Cada
cidade turística tem seus pontos de referência, aqueles que todo turista
conhece, passa por lá, faz uma foto e mostra para todo mundo. Pode ser algo natural,
ligeiramente modificado ou inteiramente criado seja com a finalidade de agradar
a população residente seja destinado aos turistas.
Algumas
destas criações têm até bom gosto, mas outras, talvez por ter havido tantas
repetições, perderam um pouco a qualidade, como é o caso do eu + coração + nome
da cidade; sempre que vejo uma destas construções me lembro de Amsterdã e o fim
que deram ao tal do “i love amsterdam”.
Há outras
boa ideias. E me lembro do Muro do amor, em Paris. Uma parede com a palavra
amor em vários idiomas e que é um ponto turístico muito visitado; a parede fica
em um pequeno jardim, quase meio escondida mas quem vai por lá fica procurando a
versão do amor em seu idioma para marcar uma foto, de lembrança.
Poderíamos
ter aqui um corredor português. Não vou usar o termo potiguês pois, particularmente
não sou muito favorável, assim como não acho que há uma idioma cearense, um
nordestinês ou um gauchês e menos ainda um amapês ou amapaense. A cultura é
vasta em cada lugar, mas é o português. E neste português regionalizado ou
localizado temos várias expressões típicas do RN; algumas delas em desuso, mas
fazem parte da cultura local e do folclore regional.
No
Natal temos um túnel de luzes. Poderíamos ter o ano inteiro um corredor português
com as expressões típicas de um lado e do outro do corredor “cultural” (ou
regional). As palavras e expressões, claro, sem o seu significado para justamente
fazer com que o turista procure a explicação, interaja localmente e entenda que
cultura sempre se produz em qualquer lugar do mundo; e que o idioma português é
muito mais rico do que parece nos livros didáticos das escolas.
Seria
um ponto turístico-cultural. Há vários outros locais turístucos, aqui, e em
várias cidades. Talvez o corredor português em Natal diferencie um pouco do “i
love” e tenha um equivalente do “eu...” (complete a frase para o equivalente do
“love”). É uma ideia.
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