sábado, 25 de março de 2017

Braseco e o lucro do lixo

Se a expressão “jogar dinheiro no lixo” não é a mais adequada, poderia ser adaptada para “conseguir dinheiro do lixo” para entender o lucro da Braseco, empresa localizada na Região Metropolitana de Natal que tem como principal cliente (91% do faturamento) a Prefeitura da Capital: é lá o destino do lixo doméstico e urbano da cidade..

A empresa, uma S/A, publicou seu balanço de 2016 e revelou um resultado líquido de R$ 9,3 milhões, uma nítida melhora em relação aos R$ 8,1 milhões de 2015. Se considerarmos o ano passado e a grande crise que afetou a produção e o consumo em todo o país, parece que “saiu” mais dinheiro do lixo do que poderíamos imaginar; afinal, com a retração no consumo das famílias, o resultado mais comum, para a maioria das empresas, foi queda nas receitas e no lucro.

Aliás, a “receita operacional bruta” também foi bem melhor em 2016: R$ 24,7 milhões o que representou um aumento de 10,3% em relação a 2015 (quando a receita foi de R$ 22,4 milhões).

Se o lixo transformou-se, nos últimos anos, um bom negócio no Brasil (como já ocorre há décadas na Europa, por exemplo), em tempos de crise o lucro do lixo confirma, ainda que indiretamente, o adágio de que “dinheiro não tem cheiro”.


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