Alguns
espaços públicos fechados ficam, naturalmente, ociosos ou livre nos finais de
semana visto que sua finalidade é de atividade do poder público no período
tradicional, ou seja, segunda a sexta-feira.
Alguns
destes locais podem até ser interessantes para eventos privados, organizações
privadas e sem fins lucrativos que não têm espaços próprios para realizar eventos
tais reuniões, seminários, aulas etc. E nestes casos, quando busca-se alugar um
espaço do setor privado criado para este tipo de finalidade o aluguel pode ser
bem caro (basta fazer, por exemplo, um orçamento de uma sala para evento em um
hotel para ver quanto custa este tipo de investimento).
Talvez
possa haver uma oportunidade e uma conjunção de interesses: para o setor
privado seria ideal em termos de custo e para o setor público, observadas todas
as formalidades legais, poderia ser uma forma de receita, ainda que meramente
residual mas que serviria para ser aplicada diretamente na melhoria do local
cedido.
Penso
especialmente em escolas. Tradicionalmente aos sábados e domingos são espaços
não ocupados que contam com uma boa estrutura de serviço, algumas mais
efetivas, outras menos. Mas, como não há demanda para todas as escolas em todos
os finais de semana... haveria como fazer uma compatibilidade de demanda e
oferta.
A
gentrificação tornou-se um conceito clássico em estudos urbanos e uma das
características associadas ao fenômeno é que os bairros mais tradicionais
contam com infraestrutura (água, esgoto, energia e transporte) disponível e que
está sendo subutilizada. O paralelo, guardada das devidas (e inteligentes)
proporções, é a mesma.
Os bens
públicos foram criados para ter a melhor possibilidade de dispor aos interesses
da sociedade. Entendo que observadas todas as formalidades legais e todas as
premissas éticas, pode ser uma oportunidade de maior efetividade. É uma
opinião.
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