Toda vez que chega a época do BBB ou seus similares com
menor visibilidade na TV brasileira, um termo reaparece para ilustrar a
movimentação de certas pessoas: subcelebridade.
As subcelebridades são, como o nome indica, aquelas que
não alcançam o Olimpo da visibilidade e da crítica mas que acabam tendo um
público interessado em suas histórias e que acompanham suas movimentações, onde
foram, o que fizeram, o que compraram etc. E o mercado publicitário adora estas
subcelebridades! Da mesma forma, não são grandes marcas que as patrocinam, mas
aqueles com alguma visibilidade regional ou até mesmo local. As subcelebridades,
diga-se de passagem, têm até assessoria de imprensa que às vezes inundam as redações
e blogueiros na tentativa de ampliar a visibilidade.
Tudo isto para comparar com o futebol, lembrado pelos
tempos de Copa do Mundo. Há muitas celebridades e há outros personagens,
inclusive times inteiros, que estão ali muito mais pela esportividade do que
pela possibilidade de resultados: eles sabem que dificilmente passarão da
primeira fase e, quando muito, das oitavas de final. Mas, está todo mundo
olhando para eles, dos times de primeira classe àquelas equipes com menor
capacidade de investimento mas, que precisam de um jogador também mediano
(aqui, no sentido de não ser estrela; nenhum demérito com a expressão).
Nosso futebol do RN é também assim. Não somos a elite
nacional mas podemos ter oportunidades de mercado para jovens atletas que
poderão ser “descobertos” e despontar em clubes com melhor remuneração. É o
sonho de muitos destes jogadores e de muitos clubes pois, uma promoção destas
significa salário bem maior e também para o clube uma parcela do valor pago
pelo “passe” do atleta.
Celebridade x subcelebridade
Há supermercados, de grandes empresas, e há mercadinhos
de bairro, empresas simples e familiares. Os dois tem seus espaços e, na medida
de suas expectativas, despontam e obtém o retorno financeiro esperado.
Supermercados não buscam o pequeno consumidor que mora distante e compra pouco
e nem o mercadinho busca grandes compradores que fazem grandes compras à crédito.
Cada um em seu espaço.
O futebol potiguar também tem seu espaço. É preciso promovê-lo
de acordo com seu mercado, suas expectativas e perspectivas. Disputar com os
grandes faz parte do mercado mas, tentar concorrer com os maiores é
praticamente perder tempo.
Em mercados concorrenciais o 1º lugar é sempre o mais
importante. Mas, ser o 2º, 3º, ou até mesmo o 10º, pode ser tão justificado
quanto o valor do investimento realizado. Vale para o futebol potiguar,
encontrar seu espaço e nele investir, para obter a melhor visibilidade, o
melhor resultado; fora do foco, é perda de tempo. É minha opinião.
Nenhum comentário:
Postar um comentário