sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Os gargalos das micro e pequenas empresas-MPE no Brasil,

O Secretário de Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Humberto Ribeiro, apresentou durante o " Fórum de Debates Brasilianas", nessa semana, os "principais gargalos" que impedem uma maior expansão das micro e pequenas empresas-MPE na economia brasileira.

 

Segundo o Secretário, são 9 gargalos, assim descritos:

 

* Falta de cultura de inovação e desconhecimento das MPEs sobre a importância do tema;

* Comunicação inadequada dos instrumentos de apoio;

* Falta de aplicação dos conceitos de MPEs para apoio à inovação;

* Falta de pessoal qualificado nas MPEs para promover a inovação e a busca de novas tecnologias

* Dificuldade de acesso aos instrumentos e programas existentes;

* Instrumentos de fomento inadequados para as MPEs;

* Dificuldade de identificação e participação em oportunidades de inovação e tecnologia geradas por grandes eventos/programas mobilizadores;

* Falta de políticas voltadas para cadeia de valor, internacionalização e estratégicas competitivas;

* Pouco monitoramento e avaliação da aplicação de recursos."

 

As ações para atenuar os problemas já estão em andamento e muitas propostas são conhecidas, não se trata de uma grande novidade; o fato é também que algumas das soluções implicam em mudanças sócio-culturais, outras econômicas e algumas, ainda, dependem do interesse do próprio empresário.

 

No entanto, parte desses gargalos indica que a comunicação e/ou o acesso às informações parecem exigir uma solução continuada e insistentemente reproduzida: "falta de cultura de inovação, comunicação inadequada, dificuldade de acesso aos instrumentos, dificuldade de identificação ou pouco monitoramento" indicam que há elementos disponíveis às MPEs mas, muitas vezes, sequer são utilizadas por absoluto desconhecimento. Mais do que puro marketing, uma eficiente comunicação poderia auxiliar a política pública de desenvolvimento das micro e pequenas empresas.

 

E um dos canais que poderia-deveria ter sido utilizada seria o dos chamados "empreendedores individuais" pois nada melhor do que aqueles que estão se inserindo – formalmente – na economia já possam, desde cedo, conhecer as oportunidades; é claro, trata-se de um público-alvo com poucos recursos econômicos (pelo perfil da figura jurídica criada) mas é preciso sensibilizar que inovação não é sinônimo de grandes empresas, mas sim de quem quer crescer.

 

 


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