domingo, 27 de novembro de 2022

Opinião. As subcelebridades do futebol

 

Toda vez que chega a época do BBB ou seus similares com menor visibilidade na TV brasileira, um termo reaparece para ilustrar a movimentação de certas pessoas: subcelebridade.

As subcelebridades são, como o nome indica, aquelas que não alcançam o Olimpo da visibilidade e da crítica mas que acabam tendo um público interessado em suas histórias e que acompanham suas movimentações, onde foram, o que fizeram, o que compraram etc. E o mercado publicitário adora estas subcelebridades! Da mesma forma, não são grandes marcas que as patrocinam, mas aqueles com alguma visibilidade regional ou até mesmo local. As subcelebridades, diga-se de passagem, têm até assessoria de imprensa que às vezes inundam as redações e blogueiros na tentativa de ampliar a visibilidade.

 

Tudo isto para comparar com o futebol, lembrado pelos tempos de Copa do Mundo. Há muitas celebridades e há outros personagens, inclusive times inteiros, que estão ali muito mais pela esportividade do que pela possibilidade de resultados: eles sabem que dificilmente passarão da primeira fase e, quando muito, das oitavas de final. Mas, está todo mundo olhando para eles, dos times de primeira classe àquelas equipes com menor capacidade de investimento mas, que precisam de um jogador também mediano (aqui, no sentido de não ser estrela; nenhum demérito com a expressão).

 

Nosso futebol do RN é também assim. Não somos a elite nacional mas podemos ter oportunidades de mercado para jovens atletas que poderão ser “descobertos” e despontar em clubes com melhor remuneração. É o sonho de muitos destes jogadores e de muitos clubes pois, uma promoção destas significa salário bem maior e também para o clube uma parcela do valor pago pelo “passe” do atleta.

 

Celebridade x subcelebridade

Há supermercados, de grandes empresas, e há mercadinhos de bairro, empresas simples e familiares. Os dois tem seus espaços e, na medida de suas expectativas, despontam e obtém o retorno financeiro esperado. Supermercados não buscam o pequeno consumidor que mora distante e compra pouco e nem o mercadinho busca grandes compradores que fazem grandes compras à crédito. Cada um em seu espaço.

 

O futebol potiguar também tem seu espaço. É preciso promovê-lo de acordo com seu mercado, suas expectativas e perspectivas. Disputar com os grandes faz parte do mercado mas, tentar concorrer com os maiores é praticamente perder tempo.

 

Em mercados concorrenciais o 1º lugar é sempre o mais importante. Mas, ser o 2º, 3º, ou até mesmo o 10º, pode ser tão justificado quanto o valor do investimento realizado. Vale para o futebol potiguar, encontrar seu espaço e nele investir, para obter a melhor visibilidade, o melhor resultado; fora do foco, é perda de tempo. É minha opinião.

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