sábado, 18 de fevereiro de 2023

Uma ideia. Comprar na Americanas

 

A crise da empresa Lojas Americanas ainda terá alguns desdobramentos jurídicos, os econômicos já começaram e estão impactando um grande número de pessoas, sem mencionar os trabalhadores (incluindo os indiretos) da empresa que passam por grandes incertezas; a certeza, provavelmente, para um grande contingente será a redução de vagas na empresa.

 

Muita gente tentando encontrar uma forma de salvar a empresa, exceto, claro, a concorrência que não acha tão ruim assim quando um player do mercado perde seu espaço; mas, até nestes casos em que a quebra é de um dos grandes, o efeito colateral atinge a todos, da dificuldade de garantir todos os fornecedores e do medo do “contágio” que poderia haver. Neste tempo de Americanas em crise, a Marisa já entrou na mesma sintonia, embora tudo indica que em bem menor sintonia no impacto dos problemas internos.

 

Aqui no RN, como já comentei, o impacto também será imediato: mais forte e rápido, a questão dos empregos mas, não se pode esquecer de um setor que sofrerá também bastante, os dos shoppings. A saída eventual do Midway apenas ampliará os espaços vazios mas, o grupo potiguar sofrerá menos visto que acabou de aumentar sua receita com a cobrança do estacionamento; em Mossoró, acho que o impacto na circulação e atratividade de pessoas será ainda maior do que em Natal.

 

Muitas vezes há exemplos de movimentos, principalmente ambientais, em criticar uma empresa por uma ação indevida ou lançamento de um produto inadequado. E apela-se ao boicote, com pressões de todos os lados. Mas, dificilmente vemos aqui no Brasil movimentos para “salvar” um empreendimento.

 

Não defendo a empresa Lojas Americanas, nem seus sócios nem os lucro que obtiveram ao longo dos anos. Mas, defendo a possibilidade de haver uma forma de proteger os empregos com uma ação social e coletiva, nada de buscar apoio financeiro público pois, ao final, a vantagem irá para os proprietários e pouco ou quase nada para os empregados.

 

Poderia haver um incentivo conduzido ou um incentivo induzido de apoio à Americanas. E o momento poder ser propício com a chegada da Páscoa. Consumir o estoque da empresa com ovos de chocolate e mais algum item poderia ser um fôlego, cada um com sua contribuição individual; mas, claro, desde que os preços contribuam ou sejam apenas um pouco, muito pouco maior do que os da concorrência. Pode ser um fôlego curto de 1, 2 ou 3 meses mas, para quem trabalha na Americanas é no mínimo um alívio.

 

Cada um poderia comprar alguma coisa por lá, mudar um pouco os hábitos nesta fase tão difícil da empresa. As ações sociais também podem ser em favor do empreendedorismo, da atividade empresarial e da renda dos empregados. 


Comprar na Americanas. É uma ideia.


Nenhum comentário: