domingo, 15 de outubro de 2023

Opinião. Entre PIX e Twint. E tecnologia

 

O PIX todo mundo no Brasil conhece. E muita gente, muita gente mesmo, utiliza o PIX para pagar grandes ou pequenos e até mesmo muito pequenos valores. Em geral, todo mundo acha bom (acho que quem reclama são apenas aqueles maus pagadores que, quando eram cobrados na dívida davam a desculpa de que estavam sem dinheiro naquela hora... com o PIX, não cola mais a desculpa).

 

Os pagamentos eletrônicos, e o PIX, tornaram-se um meio de pagamento e não um meio de transferência de valores, e avançam em todo o mundo. Um país que mais utiliza pagamentos por meios eletrônicos é a Noruega com cerca de 97% das operações via débito/cartão e apenas 3% das compras são realizadas em dinheiro vivo, como se dizia antigamente.

Um forte concorrente europeu do PIX, como meio de pagamento, é o Twint, aplicativo suíço que ajudou a provocar uma grande queda no uso do dinheiro em espécie: há poucos anos 70% das compras eram em dinheiro e hoje, apenas 36% na Suíça.

 

PIX e Twint são exemplos desta modernidade social que tende a ser irreversível. O Banco Central em breve colocará no mercado o Drex, mas uma novidade de serviço tecnológico. O mundo do dinheiro perde espaço em sua circulação física.  Não faz muito tempo o gargalo de pagar com dinheiro era o troco das moedas, lembro que o Nordestão “comprava’ suas moedas oferecendo pão a cada (acho) R$ 10,00 em moedas. Hoje, o gargalo de pagar com dinheiro é simplesmente o troco, para qualquer que seja o valor.

 

Dois fatores foram essenciais no Brasil para esta popularização do PIX: a segurança pública, pois não precisa andar com dinheiro, e a isenção de taxas bancárias além do que, diferentemente do cartão de crédito, não precisa comprovar seu “crédito” para os bancos.

 

No nosso caso brasileiro foi uma questão de oportunidade face à nossa realidade social. Em outros países, foi a evolução dos serviços, a inovação aberta a todos. Parece que a tecnologia consegue, de alguma forma, e em alguns casos, aproximar mundos ricos de mundos menos ricos.

Investir em tecnologia é um bom negócio para as empresas; e uma boa ideia para os gestores públicos. É uma opinião.

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