quarta-feira, 24 de março de 2021

Uma mina é sempre uma mina

 

Uma ideia de mina é sempre mais apreciada do que a ideia da própria mineração talvez pelo ideal mais popular de associar uma mina à riqueza, principalmente pelos anos de filmes roliudianos que mostravam a exploração do Oeste norte-americano e o ouro abundante (pelo menos nos filmes).

Com o passar dos anos e principalmente com o passar dos desastres ambientais na exploração mineral, perdeu-se bastante a ideia da riqueza dissociada do risco humano. De vez em quando escutamos notícias de mineiros que morreram soterrados em desabamentos subterrâneos, o exemplo do Chile com o resgate de 33 mineiros, em 2010, foi uma daquelas exceções na lista temática destes dramas mas, que não atenuou a imagem do risco. Mais recentemente a tragédia de Brumadinho mostrou que mesmo fora da área de exploração direta há riscos às vezes imensos tanto quanto intensos.

Apesar de tudo, basta saber da cotação do ouro (aliás, em alta já há mais de um ano) que reacende o binômio mina e riqueza;

Mas, e quando a mina não é de ouro? E quando a mina é de um material que pouca gente conhece, que pouca gentes já viu de perto, ou que poucos tocaram no minério ou conhecem efetivamente suas aplicações?

Fica mais difícil, por exemplo, para o caso da scheelita (ou tungstênio), exceto se você interage com o Seridó. E mais ainda se o sobrenome Salustino parece familiar.

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