domingo, 31 de julho de 2022

Opinião. Cidades inteligentes? Bairros inteligentes? Ruas... inteligentes!

 

A primeira vez que li sobre o conceito de cidades inteligentes achei bastante interessante a ideia e fui pesquisar em fontes mais balizadas sobre o assunto. Já faz algum tempo que comecei umas pesquisas sobre o tema, principalmente sobre as experiências europeias na aplicação – real – deste conceito. Havia, como continua até hoje, boas ideias e havia também algumas pretensas boas ideias que contribuíram muito para consultores desenvolverem um modo inteligente de ampliar a receita individual. Não é, evidentemente, aplicável a todos os casos, há propostas sérias!

Lembro que aqui em Natal há muito tempo foi lançado um primeiro prédio chamado de inteligente e uma das características de destaque era o controle de movimento dos elevadores: como tinha mais de um elevador, quando você apertava o botão em um andar, era o que estava mais perto que seguiria, economizando assim energia. De fato, inovador, mas daí a considerar que gerará uma mudança inteligente no conceito é necessária muita boa vontade ou interesse direto.

 

Cidade inteligente x cidade inteligente

Dentre as divisões – sérias – no conceito de cidade inteligente está aquela em que a cidade é pensada, planejada, programada (eu sei, é redundante, mas é para fixar o conceito) para o bem-estar da população e isto inclui, por exemplo, definição e rotas de transporte público, localização de unidades de ensino e de saúde, postos de controle de segurança, pavimentação etc. Um grande leque de ideias a colocar em prática pensando sempre como melhorar a vida do cidadão. O outro conceito é a prestação de serviços públicos de forma mais acessível ao cidadão, evitando, por exemplo, que tenha que deslocar-se para solicitar um documento ou requerer algo com a municipalidade; hoje esta opção foi “substituída” pelos aplicativos, parecendo que a troca de um número de telefone ou um email ou mesmo uma rede social substituiria o objetivo final, de atender bem a população mas também, de ter informações seguras para – novamente – pensar, planejar e programar a cidade.

 

Exemplos e exemplos

Vi exemplos de cidades que colocaram banda de música para celebrar o conceito, outras pessoas que comemoraram um aplicativo que dizia quanto tempo demoraria para o ônibus chegar no ponto... Em outros países, os exemplos são outros.

 

Bairro inteligente

Se transformar toda a cidade para uma “cidade inteligente”, pois é difícil mudar algumas coisas, acho que seria melhor começar por partes e criar bairros inteligentes! Entre outras questões de logística e de custos menores, há uma realidade muito presente e ao mesmo tempo óbvia: os bairros são diferentes e as necessidades entre um e outro são diferentes, às vezes até mesmo antagônicos!

 

E ruas inteligentes?

Se é para começar, e se os pequenos exemplos podem ser replicados, minha sugestão é que o início possa ser o de “ruas inteligentes”.

Que serviços são necessários ali, naquela rua, e qual o perfil de demanda de serviços públicos?

O primeiro passo é conhecer a rua e definir o papel dos poderes públicos para aquela localidade. Replicar o exemplo de uma rua inteligente trará mais ruas inteligentes, provavelmente também bairros inteligentes e, enfim, cidades inteligentes.

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