sábado, 2 de julho de 2022

Uma ideia: MP do bem para liberdade de ajuda empresarial

 

Tributação empresarial elevada, algumas decisões judiciais ainda centradas na ideia do imperialismo empresarial, regulação interpretada essencialmente desfavorável ao capital empreendedor e ainda possibilidade de penalizações, tudo isto acaba impedindo algumas vezes que empresas possam contribuir financeiramente e diretamente com seus empregados (“colaboradores” é mais moderno, parece), inclusive – e principalmente – em tempos de crise e dificuldades externas ao mundo empresarial, ou seja, quando fatores macroeconômicos atingem a todos e não são resultado de um segmento empresarial ou cadeia produtiva.

Estamos nestes tempos, Covid e guerra na Ucrânia modificando toda e qualquer previsão de cenário mais pessimista. Talvez por isto, aqui e fora daqui, as soluções tem sido pontuais e iniciativas dos governos, a exemplo do que a França está fazendo, reduzindo o preço do combustível – artificialmente – para os usuários de automóveis. Ajuda, mas não resolve.

Uma ideia, por isto, seria criar uma ou mais uma excepcionalidade, também passageira e com prazo final definido: as empresas que queiram ajudar seus funcionários (colaboradores) com alguma valor para reduzir o custo com combustível poderiam fazê-lo diretamente em espécie sem que isto signifique aumento de encargos sociais diretos ou indiretos, caracterize salário direto ou indireto e, principalmente, seja submetido à alguma tributação própria ao mundo empresarial (CSLL, Cofins, IR etc).

Para cada R$ 100 de contribuição da empresa seu custo seria, hoje e sempre, exatamente os mesmos R$ 100, nada mais. Claro que nem todas as empresas podem fazer isto e algumas nem se interessariam, mas aquelas que podem e têm interesse na verdade, nem podem tanto: os R$ 100 correm o risco de custar o dobro.

Perdem todos... e pior, ninguém ganha...! Não caberia uma “MP do bem” para isto?

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