sábado, 29 de julho de 2023

Uma ideia. A onda barbie

 

A onda barbie é maior do que a onda Barbie: a primeira é o impacto que o filme está causando nos cinemas com a onda do filme Barbie. Explicando melhor: por causa da Barbie ir ao cinema resgatou um hábito antigo, aquele dos tempos das escolas quando um grupo se reunia para ir ao cinema. Depois de alguns anos ir ao cinema é mais uma atividade individual, de casal e outras vezes em pequenos grupos.

 

Não é a mesma onda de antigamente, grupos de 5, 6, 10 pessoas que marcavam para ir juntos ao cinema e depois, claro, sair para lanchar ou ir a um barzinho. São outros tempos, o programa chamado cinema tem outro contexto e, principalmente, uma grande concorrência, antes da tv e agora do streaming em que ninguém combina com ninguém para reunir-se e assistir um filme.

 

Em outros tempos, de vez em quando, lia uma notícia de que havia uma sessão especial, na parte da manhã ou às 12h, no cinema para um público definido, uma atração diferenciada, sempre algo pontual. Talvez a mudança no formato, o de assistir filme pela internet (no celular, também) tenha contribuído para a diminuição do interesse do que outras gerações chamam de “sala escura” ou “telona” (se você escutar uma destas expressões, não deve ser de alguém ainda no ciclo da juventude biológica).

 

Por isto, aproveitando que cinema tornou-se mais interessante, poderia gerar um novo ciclo. Vale lembrar também que cinema é um artigo de luxo para muitos – muitos mesmo – brasileiros, um peso nas finanças familiares.

 

Temos vários programas de incentivo com recursos públicos para a cultura. Eventualmente, poderia parte destes recursos ter outro destino, de fazer parceria com salas de cinema para levar os estudantes de escolas municipais e estaduais. Uma forma de presentear vários estudantes com a oportunidade de ir ao cinema. E também uma forma de valorizar o cinema, principalmente o nacional. E poderia ser algo incluído no calendário das atividades escolares. É uma ideia.

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