Se a expressão “jogar dinheiro no
lixo” não é a mais adequada, poderia ser adaptada para “conseguir dinheiro do
lixo” para entender o lucro da Braseco, empresa localizada na Região
Metropolitana de Natal que tem como principal cliente (91% do faturamento) a
Prefeitura da Capital: é lá o destino do lixo doméstico e urbano da cidade..
A empresa, uma S/A, publicou seu
balanço de 2016 e revelou um resultado líquido de R$ 9,3 milhões, uma nítida melhora
em relação aos R$ 8,1 milhões de 2015. Se considerarmos o ano passado e a grande
crise que afetou a produção e o consumo em todo o país, parece que “saiu” mais
dinheiro do lixo do que poderíamos imaginar; afinal, com a retração no consumo
das famílias, o resultado mais comum, para a maioria das empresas, foi queda
nas receitas e no lucro.
Aliás, a “receita operacional
bruta” também foi bem melhor em 2016: R$ 24,7 milhões o que representou um
aumento de 10,3% em relação a 2015 (quando a receita foi de R$ 22,4 milhões).
Se o lixo transformou-se, nos
últimos anos, um bom negócio no Brasil (como já ocorre há décadas na Europa,
por exemplo), em tempos de crise o lucro do lixo confirma, ainda que
indiretamente, o adágio de que “dinheiro não tem cheiro”.
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