quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Ensino a distância cresce no Brasil

O ensino distância, mais conhecido pela sigla EAD, é o futuro da educação no Brasil, também. No mundo inteiro o crescimento da educação, da transmissão da informação e do processamento do conhecimento tem sido muito significo nos últimos anos (o México já foi um dos casos emblemáticos, principalmente pelos alunos daquele país que estão do outro lado da fronteira mas que lá, aos custos locais, não têm condições de acesso ao ensino de graduação).

 

No Brasil 2010 foi um ano muito bom e bem melhor do que o anterior. Nos doze meses passados a conta chegou aos R$ 2,2 bilhões em mensalidades para os 973 mil alunos. Faça as contas: quase R$ 2,3 mil por aluno/ano. Suponha que um curso "regular" tenha uma mensalidade de R$ 300,00, multiplique por 12 e veja quanto é a "economia" ao fazer uma graduação via internet; e, se você imaginar que no curso presencial há os custos de deslocamento, lanches, roupas (em casa ninguém vê você repetir a mesma roupa na semana...) e as saídas na sexta-feira depois da aula (bem que tem gente que não espera nem chegar a sexta-feira...)!

 

E, se isso parece pouco, a expectativa – ou a previsão – é do Brasil alcançar a marca dos 15 milhões de alunos nos próximos anos. Isso mesmo, de multiplicar essa conta por quinze e, mantidos os valores atuais, movimentar cerca de R$ 33 bilhões.

 

E aqui no nosso Rio Grande do Norte? Quanto já investimo em EAD com os cursos e instituições locais? Difícil de avaliar e de precisar pois o ensino a distância exige uma regra básica, a escala; ou seja, o investimento somente será rentável se houver grande número de alunos. Fatalmente, então, os grupos locais estarão a fazer parcerias com grandes grupos nacionais.

 

Hoje o MEC fiscaliza com mais rigor os diferentes cursos anunciados; mas o mercado ainda ficou desconfiado da quantidade de cursos "semi-presenciais" e os diferentes "pólos de ensino a distância" em praticamente todas as cidades; que depois, para alguns, revelaram-se ilegais pois criados sem amparo do MEC.

 

Mas, é inevitável o ensino a distância. O EAD também utilizado como suporte de treinamentos profissionais torna-se cada vez mais visível e real; com as novas tecnologias surgindo e as facilidades de acesso, o caminho será irreversível. E, se o projeto de estender a banda larga para todo o país de forma extremamente disponível para toda a população acontecer, não haverá dúvidas: a figura da "Tia" será mais uma lembrança familiar e o mouse uma companhia sempre presente na educação de todos.

 

Com o EAD o professor não será eliminado ou a "cola" dos alunos não será necessariamente maior; se a rentabilidade for tal como imaginada pelo mercado, mudará o formato e o acesso à informação, mas o conhecimento permanecerá essencialmente algo pessoal e intransferível quanto à sua internalização: nenhum computador ou EAD será capaz de produzir uma lavagem cerebral para replicar o conhecimento humano.

 

E, se você ainda acha que as previsões são muito futuristas, muito distantes, a nova geração que entrará em 2011 nas faculdades e universidades já nasceu sabendo o que é um computador. O mundo virtual, para essa nova geração, é bastante real.

 

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