O PIX todo mundo no Brasil conhece. E muita gente, muita gente mesmo,
utiliza o PIX para pagar grandes ou pequenos e até mesmo muito pequenos
valores. Em geral, todo mundo acha bom (acho que quem reclama são apenas
aqueles maus pagadores que, quando eram cobrados na dívida davam a desculpa de
que estavam sem dinheiro naquela hora... com o PIX, não cola mais a desculpa).
Os pagamentos eletrônicos, e o PIX, tornaram-se um meio de pagamento e não
um meio de transferência de valores, e avançam em todo o mundo. Um país que mais
utiliza pagamentos por meios eletrônicos é a Noruega com cerca de 97% das operações
via débito/cartão e apenas 3% das compras são realizadas em dinheiro vivo, como
se dizia antigamente.
Um forte concorrente europeu do PIX, como meio de pagamento, é o Twint,
aplicativo suíço que ajudou a provocar uma grande queda no uso do dinheiro em
espécie: há poucos anos 70% das compras eram em dinheiro e hoje, apenas 36% na
Suíça.
PIX e Twint são exemplos desta modernidade social que tende a ser
irreversível. O Banco Central em breve colocará no mercado o Drex, mas uma novidade
de serviço tecnológico. O mundo do dinheiro perde espaço em sua circulação física. Não faz muito tempo o gargalo de pagar com
dinheiro era o troco das moedas, lembro que o Nordestão “comprava’ suas moedas
oferecendo pão a cada (acho) R$ 10,00 em moedas. Hoje, o gargalo de pagar com
dinheiro é simplesmente o troco, para qualquer que seja o valor.
Dois fatores foram essenciais no Brasil para esta popularização do PIX:
a segurança pública, pois não precisa andar com dinheiro, e a isenção de taxas
bancárias além do que, diferentemente do cartão de crédito, não precisa comprovar
seu “crédito” para os bancos.
No nosso caso brasileiro foi uma questão de oportunidade face à nossa
realidade social. Em outros países, foi a evolução dos serviços, a inovação
aberta a todos. Parece que a tecnologia consegue, de alguma forma, e em alguns
casos, aproximar mundos ricos de mundos menos ricos.
Investir em tecnologia é um bom negócio para as empresas; e uma boa
ideia para os gestores públicos. É uma opinião.
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