sábado, 20 de agosto de 2022

Uma ideia. Todo evento deveria divulgar quanto recebeu do poder público

Cultura é um dos bens essenciais ao cidadão, tal como o direito ao lazer, saúde, educação, moradia, transporte etc. Não dá para deixar de incluir estes, e outros itens, como fundamentais para que uma pessoa possa ter uma qualidade de vida melhor. Infelizmente, e é assim que funciona, na maioria das vezes somos obrigados a hierarquizar as necessidades, uma em detrimento da outra parcial ou totalmente; e nestas horas, cultura & lazer, juntos, ficam para “depois”.

O papel do poder público é permitir que a população tenha todos estes serviços e produtos e preferencialmente com qualidade e regularidade. Utopia, sem dúvida, mas não uma renúncia expressa e definitiva em buscar ajuda com as prefeituras, estados e governo federal para suprir estas demandas.

No período junino uma destas necessidades que aflorou foram as festividades, os shows. Talvez em 99% dos casos os eventos foram patrocinados por órgãos públicos, de forma parcial ou integral.

Em um caso recente destes shows, que mencionei aqui, foi o custo bancado para a contratação de Elba Ramalho, em Serra de São Bento, R$ 190 mil por um show.

 

Quanto custou tudo isto?

Alguns já começarão a responder, ou melhor, antes de responder, começaram a criticar dizendo que não é “custo”, mas investimento, que não é “despesa”, mas obrigação do poder público em oferecer lazer & cultura. A classificação ou justificativa é menos importante para uma situação que fica geralmente esquecida; parece até que nasce esquecida pois, passado o evento o esquecimento parece ser permanente, ninguém se lembra qual o valor do pagamento.

 

Todo mundo deveria saber?

Acho que todo mundo deveria saber de todas as despesas e receitas públicas. Na verdade, todas são publicadas mas, na maioria das vezes ninguém tem acesso ou se interessa em saber. Considerando que é recurso público, a informação deveria ser pública.

 

Uma ideia

Para focar no tema, todas as vezes que um show ou evento cultural, esportivo ou de lazer for contratado e houver a participação do poder público, o valor direto aplicado deveria ser divulgado. A divulgação deveria ser no panfleto ou cartaz impresso, no anúncio eletrônico ou no início do show, do espetáculo etc. Isto não significa eliminar o apoio do poder público! De forma alguma, deve continuar a existir.

Mas, a população que está ali participando, pelo menos esta que está usufruindo diretamente, deveria ter o direito de saber quanto dos tributos está sendo utilizado naquele momento; direito de saber, obrigação de informar. Uma lei ou decreto poderia regulamentar isto. É uma ideia

 

 

 

 

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