O
impacto econômico das eólicas no Rio Grande do Norte também pode ser avaliado a
partir da arrecadação de impostos federais, ou seja, quanto maior o valor das
receitas e sua evolução, melhor é o impacto das atividades formais em cada
município e nas mudanças no cenário sócio-econômico regional.
No
Estado é visível esta transformação em alguns municípios. Os melhores exemplos
estão nas receitas das empresas instaladas em João Câmara e Parazinho, atualmente
as cidades com maior número de parques eólicos em funcionamento, 26 e 22,
respectivamente. Dos 118 parques já em operação do RN, cerca de 40% da produção
de energia eólica concentra-se nesses dois municípios da região do Mato Grande.
João
Câmara teve seu primeiro parque eólicoImpacto econômico das eólicas no RN em funcionamento em 2012, enquanto
Parazinho inaugurou seu primeiro projeto dois anos depois. No ano de 2016
quatro novos projetos entraram em atividade em João Câmara (Cabeço Preto III e
VI e Campos dos Ventos I e III) e um em Parazinho (Campo dos Ventos V).
A
arrecadação dos tributos federais detalhada por município, pela Receita
Federal, tem sua série histórica atualizada até dezembro/2014. Com base nestes
dados é possível constatar a mudança econômica na região do Mato Grande:
enquanto a arrecadação cresceu 74,0% no RN entre 2010 e 2014, em Parazinho e em
João Câmara o incremento foi de 1.828,0% e 416,5%, respectivamente. A diferença
no ritmo de crescimento justifica-se em função da realidade econômica das
cidades, tendo Parazinho, antes das eólicas, suas atividades concentradas na
agricultura de base e nos rendimentos de salários, Previdência e em programas
sociais.
No
início de 2015 João Câmara era o 11º maior município em termos de arrecadação
(“recolhimentos em Darf” como indicado pela Receita Federal), quando era apenas
o 21º em 2010. Já Parazinho saltou da 119º posição neste ranking de 2010, para
iniciar 2015 na 36ª colocação.
Um
dos parâmetros utilizados para avaliar o desempenho econômico de uma região
está na arrecadação de impostos tendo em vista que a formalidade das atividades
empresariais, quando em crescimento, corresponde automaticamente à um
crescimento dos impostos pagos.
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