terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Existirá um “turismo médico” no RN?

Existem várias maneiras de se praticar turismo mundo afora, dos mais clássicos, o do lazer em família ao mais condenáveis, tais o turismo dito “sexual”, aos mais curiosos como o “turismo em favela”. E, de vez em quando, reaparece na mídia a ideia do “turismo médico” associado a ideia de que pessoas deslocam-se de seus países em busca de tratamento ou acompanhamento médico em outro país, nem sempre geograficamente perto de sua origem.

O Brasil já apareceu como alvo desse “turismo” em épocas de cirurgias plásticas e odontologia, o primeiro pela fama e o segundo pelo custo competitivo. Em outros países esse “turismo” aparece de forma bastante condenável quando a questão é o aborto ou as cirurgias “reparadoras” de virgindade.

Aqui no Estado estamos imunes a esse conceito e “turismo médico”. É preferível que possamos continuar permanentemente nessa situação fora de um circuito que não nos agrega nenhum mérito. Evidentemente, não há nada contra alguém sair mundo afora em busca de cura ou de tratamento médico, afinal trata-se da vida de cada um e todas as possibilidades devem ser perseguidas.

Mas, imaginar que atrair estrangeiros com a oferta de tratamentos é “turismo médico” é um distanciamento longo de um outro – esse sim – conceito, a ética.

E se você acha tudo isso um exagero, saiba que no mês de outubro houve o 4º Congresso mundial de turismo médico e saúde global, em Chicago. O Brasil? Esteve representado com as cidades de Belo Horizonte, Brasília, Goiânia, Porto Alegre, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro e São Paulo. Quanto movimenta esse mercado? Cerca de US 60 bilhões ao ano!

Última informação: não é ilegal vir ao Brasil para fazer tratamento médico mas, é preciso solicitar visto específico com essa finalidade sob pena de multa e deportação ou expulsão do País; mas, isso é outra história...

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