Emprego é emprego, alguém sempre dirá isto. Outros dirão que nem todo
emprego é emprego, pois a informalidade embora permita alguém ter uma renda no
final do mês, traze desequilíbrio social e desvantagem na hora dos benefícios.
Ambos argumentos, infelizmente, têm razão.
Para quem está procurando um emprego o trabalho pode ser a solução, ainda que seja um salário sem a
carteira assinada. A necessidade de pagar as contas, em algumas vezes, fala
mais alto e a necessidade faz com que abrir mão de direitos parece mais simples
e algo que pode ficar para depois.
Para quem está estudando estatísticas de emprego e quem está no poder
público apenas observando números, sem compreender as pessoas, haverá sempre
uma crítica ao erro, ao fato realizado, à esta realidade mesmo quando não
consegue entender que a oferta de emprego (formal) não é a melhor opção para
quem está em busca (demanda) de uma renda.
O custo do emprego formal, como podem argumentar alguns, é alto. Talvez
seja alto mesmo para compensar o excesso de informalidade e os benefícios sociais e
serviços públicos que todo mundo merece. No final, seria como se alguém pagasse
a mais para compensar os outros que nada pagam. Este sistema, chamado de solidário,
é o mesmo empregado para a previdência social ou planos de saúde, ou seja, há
uma conta a ser paga e muitos não contribuirão, por isto uns acabam pagando
mais do que outros. É assim, e a lógica está correta (é a mesma para seguros ou
para previdência social).
A solução, se é que ela existe além da teoria, é que todo mundo tenha empregos
formais com todos os direitos sociais pagos e reconhecidos, algo que já sabemos,
não acontecerá. Combater a informalidade, embora seja um sonho das políticas
públicas, é algo custoso e demorado. Deveríamos combater com mais eficiência os
subempregos, do flanelinha ao chapa, passando pelo carregador de carrinho de mão
nas feiras livres. Mais do que informais, são totalmente desassistidos, a começar
pela baixa renda. É uma opinião.
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