logo em seguida é preciso vencer as “gravatas” (os burocratas de
plantão e a máquina pública) para que possam deixar que boas ideias tornem-se
boas realidades.
Obs: “entre
bravatas e gravatas” não tem nenhuma conotação machista, apenas uma
coincidência fonética (rima) e que, na hora de criar o título – ilustrativo,
reforçando – não consegui encontrar um termo de alguma peça ou indumentária
mais utilizada pelas pessoas femininas.
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