A onda
barbie é maior do que a onda Barbie: a primeira é o impacto que o filme está causando
nos cinemas com a onda do filme Barbie. Explicando melhor: por causa da Barbie
ir ao cinema resgatou um hábito antigo, aquele dos tempos das escolas quando um
grupo se reunia para ir ao cinema. Depois de alguns anos ir ao cinema é mais
uma atividade individual, de casal e outras vezes em pequenos grupos.
Não é a
mesma onda de antigamente, grupos de 5, 6, 10 pessoas que marcavam para ir juntos
ao cinema e depois, claro, sair para lanchar ou ir a um barzinho. São outros
tempos, o programa chamado cinema tem outro contexto e, principalmente, uma
grande concorrência, antes da tv e agora do streaming em que ninguém combina
com ninguém para reunir-se e assistir um filme.
Em outros
tempos, de vez em quando, lia uma notícia de que havia uma sessão especial, na
parte da manhã ou às 12h, no cinema para um público definido, uma atração diferenciada,
sempre algo pontual. Talvez a mudança no formato, o de assistir filme pela
internet (no celular, também) tenha contribuído para a diminuição do interesse
do que outras gerações chamam de “sala escura” ou “telona” (se você escutar uma
destas expressões, não deve ser de alguém ainda no ciclo da juventude biológica).
Por
isto, aproveitando que cinema tornou-se mais interessante, poderia gerar um
novo ciclo. Vale lembrar também que cinema é um artigo de luxo para muitos – muitos
mesmo – brasileiros, um peso nas finanças familiares.
Temos
vários programas de incentivo com recursos públicos para a cultura.
Eventualmente, poderia parte destes recursos ter outro destino, de fazer parceria
com salas de cinema para levar os estudantes de escolas municipais e estaduais.
Uma forma de presentear vários estudantes com a oportunidade de ir ao cinema. E
também uma forma de valorizar o cinema, principalmente o nacional. E poderia
ser algo incluído no calendário das atividades escolares. É uma ideia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário