Os dados da Inframerica para o
primeiro bimestre de 2017 mostram praticamente uma estabilidade no número de passageiros
que utilizaram o Aeroporto, de 499.272, em 2016, para 498.006, neste ano: uma
queda de 0,3% no total.
Mas, a queda acentuada foi
registrada nos passageiros de voos internacionais, de cerca de 11,6%: 16.713
neste ano, mas 18.914 no ano passado. Esta queda também pode ser sentida quando
comparamos o número de voos internacionais, 136 em janeiro-fevereiro/2016 para
apenas 101 no mesmo período deste ano.
O prejuízo afeta não somente a
economia do turismo local como também o próprio Aeroporto. Se, por um lado,
todo o setor de serviços que encontra no turista estrangeiro uma maior “disposição”
para gastos nestes dias de férias (além do consumo no comércio local,
principalmente no artesanato) perde em faturamento, por outro lado, o Aeroporto
perde fatia importante de sua receita, contabilizada não somente pelo número de
passageiros (a “taxa de embarque”) como também pelo menor número de
pousos-decolagens (as “taxas aeroportuárias” paga pelas empresas).
Um agravante para o Aeroporto
está na dificuldade – e às vezes na impossibilidade – de reduzir os seus custos
em função da menor demanda: não há como imaginar, por exemplo, reduzir sensivelmente
o consumo de energia, das pessoas de segurança ou dos operadores de voo, por
exemplo.
Perdem também os investidores que
estão ali instalados. Os custos são elevados (como praticamente em todos os
aeroportos) e boa parte da receita independe de sua ação direta, ou seja, sem
fluxo de passageiros não há como vender mais (e aumentar os preços – altos! –
não ajuda a ninguém).
Com a nova campanha realizada nas
páginas da revista de bordo da Tap enaltecendo as belezas e vantagens de passar
uns dias no RN a expectativa é que nos próximos meses o número de turistas
estrangeiros no Estado possa... decolar.
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