Nem toda orla é urbana visto que
o próprio conceito das praias no nosso imaginário e de todos os turistas é que
também é muito bonito e aprazível ter uma praia selvagem (como diriam os
franceses). Mas, não se trata de uma praia com selvageria, claro, mas a simples
ideia de que a paisagem a prevalecer esteja na faixa e areia, nas pedras, na
falésia e no próprio mar. Por isto, exemplificando, ninguém se preocupa em
exigir que os 410km do litoral potiguar tenha calçadão e iluminação pública,
além de estacionamento, quiosques etc. Queremos – todos – praias em dois
modelos, aquela urbana e que está no “meio” da cidade e aquela mais disponível,
desacompanhada de uma pista de asfalto ao longo e ao lado da faixa de areia.
Este tipo de praia, selvagem, tem muitos defensores de não-urbanização, um
ideal que remete ao século XV quando as praias brasileiras eram, no sentido
mais literal da palavra, selvagens.
Mas, não é assim que vivemos nas
cidades.
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