domingo, 23 de junho de 2024

Opinião. O perigo dos “jogos de azar”

 

Enquanto o debate sobre os “jogos de azar”, aqueles do tipo em cassino em que o azar nunca acontece (para os proprietários), estamos nos aproximando uma data importante, a eleição de outubro deste ano. Nesta semana começará uma contagem regressiva bem mais efetiva, a de 100 dias para a votação.

 

Claro que a eleição não é um “jogo de azar”. Pode até ser considerado um jogo com seus interesses legítimos e outros menos republicanos mas envolve sempre uma variável incontrolável, como acontece no jogo de cartas de baralho: é possível estimar um resultado, em muitas ocasiões, mas nem sempre é possível acertar com todo rigor quem vencerá.

 

Mas, o risco maior é um pouco parecido com a roleta dos cassinos. Alguns eleitores escolhem seus candidatos de forma absolutamente aleatória, mais ou menos como “qualquer um” e sem muita esperança de que consiga ter o resultado vitorioso; outros terminam escolhendo  uma candidatura-protesto e, novamente, com outra aposta, a de que possa ser eleito e depois verá se dará certo ou não o exercício do mandato.

 

Perto da contagem regressiva dos 100 dias para a eleição de outubro não podemos imaginar que o voto seja uma apenas uma aposta sem pretensão, uma tentativa aleatória apenas por causa da obrigação do voto. Não é um “jogo de azar”, claro, mas a chance de ter um azarão vencedor não costuma trazer muita sorte, exceto para o vencedor. Azar da população? Não, acho que não pode ser assim. É uma opinião.

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