Começou, oficialmente e intensamente, a campanha
eleitoral, agora de forma clara e sem constrangimento, sem a necessidade de ser
pré-alguma coisa, todo mundo deixou o “pré” de lado, passou a ser candidato,
pensando no “pós”, no resultado do cargo a ser conquistado.
Na semana que passou, a favor ou contra, as entrevistas
na Globo mobilizaram muita gente, entre recordes de audiência ou não, as
perguntas e respostas movimentaram toda a imprensa, oficial ou tendenciosa, com
comentários e avaliações muitas vezes bem diferentes. Faz parte da democracia,
cada um pode – e deve – ter sua opinião e posicionamento político.
Os panelaços
Em alguns momentos escutei panelaços de vizinhos. Não
foram tão intensos quanto em outras ocasiões mas, alguns tiveram este posicionamento
de protesto explícito que significa, diante de tanta polarização, um estímulo
ao seu candidato a partir da negativa ao opositor.
A campanha, quase como ocorre a cada dois anos, promete
ser a mais quente, a mais disputada, a mais acirrada e outros argumentos do
gênero. E é verdade, acredito. Talvez, a diferença esteja na forma de expressar
toda esta torcida organizada, parece que a torcida desorganizada tem vencido mais
quanto o tema é eleição. A torcida organizada é aquela partidária, que está em
comício (sim, ainda existe, aqui e ali), em carreata ou em alguns eventos de rua
(e aqui vou descontar os “seguradores” de bandeiras que estão ali, na imensa
maioria das vezes, trabalhando e não expressando seu posicionamento), enquanto
a torcida desorganizada é aquela do adesivo no carro (colocado por opção, não
por imposição), da cor de bandeira na janela ou porta da residência e,
principalmente, de quem escolhe a panela mais barulhenta e a colher (ou seria
garfo ou faca? Deveriam fazer uma pesquisa... rsrsrs) mais forte para fazer
mais barulho.
Qual o “Ibope” do panelaço?
Sempre que há um panelaço algumas notícias pipocam
dizendo que registraram o protesto em “x” estados e em “x” cidades. Muito genérico
e pouco confiável; não significa que não houve protestos, mas não há como
generalizar nem a favor nem contra para decidir qual foi o barulho maior, a
favor ou contra alguém.
Mas, considerando o acirramento da campanha e a
consolidação do antagonismo político, há uma probabilidade de que a torcida desorganizada
aumente este ano, que haja mais panelaços até os dias das eleições. Cada um
escolha seu lado, exerça sua liberdade de escolha, vote – conscientemente de
seu ato – em quem achar melhor.
Até lá, acho que a quantidade de camelôs no Alecrim
vendendo panelas vai aumentar. Afinal, eleição também é tempo de negócios.
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